gabriel219 escreveu: ↑Sáb Jan 18, 2020 3:51 pm
As sanções a Turquia por causa dos S-400 não foi a compra em si dos sistemas, mas sim um possível uso obscuro dos Russos para ver como atuar com o S-400 contra os F-35 que a mesma receberia.
AAe de Longo Alcance pra mim seria o Barak-ER.
Sabe dizer se o Barak ER contempla só o missil com booster para alcance de 150km, ou contempla misseis de menor alcance sem booster? E a proteção dessas baterias? Algo tipo Pantsir?
Não.
O Barak - aqui falo somente o míssil - possui 35 km de alcance e tem duas opções de booster, para torna-lo médio alcance (70 km) e longo alcance (150 km). No caso de um sistema igual o Pantsir, eu utilizaria o míssil Tamir (Iron Dome) como se fosse um 57E6, sendo que o Tamir pode até ter um uso melhor perante a ataques de saturação, pois é um míssil autônomo, que dispensa uso de radar diretor de tiro. Uma adaptação na TORC é possível, como seria nesta imagem:
Apenas dispenso aqui o radar diretor de tiro, colocaria quatro mísseis Tamir em cada lado, uma versão menor e com maior altura de detecção do M60, parecido com o Giraffe e está pronto pro combate. Colocaria também, mas na viatura, interferidores de drones, para jammea-los. Sem contar com o EO/IR, para direcionar mísseis e o canhão, quando estiver em modo furtivo com o radar e o jammer desligado. Além disso, pensaria na possibilidade de utilizar dois mísseis anticarro para autodefesa, sendo um em cima de cada "casulo", que conterá quatro mísseis antiaéreos.
Isso protegeria uma Brigada Blindada ou Mecanizada sem problemas. A mesma torre, porém utilizando RBS-70 e Mistral/Igla-S/Verba (dou preferência ao primeiro, pelo alcance e efetividade) no lugar dos mísseis Tamir também poderia servir para defesa orgânica dos BIMec, RCMec e BIB/RCC ou RCB.
Cada míssil Tamir custa cerca de US$ 100-150 mil e tem um alcance de 40 km - o que chega a ser incrível pra um míssil que é do mesmo tamanho do Derby -, vejo como candidato ideal para isso. Também não vejo impedimento dos Israelenses em permitir uma fabricação licenciada, já que é exatamente isso que irá ocorre no EUA, através da Lockheed.
Sabe dizer se o Barak ER contempla só o missil com booster para alcance de 150km, ou contempla misseis de menor alcance sem booster? E a proteção dessas baterias? Algo tipo Pantsir?
Não.
O Barak - aqui falo somente o míssil - possui 35 km de alcance e tem duas opções de booster, para torna-lo médio alcance (70 km) e longo alcance (150 km). No caso de um sistema igual o Pantsir, eu utilizaria o míssil Tamir (Iron Dome) como se fosse um 57E6, sendo que o Tamir pode até ter um uso melhor perante a ataques de saturação, pois é um míssil autônomo, que dispensa uso de radar diretor de tiro. Uma adaptação na TORC é possível, como seria nesta imagem:
Apenas dispenso aqui o radar diretor de tiro, colocaria quatro mísseis Tamir em cada lado, uma versão menor e com maior altura de detecção do M60, parecido com o Giraffe e está pronto pro combate. Colocaria também, mas na viatura, interferidores de drones, para jammea-los. Sem contar com o EO/IR, para direcionar mísseis e o canhão, quando estiver em modo furtivo com o radar e o jammer desligado. Além disso, pensaria na possibilidade de utilizar dois mísseis anticarro para autodefesa, sendo um em cima de cada "casulo", que conterá quatro mísseis antiaéreos.
Isso protegeria uma Brigada Blindada ou Mecanizada sem problemas. A mesma torre, porém utilizando RBS-70 e Mistral/Igla-S/Verba (dou preferência ao primeiro, pelo alcance e efetividade) no lugar dos mísseis Tamir também poderia servir para defesa orgânica dos BIMec, RCMec e BIB/RCC ou RCB.
Cada míssil Tamir custa cerca de US$ 100-150 mil e tem um alcance de 40 km - o que chega a ser incrível pra um míssil que é do mesmo tamanho do Derby -, vejo como candidato ideal para isso. Também não vejo impedimento dos Israelenses em permitir uma fabricação licenciada, já que é exatamente isso que irá ocorre no EUA, através da Lockheed.
