Projeto VANT

Assuntos em discussão: Força Aérea Brasileira, forças aéreas estrangeiras e aviação militar.

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MasterCaiafa
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Re: Projeto VANT

#1036 Mensagem por MasterCaiafa » Seg Jan 18, 2016 5:58 pm

kirk escreveu:
LeandroGCard escreveu:E enquanto isso no Brasil fechamos a Harpia.

Em alguns anos as necessidades de nossas forças armadas em termos de drones deverão estar sendo supridas com importações da Colômbia, do Chile ou até da Argentina. Definitivamente estamos caminhando celeremente para nos tornar um dos países mais atrasados do mundo :( .


Leandro G. Card
Brasil e o General Atomics Predator
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No final de 2015, uma comitiva de cinco militares do Comando de Aviação do Exército (CAvEx), visitou a sede da General Atomics Aeronautical Systems Inc em San Diego (Califórnia), onde foram recebidos pelo Sr. Linden Blue, e pelo Sr. Frank Pace, respectivamente CEO e presidente da empresa.

Durante a visita, os oficiais receberam detalhada apresentação sobre os Sistemas de Aeronaves Remotamente Pilotadas (SARP) da General Atomics e aproveitaram para visitar a linha de produção da família Predator® e Gray Eagle, empregados pelas Forças Armadas dos EUA e de outros países.

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A linha de montagem dos SARP Predator da General Atomics Aeronautical Systems Inc em San Diego, Califórnia. (Imagem: General Atomics Aeronautical Systems Inc)
Além disso, foram transportados até uma base de testes da General Atomics em Castle Dome (Arizona), onde puderam acompanhar o voo e operação do Predator XP a partir de sua Estação de Controle de Solo. Também tiveram a oportunidade de verificar a infraestrutura de apoio necessária à operação nem tal nível de complexidade dos SARP, bem como observar a sua manutenção.

Predator no Brasil?

As aplicações típicas previstas para emprego dos SARP no Exército estão, entre outras, relacionadas a comando e controle, obtenção de informações, vigilância da faixa de fronteira, proteção de estruturas estratégicas e ações interagências.

De acordo com a doutrina do Exército, o CAvEx é o responsável pela capacitação dos operadores, pela condução das operações e pela gestão do apoio logístico de SARP enquadrados nas categorias 3 e superiores.

A operação de SARP mais complexos, com maiores alcance, autonomia e capacidade de carga, como é o caso dos Predator, é um encargo da Aviação do Exército. Em setembro de 2015, no Centro de Instrução de Aviação do Exército, a General Atomics proferiu uma palestra sobre o desenvolvimento e a aplicação de SARP, dirigida a operadores de diversas Organizações Militares e oficiais do CAvEx e do Comando de Operações Terrestres (COTer), além de engenheiros do Instituto de Estudos Avançados (IEAv) e do Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE) da Força Aérea Brasileira.

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Instalações de treinamento e testes da General Atomics em Castle Dome (Arizona): tudo sobre a operação e mantenimento do SARP Predator reunido no mesmo local. (Imagem: General Atomics Aeronautical Systems Inc)
O Predator XP é a mais recente de uma extensa linha de SARP que leva o nome Predator, começando com o bem-sucedido Predator RQ-1, voado pela Força Aérea dos Estados Unidos pela primeira vez em 1995. Desde então, o Predator acumulou mais de 3,5 milhões de horas de voo oferecendo confiabilidade sem precedentes, pois a aeronave tem a maior taxa de prontidão operacional na Força Aérea dos Estados Unidos.

Os SARP da família Predator são também operados pelas Forças Armadas Americanas, Homeland Security, NASA e várias Forças internacionais. A General Atomics Aeronautical Systems, Inc. (GA-ASI), afiliada da General Atomics, é a fabricante líder de sistemas de aeronaves remotamente pilotadas, radares, e soluções relacionadas a sistemas de missão.

Roberto Caiafa

Nota do autor: No momento em que a Embraer Defesa & Segurança anuncia o fim da Harpia Sistemas e a Avibras assume todo o esforço industrial e tecnológico para colocar a SARP Falcão em serviço, ao menos como parte integrante das baterias Astros MK6 (Astros 2020), é digno de nota essa visita de militares brasileiros a mais conhecida fabricante norte-americana de SARP. O futuro dos programas de aeronaves remotamente tripuladas de desenvolvimento nacional pode estar em jogo no curto prazo.




