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Olá Slip,
Ele não afirmou que teve acesso ao documento, mas alguns trechos da matéria deixam transparecer que o cara no mínimo sabe bastante sobre ele..
Tá, como eles sabem que o F-16 e o MiG-29 ficaram fora do relatório, se eles não tiveram acesso a ele? Presumir é uma coisa, afirmar(como eles estão fazendo) é outra.
Vamos ver no que dá isso.
Abraço a todos
César
Ele não afirmou que teve acesso ao documento, mas alguns trechos da matéria deixam transparecer que o cara no mínimo sabe bastante sobre ele..
A comissão que analisou o relatório da FAB descartou o aspecto de criação de empregos por completo. Diferentemente do que a Embraer e a Avibrás propagandeiam, pouquíssimos postos de trabalho serão ganhos.(...)
Ficaram fora da disputa, pelo relatório da comissão, o norte-americano F-16 (Lockheed-Martin) e o russo MiG-29 (RAC).
Tá, como eles sabem que o F-16 e o MiG-29 ficaram fora do relatório, se eles não tiveram acesso a ele? Presumir é uma coisa, afirmar(como eles estão fazendo) é outra.
Vamos ver no que dá isso.
Abraço a todos
César
"- Tú julgarás a ti mesmo- respondeu-lhe o rei - É o mais difícil. É bem mais difícil julgar a si mesmo que julgar os outros. Se consegues fazer um bom julgamento de ti, és um verdadeiro sábio."
Antoine de Saint-Exupéry
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- Slip Junior
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...
Na minha opinião tudo isso é um "jogo" da Embraer e do Lula.
Isso tudo mosrtrando que o Su-35 está na frente e talz é conversa fiada. Só pra quando o Mirage ganhar, o povo não pensar que ja tava dicidido isso antes.
É o que eu acho. hehe, putz, o cara é chato né?! Todo mundo confiante, e o pessimista qui falando.hehe.
Flows.
Isso tudo mosrtrando que o Su-35 está na frente e talz é conversa fiada. Só pra quando o Mirage ganhar, o povo não pensar que ja tava dicidido isso antes.
É o que eu acho. hehe, putz, o cara é chato né?! Todo mundo confiante, e o pessimista qui falando.hehe.
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"A compaixão pelos animais está intimamente ligada à bondade de caráter, e quem é cruel com os animais, não pode ser um bom homem." Schopenhauer
- FinkenHeinle
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EU NÃO ACREDITO!!!
SERÁ VERDADE?!?!?
Vou contar uma história.
Meu pai, que nem é muito ligado nesses assuntos, mas que por minha intersseção ( ) passou à gostar e enteder um pouco à respeito da área de aeronáutica militar, afirma, desde o início, apesar da minha incredulidade, que o Su-35 irá vencer essa concorrência.
Explico a incredulidade, já que conheço os nossos políticos, e o peso que a política tem sobre decisões desse porte.
Mas, parece que afinal poderemos ter um caça à altura de nossas pretenções para o futuro.
Numa "análise" que fiz há algum tempo, aqui mesmo, coloquei como favoritos o M-2000 e o Su-35, sendo que o Gripen corria por fora. Parece que agora o M-2000 perdeu força, e o Gripen vem com tudo para brigar com o Su-35. Mas, pelas características próprias do pacote russo, creio que terá melhores chances.
Assim espero!!!
Dá-lhe Flanker...
\:D/ =D> [-o< \:D/ =D> [-o< \:D/ =D> [-o<
Atte.
André R. Finken Heinle
"If the battle for civilization comes down to the wimps versus the barbarians, the barbarians are going to win."
Thomas Sowell
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Eu acredito que no momento, o páreo está entre o Su-35 e o Jas-39 Gripen, ambos apresentaram excelentes propostas , s/ contar pelas qualidades que ambos apresentam, qualquer um dos dois vai cair como uma luva nas mãos da FAB, embora acredite que 12 unidades um número muito reduzido....
