Fórum Defesa Brasil

Carlos Mathias escreveu:Inicialmente sim, mas ao longo do tempo a nacionalização aumentará, e muito.

Será? Desenvolver aqui equipamentos básicos, porem que demandarão pouca produção, teria um custo relativamente alto e possivelmente não teríamos aqui empresas dispostas a se arriscar. Apostaria que o elevado índice de nacionalização seria um sonho futuro, principalmente se não houver no mercado interno, profissionais, indústrias e bancos capacitados para absorver, desenvolver e financiar tal empreitada.

A END traz a solução, porém ela ainda é muito jovem, quando concluída sim, ai as indústrias bélicas e tecnológicas terão o apoio necessário para enfrentar tal empreitada.

Desenvolver equipamentos demanda tempo e dinheiro, por isto acredito que será necessário adquirir um novo lote, mais adiante, para então implementar a nacionalização adequada. Até lá teremos que levar com o que temos e com o que conseguimos produzir nestes tempos difíceis.

JFilho escreveu:

a únida parte dos nosso que será feita fora do Brasil, é a primeira parte do primeiro SBR

Montada né Prick, montada....
Porque a nacionalização não chegará a 20%.....

O casco será feito aqui, é evidente que os sistemas, se não produzirmos eles aqui, virão da França. Lembre-se controle de produção não é mais sinônimo de índice de nacionalização, que o diga a Embraer. Se chegarmos a 30% de peças feitas aqui, além do casco e do aço. Já será algo excelente. Não existe nacionalização instantânea.

[]´s

PRick escreveu:

JFilho escreveu: Montada né Prick, montada....
Porque a nacionalização não chegará a 20%.....

O casco será feito aqui, é evidente que os sistemas, se não produzirmos eles aqui, virão da França. Lembre-se controle de produção não é mais sinônimo de índice de nacionalização, que o diga a Embraer. Se chegarmos a 30% de peças feitas aqui, além do casco e do aço. Já será algo excelente. Não existe nacionalização instantânea.

[]´s

Exatamente Prick.

Não acho que é necessário deter de 100% de nacionalização e tenho a certeza de que não precisamos nem chegar a 30% para esta compra já ser considerada exelente. Porém o gargalo tecnológico que nos falta continuará existente.

Como disse antes, acredito que a END traz pelo menos bases sólidas para que esta transformação ocorra no futuro.

Minha visão sobre isto é bem diferente...

A eletrônica de bordo é importante, obvio que sim. Os armamentos são fundamentais e os demais sistemas também, certamente. Mas o domínio da PROPULSÃO NUCLEAR que será Brasileira é o "X" da questão!!! Esse é o maior e melhor "indice de nacionalização" que podemos ter. Uma tecnologia dual (emprego tanto civil quanto militar) cujas aplicações são muito mais abrangentes do que a tecnologia de armamentos e eletronica embarcada, pois estas são questões específicas e menos abrangentes.

Visão muito simplista e pouco amplar esta minha? Pode ser, claro. Mas o domínio da área nuclear faz mais diferença num cenario estratégico do que o dominio de tecnologias "disponíveis para a compra". Tecnologia nuclear não se compra!

[]'s a todos.

Não entrei no mérito da propulsão nuclear, porque a chave da escolha francêsa não engloba exatamente este ponto, mas sim a plataforma que deverá comportar o PWR.

De qualquer forma, a contrução do submarino em si é uma etapa que a MB já domina e a transformação da plataforma que antes era de 1.400 T em uma maior e mais resistente, apta a atender as necessidades da MB e receber o PWR, será contornada com esta parceira.

Só nos falta um incentivo e um financiamento maior para que as industrias nacionais capacitadas, aumentem sua participação na contrução dos mesmos, o que eu acho pouco provável em tão pouco tempo, mas possivel e aceitável a longo prazo, quem sabe para o SNB e para futuros submarinos convencionais.

A avaliação é do diretor-presidente da Eletronuclear, Othon Luiz Pinheiro da Silva, almirante reformado da Marinha e mentor do programa nuclear brasileiro.

“Pelo tamanho da nossa costa, eu diria que seria necessário pelo menos seis nucleares. Defesa é uma coisa que é preciso ter para não usar”, afirmou.

Ele participou na sexta-feira (26) da cerimônia de criação da Coordenadoria-Geral do Programa de Desenvolvimento de Submarino com Propulsão Nuclear (Cogesn), no Rio de Janeiro.

Othon conta que em 1978 recebeu a incumbência de iniciar os primeiros estudos para um submarino nuclear brasileiro, o que resultou depois no domínio quase completo do ciclo do urânio que o país detém hoje.

