Presidenciais Portuguesas

[Rui Elias Maltez]

Televisões preferiram acompanhar José Sócrates
PS: discurso de Manuel Alegre "foi interrompido involuntariamente"

segunda-feira, 23 de Janeiro de 2006
O porta-voz do Partido Socialista disse hoje que o discurso de Manuel Alegre na noite das eleições "foi interrompido involuntariamente" pela conferência de imprensa de José Sócrates. Segundo Vitalino Canas, o primeiro-ministro e secretário-geral do PS desconhecia que o candidato presidencial estava a falar nesse momento.

Em declarações à agência Lusa, Vitalino Canas garantiu que nunca foi intenção do primeiro-ministro interromper o discurso de Manuel Alegre, que se viu preterido pelas transmissões televisivas em favor de José Sócrates.

"Não havia qualquer intenção de interromper as declarações de Manuel Alegre, que tínhamos toda a curiosidade e interesse em ouvir", afirmou Vitalino Canas, garantindo que "dezenas de pessoas" podem confirmar que foi apenas "uma coincidência" que tirou Alegre das transmissões televisivas.

Vitalino Canas descreveu todos os passos do Secretariado Nacional dos socialistas onterm à noite e garantiu que se tratou de "uma coincidência" que pode ser "confirmada pelas 30 ou 40 pessoas que estavam com José Sócrates".

De acordo com Vitalino Canas, o Secretariado Nacional estava reunido na sede do PS, no Largo do Rato, em Lisboa, quando foi informado de que o candidato apoiado pelo partido, Mário Soares, iria discursar no Hotel Altis por volta das 21h30.

"Decidiu-se interromper a reunião para ouvir as declarações de Mário Soares", tendo os elementos do secretariado abandonado a sede para se dirigirem ao Hotel Altis, disse Vitalino Canas.

De regresso ao Largo do Rato, os jornalistas foram avisados de que o secretário-geral José Sócrates iria então dar a conferência de imprensa, que "já estava previamente agendada para se realizar logo após as declarações de Mário Soares".

No entanto, a entrada de José Sócrates na sala de imprensa acabou por ser adiada alguns minutos, quando a direcção socialista se apercebeu de que o líder do PSD, Marques Mendes, estava também a falar. Quando Marques Mendes terminou o seu discurso, o Secretariado Nacional do PS abandonou a sala de reuniões e dirigiu-se para a sala de imprensa.

Foi durante o percurso dos "dois ou três corredores" que separam as duas salas da sede do PS que Manuel Alegre começou a discursar, sem que nenhum responsável se tivesse apercebido, de acordo com a versão do porta-voz do PS.

"Entre a decisão de discursar e a deslocação até à sala decorreram quatro ou cinco minutos, durante os quais nem nós nem os assessores estiveram atentos às televisões", afirmou Vitalino Canas.

"Não estávamos informados de que Manuel Alegre ia falar", assegura o porta-voz do PS.

Helena Roseta, apoiante de Manuel Alegre, protestou contra a interrupção do discurso do dirigente do PS, classificando o incidente como "um ataque à liberdade e à democracia".

[P44]

Foi durante o percurso dos "dois ou três corredores" que separam as duas salas da sede do PS que Manuel Alegre começou a discursar, sem que nenhum responsável se tivesse apercebido, de acordo com a versão do porta-voz do PS.

"Entre a decisão de discursar e a deslocação até à sala decorreram quatro ou cinco minutos, durante os quais nem nós nem os assessores estiveram atentos às televisões", afirmou Vitalino Canas.

DESCULPAS DE TRETA

Como ontme disse o Ricardo Costa na SIC, realmente "ele há COINCIDÊNCIAS..."!!!!

Querem-nos fazer a todos parvos?

Durante QUATRO A CINCO minutos NINGUÉM olhou para os televisores?

Nenhum acessor?

Para além disso o Sócrates anda de muletas, não deve ir propriamente á correr!