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Re: Projeto VANT

#1037 Mensagem por knigh7 » Seg Jan 18, 2016 8:32 pm

LeandroGCard escreveu:E enquanto isso no Brasil fechamos a Harpia.


Iriam ser ARPs da Elbit com sobrepreço. Prefiro comprar direto deles.




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Re: Projeto VANT

#1038 Mensagem por cabeça de martelo » Ter Mar 08, 2016 12:58 pm





"Lá nos confins da Península Ibérica, existe um povo que não governa nem se deixa governar ”, Caio Júlio César, líder Militar Romano".

Portugal está morto e enterrado!!!

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Re: Projeto VANT

#1039 Mensagem por Wingate » Ter Ago 30, 2016 12:16 pm

Avião sem piloto vai vigiar linhas de transmissão de energia

Cemig testa modelo que busca reduzir custos e risco de acidentes

http://economia.estadao.com.br/noticias ... 0000072820


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A Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) está testando um avião não tripulado para fazer manutenção preventiva de linhas de transmissão e de redes de distribuição, além de outros serviços hoje realizados por helicópteros.

O veículo aéreo não tripulado (vant) deverá reduzir riscos e custos, explica o engenheiro de tecnologia e normalização da Cemig, Maurício de Souza Abreu.

Nas inspeções tripuladas, os helicópteros voam bem próximos às linhas, o que aumenta o risco de acidentes e impede a realização do trabalho à noite. Segundo o engenheiro, o novo equipamento poderia fazer inspeções noturnas, mas ainda depende de aval da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para operar em definitivo.

A tecnologia foi desenvolvida pela Cemig em parceria com a Fundação para Inovações Tecnológicas (FITec), com recursos advindos do Programa de Pesquisa e Desenvolvimento da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

O modelo foi feito usando materiais como fibra de vidro e fibra de carbono, tendo como medidas 3,8 metros de envergadura e 1,7 metro de comprimento. A velocidade pode chegar 140 km/h, com autonomia de voo de duas horas.

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Re: Projeto VANT

#1040 Mensagem por LeandroGCard » Qua Fev 15, 2017 7:41 pm

Apesar de levar um passageiro não deixa de ser um drone:
Dubai será a primeira cidade a ter transporte por táxi aéreo autônomo

Drone com capacidade para um passageiro tem autonomia de voo de 23 minutos

Por O Globo, 15/02/2017

RIO - Dubai será a primeira cidade no mundo a permitir o uso de táxis voadores autônomos para transportar passageiros. A novidade começará a circular pelos céus da maior metrópole dos Emirados Árabes Unidos ainda em julho deste ano.

Os veículos serão produzidos pela fabricante chinesa de drones Ehang, que planeja exportar à cidade no Golfo Pérsico um modelo capaz de levar um passageiro e uma mala, com peso máximo de 117kg, a 300 metros do solo e com velocidade de 100km/h. O equipamento voa por 23 minutos antes de ter que recarregar a bateria.

De acordo com a empresa, o drone Ehang 184 será pilotado a partir de um centro de controle, depois que o passageiro informar o destino. Se ocorrer algum problema, os veículos estão programados para pousar na zona segura mais próxima, diz a agência de notícias EFE.

"Não é apenas um modelo, nós realmente testamos esse veículo voando nos céus de Dubai", disse o chefe da agência de transporte, Mattar al-Tayer, de acordo com o jornal britânico "The Telegraph".

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O modelo a ser usado na cidade foi apresentado pela Ehang na edição de 2016 da CES, a maior feira de tecnologia do mundo, que acontece todos os anos, em Las Vegas, nos Estados Unidos. A empresa, com três anos de fundação, começou fabricando drones recreativos.
Não sei como ainda não há aeronaves esportivas (no caso tripuladas, pois de controle remoto já existem) deste tipo. Já se voa com tudo, de asas-delta a aviões esportivos, só falta este tipo de coisa.