Obrigado Gabriel pela resposta, acredito que falando de longo alcance para as 3 forças, convergimos em algo como o Barak ER ou S350 em plataforma Tatra / Astros e no caso da MB em container.
O problema que vejo é nas camadas mais próximas das baterias e em saturação. Cada força tem uma preferência e uso. Sei que é pedir bastante, porem em sequencia ou juntamente deveria vir junto visando isso um sistema de proteção as baterias de medio longo alcance.
Sobre o upgrade da tork30 com tamir e anticarro ideia top, só acredito que um canhão com mesmo calibre e mais cadencia seria crucial, juntamente com drone / guerra eletronica. Inclusive nas novas corvetas serão muito bem armadas, porem esta faltando um canhão de alta cadencia. Atendendo as 3 forças ficaria top neste quesito.
Re: O futuro da AAAe no Brasil
Enviado: Seg Fev 10, 2020 1:53 am
por gabriel219
Eu sinceramente não considero Mistral, Igla e RBS como sistemas Anti-PGM. Confio muito mais num Mix de canhão 35 mm e mísseis Tamir, deixando os mísseis citados para função de autoproteção orgânica AAe para tropas leves/mecanizadas.
Re: O futuro da AAAe no Brasil
Enviado: Seg Fev 10, 2020 4:03 pm
por yuri
gabriel219 escreveu: ↑Seg Fev 10, 2020 1:53 am
Eu sinceramente não considero Mistral, Igla e RBS como sistemas Anti-PGM. Confio muito mais num Mix de canhão 35 mm e mísseis Tamir, deixando os mísseis citados para função de autoproteção orgânica AAe para tropas leves/mecanizadas.
Concordo contigo, pois o foco é proteção das baterias de longo alcance contra ataques de saturação, as mesmas estarão protegendo outros alvos, fixos.
Re: O futuro da AAAe no Brasil
Enviado: Qua Fev 19, 2020 5:56 pm
por FCarvalho
Estudo Conceitual Distribuição Material AAe Nivel Bgda Infantaria
- Brigada de Infantaria (Lv, Slv, Amv, Pqdt e Mth)
Material de Emprego: Igla S
Plano Organizacional:
1. Comando / Companhia Comando da Brigada – 3
2. Batalhão de Infantaria Leve - 15
3. Batalhão de Infantaria Leve - 15
4. Batalhão de Infantaria Leve - 15
5. Grupo de Artilharia de Campanha Leve – 12
6. Batalhão Logístico Leve – 15
7. Esquadrão de Cavalaria Leve – 4
9. Companhia de Engenharia de Combate Leve – 3
10. Companhia de Comunicações Leve – 3
11. Pelotão de Polícia do Exército
Quantidade: 85
Opiniões?
abs
Re: O futuro da AAAe no Brasil
Enviado: Ter Mar 17, 2020 2:31 pm
por arcanjo
Novo material aumenta capacidade de defesa à baixa altura do 12º Grupo de Artilharia Antiaérea de Selva
FCarvalho escreveu: ↑Qua Fev 19, 2020 5:56 pm
Estudo Conceitual Distribuição Material AAe Nivel Bgda Infantaria
- Brigada de Infantaria (Lv, Slv, Amv, Pqdt e Mth)
Material de Emprego: Igla S
Plano Organizacional:
1. Comando / Companhia Comando da Brigada – 3
2. Batalhão de Infantaria Leve - 15
3. Batalhão de Infantaria Leve - 15
4. Batalhão de Infantaria Leve - 15
5. Grupo de Artilharia de Campanha Leve – 12
6. Batalhão Logístico Leve – 15
7. Esquadrão de Cavalaria Leve – 4
9. Companhia de Engenharia de Combate Leve – 3
10. Companhia de Comunicações Leve – 3
11. Pelotão de Polícia do Exército
Quantidade: 85
Opiniões?
abs
15 mísseis por Batalhão de Infantaria Leve? A doutrina preconiza que cada unidade do tipo possua um Grupo de Autodefesa Antiaérea, com três peças (posto de tiro/
lançador e guarnição) de mísseis antiaéreos.
Re: O futuro da AAAe no Brasil
Enviado: Ter Mar 17, 2020 10:17 pm
por FCarvalho
Alfa BR escreveu: ↑Ter Mar 17, 2020 9:04 pm
15 mísseis por Batalhão de Infantaria Leve? A doutrina preconiza que cada unidade do tipo possua um Grupo de Autodefesa Antiaérea, com três peças (posto de tiro/lançador e guarnição) de mísseis antiaéreos.