Mau prenúncio, mau prenúncio.

Também é interessante notar que as TVs bem levaram o Cavaco ao colo, e se calhar com o conluio do próprio governo.

Daí se calhar, tanta abstenção, numas eleições Presidenciais importantes como desde 1986 não se via.

Já repararam bem nas "sondagens"?
Todas davam uma percentagem mais elevada ao Cavaco do que a realidade, enquanto todos os outros forma avaliados "por baixo", fazendo assim com que o fosso entre Cavaco e Alegre p. ex,. parecesse muito MAIOR do que na verdade foi, o que pode ter levado muita gente a pensar que não valia a pena ir votar, dado a Eleição de Cavaco estar garantida, o que na realidade não aconteceu, dado que se ele tivesse tido uma votação 0.7% inferior á que teve, HAVERIA UMA SEGUNDA VOLTA!


Ora segundo dados oficiais do STAPE:

Inscritos 8830706
Votantes 5529118 62,61%
Brancos 58868 1,06%
Nulos 43406 0,79%

GARCIA PEREIRA 23617 0,44

se 0.44% equivale a 23617 votos
0.7% equivaleria a 37573 votos

Num universo abstencionista de 3199314 inscritos...

[Rui Elias Maltez]

O Cavaco Silva passsou à primeira, por pouco mais de 37 mil votos.

Nada disso lhe retira a legitimidade da sua vitória eleitoral.

Mas esteve longe da "abada" que muitoss vaticinavam (e desejavam), e da "coroação" há muito esperada.

Aliás, foi o Presidente eleito com menos votos desde o 25 de Abril.

Ainda em Dezembro, haviam sondagens que apontavam para uma vitória a rondar os 65%, e com Soares praticamente encostado a Alegre.

Digamos que se as TV's tivessem dado mais tempo de antena a Garcia Pereira, que tinha a mesma legitimidade como candidado que os outros, porventura ele teria os mais de 37.000 votos que necessários, e assim poderia forçar a realização de uma 2ª volta.

[P44]

Rui:

Acho que o PR eleito com menos votos foi o Sampaio em 2001.

Teve menos que o Cavaco agora, isso é certo.

Eu não estou a dizer que a Eleição não foi justa, mas acho que exisitu muita manipulação por parte da comunicaçao social (a SIC então a´te metia nojo)

O DN (que não é de esquerda!) todos os dias trazia o tempo dado pelas TVs a cada campanha, e o Cavaco tinha sempre mais tempo que os outros.

Se a campanha tem durado mais uns 2 dias, ele não era eleito á 1ª de certeza!

[Rui Elias Maltez]

Se a campanha tem durado mais uns 2 dias, ele não era eleito á 1ª de certeza!

Disso não tenho dúvidas.

O que aconteceu foi que para além de alguma ajuda de certa comunicação social, Cavaco soube gerir muito bem as suas aparições (mérito dele).

Relativamente ao votos, tu tens razão e eu queria era referir a mais baixa percentagem eleitoral (0,7%).

Até agora a mais renhida foi a da 2ª volta em 1986 entre Soares e Freitas, mas aí a diferença entre os 2 foi de mais de 150 mil votos.

[mpina41]

Quem venceu e controlou os votos, foram as sondagens, o que uma vez mais prova que isto de DEMOCRACIA tem muito que contar...

Para mim, as sondagens deveriam ser proibidas (rigorosamente) nos dois últimos meses que antecedem todas as eleições! assim o povo decidiria pelo que ouvissem dos candidatos...

Mas claro, isto sou eu a pensar!

Já agora digam-me uma coisa.

Numa sociedade, em que ninguém dá nada a ninguém! A troco de quê, é que um partido gasta milhões para ajudar a eleger um presidente, que se proclama independente?

Estarão enganados? E o homem é mesmo independente!
Ou o que esperarão em troca? E cai a mascara a todos!

