Mulheres... outra vez...

Assuntos em discussão: Exército Brasileiro e exércitos estrangeiros, armamentos, equipamentos de exércitos em geral.

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#61 Mensagem por Rui Elias Maltez » Qua Jan 04, 2006 1:22 pm

É Clermont:

Actualmente, para se ser Sargento, pode-se ir directamete da vida civil para a Escola de Sargentos ( das Calda da Rainha), e se passar no curso, fica no quadro.

Não precisa de ser primeiro soldado (ou praça, como se diz cá).

Para se ser oficial, necessita de ir para uma Academia.

O resto, acho que o "cabeça" explicou bem.

_________


Cabeça de martelo:

Ter a disciplina de Matemática para as Armas de Engenharia e Transmissões e para o Serviço de Material;

e.Ter realizado os exames nacionais, com classificação igual ou superior a 10,00 valores, nas seguintes disciplinas específicas:

(1)Para o Serviço de Medicina (Enfermagem): Biologia;

(2)Para os Serviços de Farmácia e de Diagnóstico e Terapêutica (Análises Clínicas): Biologia e Química;

(3)Para o Serviço de Diagnóstico e Terapêutica (Radiologia): Biologia e Física ou Química.


Isso significa que um jovem que tenha tido o 12º ano na área das humanisticas está de fora do acesso à tropa? :?




Editado pela última vez por Rui Elias Maltez em Qua Jan 04, 2006 1:29 pm, em um total de 1 vez.
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#62 Mensagem por Rui Elias Maltez » Qua Jan 04, 2006 1:28 pm

Ontem na SIC-Notícias àas 18h30m, deu uma pequena reportagem sobre os primórdios dos nossos paraquedistas.

Desconhecia que os primeiros, ainda nos anos 50 tinham tido a sua primeira instrução prática em Espanha, sendo lançados para os seus lançamentos a partir de Junker's da Força Aérea de Espanha.

Viam-se em imagens de arquivo.

Nessa altura usavam ainda para-quedas do tempo e com concepção da II GG.

Os primeiros "páras" incorporados para ir para a guerra colonial em 61, para Angola, e mais trade para a Guiné e principalmente Moçambique foram ainda formados em Espanha.




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Exército

#63 Mensagem por cabeça de martelo » Qua Jan 04, 2006 1:51 pm

Não pá, tb há oficiais contratados.
Não a disciplina de matemática é só para as armas acima referidas. Para Infantaria ou Cavalaria tu não precisas de matemática.
Em relação aos Páras (a melhor unidade do mundo naminha "humilde" opinião), a primeira unidade foi formada com a ajuda dos Espanhóis, mas tb já havia oficiais formados que tb deram instrução (formados em Pau -França). O material usado em Espanha era muitas vezes aos estilo alemão e por isso até pareciam que era uma unidade dos "Diabos Verdes", no entanto já havia diferenças. Qd eles regressaram a Portugal voltaram com bastante material comprado ou cedido em espanha (se foi um ou outro naõ sei). No entanto qd fomos para a guerra em África grande parte dos militares já não eram deese tempo. Não te esqueças que só foram formados em espanha 192 Pára-quedistas.

http://www.paraquedistas.com.pt/34103/index.html




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#64 Mensagem por P44 » Qua Jan 04, 2006 1:55 pm

:shock:

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A Alferes Pára-Quedista Coelho, comandante de uma secção dos poucos amados PE`s Paras


Cabeça de Martelo, tb conhecias esta? :P




Triste sina ter nascido português 👎
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Páras

#65 Mensagem por cabeça de martelo » Qua Jan 04, 2006 2:12 pm

Não, já não é do meu tempo! Mas a 1ª Rosa é!

http://tvtel.pt/paraque/135-mulheres13.htm




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#66 Mensagem por Rui Elias Maltez » Qua Jan 04, 2006 2:21 pm

Essa foto é muito recente, a avaliar pelo distintivo na boina.

Mas a avaliar também pelo estilo do "man" que está alhar com ar jingão, fadista da velha tradição marialva lusitana, parece que terá havido "briefing" entre ele e a "pára" toda alegre, depois de descomprimir a tensão acumulada. :mrgreen:




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Páras

#67 Mensagem por cabeça de martelo » Qua Jan 04, 2006 2:24 pm

Olha o respeitinho!