Leandro G. Card




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Re: Projeto VANT

#1041 Mensagem por Túlio » Dom Fev 26, 2017 10:40 am

Alemanha estende contrato de leasing do Heron, que alcançou
30 mil horas de voo operacional no Afeganistão


Os sistemas Heron de vigilância aérea não tripulada (VANTs) da IAI acabam de completar 30 mil horas de voo operacional na área de "Masar A Sharif", de acordo com relatórios da Força Aérea Alemã, que opera o Heron no Afeganistão. Os VANTs Heron atuam no Afeganistão desde 2010 sob o contrato de leasing da IAI assinado pela Agência de Aquisição de Defesa Alemã (BAAInBw) e pela Airbus DS Airborne Solutions GmbH, subsidiária da Airbus Defence and Space.

Esse importante marco demonstra as diversas capacidades do Heron para executar missões operacionais em terrenos desafiadores. O Heron foi designado para tarefas táticas e estratégicas de longo prazo, podendo voar em condições atmosféricas severas, comportar grande quantidade de carga e transferir informação ao vivo para forças em campo e responsáveis por tomadas de decisão. Durante seus muitos anos de atividade no Afeganistão, o Heron serviu vários outros aliados da NATO, entre os quais a França, o Canadá e a Austrália.

Graças ao considerável sucesso operacional do Heron no Afeganistão ao longo dos anos e à decisão do governo alemão de prolongar sua permanência no Afeganistão, um contrato adicional de leasing foi fornecido ao Exército alemão para operar o Heron no Afeganistão durante mais um ano, até fevereiro de 2018.

O vice-presidente executivo da IAI e gerente geral do Military Aircraft Group, Shaul Shahar, declarou: "Nossa conexão com a Força Aérea Alemã é naturalmente da mais alta importância, e estamos orgulhosos de continuar a prover uma solução operacional juntamente com a excelente cooperação que temos com a Airbus".

Em vista das operações bem-sucedidas no Afeganistão, a Força Aérea Alemã atualmente opera o Heron em Mali como parte da missão de policiamento da ONU.




"Na guerra, o psicológico está para o físico como o número três está para o um."

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Re: Projeto VANT

#1042 Mensagem por Wingate » Ter Jun 20, 2017 11:59 am

Drone 'espião' brasileiro pode prevenir situações de perigo;


Robô voa de forma autônoma, sem necessidade de controle remoto. Ele pode tomar medidas de segurança sozinho e evitar situações de perigo.

http://www.techtudo.com.br/noticias/201 ... heca.ghtml

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Re: Projeto VANT

#1043 Mensagem por Wingate » Ter Out 24, 2017 3:25 pm

‘Drones kamikaze’ da Turquia estão prontos para a ação


http://www.forte.jor.br/2017/10/24/dron ... para-acao/




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Re: Projeto VANT

#1044 Mensagem por Justin Case » Dom Mar 11, 2018 7:09 am

Olá, amigos.

VANT Caçador ativo novamente.



http://ultimosegundo.ig.com.br/policia/ ... iental.htm

Abraços,

Justin




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Re: Projeto VANT

#1045 Mensagem por FCarvalho » Dom Mar 11, 2018 1:17 pm

Bom, parece que finalmente DFP e FAB resolveram se entender. Quem foi que cedeu dessa vez?

abs.




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Re: Projeto VANT

#1046 Mensagem por Justin Case » Qui Mar 22, 2018 10:44 pm

Olá, amigos.

Uma reportagem sobre o ARP Caçador da Avionics (IAI Heron):

Abraços,

Justin




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Re: Projeto VANT

#1047 Mensagem por FCarvalho » Qui Mar 22, 2018 11:33 pm

Eu não entendi. A PMSP comprou o Heron I fabricado aqui? Ele já foi homologado?
Qual a situação real do modelo operado pelo DPF?
Em tempo, a Avibrás continua tocando sozinha o seu ARP Falcão?

abs.




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Re: Projeto VANT

#1048 Mensagem por cabeça de martelo » Sáb Abr 07, 2018 10:28 am

Agora há um drone com paraquedas integrado. E pode vir a ajudar na prevenção dos incêndios

A Dragon Praxis inspirou-se nos precursores do Exército para criar um drone ao qual foi acrescentado um paraquedas. Mais seguro e capaz de transportar carga, pode vir a ajudar nos incêndios e na monitorização da costa marítima.