[Rui Elias Maltez]

É verdade, Pina.

Eu acho que o sistema democrático em Portugal, 30 anos após o 25 de Abril está a anquilosar-se e a divorciar-se dos cidadãos.

A classe política, empresarial, as elites da comunicação social controladas pelo grandes grupos económicos estão a contribuir para esse divórcio entre os portugueses e a politica.

Acho que isso é mau, e infelizmente não antevejo formas de dar a volta à situação.

[P44]

SABEDORIA POPULAR

1) Em Janeiro sobe ao outeiro; se vires verdejar, põe-te a cantar, se
vires Cavacar, põe-te a chorar.

2) Quem vai ao mar avia-se em terra; quem vota Cavaco, mais cedo se
enterra.

3) Cavaco a rir em Janeiro, é sinal de pouco dinheiro.

4) Quem anda à chuva molha-se; quem vota em Cavaco lixa-se.

5) Ladrão que rouba a ladrão tem cem anos de perdão; parvo que vota em
Cavaco, tem cem anos de aflição.

6) Gaivotas em terra temporal no mar; Cavaco em Belém, o povinho a penar

7) Há mar e mar, há ir e voltar; vota Cavaco quem se quer afogar.

8) Março, marçagão, manhã de Inverno tarde de Verão; Cavaco, Cavacão,
manhã de Inverno tarde de inferno.

9) Burro carregando livros é um doutor; burro carregando o Cavaco é burro
mesmo.

10) Peixe não puxa carroça; voto em Cavaco, asneira grossa.

11) Amigo disfarçado, inimigo dobrado; Cavaco empossado, povinho
atropelado.

12) A ocasião faz o ladrão, e de Cavaco um aldrabão.

13) Antes só que mal acompanhado, ou com Cavaco ao lado.

14) A fome é o melhor cozinheiro, Cavaco o melhor coveiro.

15) Olhos que não vêm, coração que não sente, mas aturar o Cavaco, não se
faz à gente.

16) Boda molhada, boda abençoada; Cavaco eleito, pesadelo perfeito.

17) Casa roubada, trancas na porta; Cavaco eleito, ervas na horta.

18) Com Cavacos e bolos se enganam os tolos.

19) Não há regra sem excepção, nem Cavaco sem confusão.

20) De Boliqueime, nem bom vento nem porra nenhuma.

[Rui Elias Maltez]

[pt]

O problema da esquerda festiva, é que tem um terrível mau perder.

O que mais irrita a dita esquerda festiva, é o facto de ter que reconhecer que em Portugal, a direita passou a aceitar as regras normais da democracía. Aceita perder, e para ganhar, tem que "ir a votos".

No entanto, a raivinha, é dificil de passar. A mesma raivinha que afirmava que se Freitas do Amaral era um fascista e que se tivesse sido presidente em 1986, sería em Portugal o inicio de uma nova ditadura.

Afinal, o antigo fascista, é hoje um santo, um democrata e sabe-se lá mais o quê, dado serem tantos e infindáveis os elogios que lhe fazem os mesmos que o acusavam de ladrão, bandido, fascista.

No fundo, uma certa esquerda intelectualoide ficou com um "melão" porque desapareceu o mito de que Portugal era sociologicamente um país de esquerda e que por isso nunca poderia ser eleito um presidente de direita.

O povo, disse que afinal não era assim, e essa é mais uma razão para a dor de estomago, a dor de cabeça, a dor de corno e a dor de cotovelo da esquerda.

O povo falou e disse, e a esquerda não gosta quando o povo diz que o caminho certo é o caminho direito

É claro que ha sempre a possibilidade de dizer que o povo é estupido.

Deve ser isso. Quem não for intelequetóale de iskerda é istupido coum certeça.

