Re: GEOPOLÍTICA
Enviado: Dom Nov 29, 2009 11:09 pm
Brasil - Irã
Defesa@Net 29 Novembro 2009
WP 27 Novembro 2009
A incômoda abertura do Brasil para o Irã
Por que o presidente do Brasil ofereceu um tapete vermelho para Mahmoud Ahmadinejad
Durante vários anos, a política dos EE.UU. na América Latina foi direcionada a criação de uma parceria com o Brasil. Da mesma forma que o governo Bush anteriormente, a administração de Obama vê o maior país da América Latina como uma superpotência emergente cujo dinamismo econômico e democracia relativamente estável o torna um aliado natural. Mas o potencial do Brasil tem sido freqüentemente superestimado no passado, um velho ditado diz que vai ser sempre o país do futuro. E esta semana o seu presidente popular, mas errático, Luiz Inácio Lula da Silva, está fazendo o seu melhor para provar a afirmação dos cínicos.
Na segunda-feira Lula literalmente deu um abraço de urso ao presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, que assim registrou um grande avanço em seu esforço para impulsionar sua posição instável nas relações domésticas e internacionais. Liderando um regime extremista que é rejeitado pela maioria dos iranianos - e que acabou rejeitando a um acordo sobre o seu programa nuclear ilegal - O presidente iraniano saiu ao exterior em busca de amigos. Ele encontrou alguns: Gâmbia e Senegal, na África, e a Venezuela de Hugo Chávez, junto com dois de seus satélites, Bolívia e Nicarágua.
A turnê de Ahmadinejad no mundo teria siso vista como patética e serviria para sublinhar a crescente isolamento de seu grupinho linha-dura, se não fosse a acolhida calorosa do Sr. Lula. Quando até mesmo a Rússia está discutindo publicamente novas sanções contra Teerã, o governo brasileiro assinou 13 acordos de cooperação com o regime, o que levou o Sr. Ahmadinejad, a prever que o comércio bilateral iria crescer quinze vezes.
Lula não tinha nada a dizer sobre a sangrenta repressão do movimento pró-iraniano de reforma da democracia, ou a negação de Ahmadinejad sobre o Holocausto e o direito de Israel a existir. Em vez disso, ele declarou que o Irã tem o direito ao seu programa nuclear. Ahmadinejad, por sua vez, endossou a proposta do Brasil a um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU.
Lula mostrou ao Ocidente porque seria prudente manter essa cadeira em espera. Seus defensores dizem que ele convidou o presidente iraniano, porque ele aspira a paz no Oriente Médio. Se assim for, o presidente brasileiro simplesmente demonstrou a sua ignorância sobre a região. A facção da Guarda Revolucionária que Ahmadinejad representa, é a força mais implacável na oposição a um acordo árabe- israelense, é por isso que defende o terrorismo do Hamas e do Hezbollah. O abraço do Sr. Lula em Ahmadinejad não irá mudar seu fanatismo, mas pode torná-lo mais forte. Ele também irá assegurar que qualquer tentativa do Brasil para intervir no Médio Oriente vai ser dispensada por Israel e os principais governos árabes.
O Brasil já pode ter se tornado uma potência regional, as políticas nacionais sensíveis do Sr. Lula o tornaram mais forte. Mas se for para adquirir influência global, o Brasil terá que reformar o anacrônico terceiro-mundismo que demonstra a sua política externa. Ao abraçar párias, como Ahmadinejad ou a tentativa de se posicionar entre o Ocidente democrático e os Estados mais detestáveis e desonestos do mundo, o Brasil vai simplesmente garantir que continua ainda a ser o país do futuro.
Defesa@Net 29 Novembro 2009
WP 27 Novembro 2009
A incômoda abertura do Brasil para o Irã
Por que o presidente do Brasil ofereceu um tapete vermelho para Mahmoud Ahmadinejad
Durante vários anos, a política dos EE.UU. na América Latina foi direcionada a criação de uma parceria com o Brasil. Da mesma forma que o governo Bush anteriormente, a administração de Obama vê o maior país da América Latina como uma superpotência emergente cujo dinamismo econômico e democracia relativamente estável o torna um aliado natural. Mas o potencial do Brasil tem sido freqüentemente superestimado no passado, um velho ditado diz que vai ser sempre o país do futuro. E esta semana o seu presidente popular, mas errático, Luiz Inácio Lula da Silva, está fazendo o seu melhor para provar a afirmação dos cínicos.
Na segunda-feira Lula literalmente deu um abraço de urso ao presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, que assim registrou um grande avanço em seu esforço para impulsionar sua posição instável nas relações domésticas e internacionais. Liderando um regime extremista que é rejeitado pela maioria dos iranianos - e que acabou rejeitando a um acordo sobre o seu programa nuclear ilegal - O presidente iraniano saiu ao exterior em busca de amigos. Ele encontrou alguns: Gâmbia e Senegal, na África, e a Venezuela de Hugo Chávez, junto com dois de seus satélites, Bolívia e Nicarágua.
A turnê de Ahmadinejad no mundo teria siso vista como patética e serviria para sublinhar a crescente isolamento de seu grupinho linha-dura, se não fosse a acolhida calorosa do Sr. Lula. Quando até mesmo a Rússia está discutindo publicamente novas sanções contra Teerã, o governo brasileiro assinou 13 acordos de cooperação com o regime, o que levou o Sr. Ahmadinejad, a prever que o comércio bilateral iria crescer quinze vezes.
Lula não tinha nada a dizer sobre a sangrenta repressão do movimento pró-iraniano de reforma da democracia, ou a negação de Ahmadinejad sobre o Holocausto e o direito de Israel a existir. Em vez disso, ele declarou que o Irã tem o direito ao seu programa nuclear. Ahmadinejad, por sua vez, endossou a proposta do Brasil a um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU.
Lula mostrou ao Ocidente porque seria prudente manter essa cadeira em espera. Seus defensores dizem que ele convidou o presidente iraniano, porque ele aspira a paz no Oriente Médio. Se assim for, o presidente brasileiro simplesmente demonstrou a sua ignorância sobre a região. A facção da Guarda Revolucionária que Ahmadinejad representa, é a força mais implacável na oposição a um acordo árabe- israelense, é por isso que defende o terrorismo do Hamas e do Hezbollah. O abraço do Sr. Lula em Ahmadinejad não irá mudar seu fanatismo, mas pode torná-lo mais forte. Ele também irá assegurar que qualquer tentativa do Brasil para intervir no Médio Oriente vai ser dispensada por Israel e os principais governos árabes.
O Brasil já pode ter se tornado uma potência regional, as políticas nacionais sensíveis do Sr. Lula o tornaram mais forte. Mas se for para adquirir influência global, o Brasil terá que reformar o anacrônico terceiro-mundismo que demonstra a sua política externa. Ao abraçar párias, como Ahmadinejad ou a tentativa de se posicionar entre o Ocidente democrático e os Estados mais detestáveis e desonestos do mundo, o Brasil vai simplesmente garantir que continua ainda a ser o país do futuro.