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Jorge Tavares é o CTO da Dragon Praxis e o responsável pela ideia de um drone com paraquedas. Mas engana-se quem pensar que se lembrou disto agora. A ideia vem desde os seus tempos no Exército e, para isso, é preciso recuar quase 20 anos.

“Esta ideia surgiu já há muitos anos, estava eu ainda ao serviço no Exército. Na altura falava-se muito sobre os UAV [Unmanned Aircraft Vehicle] americanos, em Portugal não se ouvia falar nisso e lembrei-me ‘Vamos fazer um drone, um UAV, aliás. Mas e se ele cai? Pomos-lhe um paraquedas! E se o paraquedas não abre? Então o melhor é levantar voo já com o paraquedas aberto’, começa por contar Jorge. “Foi isto que esteve na origem do nosso Remotely Piloted Aircraft System, um sistema que é naturalmente estável e naturalmente seguro, como qualquer paramotor que vemos hoje tripulado, a voar nas praias”.

“No nosso Exército temos algumas forças de elite e uma delas chama-se precursores, que são os primeiros a saltar. É uma força restrita dos paraquedistas, que tem de saltar na escuridão, sem nenhum apoio, e são os primeiros a chegar ao solo. Vão segurar uma determinada área para depois haver um desembarque dos paraquedistas. Havendo um precursor humano é sempre um risco. Porque não fazer um precursor que seja mecânico? Foi assim que surgiu esta ideia do paraquedas. Temos um paraquedas que é estável, é seguro, e temos a possibilidade de o utilizar naquelas tarefas que seguem a regra dos três D’s: dirty, dull e dangerous [sujas, maçadoras e perigosas].

A ideia em si e os primeiros desenhos surgiram em 1999, mas o caminho foi sendo feito em passos pequenos. A patente foi registada em 2003 e “foi considerada pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial por atividade inventiva de primeira categoria”. No mesmo ano deram-lhes asas para voar: ganharam um concurso de ideias da Agência de Inovação.

Contudo, a legislação existente não permitia que este aparelho andasse pelos céus. Tal só aconteceu em janeiro de 2017. Pelo caminho a Dragon Praxis — enquanto outra empresa — ia tomando corpo e tendo mais e mais ideias.

Agora, a Dragon Praxis é “uma empresa que está a executar uma patente de invenção nacional de um sistema aéreo pilotado remotamente, mais vulgarmente conhecido por drone. É um sistema que se diferencia pela sua segurança intrínseca e pela sua estabilidade natural. Caso haja um problema com a propulsão, com o controle, tudo se comporta como um paraquedas que vem até ao solo. O nosso lema é a segurança em primeiro lugar”, diz Jorge. O modo de funcionamento deste drone é bastante específico. “Basicamente nós temos dois tipos de monitorização: elétrica ou a gasolina. O drone pode levantar voo rolando numa pista ou, melhor ainda, pode levantar voo de um atrelado ou do tejadilho de um jipe. Grande parte da utilização que nós prevemos para este sistema é realmente em sítios ermos, fora de pistas e de aeródromos, onde é mais necessário. Normalmente junto de florestas, bombeiros, monitorização da costa e do mar, em locais em que não temos um aeródromo por perto e é necessário que o operador tenha possibilidade de o colocar no ar. Portanto pode levantar voo por tração, a partir de uma viatura”, esclarece.

“Este sistema chama-se PRX25: PRX quer dizer precursor, 25 porque tem a ver com o peso máximo à descolagem, de 25 quilos”. E, com isto, o que se pode fazer na prática? Para já, a grande aposta está relacionada com os incêndios que se fizeram sentir um pouco por todo o país, em 2017.

“Neste momento temos dois protótipos, temos mais de 100 horas de testes de voo. Queremos começar, já nos próximos meses, a fazer prestação de serviços, nomeadamente numa área que achamos que é muito importante, que é a área da proteção florestal. Antes do combate aos incêndios há a recolha das informações, no inverno, sobre as localizações que queremos proteger; há a dissuasão ao banditismo que tem de ser tomada em consideração como uma das proteções para a floresta”, explica o fundador.