A Embraer corre por fora com o Mirage 2000, o que deve sobrar como consolação, é que o governo fará de tudo que ela participe posteriormente do programa com o consórcio vencedor, seja a Avibrás, seja a Varig-VEM....
Abraços
Plinio
A Embraer corre por fora com o Mirage 2000, o que deve sobrar como consolação, é que o governo fará de tudo que ela participe posteriormente do programa com o consórcio vencedor, seja a Avibrás, seja a Varig-VEM....
Abraços
Plinio
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Olha só, aí vai uma declaração do Ministério da Defesa a respeito da matéria do FDS.
Escolha do F-X
"Com relação à reportagem "Russos devem vencer licitação F-X da FAB" (Brasil, 28/3, pág. A20), o Ministério da Defesa esclarece que -diferentemente do registrado na reportagem- não tem favoritos entre os consórcios que disputam a venda de caças à Força Aérea Brasileira. O Ministério da Defesa, isso sim, reforça a informação de que o conjunto da concorrência -avaliação técnica e de transferência de tecnologia para o Brasil- será analisado pelo Conselho de Defesa Nacional, ao qual caberá a escolha do vencedor. Portanto quaisquer informações veiculadas antes da conclusão desse processo são especulações sem base nos trâmites oficiais."
Valéria Blanc, assessora de imprensa do Ministério da Defesa (Brasília, DF)
Ou seja, nada definido ainda. O que era de se esperar, eu ainda não tinha entendido como eles afirmaram com tanta convicção que o relatório da comissão disse isso, disse aquilo, e blá blá blá....
Abraço a todos
César
Escolha do F-X
"Com relação à reportagem "Russos devem vencer licitação F-X da FAB" (Brasil, 28/3, pág. A20), o Ministério da Defesa esclarece que -diferentemente do registrado na reportagem- não tem favoritos entre os consórcios que disputam a venda de caças à Força Aérea Brasileira. O Ministério da Defesa, isso sim, reforça a informação de que o conjunto da concorrência -avaliação técnica e de transferência de tecnologia para o Brasil- será analisado pelo Conselho de Defesa Nacional, ao qual caberá a escolha do vencedor. Portanto quaisquer informações veiculadas antes da conclusão desse processo são especulações sem base nos trâmites oficiais."
Valéria Blanc, assessora de imprensa do Ministério da Defesa (Brasília, DF)
Ou seja, nada definido ainda. O que era de se esperar, eu ainda não tinha entendido como eles afirmaram com tanta convicção que o relatório da comissão disse isso, disse aquilo, e blá blá blá....
Abraço a todos
César
"- Tú julgarás a ti mesmo- respondeu-lhe o rei - É o mais difícil. É bem mais difícil julgar a si mesmo que julgar os outros. Se consegues fazer um bom julgamento de ti, és um verdadeiro sábio."
Antoine de Saint-Exupéry
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Mais lenha na fogueira....
Caça sueco venceu concorrência da FAB em 2002
Gripen foi escolhido por equipe montada por FHC, mas Lula quis que propostas fossem refeitas
ARIOSTO TEIXEIRA
BRASÍLIA - O caça sueco Gripen, fabricado pelo consórcio Saab/Bae Systems, ganhou, mas não levou, em outubro de 2002, a concorrência internacional da Força Aérea Brasileira (FAB) para compra de 12 aviões supersônicos de guerra, no âmbito do programa F-X BR de substituição da obsoleta frota Mirage III. A oferta do Gripen ficou em primeiro lugar na pontuação geral da concorrência e fez a melhor oferta de contrapartidas (offset) à compra entre os cinco fabricantes inscritos.
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, com base em considerações políticas, no calor da campanha presidencial, preferiu deixar a decisão final para seu sucessor. Ele atendeu, assim, a pedidos de José Serra e Luiz Inácio Lula da Silva, a um dos quais caberia efetivar a compra. A decisão reabriu a concorrência e permitiu, por determinação do já presidente Lula, que os inscritos refizessem suas propostas. Foi o que aconteceu e a licitação poderá agora ter outro resultado.
