Guerras e massacres esquecidos

Área destinada para discussão sobre os conflitos do passado, do presente, futuro e missões de paz

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Pasquale Catozzo
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#91 Mensagem por Pasquale Catozzo » Ter Jan 17, 2006 6:30 pm

bem lembrado...

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A Alemanha foi o pais que mais fez as contas com o passado....


Zum 60. Jahrestag der Zerstörung von Dresden
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Dresden am Tag danach in Schutt und Asche, die Straßen übersäet mit Leichen - Ein Holocaust ? Dresden, no dia depois em cinzas, as ruas cheias de cadaveres - Um Holocausto?

....




"Gutta cavat lapidem"
Carlos Mathias

#92 Mensagem por Carlos Mathias » Ter Jan 17, 2006 7:32 pm

Isso foi uma das maiores atrocidades da IIGM, mas como foram os vencedores que fizeram, sem problemas, né? Essa cidade estava cheia de refugiados e doentes, fugindo da guerra, era talvez a única minimamente preservada. A guerra é nojenta e não exzistem santinhos, todos são filhos da puta e cometem atrocidades. Uns mais outros menos, mas todos cagam. Que Deus nos perdoe...




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Einsamkeit
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#93 Mensagem por Einsamkeit » Ter Jan 17, 2006 7:33 pm

Carlos Mathias escreveu:Isso foi uma das maiores atrocidades da IIGM, mas como foram os vencedores que fizeram, sem problemas, né? Essa cidade estava cheia de refugiados e doentes, fugindo da guerra, era talvez a única minimamente preservada. A guerra é nojenta e não exzistem santinhos, todos são filhos da puta e cometem atrocidades. Uns mais outros menos, mas todos cagam. Que Deus nos perdoe...


é isso ai




Somos memórias de lobos que rasgam a pele
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#94 Mensagem por Plinio Jr » Ter Jan 17, 2006 7:46 pm

Isso foi uma das maiores atrocidades da IIGM, mas como foram os vencedores que fizeram, sem problemas, né? Essa cidade estava cheia de refugiados e doentes, fugindo da guerra, era talvez a única minimamente preservada. A guerra é nojenta e não exzistem santinhos, todos são filhos da puta e cometem atrocidades. Uns mais outros menos, mas todos cagam. Que Deus nos perdoe...

Dresden não foi a única, em 1945 muitas cidades do leste da Alemanha foram atingidas indiscriminadamente pelos bombardeiros aliados, não havendo mais nada a ser destruído, milhares de refugiados das tropas russas ao leste morreram.

Situações como estas podem também serem classificadas como genocídio, pois visaram a população civil como alvo e não objetivos militares.




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#95 Mensagem por Pasquale Catozzo » Ter Jan 17, 2006 7:57 pm

Penso q a lição da segunda guerra mundial não serviu a nada, até hoje o antisemitismo é vivo no mundo, assim com todos os tipos de racismo...uma prova: Saddam Hussein, a história passa, a humanidade evolue, e assim a maldade também. Se no mundo existissem só brancos, com certeza iriam inventar uma razão racista para matarse e odiar uns aos outros.

A maldade faz parte do homem. Foi sempre assim e temo q assim sempre será!




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#96 Mensagem por Einsamkeit » Ter Jan 17, 2006 8:04 pm

o Racismo para os negros melhorou bastante, agora ja sao pessoas e nao objetos




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#97 Mensagem por Pasquale Catozzo » Ter Jan 17, 2006 8:05 pm

Como justificativa desses bombardamentos com objetivo civil, os aliados diziam q foi para forçar uma reação do povo alemão contra Hitler. Sim, mas como se com esses bombardamentos eram já quase todos mortos?? como eles iriam reagir??Talvez eles não tinham pensado nisso!?!?




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#98 Mensagem por Einsamkeit » Ter Jan 17, 2006 8:09 pm

Pasquale Catozzo escreveu:Como justificativa desses bombardamentos com objetivo civil, os aliados diziam q foi para forçar uma reação do povo alemão contra Hitler. Sim, mas como se com esses bombardamentos eram já quase todos mortos?? como eles iriam reagir??Talvez eles não tinham pensado nisso!?!?


Olha pra nao pensar nisso tem que ser mais burro do que eu acho que eles eram.....




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#99 Mensagem por Pasquale Catozzo » Ter Jan 17, 2006 8:14 pm

Só tenho um motivo: vingança! a alemanha tinha ferido o orgulho inglês e para eles esse massacre era um coisa "natural".