Cumprimentos, e comprimidos... ***



*** (para a azia, a dor de estomago, a dor de cotovelo, a dor de corno e quaisquer outras dores esquerdistas)

[Lauro Melo]

E a Carmelinda Pereira
Teve muito voto ?

sds,

[Paisano]

SABEDORIA POPULAR

1) Em Janeiro sobe ao outeiro; se vires verdejar, põe-te a cantar, se
vires Cavacar, põe-te a chorar.

2) Quem vai ao mar avia-se em terra; quem vota Cavaco, mais cedo se
enterra.

3) Cavaco a rir em Janeiro, é sinal de pouco dinheiro.

4) Quem anda à chuva molha-se; quem vota em Cavaco lixa-se.

5) Ladrão que rouba a ladrão tem cem anos de perdão; parvo que vota em
Cavaco, tem cem anos de aflição.

6) Gaivotas em terra temporal no mar; Cavaco em Belém, o povinho a penar

7) Há mar e mar, há ir e voltar; vota Cavaco quem se quer afogar.

8) Março, marçagão, manhã de Inverno tarde de Verão; Cavaco, Cavacão,
manhã de Inverno tarde de inferno.

9) Burro carregando livros é um doutor; burro carregando o Cavaco é burro
mesmo.

10) Peixe não puxa carroça; voto em Cavaco, asneira grossa.

11) Amigo disfarçado, inimigo dobrado; Cavaco empossado, povinho
atropelado.

12) A ocasião faz o ladrão, e de Cavaco um aldrabão.

13) Antes só que mal acompanhado, ou com Cavaco ao lado.

14) A fome é o melhor cozinheiro, Cavaco o melhor coveiro.

15) Olhos que não vêm, coração que não sente, mas aturar o Cavaco, não se
faz à gente.

16) Boda molhada, boda abençoada; Cavaco eleito, pesadelo perfeito.

17) Casa roubada, trancas na porta; Cavaco eleito, ervas na horta.

18) Com Cavacos e bolos se enganam os tolos.

19) Não há regra sem excepção, nem Cavaco sem confusão.

20) De Boliqueime, nem bom vento nem porra nenhuma.

[Einsamkeit]

Vivas a Dom Cavacus I

[P44]

PT,

A sua noção de democracia, vinda de um admirador confesso de Salazar (o tal que dava café e bolinhos...) já diz tudo.

A si também a democracia é quando lhe dá jeito, e só v.exas da direita é que são grandes defensores da democracia, daí termos tido quase 50 anos de ditadura, aquela que considera tão saudosa.

Já vi que concorda com o seu lider partidário, "a esquerda é a fonte de todos os males da humanidade"...vindo de um (outro) adimrador confesso de Salazar, cujo paizinho até era um colaboracionista do regime, não me espanta.

Que não faça a minima alusão ás manipulações das sondagens, e aos apoiso que os grandes grupos económicos deram ao novo presidente de "todos" os portugueses , também não me admira.

Uma pessoa que chama "GOLPE" ás eleições parlamentares de 2005 em Espanha, só porque não ganhou o querido Aznar.

É a sua incoerência, que gosta tanto de disfarçar com a mania de que é o dono da razão absoluta e que todos os outros são uma cambada de parvos, e portanto vc tem que dar lições a toda esta corja ignorante.

Daí tanta lição de moral aos bandidos... da esquerda, aos republicanos, aos espanhois, aos maçónicos, á carbonária, e sei lá que mais.


EU TAMBÉM ME POSSO DAR AO LUXO DE CHAMAR "GOLPE" A estas "eleições", ou só quando a esquerda ganha é que há "golpes"

É o seu conceito de democracia.

É a arrogancia dos que estão bem na vida e querem ficar melhor, por mais desgraçados que tenham de espezinhar.

A lei da selva e do capitalismo selvagem, assim é que vc está bem.

Olhe-se primeiro ao espelho, veja se adquire alguma coerência no discurso, e depois conversamos

cumpts

[P44]

Este é o fax a que o Rui Elias fez menção alguns tópicos atrás...

Cada qual interprete como quiser...