Olá Alfa BR.
Grato pela informação. Até onde eu sabia a defesa AAe em nível Btl Inf era feita pelas Bia AAe das brigadas.
O conceito teórico acima que apresentei leva em consideração um Bia por companhia de infantaria, no caso, 5 mísseis por OM totalizando os 15.
Podes me dizer de quando é esta doutrina a que te referes?
Só para confirmar, estou falando do Igla e não do RBS-70.
Alias, em um vídeo que assisti e que mostra o treinamento anual da AAe em Formosa, cada Igla teria uma guarnição de 4 homens. Isso procede?
Para um sistema que foi basicamente inventado para ser operado por no máximo dois homens o EB dotá-lo com 4 é no mínimo questionável. Se bem que por aqui os Igla são usados em Bia de Art AAe e não como armas da infantaria de autodefesa.
Mísseis Shorad para grupo de art AAe.
Bem, já é melhor que nada.
Na torcida para que essa conversa de sistemas de AAe conjuntos de médio e longo alcance dê em alguma coisa concreta.
Antes tarde do que nunca.
abs
Re: O futuro da AAAe no Brasil
Enviado: Ter Mar 17, 2020 11:32 pm
por Viktor Reznov
Eu me espanto do tamanho do trambolho que é o RBS-70, pra uma um alcance e altitude de engajamento tão medíocres.
Alfa BR escreveu: ↑Ter Mar 17, 2020 9:04 pm
15 mísseis por Batalhão de Infantaria Leve? A doutrina preconiza que cada unidade do tipo possua um Grupo de Autodefesa Antiaérea, com três peças (posto de tiro/lançador e guarnição) de mísseis antiaéreos.
Olá Alfa BR.
Grato pela informação. Até onde eu sabia a defesa AAe em nível Btl Inf era feita pelas Bia AAe das brigadas.
O conceito teórico acima que apresentei leva em consideração um Bia por companhia de infantaria, no caso, 5 mísseis por OM totalizando os 15.
Podes me dizer de quando é esta doutrina a que te referes?
Só para confirmar, estou falando do Igla e não do RBS-70.
Alias, em um vídeo que assisti e que mostra o treinamento anual da AAe em Formosa, cada Igla teria uma guarnição de 4 homens. Isso procede?
Para um sistema que foi basicamente inventado para ser operado por no máximo dois homens o EB dotá-lo com 4 é no mínimo questionável. Se bem que por aqui os Igla são usados em Bia de Art AAe e não como armas da infantaria de autodefesa.
abs
FCarvalho isso consta no manual da Companhia de Comando e Apoio - C 7-15 de 2002 e no manual do Batalhão de Infantaria Leve - IP 7-35 de 1996. Note que são orientações sobre como deveria ser, não como é (no EB tem uma diferença bem grande entre o que tá na doutrina e o que é na prática).
Transcrevendo como tá no IP 7-35:
- Grupo de Autodefesa Antiaérea, com 4 peças ***não 3 como eu havia dito*** (posto de tiro/
lançador e guarnição) de mísseis AAe.
A guarnição é mesmo de 4 homens como consta no final ao descrever as cargas para transporte por helicopteros:
Cargas tipo (exemplos)
(1) Para cada homem - 100 kg (1 espaço)
(2) Peça Mrt L
(a) Guarnição ............................ 400 kg
(b) Armamento........................... 50 kg
(c) Munição ............................... 36 kg
(d) Total ..................................... 492 kg (5 espaços)
(3) Peça Mrt Me
(a) Guarnição ............................. 400 kg(b) Armamento 60 kg
(c) Munição ............................... 90 kg
(d) Total ..................................... 550 kg (6 espaços)
(4) Peça Msl AAe e Peça Msl AC
(a) Guarnição ............................. 300 kg
(b) Armamento........................... 40 kg
(c) Total ..................................... 370 kg (4 espaços ***4 homens***)
(5) Peça Mtr 7,62 mm
(a) Guarnição ............................. 200 kg
(b) Armamento........................... 27 kg
(c) Munição ............................... 33 kg
(d) Total ..................................... 260 kg (3 espaços)
Re: O futuro da AAAe no Brasil
Enviado: Qua Mar 18, 2020 10:26 am
por Brasileiro
Viktor Reznov escreveu: ↑Ter Mar 17, 2020 11:32 pm
Eu me espanto do tamanho do trambolho que é o RBS-70, pra uma um alcance e altitude de engajamento tão medíocres.