Para conhecer o resultado da concorrência, FHC reuniu a equipe técnica da FAB com os então ministros da Defesa, Geraldo Quintão, Fazenda, Pedro Malan, Relações Exteriores, Celso Lafer, Casa Civil, Pedro Parente, e Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Sérgio Amaral. Foi uma longa reunião, na qual se soube detalhes sobre as máquinas oferecidas.
O presidente ficou diante de um dilema. Ele tinha a solução da concorrência, mas tinha também a certeza de que aquela decisão "era politicamente insustentável", segundo revelou ao Estado um participante do encontro no Palácio do Planalto, "pois despertaria a oposição do futuro presidente da República, ganhasse quem ganhasse a eleição."
O tom da campanha eleitoral era nacionalista e isso beneficiava a idéia de que o Mirage 2000 BR era o substituto natural dos atuais caças. Os programas de governo de Lula e Serra prometiam gerar milhões de empregos, dar preferência à empresa nacional nas compras do governo e ambos enalteciam a indústria aeronáutica.
O problema era que a Embraer, representante na concorrência F-X associada à francesa Dassault, tivera sua oferta considerada como de "risco inaceitável" na análise de sua proposta de offset (contrapartidas oferecidas à compra). As propostas se equilibraram em pontos como preço e financiamento. Do ponto de vista de desempenho, os pilotos da FAB não esconderam o fascínio pelo caça russo Sukhoi Su-35, cujo consórcio Rosoboronexport/ Avibras fizera uma oferta considerada fraca de "offset".
A parte de "offset" apresentara os seguintes resultados: em relação ao conteúdo: 1) Saab/ Bae Sustems; 2) Dassault/Embraer; 3) RosoboronexPort/Avibras; 4) Lockheed/Martin; 5) Mapo/ikoyan. Em relação ao risco agregado: 1) Saab/Bae Systems; 2)Rosoboronex Por/Avibras; 3)Lockheed/Martin; 4) Mapo/Mikoyan; 5) Dassault/Embraer.
O supersônico Gripen, da Saab/Bae Systems:
empresa fez melhor oferta de contrapartida (offset
Os analistas definiram a oferta do Dassault/ Embraer como de "risco agregado inaceitável" porque ela se concentrava em atividades quase só da Embraer. O fato de existir uma sociedade entre as duas empresas (a Dassault é dona de 20% da Embraer), gerava um cenário no qual, se a Embraer não se capacitasse, a própria entrega dos caças estaria ameaçada. A equipe técnica observou que surge um risco real quando as partes que transferem e recebem tecnologia se misturam numa sociedade, como é o caso Embraer/Dassoult.
Já a proposta do Gripen distribuía o offset entre vários beneficiários. A equipe porém avaliava a Embraer como a indústria nacional capaz de recepcionar a tecnologia de construção do caça. O dilema, que persiste, consiste em que não se deveria excluir a melhor oferta (Gripen) porque o fabricante não tem um parceiro da dimensão da Embraer, e da mesma forma, não se deveria excluir a Embraer, sob pena de por em risco a efetiva absorção de uma tecnologia de alto interesse para a defesa e a segurança do País.
Governo avalia novas propostas nesta semana
BRASÍLIA - A partir desta semana, o governo começa a analisar o relatório elaborado pela comissão de apoio designada pelo Ministério da Defesa para avaliar as propostas definitivas apresentadas pelos consórcios internacionais que disputam, por meio da concorrência FX, a escolha para fornecimento, avaliado em US$ 700 milhões, de 12 novos caças supersônicos da Força Aérea Brasileira (FAB). A comissão entregou a documentação no dia 25. Antes de marcar a data da sessão do Conselho de Defesa Nacional (CDN) que avaliará as propostas, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva quer examinar o processo para evitar qualquer tipo de problema.
O presidente pode considerar a hipótese de adiar a concorrência novamente.( !!!!) Neste caso, o Ministério da Defesa teria de estudar uma outra solução na área operacional para a Força Aérea. A FAB precisa receber outros caças, ainda que usados, para evitar o colapso da missão de controle armado e defesa do espaço aéreo. Os Mirage IIIE/ Br empregados nesse trabalho serão inadiavelmente desativados até dezembro de 2005.