“A fase seguinte é estar pronto a prestar socorro aos próprios operacionais que estão no terreno e, para além disso, constituir uma rede de comunicações autónoma na área em que está a ocorrer um incêndio. Ou seja, esse sistema pode constituir-se num satélite superficial, numa estação base que está suspensa a colocar todos os elementos que integram o cenário de combate aos incêndios, de modo a integrá-los todos numa rede independente de infraestruturas, que pode ser rapidamente projetada para o local. E, mais do que isso, este é um sistema que pode ser pilotado após pouco mais de 40 horas de treino por um elemento da Proteção Civil ou por um elemento dos bombeiros”.

Uma das vantagens da utilização destes aparelhos é o preço. “As aeronaves que são utilizadas no combate aos incêndios levam em média, por uma hora de voo, 1800 euros. A hora de voo para estes sistemas fica por volta dos 200€”. Contudo, a aposta da Dragon Praxis é na prevenção e não tanto no combate.

Já no que diz respeito à costa portuguesa, as utilizações deste drone com paraquedas podem ser variadas. “Uma das aplicações relativas ao mar são as buscas e salvamento. Podemos pôr um sistema destes à procura de náufragos e, eventualmente, a mandar botes insufláveis ou a localizá-los a qualquer hora do dia ou da noite. A vantagem de um sistema destes de navegação é que não tem um piloto lá em cima, não há risco para o piloto. A partir do momento em que a própria aviação tripulada não voa à noite em baixas altitudes, o risco de colisão é muito reduzido. Será uma boa opção a partir do momento em que sabemos que houve um naufrágio na costa portuguesa, não corremos risco maior ao enviar um sistema destes, porque as pessoas já estão em perigo. Só temos a ganhar com isso”, diz.

Contudo, há ainda alguns pormenores a serem afinados. O sistema de 25 quilos condiciona ainda o transporte de bens e, além disso, a autonomia do aparelho ainda é reduzida: uma hora se o sistema for elétrico e três horas se funcionar a gasolina. Mas dá-se um passo de cada vez. “Depois de termos um histórico de um sistema de 25 quilos, facilmente obtemos as certificações para os sistemas de 35 quilos, em que poderemos já estar seis horas sem ser reabastecidos. A tecnologia que nos permite controlar um sistema de 25 quilos mais facilmente controla um sistema de 600 quilos, dos quais 400 poderão ser carga útil. A tecnologia de controlo é a mesma”.

O grande sonho da Dragon Praxis é continuar a crescer. “Queremos que este sistema se espalhe e seja de utilização generalizada, a começar com o PRX25, evoluindo depois para o PRX35, PRX60 e por aí fora, seja na proteção das pessoas — que é essencial —, seja na proteção dos bens e na melhoria da qualidade de vida e de segurança das pessoas”, remata Jorge, convicto.





"Lá nos confins da Península Ibérica, existe um povo que não governa nem se deixa governar ”, Caio Júlio César, líder Militar Romano".

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Re: Projeto VANT

#1049 Mensagem por Zelhos » Sáb Abr 07, 2018 10:36 pm

FCarvalho escreveu:Eu não entendi. A PMSP comprou o Heron I fabricado aqui? Ele já foi homologado?
Qual a situação real do modelo operado pelo DPF?
Em tempo, a Avibrás continua tocando sozinha o seu ARP Falcão?

abs.
Parece que está sim, a Avibrás deu destaque ao projeto na última LAAD.




Um dia é da caça... o outro do caçador...


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Re: Projeto VANT

#1050 Mensagem por gabriel219 » Qua Abr 11, 2018 1:06 pm

Desculpem minha ignorância, mas uma coisa que não entendo:

Um Predator possui cerca de 29 horas de capacidade de vôo e alcance de pouco mais de 1,100 km de alcance. Já o Heron é dito entre 40-56 capacidade de duração de vôo mas o alcance é dito que seria de 350 km.

Uma coisa não tem nada a ver com a outra ou é mesmo uma ocultação de capacidade?




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