Se eu fosse falar algumas que eu sei... :twisted:




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#68 Mensagem por Rui Elias Maltez » Qua Jan 04, 2006 3:17 pm

[082] [082] [082]




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#69 Mensagem por Clermont » Qua Jan 04, 2006 6:43 pm

Qualquer cidadão Português pode servir nas Forças Armadas, desde que passe nos testes de acesso. Dá-se como voluntário e assina um contrato de ano e meio (...)


Um ano e meio não seria pouco tempo para um voluntário? No Brasil, onde o serviço é obrigatório, ele dura, em teoria, um ano. Mas na prática, os soldados podem ser dispensados com menos tempo devido a restrições orçamentárias. Porém, as tropas terrestres da Marinha brasileira só incorporam voluntários. E o prazo de alistamento é de quatro anos.

A ESE antigamente só aceitava militares já formados. Por isso é que aceitava praças, porque o curso era 3 anos aceitava pessoal que só tinha o 9º ano de escolaridade. Agora o curso na ESE é 2 anos e só aceitam pessoal com o 12º ano e as disciplinas que há no curso são meramente militares (antigamente eles ainda tinham Português, matemática, etc.). Actualmente tb aceitam pessoas vindas directamente da vida civil, (...)

(...)Na Marinha e na Força Aérea é diferente tu podes começar como Praça e se mostrares trabalho e capacidade indo subir na hierárquica.(...)

(...)Na Marinha também há Quadro Permanente para militares da Classe de Praças.(...)


Tal mudança - sargentos das armas combatentes formados a partir de soldados/cabos para sargentos formados diretamente a partir do meio civil - se constituiria num avanço ou num retrocesso?

O sistema da Marinha e da Força Aérea portugueses poderia ser considerado como superior ou inferior ao do Exército?

Espero ter respondido às vossas questões


Muito obrigado pela atenção e pelas preciosas informações sobre as forças armadas de nosso querido Portugal.

Rui Elias Maltez escreveu: O resto, acho que o "cabeça" explicou bem.


Ele deu uma aula sobre a matéria. Agora, fiquei curioso mesmo é de saber sobre as coisas que ele sabe... 8-]

Se eu fosse falar algumas que eu sei... :twisted:




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#70 Mensagem por cabeça de martelo » Qui Jan 05, 2006 12:06 pm

Bem na verdade o ano e meio que eu falei anteriormente é referente ao que acontecia no meu tempo. Na Força Aérea os contratos iniciais são mais longos e há algumas especialidades onde é exigido contratos tb muito mais longos (por causa do custo financeiro dos mesmos).

A vinda de civis directamente para a escola de Sargentos foi uma consequência da profissionalização das Forças Armadas. O que aconteceu foi aumentar ainda mais a competição para as vagas na ESE.
Neste momento para se poder ir para a classe de Sargentos (mesmo contratados) é preciso ter o 12º ano e para oficiais é preciso ter a Licenciatura ou o bacharelato. Como podem ver aqui em Portugal não se brinca em serviço.

Na Marinha há um acarinhar do pessoal que está lá dentro e mostra serviço. No exército é mais uma forma Darwiniana de selecção. Os mais “fortes” é que conseguem. Eu conheci muitos praças e sargentos que, apesar de adorarem a vida militar não tentaram ir para a ESE porque duvidavam que conseguissem entrar. No tempo da Força Aérea as coisas eram um pouco diferentes e eles chegavam a convidar certos voluntários que eles achavam que tinham capacidade para um segundo contrato. Daí até entrarem para o quadro era dois passos. É claro que ainda tinham que fazer o curso de sargentos ou oficiais do quadro permanente para se tornarem efectivos.
Onde se vê mais confusão a esse respeito é na Brigada Aerotransportada Independente, porque tem Sargentos formados na FAP, na ESE, Oficiais formados na FAP e na Academia Militar. Este é um legado da transferência dos Páras da FAP para o exército.
Se na FAP ou na Marinha as coisas são melhores ou piores...não sei. Só sei que são diferentes!

Em relação às coisas que eu sei :twisted: o melhor é nem falar nisso!




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#71 Mensagem por Rui Elias Maltez » Qui Jan 05, 2006 12:50 pm

Cabeça:

Mas a ESE é só para o Exército, não é?

E nos outros ramos, como é que se vai para Sargento?

Por promoção?




