Re: [Edit] F-X-2 agora é OFICIAL, confira a partir da Pg 310!
Enviado: Seg Fev 09, 2009 11:06 pm
Ciclone, infelizmente o filho do CM esta na UTI, há um tópico lá nos gerais, por isso ele não tem aparecido.
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cicloneprojekt escreveu:Eu estou achando que os americanos começaram a querer avacalhar com tudo o que eles mesmos prometeram no RFP/RFI, e não deram garantias, ou começaram mesmo a mandar parar aquele e aquele outro projeto ali..., a FAB ficou Puta da Vida, foi dar uma olhada na proposta francesa, percebeu que os frannçuá estavam agindo como a última bolacha do pa-k-te, e tudo isso junto emputeceu ao quadrado o NJ que resolveu dar um recado que ainda tinha umas cartas na manga...
pois é..., eu acho que foi agora mesmo que a onça foi beber água...
Perfeito!!!Eu acho isso também, um Blefe para deixar bem claro aos pertencentes a short list que se vierem de sacanagem, tirando ou desdizendo os acordos de cavalheiros (conversados) na hora de passar para o papel, as coisas podem mudar....cicloneprojekt escreveu:Eu estou achando que os americanos começaram a querer avacalhar com tudo o que eles mesmos prometeram no RFP/RFI, e não deram garantias, ou começaram mesmo a mandar parar aquele e aquele outro projeto ali..., a FAB ficou Puta da Vida, foi dar uma olhada na proposta francesa, percebeu que os frannçuá estavam agindo como a última bolacha do pa-k-te, e tudo isso junto emputeceu ao quadrado o NJ que resolveu dar um recado que ainda tinha umas cartas na manga...
pois é..., eu acho que foi agora mesmo que a onça foi beber água...
Isso é muito relativo viu Vinicius!!!A gente olhar por um só prisma dá mesmo essa impressão!!!Mas veja bem, os EUA até hoje não cumpriu totalmente o acordo no projeto SIVAM, a Alemanha não cumpriu o acordo nas nucleares... sem deixar de esquecer as restrições feitas aos armamentos Chilenos por parte do governo Yankes(após tudo acordado)...Quando eles deixam de cumprir seus acordos nunca são postos em xeque,pois, é uma visão política da coisa!!!A gente tem que aprender a observar as coisas pelo prisma político também,pois, estamos buscando parcerias, e não é pura e simplesmente uma licitação governamental qualquer!!!....A gente tem que deixar de ser menino!!!Sem comparação com os FX anterior, que ao contrário desse, me pareceu uma simples compra de prateleira....Esse parece ser mais ousado, diga-se o investimento do governo na Avibras e a criação de golden Share para as indústrias de Defesa!!!....Algo surpreendente, que se for mesmo levado à diante, pode revolucionar nossa industria de Defesa.Vinicius Pimenta escreveu:Mais interessante é o que esse "recado", se é que é um recado e não pisada de bola do Jobim como bem disse o Bourne, dá outros recados piores sobre o processo, sua seriedade e capacidade de condução pelo governo brasileiro.
Como já cansei de falar por aqui, um processo histórico não é normal ou certo, nem anormal ou errado, o que não podemos fazer é fantasiar a realidade. O processo do FX-2 não tem regras, ele é uma decisão política, um processo político, e é o que estamos assistindo. Quer dizer não existem regras para nos basear.Vinicius Pimenta escreveu:Não, não é utopia. É o que ocorre em um país sério e um governo idem. Infelizmente não é o nosso caso. Eu JAMAIS disse que não deve haver nenhum componente político. Pelo contrário, deve sim, mas não pode haver uma briga entre os dois lados. FAB e MD estão do mesmo lado e não um contra o outro. Onde já se viu um querer "passar rasteira" no outro?PRick escreveu:No mundo das utopias suas afirmações teriam sentido, mas no mundo real, podemos alinhar o seguinte, o governo atual, como o passado, são alianças, e de modo nenhum um bloco monolítico. Me lembro do célebre episódio do grampo no BNDES, em que um parte do governo espionava a outra, era o bando dos neocons, contra o bando dos desenvolvimentistas, e toda aquela bagunça que foram as privatizações.
Assim, o atual governo tem o mesmo problema, quer dizer correntes internas, e até são mais calmas que as do governo anterior, no entanto, agem muitas vezes de forma autofágica, e fica difícil para o Presidente agir sempre com mão de ferro, a cada declaração ou atitude de picuinha política. Só o faz quando a coisa extrapola, como nesse caso todos extrapolaram, mas dentro do figurino, o Presidente não irá tomar qualquer atitude agora, mas pode ser que isso tenha repercussão na decisão final, a FAB agiu de forma precipitada, atrapalhou o processo, para mim finalistas são 02 e somente isso, mas porque antecipar o processo? Não era nencessário divulgar a Shor List de forma como foi feita. Poderia ter deixando mais gente, e afunilar o preocesso agora. Não estamos mais escolhendo apenas caças, a FAB pode se dar a esse luxo, o governo tem que ver o quadro de modo mais amplo.
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É inacreditável que se aceite como normal que um processo tão importante esteja correndo do modo como o F-X está correndo.
É a confirmação que eu tive, daqui a pouco vocês vão ver. É inacreditável e mostra o quanto estamos longe de seriedade nessa área (se é que temos em alguma outra).