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#100 Mensagem por Túlio » Qua Jan 18, 2006 2:15 am

É, na hora que o pau pega, ninguém mais tem razão, morre quem tá no bolo e quem num tem nada com a peleia também. Chato isso, mas está na ordem das coisas, somos isso aí, lobos que devoram lobos.
Agora, se os nazis ganhassem, na Europa a coisa iria ser feia, mas aqui, acho brabo, são milhares de quilômetros por mar e teriam primeiro que tomar os EUA, coisa braba de fazer, um povo guerreiro e armado até os dentes... Aqui té que seria fácil, pois, para quem num sabe, foi o velho Gegê que desarmou o povo, então, os castelhanos, vencendo o EB, a FAB e a MB, dominariam o que quisessem, lutar com quê, só podia comprar .32... :cry:




“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”

P. Sullivan (Margin Call, 2011)
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#101 Mensagem por lelobh » Qua Jan 18, 2006 10:31 am

Hoje em dia considero o povo Brasileiro acovardado, mas nem sempre foi assim...
Esses fatos nos lembram que sempre a história é contada pelos vencedores.
Não há lado certo em uma guerra assim...

A violência é a arma dos ignorantes. A defesa armada deve ser a última fronteira, aquela na qual se recorre com extremo pesar e não com intensa alegria como fazem alguns países. Outros conseguem achar honra em atacar e matar milhares de pessoas. Conceitos infelizes e atitudes desumanas.

Não vejo muitas alternativas para o mundo exceto a evolução humana em todos os sentidos. O problema do mundo, até o momento, é o Homem :(




Dom Pedro II, quando da visita ao campo de Batalha, Guerra do Paraguai.

Rebouças, 11 de setembro de 1865: "Informou-me o Capitão Amaral que o Imperador, em luta com os ministros que não queriam deixá-lo partir, cortou a discussão dizendo: " (D. Pedro II) Ainda me resta um recurso constitucional: Abdicar, e ir para o Rio Grande como um voluntário da Pátria."
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#102 Mensagem por Pasquale Catozzo » Qua Jan 18, 2006 2:08 pm

Colombianos denunciam
massacre de camponeses em Potosí


O Partido Comunista Colombiano (PCC), assim como organizações populares, sindicais e ONGs de defesa dos direitos humanos denunciaram ontem o massacre de quatro camponeses no último dia 2, em Vareda Potosí, no município de Cajamarca, departamento de Tolima. Entre as vítimas estão dois dirigentes sindicais e defensores dos direitos humanos. No mesmo lugar, estão desaparecidos outros 18 camponeses.

Em Potosí, em março deste ano, os lavradores ocuparam as terras da fazenda La Manigua, de propriedade do diplomata Armando Hecheverry Jiménez. O exército e a polícia desalojaram então os camponeses. Mantiveram a região sob controle policial e lançaram uma certa "Operação Pijao" em que prenderam mais de cinqüenta pessoas.

No dia 2, homens armados, com uniformes e insígnias do Exército, seqüestraram três camponeses. Quatro dias depois o mesmo grupo armado chegou a Vareda Potosí e seqüestrou mais dois, entre eles Ricardo Espejo, fiscal do Sindicato de Trabalhadores Agrícolas de Tolima.

O comunicado do Departamento de Imprensa do PCC comenta que "estas denúncias reclamam esclarecimento por parte das autoridades". E lembra que, depois da ruidosa troca de ministros do Interior do governo Uribe Vélez, o novo titular da pasta "deve assumir o esclarecimento dos fatos". O comunicado faz ainda um apelo à comunidade internacional, à Comissão de Direitos Humanos da ONU e à Corte Penal Internacional, para que exijam do governo Uribe que "garanta a vida, os direitos fundamentais e as liberdades democráticas do conjunto da população colombiana".




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#103 Mensagem por Pasquale Catozzo » Qua Jan 18, 2006 2:09 pm

A crise revolucionária de setembro/outubro na Bolívia, com seus massacres, ações de massas, enfrentamentos e desafios, seguiu um ritmo tão vertiginoso que mesmo os observadores atentos tiveram dificuldade em acompanhá-la. Nestas horas, a recuperação de uma cronologia ajuda a dar as dimensões andinas da sublevação no país mais pobre da América do Sul:

2 de setembro: Sindicalistas do município de El Alto, a 12 quilômetros de La Paz, marcham desde o povoado de Caracollo até a capital. Protestam contra o projeto de exportação do gás boliviano para os Estados Unidos, passando por um terminal na costa do Chile. Começa a onda de protestos. El Alto, uma imensa cidade-favela de 800 mil habitantes, a 4 mil metros de altitude, onde mora boa parte das classes trabalhadoras da Grande La Paz, jogará um papel-chave na rebelião.