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ESE

#72 Mensagem por cabeça de martelo » Qui Jan 05, 2006 2:29 pm

Sim Rui, a ESE é só para o Exército. Na FAP é o Centro de Formação Militar e Técnica da Força Aérea, que tem como uma das funções dar o curso de Sargentos do Quadro Permanente. Na Marinha não sei qual é a escola encarregue disso, mas de certeza que não é como nos EUA, onde é apenas renovar contrato até perfazer os 20 anos de casa!

http://www.emfa.pt/www/unidades/unidade ... &key=13250




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#73 Mensagem por Clermont » Sex Jan 06, 2006 8:34 am

MULHERES DEVEM ENTRAR EM COMBATE? – Uma soldado traz sua perspectiva sobre o atual debate.

Por Catherine L. Aspy – Reader’s Digest, fevereiro de 1999.

Dentro de meus coturnos meus pés haviam virado hamburguer. Meu uniforme, até o meu cinturão, estava empapado com suor, e minhas costas e ombros estavam dormentes devido aos 18 Kg de carga na minha mochila. O clímax do treinamento básico do Exército em Forte Jackson, Carolina do Sul, uma marcha de 20 Km, estava quase acabando.

Determinada a continuar, forcei meus músculos a se moverem. Mas poucas das outras mulheres na companhia permaneceram comigo próximo à frente. Muitas se extraviaram, e algumas montavam o caminhão que nos seguia para recuperar mochilas descartadas. Os homens, enquanto isso, caminhavam à vontade, cantando a cadência. Eles pareciam se divertir com tudo aquilo.

A marcha confirmou algo que havia me ocorrido com freqüência durante as prévias oito semanas: com raras exceções, as mulheres na minha unidade não podiam competir fisicamente com os homens. Muitas eram incapazes de erguer cargas pesadas, escalar barreiras ou subir numa corda suspensa por sobre uma rede de segurança. Nos testes finais em corridas de 3000 m, a mulher mediana levava 18 minutos, o homem mediano 14 minutos. Era aparente que muitos dos homens não eram desafiados o bastante pelo regime de treinamento.

Certamente havia bons soldados entre as mulheres na minha companhia; mais tarde, durante uma temporada regular numa instalação de inteligência militar, eu vi mulheres de todas as forças se desempenharem tão bem ou melhor que homens numa variedade de funções. Entretanto, a enorme brecha no desempenho físico, tão óbvia no treinamento básico, forçou-me a considerar as implicações de colocar mulheres em unidades de combate terrestre.

Hoje em dia, quase 200 mil mulheres nas forças armadas da nação (14% de todo o pessoal da ativa) servem como tudo, de pilotos de caça da Força Aérea a oficiais de polícia militar do Exército, até capitães de navios da Marinha. Mas as armas de combate direto do Exército e dos Fuzileiros Navais – incluindo infantaria, blindados e artilharia de campanha – estão fechadas para elas.

Deve-se permitir mulheres nessas unidades também? Muitos acreditam que sim. Afinal, nós os americanos, nos ressentimos de ser barrados de qualquer coisa; é parte de nosso instinto de liberdade. A ex-representante (deputada federal) Patrícia Schroede (Democratas – Colorado), declarou, “leis de exclusão de combate já perderam sua utilidade e agora não são nada mais do que discriminação institucionalizada.”

Isso não era uma questão com eu me preocupasse quando me alistei. Estou certa que se tivesse sido questionada na época se mulheres deveriam ser permitidas em combate, eu teria respondido, no mínimo, “talvez”.

Agora, eu digo “não”. Tudo que observei durante minha estada no Exército, e mais tarde, quando eu estudava a questão e conversava com outros dentro e fora das forças armadas, me convenceu de que isso seria um erro.

Combate não se trata primordialmente de cérebro, ou patriotismo, ou dedicação ao dever. Não há nenhuma questão de que as soldados mulheres tem isso em abundância. Combate é sobre capacidade de luta e o moral da unidade. Aqui a força física pode ser uma questão de vida ou morte. E é por isso que as disparidades físicas entre homens e mulheres não podem ser ignoradas.

Cargas desiguais

Por anos, a sargento Kelly Logan (nome falso) acreditou que as mulheres deveriam ser permitidas nas unidades de combate, que “não importava se você é homem ou mulher – há um padrão, nós todos o satisfazemos, e vamos em frente com a missão.” Então veio para ela a temporada de dever de 1997 com as forças de pacificação da Bósnia. “Eu tive uma mudança completa de atitude,” diz ela. “Quando tínhamos de fazer coisas como cavar e reforçar bunkers, os caras terminavam fazendo a maioria do trabalho físico. As mulheres tendiam a se moverem para os lados.” Logan observava o ressentimento ser criado até que isso minou o moral da unidade.