Ontem, a Frente Parlamentar em Defesa da Indústria Aeronáutica Brasileira, liderada pelo deputado Marcelo Ortiz (PV-SP), iniciou uma ofensiva para pedir que a empresa escolhida "fortaleça o setor no País e gere empregos".
O deputado sugere que as duas corporações brasileiras envolvidas (a Embraer com a francesa Dassault e a Avibrás com a russa Knaapo) sigam juntas na execução do programa FX. (Tânia Monteiro)
Ambas as notícias foram retiradas do Notimp da FAB.
Abraço a todos
César
Caça sueco venceu concorrência da FAB em 2002
Gripen foi escolhido por equipe montada por FHC, mas Lula quis que propostas fossem refeitas
ARIOSTO TEIXEIRA
BRASÍLIA - O caça sueco Gripen, fabricado pelo consórcio Saab/Bae Systems, ganhou, mas não levou, em outubro de 2002, a concorrência internacional da Força Aérea Brasileira (FAB) para compra de 12 aviões supersônicos de guerra, no âmbito do programa F-X BR de substituição da obsoleta frota Mirage III. A oferta do Gripen ficou em primeiro lugar na pontuação geral da concorrência e fez a melhor oferta de contrapartidas (offset) à compra entre os cinco fabricantes inscritos.
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, com base em considerações políticas, no calor da campanha presidencial, preferiu deixar a decisão final para seu sucessor. Ele atendeu, assim, a pedidos de José Serra e Luiz Inácio Lula da Silva, a um dos quais caberia efetivar a compra. A decisão reabriu a concorrência e permitiu, por determinação do já presidente Lula, que os inscritos refizessem suas propostas. Foi o que aconteceu e a licitação poderá agora ter outro resultado.
Para conhecer o resultado da concorrência, FHC reuniu a equipe técnica da FAB com os então ministros da Defesa, Geraldo Quintão, Fazenda, Pedro Malan, Relações Exteriores, Celso Lafer, Casa Civil, Pedro Parente, e Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Sérgio Amaral. Foi uma longa reunião, na qual se soube detalhes sobre as máquinas oferecidas.
O presidente ficou diante de um dilema. Ele tinha a solução da concorrência, mas tinha também a certeza de que aquela decisão "era politicamente insustentável", segundo revelou ao Estado um participante do encontro no Palácio do Planalto, "pois despertaria a oposição do futuro presidente da República, ganhasse quem ganhasse a eleição."
O tom da campanha eleitoral era nacionalista e isso beneficiava a idéia de que o Mirage 2000 BR era o substituto natural dos atuais caças. Os programas de governo de Lula e Serra prometiam gerar milhões de empregos, dar preferência à empresa nacional nas compras do governo e ambos enalteciam a indústria aeronáutica.
O problema era que a Embraer, representante na concorrência F-X associada à francesa Dassault, tivera sua oferta considerada como de "risco inaceitável" na análise de sua proposta de offset (contrapartidas oferecidas à compra). As propostas se equilibraram em pontos como preço e financiamento. Do ponto de vista de desempenho, os pilotos da FAB não esconderam o fascínio pelo caça russo Sukhoi Su-35, cujo consórcio Rosoboronexport/ Avibras fizera uma oferta considerada fraca de "offset".
A parte de "offset" apresentara os seguintes resultados: em relação ao conteúdo: 1) Saab/ Bae Sustems; 2) Dassault/Embraer; 3) RosoboronexPort/Avibras; 4) Lockheed/Martin; 5) Mapo/ikoyan. Em relação ao risco agregado: 1) Saab/Bae Systems; 2)Rosoboronex Por/Avibras; 3)Lockheed/Martin; 4) Mapo/Mikoyan; 5) Dassault/Embraer.