Ele só lamenta que o projeto tenha sofrido uma descontinuidade, com o corte quase total de verbas em 1994, só retomado anos depois, na gestão do atual governo. “O presidente Lula tem demonstrado uma visão de estadista. Um metalúrgico estadista. Ele viu que (o programa nuclear) era necessário e virou programa de governo”, disse.

Segundo Othon, o mais caro e difícil é construir o primeiro submarino, com os custos se reduzindo na construção de outras embarcações. Enquanto um convencional fica em torno de US$ 600 milhões, um nuclear atinge US$ 1,5 bilhão. ( Mais um pouco mais ) “Todo produto custa mais caro no início. O segundo submarino vai custar entre 10% e 15% mais barato e assim por diante, até um limite”, disse.

Othon é engenheiro nuclear pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT). Foi gerente do Programa de Desenvolvimento das Ultracentrífugas Brasileiras para Enriquecimento de Urânio e do Programa de Desenvolvimento da Propulsão Nuclear da Marinha do Brasil.

Ele defende os gastos em pesquisa na área de energia nuclear como investimento em fonte de geração de empregos e de caráter estratégico para o país: “Quanto mais você sabe, menos você paga. Quando você não sabe nada, paga tudo. A ignorância custa muito caro”. (Fonte: Vladimir Platonow/ Agência Brasil)

Acho pouco. Mas pra nossa realidade atual já seria fantástico.

Pelo tamanho da nossa costa imaginaria uns 8/10 nucleares e 12 SSK.

JFilho escreveu:Não entrei no mérito da propulsão nuclear, porque a chave da escolha francêsa não engloba exatamente este ponto, mas sim a plataforma que deverá comportar o PWR.

De qualquer forma, a contrução do submarino em si é uma etapa que a MB já domina e a transformação da plataforma que antes era de 1.400 T em uma maior e mais resistente, apta a atender as necessidades da MB e receber o PWR, será contornada com esta parceira.

Só nos falta um incentivo e um financiamento maior para que as industrias nacionais capacitadas, aumentem sua participação na contrução dos mesmos, o que eu acho pouco provável em tão pouco tempo, mas possivel e aceitável a longo prazo, quem sabe para o SNB e para futuros submarinos convencionais.

Ah sim, agora entendi seu ponto de vista! Está certo, concordo.

[]'s

Vinicius Pimenta escreveu:Acho pouco. Mas pra nossa realidade atual já seria fantástico.

Pelo tamanho da nossa costa imaginaria uns 8/10 nucleares e 12 SSK.

Caramba!

8 a 10 SSN's daria uma frota maior que a francesa. Como eles não são para patrulhar nosso litoral e sim para dissuadir um eventual inimigo mesmo antes dele chegar perto de nosso mar territorial, acho que 3 ou 4 já estaria de bom tamanho. O número de SSK's é que poderia até ser maior que 12, aí sim para cobrir as regiões mais importantes do nosso litoral.

Leandro G. Card

LeandroGCard escreveu: Caramba!

8 a 10 SSN's daria uma frota maior que a francesa. Como eles não são para patrulhar nosso litoral e sim para dissuadir um eventual inimigo mesmo antes dele chegar perto de nosso mar territorial, acho que 3 ou 4 já estaria de bom tamanho. O número de SSK's é que poderia até ser maior que 12, aí sim para cobrir as regiões mais importantes do nosso litoral.

Leandro G. Card

3/4 nucleares + 12/+ SSK, mas como conseguiríamos tripulação para tanto submarino???

Até lá já se providencia recrutamento e treinamento, Ter 3/4 nucleares + 12/+ SSK não é coisa da noite para o dia.

crubens escreveu:Até lá já se providencia recrutamento e treinamento, Ter 3/4 nucleares + 12/+ SSK não é coisa da noite para o dia.

Recrutamento? A tripulação não teria que ser voluntaria???

LeandroGCard escreveu:

Vinicius Pimenta escreveu:Acho pouco. Mas pra nossa realidade atual já seria fantástico.

Pelo tamanho da nossa costa imaginaria uns 8/10 nucleares e 12 SSK.

Caramba!

8 a 10 SSN's daria uma frota maior que a francesa. Como eles não são para patrulhar nosso litoral e sim para dissuadir um eventual inimigo mesmo antes dele chegar perto de nosso mar territorial, acho que 3 ou 4 já estaria de bom tamanho. O número de SSK's é que poderia até ser maior que 12, aí sim para cobrir as regiões mais importantes do nosso litoral.

Leandro G. Card

Nós somos maiores que a França em tamanho, população e, dentro de algumas décadas, seremos em economia. Então...

Nossa economia será maior já na próxima década. Deixaremos eles, Inglaterra, Itália, Espanha para trás...