Isso tudo apenas confirma que a Short List foi precipitada, era melhor ter todas ofertas em mãos, por escrito e a partir daí passar a negociação das melhores, não precisávamos de anunciar Short List nenhuma, só serve para fazer mais confusão e acirrar os ânimos internos, e tornar mais confortável a vida dos finalistas.BlInDaDo-BR escreveu:Perfeito!!!Eu acho isso também, um Blefe para deixar bem claro aos pertencentes a short list que se vierem de sacanagem, tirando ou desdizendo os acordos de cavalheiros (conversados) na hora de passar para o papel, as coisas podem mudar....cicloneprojekt escreveu:Eu estou achando que os americanos começaram a querer avacalhar com tudo o que eles mesmos prometeram no RFP/RFI, e não deram garantias, ou começaram mesmo a mandar parar aquele e aquele outro projeto ali..., a FAB ficou Puta da Vida, foi dar uma olhada na proposta francesa, percebeu que os frannçuá estavam agindo como a última bolacha do pa-k-te, e tudo isso junto emputeceu ao quadrado o NJ que resolveu dar um recado que ainda tinha umas cartas na manga...
pois é..., eu acho que foi agora mesmo que a onça foi beber água...
Pela lei brasileira ele seria inocente, esse processo tem forte conotação política, ele não só foi condenado a revelia, e sem provas nenhuma que o ligassem diretamente aos crimes, foi condenado porque pertencia ao mesmo grupo terrorista, no Brasil só existe crime de homicidio com participação direta ou indireta, sem provar o liame entre a conduta e o resultado morte, nada feito. Coisa bem diversa do que anda ocorrendo em certas democracias ocidentais, onde legislações especiais estão fazendo voltar os velhos tempos da inquisição.gaitero escreveu:Ora fala-se muito e nada se explica.
Battisti foi julgado à revelia na Itália devido à sua atuação política na década de 1970 e foi condenado à prisão perpétua em um processo sobre o qual pairam inúmeras dúvidas e desconfianças.
Por decisão do então presidente Mitterrand, contrária à extradição de antigos revolucionários italianos, Battisti recebeu asilo político na França, onde morava com a esposa e duas filhas, atuando como escritor. Em 2004, no governo Chirac, sua liberdade foi negociada com a Itália em troca de benefícios comerciais. Desde então, o ex-militante italiano se refugiou no Brasil, até ser preso pela Polícia Federal.
Existe um Lobby incrivel contra Battisti, mas ele não passa de um militante assim como muitos que existiram no Brasil.
nukualofa77 escreveu:Acho q os colegas alarmistas deveriam se informar sobre algumas licitações pelo mundo afora antes achar q o Brasil é isto ou aquilo. Bem vindos a realidade das relações entre as indústrias de defesa e os governos: muito teatro, especulação, reviravoltas, corruptores (corporações), corruptos (políticos), lobbies, etc, etc...
Só um casinho recente: os príncipes sauditas q receberam $$$$ libras p/fechar com os britânicos pelo Eurofighter, todo mundo esqueceu logo, principalmente nas ilhas britãnicas - um país seríssimo...
Segunda-feira, 9 de Fevereiro de 2009
Reforma do ITAR e consequências para o Brasil
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Na edição de 9 de fevereiro da revista norte-americana Newsweek foi publicada uma interessante reportagem sobre os Regulamentos de Tráfico Internacional de Armas (International Traffic in Arms Regulations - ITAR), que vigoram nos EUA. As regras do ITAR já foram objeto de algumas postagens no blog, particularmente relacionadas ao programa dos Satélites Sino-Brasileiros de Recursos Terrestres (CBERS).
Com o sugestivo nome "Why America is Lost in Space", a reportagem apresenta um panorama bastante objetivo sobre as consequencias do ITAR para a indústria espacial norte-americana. O trecho abaixo (tradução livre do blog) sintetiza com um exemplo essas consequências:
"O impacto é mais intensamente sentido no negócio de satélites comerciais, que movimenta US$ 123 bilhões anuais e que tem crescido a taxas superiores a 10% ao ano por mais de uma década. Em 1998, antes do ITAR, empresas norte-americanas respondiam por 73% do mercado mundial. Dois anos mais tarde a participação de mercado dos EUA tinha caído para 27%. Durante o mesmo período, a participação de empresas europeias cresceu de cerca de 25% para mais do que a metade, de acordo com a Associação de Indústrias de Satélites, de Washigton, D.C."
Seria muita presunção creditar toda essa redução da fatia de indústrias do EUA ao ITAR, mas certamente parte considerável desse percentual se deve a esse conjunto de normas.
Existe grande expectativa nos EUA de que o presidente eleito, Barack Obama promova algum tipo de reforma nessa legislação. A própria crise financeira global reforça essa necessidade. Jeff Foust, um dos mais capazes analistas norte-americanos sobre espaço escreveu no início de dezembro um artigo ("The uphill battle for export control reform") sobre o assunto. Para os que se interessam pelo assunto, recomendamos fortemente a leitura.
Uma eventual reforma com certa flexibilização das regras do ITAR evidentemente teria reflexos no Programa Espacial Brasileiro. Os programas de lançadores e foguetes de sondagem do Comando-Geral de Tecnologia Aeroespacial (CTA), e a parceria com a China no Programa CBERS são alguns dos projetos nacionais que sofrem em decorrência da regulamentação norte-americana.
De fato, mesmo com a vigência do ITAR, existem alguns indicativos de tendência de flexibilização da postura do governo dos EUA com o Brasil. Um exemplo é o Programa F-X2, de compra de novos aviões de combate para a Força Aérea Brasileira (FAB), que, em tese e diretamente, nada tem a ver com o Programa Espacial. A norte-americana Boeing oferece o caça F/A 18 E/F Super Hornet. Nos bastidores, já teve representante de concorrentes da Boeing no F-X2 afirmando ao pé do ouvido ser "a proposta americana imbatível". É uma mudança de postura que, se confirmada, atingirá de alguma forma e com alguma intensidade as atividades espaciais desenvolvidas no Brasil. Algo a se conferir.