O supersônico Gripen, da Saab/Bae Systems:
empresa fez melhor oferta de contrapartida (offset
Os analistas definiram a oferta do Dassault/ Embraer como de "risco agregado inaceitável" porque ela se concentrava em atividades quase só da Embraer. O fato de existir uma sociedade entre as duas empresas (a Dassault é dona de 20% da Embraer), gerava um cenário no qual, se a Embraer não se capacitasse, a própria entrega dos caças estaria ameaçada. A equipe técnica observou que surge um risco real quando as partes que transferem e recebem tecnologia se misturam numa sociedade, como é o caso Embraer/Dassoult.
Já a proposta do Gripen distribuía o offset entre vários beneficiários. A equipe porém avaliava a Embraer como a indústria nacional capaz de recepcionar a tecnologia de construção do caça. O dilema, que persiste, consiste em que não se deveria excluir a melhor oferta (Gripen) porque o fabricante não tem um parceiro da dimensão da Embraer, e da mesma forma, não se deveria excluir a Embraer, sob pena de por em risco a efetiva absorção de uma tecnologia de alto interesse para a defesa e a segurança do País.
Governo avalia novas propostas nesta semana
BRASÍLIA - A partir desta semana, o governo começa a analisar o relatório elaborado pela comissão de apoio designada pelo Ministério da Defesa para avaliar as propostas definitivas apresentadas pelos consórcios internacionais que disputam, por meio da concorrência FX, a escolha para fornecimento, avaliado em US$ 700 milhões, de 12 novos caças supersônicos da Força Aérea Brasileira (FAB). A comissão entregou a documentação no dia 25. Antes de marcar a data da sessão do Conselho de Defesa Nacional (CDN) que avaliará as propostas, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva quer examinar o processo para evitar qualquer tipo de problema.
O presidente pode considerar a hipótese de adiar a concorrência novamente.( !!!!) Neste caso, o Ministério da Defesa teria de estudar uma outra solução na área operacional para a Força Aérea. A FAB precisa receber outros caças, ainda que usados, para evitar o colapso da missão de controle armado e defesa do espaço aéreo. Os Mirage IIIE/ Br empregados nesse trabalho serão inadiavelmente desativados até dezembro de 2005.
Ontem, a Frente Parlamentar em Defesa da Indústria Aeronáutica Brasileira, liderada pelo deputado Marcelo Ortiz (PV-SP), iniciou uma ofensiva para pedir que a empresa escolhida "fortaleça o setor no País e gere empregos".
O deputado sugere que as duas corporações brasileiras envolvidas (a Embraer com a francesa Dassault e a Avibrás com a russa Knaapo) sigam juntas na execução do programa FX. (Tânia Monteiro)
Ambas as notícias foram retiradas do Notimp da FAB.
Abraço a todos
César
"- Tú julgarás a ti mesmo- respondeu-lhe o rei - É o mais difícil. É bem mais difícil julgar a si mesmo que julgar os outros. Se consegues fazer um bom julgamento de ti, és um verdadeiro sábio."
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César escreveu:Olha só, aí vai uma declaração do Ministério da Defesa a respeito da matéria do FDS.
Escolha do F-X
"Com relação à reportagem "Russos devem vencer licitação F-X da FAB" (Brasil, 28/3, pág. A20), o Ministério da Defesa esclarece que -diferentemente do registrado na reportagem- não tem favoritos entre os consórcios que disputam a venda de caças à Força Aérea Brasileira. O Ministério da Defesa, isso sim, reforça a informação de que o conjunto da concorrência -avaliação técnica e de transferência de tecnologia para o Brasil- será analisado pelo Conselho de Defesa Nacional, ao qual caberá a escolha do vencedor. Portanto quaisquer informações veiculadas antes da conclusão desse processo são especulações sem base nos trâmites oficiais."
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Ou seja, nada definido ainda. O que era de se esperar, eu ainda não tinha entendido como eles afirmaram com tanta convicção que o relatório da comissão disse isso, disse aquilo, e blá blá blá....
Abraço a todos
César
Olá César,
Era de se esperar, pois eles não iriam confirmar a reportagem. Além do mais, não podem simplismente não desmentir a reportagem, pois seria como confirmar...
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André R. Finken Heinle
"If the battle for civilization comes down to the wimps versus the barbarians, the barbarians are going to win."