14 de setembro: Com a mesma exigência, a seção/El Alto da COB (Central Operária Boliviana) promove uma greve geral de 24 horas. A paralisação é um sucesso. A Assembléia de Direitos Humanos adverte que o país vive uma situação semelhante à da convulsão social de fevereiro, que terminou com 30 mortos.

15 de setembro: A Confederação Sindical Camponesa inicia uma série de bloqueios de estradas no Altiplano de La Paz, pela nacionalização do gás e por reivindicações agrárias. O governo coloca as estradas sob controle militar.

16 de setembro: O vice-ministro de Hidrocarburos, Mario Requena, manifesta sua preferência pela exportação do gás via Chile. É um desaforo ao movimento popular que exige o contrário.

18 de setembro: O Centro de Estudos pelo Desenvolvimento Trabalhista e Agrário (Cedla, na sigla em espanhol) afirma que o FMI (Fundo Monetário Internacional) e o Banco Mundial pressionam pela exportação via Chile.

19 de setembro: Grandes passeatas contra a venda do gás paralisam La Paz e outras cidades, numa jornada de protesto dirigida pelo líder oposicionista Evo Morales. A exigência de nacionalização cresce. O governo rejeita as reivindicações e minimiza os protestos.

20 de setembro: O ministro da Defesa, Carlos Sánchez, comanda pessoalmente uma operação militar para retirar do Altiplano centenas de turistas isolados pelos bloqueios de rodovias, entre eles dezenas de estrangeiros. Em um incidente sobre o qual pesam suspeitas de provocação, morrem cinco camponeses e dois militares.

23 de setembro: As mortes do dia 20 intensificam os bloqueios e os protestos em La Paz. O presidente Sánchez de Lozada diz: "Ou elegemos o caminho da unidade, da paz e da construção, ou elegemos o caminho da divisão, da violência e da destruição".

24 de setembro: O governo insinua que existe um movimento subversivo armado que manipula os protestos populares.

25 de setembro: A COB convoca uma greve geral pela renúncia do presidente.

26 de setembro: A Igreja Católica e outras instituições humanitárias pedem diálogo. O governo se recusa a conversar com a COB e abordar o tema do gás. Só aceita tratar com os movimentos camponeses e sobre outros pontos de pauta.

29 de setembro: Começa a greve da COB, com adesão parcial. O governo proclama o fracasso do movimento e atribui a ele objetivos políticos. Começa em La Paz uma onda de passeatas diárias.

30 de setembro: Sánchez de Lozada diz que não renunciará. Nega que a situação seja grave. Afirma que a imprensa estrangeira exagera e que grupos radicais fomentam a agitação, sob influência de grupos armados estrangeiros.

2 de outubro: Greve geral em El Alto. Os acessos rodoviários a La Paz são bloqueados. Instituições humanitárias insistem no diálogo e na pacificação. O governo ainda tenta desqualificar os protestos e assegura ter pleno controle da situação. O Exército ocupa posições em pontos estratégicos de La Paz e El Alto.

4 de outubro: Rumores sobre a iminência de um estado de sítio, de um golpe ou de um auto-golpe de Estado.

5 de outubro: O vice-presidente Carlos Mesa sugere que as empresas petrolíferas aumentem os royalties que pagam, como caminho para superar a crise. Sua proposta é mal recebida pelo governo, que ameaça encarcerar os bloqueadores de rodovias, sob a acusação de promoverem a guerra civil.

6 de outubro: Sindicalistas e moradores de El Alto tomam o centro de La Paz, com uma grande marcha que reclama a renúncia de Sánchez de Lozada.

8 de outubro: Começa outra greve geral em El Alto, pelo gás e a renúncia do presidente. O governo envia tropas para manter a ordem.

9 de outubro: Violenta repressão deixa um saldo de dois mortos em El Alto. O presidente lamenta as mortes e responsabiliza minorias radicais que querem "dividir e destruir Bolívia". Recusa-se a fazer concessões.

10 de outubro: A greve em El Alto endurece. O bispo local, dom Jésus Juárez, condena as mortes e o desprezo pela dignidade da vida humana; diz que o protesto deve-se à "violência, frustração, falta de trabalho, à fome que sofre a maioria das pessoas e à falta de políticas adequadas e transparentes do governo".

11 de outubro: Mais repressão, três mortos em El Alto. Seis oficiais e agentes da polícia são detidos, acusados de fomentar um motim como o de fevereiro, estopim da explosão social então ocorrida.

12 de outubro: Dirigentes e instituições humanitárias abandonam as tentativas de mediação. Responsabilizam pelo fracasso a intransigência governamental, que não cede na questão do gás.