8 km de alcance e 5 de altitute... Acho que para as dimensões do míssil não tem como esperar mais que isso. Sendo um míssil de tripé, ainda oferece desempenho superior ao Mistral.
Na minha opinião, o EB deveria considerar um sistema efetivo de baixa altitude, com estações de tiro e guiamento automatizadas, mais efetivas contra drones e mísseis de cruzeiro.
O radar já temos, agora ponham isso no lombo de um IVECO 4x4 e distribuam para os GAAAe. Próxima parada, sistema de média altura.
Re: O futuro da AAAe no Brasil
Enviado: Qua Mar 18, 2020 2:54 pm
por FCarvalho
Olá Alfa BR,
Estes manuais, um conta com 18 anos, o outro com 24 anos. Já não passou da hora de atualizá-los? Aliás, sequer conseguimos, ao que parece, dotar as OM com os materiais neles designados.
Muita coisa aconteceu no mundo durante esse tempo, mas nós ficamos na mesma, pelo menos do ponto de vista organizacional e doutrinário.
4 Manpad por Btl não é pouco em tempos de supremacia aérea e VANT de todos os tipos se espalhando pelo TO feito praga do Egito, e mais ainda agora com capacidade de ataque?
Manpads sempre foram armas de auto defesa para nível subunidade. Mas os nossos estão dotando grupos de artilharia desde o começo. No mais, nenhuma outra OM de qualquer tipo é ou possui proteção AAe neste nível.
Como explicar, fora a questão financeira, tal diferença entre o que se faz aqui e o que se vê lá fora no mundo real?
Um Igla não é exatamente um sistema caro de se comprar e manter.
abs
Re: O futuro da AAAe no Brasil
Enviado: Qua Mar 18, 2020 2:56 pm
por FCarvalho
Brasileiro escreveu: ↑Qua Mar 18, 2020 10:26 am
8 km de alcance e 5 de altitute... Acho que para as dimensões do míssil não tem como esperar mais que isso. Sendo um míssil de tripé, ainda oferece desempenho superior ao Mistral.
Na minha opinião, o EB deveria considerar um sistema efetivo de baixa altitude, com estações de tiro e guiamento automatizadas, mais efetivas contra drones e mísseis de cruzeiro.
O radar já temos, agora ponham isso no lombo de um IVECO 4x4 e distribuam para os GAAAe. Próxima parada, sistema de média altura.
Ao menos para formar/manter doutrina já estaria de ótimo tamanho para colocar nos Guarani/LMV e tentar prover à cav e inf mec alguma defesa AAe minimamente séria.
Até uma simples Remax com 1 ou 2 tubos do RBS-70 anexos a mtr .50 já fariam uma baita diferença. O Igla e seus sucessores na Rússia possuem sistemas que poderiam ser adaptados na Remax também, com 4 mísseis ou até mais se fizerem uma adaptação para uma Remax AAe.
abs
Re: O futuro da AAAe no Brasil
Enviado: Qua Mar 18, 2020 3:22 pm
por Brasileiro
FCarvalho escreveu: ↑Qua Mar 18, 2020 2:56 pm
Ao menos para formar/manter doutrina já estaria de ótimo tamanho para colocar nos Guarani/LMV e tentar prover à cav e inf mec alguma defesa AAe minimamente séria.
Até uma simples Remax com 1 ou 2 tubos do RBS-70 anexos a mtr .50 já fariam uma baita diferença. O Igla e seus sucessores na Rússia possuem sistemas que poderiam ser adaptados na Remax também, com 4 mísseis ou até mais se fizerem uma adaptação para uma Remax AAe.
abs
Teoricamente, com a chegada dos Igla-S e RBS-70, o EB já bancou a substituição dos Bofors C60 e Oerlikon 35 mm. Agora, ainda temos os FILA/Bofors 40 mm, que são dotação principal dos GAAAe, já muito desatualizados e desgastados, talvez com baixa disponibilidade. Minha ideia é que estes últimos sejam substituídos pelo MSHORAD+LMV, com radar SABER M-60.
E sinceramente acho que valeria a pena também investir na modernização dos Gepard, com novos sensores e integração de RBS-70, ao mesmo estilo MSHORAD.
Com isso, estaria completo o nosso sistema de defesa de baixa altura, com todas as unidades minimamente equipadas com equipamento minimamente atual. O que ficaria faltando seria o de média altura, que deveria nascer (acredito que o plano era este) da integração do SABER M-200 com o CAMM, montado em veículo igual ao do ASTROS-2020.