Thomas Sowell
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- Mateus Dias
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Decisão sobre caças sairá este mês
Conselho de Defesa Nacional decidirá a compra
Hugo Marques
BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai reunir este mês o Conselho de Defesa Nacional para decidir sobre a compra dos primeiros 12 caças supersônicos para a Força Aérea Brasileira (FAB). O negócio inicialmente vai movimentar US$ 700 milhões (R$ 2 bilhões). Trata-se do projeto F-X BR, de renovação da frota da FAB, que se arrasta desde o primeiro mandato do presidente Fernando Henrique Cardoso.
Segundo o edital, a licitação internacional não deve ser decidida apenas pelo preço dos aviões, mas principalmente pela capacidade dos consórcios em transferir tecnologia para o Brasil. A brasileira Embraer se associou à Dassault francesa para oferecer o caça Mirage 2000BR. Os russos oferecem os caças Sukhoi Su-35 e MIG-29. Os suecos, em consórcio com os ingleses, disputam com o caça Gripen. O consórcio americano Lockheed Martin concorre com o caça F-16.
No dia 24 de março, uma comissão especial com representantes de vários setores do governo entregou ao Gabinete de Segurança Institucional da Presidência um relatório esmiuçando as propostas que cada consórcio entregou ao Comando da Aeronáutica. Jornais russos anunciaram que a comissão, encabeçada pelo Ministério da Defesa, teria ressaltado as qualidades do Sukhoi e as contrapartidas comerciais oferecidas pela Rússia.
Porém, o palco da decisão final sobre a licitação será o Conselho de Defesa Nacional, que informará o presidente Lula sobre as melhores opções.
Além dos aspectos técnicos, a decisão será influenciada por fatores estratégicos e políticos. Os representantes dos consórcios sabem disso e se esforçam em fazer lobby junto ao governo. Os russos montaram uma ofensiva que incluiu até o envio de uma carta do presidente Vladimir Putin ao presidente Lula. Prometem uma contrapartida de US$ 3 bilhões na compra de produtos agropecuários brasileiros, como grãos e frangos. Os suecos prometem financiar a venda de aviões ao Brasil, com quatro anos de carência e mais 15 para pagar. Fabricantes russos e políticos suecos conversaram com o ministro da Defesa, José Viegas.
O chefe do Estado Maior das Forças Armadas dos Estados Unidos, general Richard Myers, veio ao Brasil no mês passado e também conversou com Viegas sobre a licitação. Negou que estivesse fazendo lobby para a indústria americana. Myers disse que os F-16 têm tido muito sucesso nos combates.
O presidente Lula, no entanto, já expôs publicamente sua preferência pelo caça fabricado pela Embraer, em artigo publicado na Gazeta Mercantil, em dezembro de 2001. Lula escreveu que a proposta da Embraer cria mais empregos no país e traz benefícios como o aprimoramento científico e tecnológico. O projeto da Embraer é criar escala, com uma produção em série de caças de última geração que atenda ao mercado da América Latina.
''Os russos não transferem a produção e deixam muito a desejar em matéria de assistência técnica. O governo americano oferece seus F-16 da Lockheed, mas não permite a transferência da tecnologia dos aviões e muito menos os armamentos de última geração'', observou o então candidato a presidente.
Quanto aos suecos, Lula concluiu que ''são aviões de menor autonomia de vôo, adequados para o continente europeu, não para o Brasil''. De fato, o caça Gripen tem um raio de combate de 600 quilômetros. Da Base Aérea de Anápolis, onde ficarão os novos aviões, seria possível atingir no máximo o Triângulo Mineiro, sem abastecer. O F-16 tem um raio de ação parecido. O Sukhoi é o maior dos caças, tem raio de combate de 1,5 mil quilômetros e velocidade de 2.480 quilômetros por hora.
Fortalecendo o lobby em torno da concorrência, está o Congresso Nacional. A frente parlamentar em defesa da indústria aeronáutica nacional é formada por mais de 200 deputados e senadores, do PT ao PFL, que pressionam o governo federal em optar pelos consórcios brasileiros: Embraer/Dassault e Avibrás/Rosoboronexport, que comercializa o Sukhoi. Qualquer que seja o resultado, defendem a união da Embraer com a Avibrás, o que as duas empresas de São José dos Campos consideram impossível.