13 de outubro: Massacre de El Alto. A repressão, comandada pelo ministro da Defesa, deixa 32 mortos na cidade.

13 de outubro: Prossegue o Massacre de El Alto. Mais 26 populares são abatidos a tiros. La Paz é paralisada por grandes passeatas. Começa uma greve geral espontânea, com a adesão de trabalhadores dos transportes, açougueiros, padeiros e outras categorias. O vice condena a repressão e rompe com o governo. Sánchez de Lozada diz que não renunciará e que conta com o apoio dos militares e da coalizão governista para restabelecer a ordem.

14 de outubro: Evo Morales condena e rejeita a ingerência dos EUA e da OEA visando manter o governo Sánchez de Lozada. Os partidos de esquerda assinam comunicado conjunto pela renúncia do presidente por ter perdido legitimidade. Propõem a renúncia do presidente, a posse do vice, um governo provisório, medidas de emergência sobre o gás e a crise social e a convocação de uma Assembléia Constituinte. Mais denúncias de ingerência norte-americana: o semanário Pulso denuncia que militares estadunidenses ligados à embaixada participam da direção das operações repressivas, enquanto as munições vêm direto de Miami. Em El Alto, o povo insurgido se apodera da cidade enquanto a tropa baixa para La Paz.

15 de outubro: Sánchez de Lozada propõe um referendo consultivo sobre a exportação do gás, a revisão da lei de combustíveis e a viabilização de uma Assembléia Constituinte, com ele na presidência. O recuo parcial e tardio não surte efeito, sendo rejeitado pelos movimentos sociais, que multiplicam as ações de massas. Camadas médias e personalidades intelectuais e artísticas começam uma greve de fome pró-renúncia.

16 de outubro: La Paz assiste à maior manifestação da sua história, exigindo a renúncia. Este sustenta que os protestos são uma conspiração "narcoterrorista" e promete restabelecer a ordem com o menor custo de vidas que for possível. Aumentam as dissidências no bloco governista. Diante do fracasso de uma tentativa de mediação da OEA, os presidentes do Brasil e da Argentina decidem enviar emissários a La Paz. Grandes colunas de camponeses e mineiros chegam à capital vindas de todo o país para se somarem aos protestos.

17 de outubro: A NFR (Nova Força Republicana) deixa o bloco governista e exorta o presidente a renunciar. Seu outro aliado, o MIR (Movimento de Esquerda Revolucionária, na sigla em espanhol) do social-democrata Jaime Paz Zamora, chama-o a "assumir uma decisão responsável e democrática" e anuncia que o presidente comunicará sua decisão ao Congresso. O enviado brasileiro ao país, Marco Aurélio Garcia, anuncia que o pedido de renúncia foi aceito. O povo, senhor de La Paz e da Bolívia, festeja nas ruas a vitória e planeja sua libertação.




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#104 Mensagem por César » Qua Jan 18, 2006 3:42 pm

Plinio Jr escreveu:Isso foi uma das maiores atrocidades da IIGM, mas como foram os vencedores que fizeram, sem problemas, né? Essa cidade estava cheia de refugiados e doentes, fugindo da guerra, era talvez a única minimamente preservada. A guerra é nojenta e não exzistem santinhos, todos são filhos da puta e cometem atrocidades. Uns mais outros menos, mas todos cagam. Que Deus nos perdoe...

Dresden não foi a única, em 1945 muitas cidades do leste da Alemanha foram atingidas indiscriminadamente pelos bombardeiros aliados, não havendo mais nada a ser destruído, milhares de refugiados das tropas russas ao leste morreram.

Situações como estas podem também serem classificadas como genocídio, pois visaram a população civil como alvo e não objetivos militares.

Outro crime que considero horrendo, por parte dos aliados, foram os bombardeios americanos com Napalm contra cidades japonesas em 1945(principalmente no mês de março).

Era injustificável, absurdo. Mas mesmo assim, os aliados teriam que matar muito mais gente pra chegar nos joelhos dos genocídios cometidos pela Alemanha.

Abraços

César




"- Tú julgarás a ti mesmo- respondeu-lhe o rei - É o mais difícil. É bem mais difícil julgar a si mesmo que julgar os outros. Se consegues fazer um bom julgamento de ti, és um verdadeiro sábio."

Antoine de Saint-Exupéry
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#105 Mensagem por Einsamkeit » Qua Jan 18, 2006 3:47 pm

Cesar, a questao nao é essa, a questao é que querem passar uma imagem que sao os humanitarios, que nunca cometem massacres, sao perfeitos, o Pessoal do japao e dresden que o diga nao?




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