Ela também observava que muitas mulheres eram “tão despreparadas para a militança pesada que teriam posto a unidade em perigo numa crise.” Patrulhar na Bósnia exigia que os soldados permanecessem em alerta alto e com equipamentos de batalha completos, incluindo vestes Flak (coletes à prova de bala, ou armaduras corporais) e munição. Diz Logan: “O equipamento impedia muitas das mulheres de se movimentarem tão rapidamente quanto os homens, que dirá ser eficientes em combate.”

Enquanto algumas mulheres podiam estar à altura dos rigores do combate, ela diz, “elas seriam as raras exceções. E para alguns indivíduos, era apenas questão de tempo antes que as ligações platônicas progredissem para o sexo, e então todos as espécies de disrupção se seguiam.”

Logan concluiu, com relutância, que “mulheres não podem se relacionar com homens numa unidade do mesmo modo que os homens se relacionam entre si.” Mas ela não pode dizer isso abertamente, e insiste que seu nome verdadeiro não seja usado. “Falar sobre essas coisas em público pode danificar definitivamente sua carreira.”

A expectativa nas unidades militares tem sido sempre que você pode carregar sua própria carga. Mas um piloto de helicóptero “Apache” me disse que sua chefe de tripulação simplesmente se recusava a carregar suas próprias ferramentas, que pesavam de 27-36 Kg (60 to 80 pounds).

”Supôe-se que o Exército não demonstre favoritismo,” disse um ex-combatente da “Desert Storm”, Sam Ryskind, que era um mecânico na famosa 82º Divisão Aeroterrestre. “Mas as mulheres com que eu treinei eram de fato isentas de quaisquer trabalhos pesados.”

Fosse trocar os pneus dos caminhões, transportar cargas, ou mesmo pôr panelas pesadas em posição na linha do rancho, Ryskind diz que homens “executavam o trabalho pesado. Muito em breve isso criou uma situação ‘nós-e-elas’.”

Enquanto tais experiências não refletem as reais condições de combate, elas apontam para os tipos de problemas insolúveis que poderão surgir se mulheres estiverem em unidades de combate.

Em 1994, uma regra do Exército barrando mulheres de centenas de posições de “apoio ao combate” foi eliminada. Enquanto isso, o Exército tentou instituir testes para harmonizar a força física de um soldado com uma “especialidade ocupacional militar” (MOS ou “military occupation specialty”). Então foi descoberto que os testes teriam desqualificado a maioria das mulheres do Exército de 65% das mais de 200 MOS. Os testes foram descartados.

O Fator Força.

Para lidar com a brecha no desempenho homens-mulheres, o Exército aumentou a ênfase em “trabalho de equipe”. Ninguém é contra trabalho de equipe – isso é a essência das forças armadas. Mas em alguns casos isso se tornou um eufemismo para definir o rebaixamento de tarefas militares, como quando três ou quatro soldados são necessários para carregar um camarada ferido ao invés de dois.

”De um ponto de vista do combate isso é totalmente grotesco,” nota William Gregor, um ex-combatente do Vietnam que é agora professor associado de ciências sociais da Escola de Estudos Militares Avançados do Exército em Forte Leavenworth, Kansas. “Você pode não ter pessoal extra em volta. E a batalha exaure você. Uma unidade onde uma pessoa não pode carregar seu próprio peso torna-se uma unidade mais fraca.”

Eu tenho 1,70 m (five feet, six inches), e cheguei no treino básico pesando 61 Kg (135 pounds). Eu era mais alta que muitas mulheres na minha unidade. Mas a soldado mulher mediana é 12 cm (4.7 inches) mais baixa e 15,3 Kg (33.9 pounds) mais leve que sua contraparte masculina. Ela tem 17 Kg (37.8 pounds ) menos de massa muscular (lean body mass). Isso é crítico porque maior massa muscular está proximamente relacionada com força física.

Um estudo da Marinha dos Estados Unidos sobre força dinâmica do torso superior em 38 homens e mulheres descobriu que as mulheres possuem cerca de metade da potência de levantamento dos homens. Em outro estudo da Marinha, as 7% mais bem colocadas de 239 mulheres obtiveram o mesmo desempenho que os 7% piores colocados entre os homens em força nos membros superiores.