Participaram da comissão especial representantes de vários ministérios, inclusive o secretário-Executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Márcio Fortes de Almeida. Sabe-se que o ministro desta pasta, Luiz Fernando Furlan, atribui grande peso à contrapartida comercial oferecida pela Rússia. O Brasil é grande exportador de carne branca para o mercado russo, mas isso pode mudar se o Sukhoi não for escolhido.
José Viegas é outro ministro que não esconde a simpatia pela tecnologia da Rússia, onde foi embaixador. Ele negocia uma proposta de ampla cooperação na área espacial com os russos, para a construção de foguetes e a utilização da base de Alcântara.
Furlan não participa do Conselho de Defesa Nacional, que, além de Viegas, conta com o Presidente da República, o Vice, os presidentes da Câmara e do Senado, os comandantes militares e os ministros da Justiça, Relações Exteriores e do Planejamento. O que poderá definir o rumo da licitação são os ''off-sets'', ou seja, as ''compensações'' tecnológicas e comerciais oferecidas pelos consórcios.
Diante do destaque dado às contrapartidas, a Embraer divulgou nota explicando que suas compensações são ''diretas'', com a transferência das tecnologias estratégicas do Mirage 2000BR.
Conselho de Defesa Nacional decidirá a compra
Hugo Marques
BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai reunir este mês o Conselho de Defesa Nacional para decidir sobre a compra dos primeiros 12 caças supersônicos para a Força Aérea Brasileira (FAB). O negócio inicialmente vai movimentar US$ 700 milhões (R$ 2 bilhões). Trata-se do projeto F-X BR, de renovação da frota da FAB, que se arrasta desde o primeiro mandato do presidente Fernando Henrique Cardoso.
Segundo o edital, a licitação internacional não deve ser decidida apenas pelo preço dos aviões, mas principalmente pela capacidade dos consórcios em transferir tecnologia para o Brasil. A brasileira Embraer se associou à Dassault francesa para oferecer o caça Mirage 2000BR. Os russos oferecem os caças Sukhoi Su-35 e MIG-29. Os suecos, em consórcio com os ingleses, disputam com o caça Gripen. O consórcio americano Lockheed Martin concorre com o caça F-16.
No dia 24 de março, uma comissão especial com representantes de vários setores do governo entregou ao Gabinete de Segurança Institucional da Presidência um relatório esmiuçando as propostas que cada consórcio entregou ao Comando da Aeronáutica. Jornais russos anunciaram que a comissão, encabeçada pelo Ministério da Defesa, teria ressaltado as qualidades do Sukhoi e as contrapartidas comerciais oferecidas pela Rússia.
Porém, o palco da decisão final sobre a licitação será o Conselho de Defesa Nacional, que informará o presidente Lula sobre as melhores opções.
Além dos aspectos técnicos, a decisão será influenciada por fatores estratégicos e políticos. Os representantes dos consórcios sabem disso e se esforçam em fazer lobby junto ao governo. Os russos montaram uma ofensiva que incluiu até o envio de uma carta do presidente Vladimir Putin ao presidente Lula. Prometem uma contrapartida de US$ 3 bilhões na compra de produtos agropecuários brasileiros, como grãos e frangos. Os suecos prometem financiar a venda de aviões ao Brasil, com quatro anos de carência e mais 15 para pagar. Fabricantes russos e políticos suecos conversaram com o ministro da Defesa, José Viegas.
O chefe do Estado Maior das Forças Armadas dos Estados Unidos, general Richard Myers, veio ao Brasil no mês passado e também conversou com Viegas sobre a licitação. Negou que estivesse fazendo lobby para a indústria americana. Myers disse que os F-16 têm tido muito sucesso nos combates.
O presidente Lula, no entanto, já expôs publicamente sua preferência pelo caça fabricado pela Embraer, em artigo publicado na Gazeta Mercantil, em dezembro de 2001. Lula escreveu que a proposta da Embraer cria mais empregos no país e traz benefícios como o aprimoramento científico e tecnológico. O projeto da Embraer é criar escala, com uma produção em série de caças de última geração que atenda ao mercado da América Latina.
''Os russos não transferem a produção e deixam muito a desejar em matéria de assistência técnica. O governo americano oferece seus F-16 da Lockheed, mas não permite a transferência da tecnologia dos aviões e muito menos os armamentos de última geração'', observou o então candidato a presidente.
Quanto aos suecos, Lula concluiu que ''são aviões de menor autonomia de vôo, adequados para o continente europeu, não para o Brasil''. De fato, o caça Gripen tem um raio de combate de 600 quilômetros. Da Base Aérea de Anápolis, onde ficarão os novos aviões, seria possível atingir no máximo o Triângulo Mineiro, sem abastecer. O F-16 tem um raio de ação parecido. O Sukhoi é o maior dos caças, tem raio de combate de 1,5 mil quilômetros e velocidade de 2.480 quilômetros por hora.
Fortalecendo o lobby em torno da concorrência, está o Congresso Nacional. A frente parlamentar em defesa da indústria aeronáutica nacional é formada por mais de 200 deputados e senadores, do PT ao PFL, que pressionam o governo federal em optar pelos consórcios brasileiros: Embraer/Dassault e Avibrás/Rosoboronexport, que comercializa o Sukhoi. Qualquer que seja o resultado, defendem a união da Embraer com a Avibrás, o que as duas empresas de São José dos Campos consideram impossível.
Participaram da comissão especial representantes de vários ministérios, inclusive o secretário-Executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Márcio Fortes de Almeida. Sabe-se que o ministro desta pasta, Luiz Fernando Furlan, atribui grande peso à contrapartida comercial oferecida pela Rússia. O Brasil é grande exportador de carne branca para o mercado russo, mas isso pode mudar se o Sukhoi não for escolhido.
José Viegas é outro ministro que não esconde a simpatia pela tecnologia da Rússia, onde foi embaixador. Ele negocia uma proposta de ampla cooperação na área espacial com os russos, para a construção de foguetes e a utilização da base de Alcântara.
Furlan não participa do Conselho de Defesa Nacional, que, além de Viegas, conta com o Presidente da República, o Vice, os presidentes da Câmara e do Senado, os comandantes militares e os ministros da Justiça, Relações Exteriores e do Planejamento. O que poderá definir o rumo da licitação são os ''off-sets'', ou seja, as ''compensações'' tecnológicas e comerciais oferecidas pelos consórcios.
Diante do destaque dado às contrapartidas, a Embraer divulgou nota explicando que suas compensações são ''diretas'', com a transferência das tecnologias estratégicas do Mirage 2000BR.
- FinkenHeinle
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- Vinicius Pimenta
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Siceramente não acho o EF-2000 isso tudo. Se ele fosse tão bom não teria suas encomendas tão diminuídas. Já li críticas de que os atrasos no projeto já o fizeram sair da linha de produção um tanto quanto ultrapassado. Também li que é um avião limitado a tarefas ar-ar, seu desempenho em ataque (ar-terra/mar) deixa muito a desejar.
Já o F/A-22 é outra estória... Esse sim será fora de série, não importa o que os anti-americanos e ufanistas digam, não há no momento nenhuma aeronave que possa fazer frente à capacidade do F/A-22. No entanto, vejo sérios riscos de que o projeto seja um fracasso e talvez até cancelado como o Comanche.
Voltando ao tema do tópico, acho que temos a possibilidade de ter o que há de melhor atualmente sim. Desde que façamos a escolha certa...
Já o F/A-22 é outra estória... Esse sim será fora de série, não importa o que os anti-americanos e ufanistas digam, não há no momento nenhuma aeronave que possa fazer frente à capacidade do F/A-22. No entanto, vejo sérios riscos de que o projeto seja um fracasso e talvez até cancelado como o Comanche.
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Vinicius Pimenta
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