Mesmo eu tendo sido atleta no secundário e sido endurecida pelos dois meses de treinamento, a marcha final de 20 Km me matou. Uma razão: a capacidade cárdio-respiratória – a taxa na qual o coração, pulmões e vasos sanguíneos entregam oxigênio para os músculos em operação. Treinadores sabem que essa capacidade é a chave para o desempenho físico sustentado. E numerosos estudos tem revelado diferenças por sexo. “Em geral,” resumiu a Comissão Presidencial Sobre Designação de Mulheres Nas Forças Armadas de 1992, “mulheres tem menor massa cardíaca, volume cardíaco e produção cardíaca do que os homens.”

Alguns que querem mulheres em unidades de combate reconhecem tais diferenças, mas proclamam que elas são baseadas em estereótipos e podem ser minimizadas por treinamento extra. Isso não é tão simples.

Num estudo do Exército, por exemplo, 46 mulheres receberam um programa de treinamento de 24 semanas especialmente desenhado para ver se elas podiam aperfeiçoar sua capacidade de fazer trabalhos “muito pesados”. Durante o treinamento, o número de mulheres que eram qualificados para tais trabalhos aumentou de 24% para 78%. Ainda assim, na média elas eram incapazes de se equiparar ao desempenho de carga de homens que não passaram pelo programa.

Mas e quanto a essas poucas mulheres que podem se qualificar para unidades de combate? Gregor, que tem feito extensivas pesquisas sobre desempenho de homens e mulheres, questiona o quão realista seria treinar 100 mulheres para combate com a possibilidade de achar um punhado que iria satisfazer – ou em casos excepcionais exceder – os requerimentos mínimos.

Padrões mais duros?

A intercambialidade de cada soldado em uma emergência de combate é um princípio permanente da eficiência de um exército como uma força de combate. Isso presume que cada um recebeu o mesmo treinamento e pode se desempenhar pelo mesmo padrão básico. Isso ainda é verdadeiro para homens que se alistam para entrar diretamente nas armas de combate. Eles treinam “pelo velho modo”, num ambiente duro, exigente.

Isso já não é mais verdade. Sob o treinamento básico misto entre sexos, instituído em 1994, homens e mulheres são mantidos por diferentes padrões. O regime tornou-se menos exigente para ocultar as diferenças em desempenho físico entre homens e mulheres (embora o Exército negue isso).

Eventualmente, a debilidade do treinamento básico tornou-se objeto de tal amplo ridículo público que regras “mais duras” foram estabelecidas. Mesmo com esses novos padrões, programados para ter efeito nesse mês, mulheres podem se sair tão bem quanto homens que estão sendo testados por um padrão mais duro. Num grupo etário de 17-21 anos, por exemplo, para obter um índice mínimo de 50 pontos, um recruta masculino precisa fazer 35 “push-ups”, uma mulher, 13. Se mulheres forem permitidas em unidades de combate esses duplos padrões se tornarem universais, o resultado será colocar forças fisicamente mais fracas em campanha.

Uma nota pública do Exército defendeu esses padrões “mais duros” sob o argumento de que eles “promovem a igualdade entre os sexos” e “nivelam o campo de jogo”.

Eu não sei sobre campos de “jogos”. Mas de algum modo eu acho que o campo do combate real não será muito nivelado.


__________________________________

Catherine L. Aspy formou-se por Harvard em 1992 e serviu dois anos no Exército. Agora ela está na Reserva Pronta Individual. Aspy foi assistida no preparo desse artigo pelo Birô do Reader's Digest de Washington.




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Mulheres

#74 Mensagem por cabeça de martelo » Sáb Jan 07, 2006 3:39 pm

Em Portugal a instrução é feita em conjunto. Aí no Brasil, é junto ou separado? Posso dizer-vos que eu, no curso de Pára-quedismo tive que andar a arrastar militares que vieram do exército. A galinha da companhia (a única mulher de recruta que estava a fazer o Curso de Formação de Praças), aguentava-se melhor que os arrmachos do exército. Isso não quer dizer que houve muitos crosses que ela só acabou porque havia sempre alguém para ajudá-la.
Eu defendo qua as mulheres deviam, se quisessem, poder ir para as OEs, Comandos, etc. No entanto tinahm é que fazer exactamente o que os outros militares do sexo masculino tinham que fazer. Facilitar no treino é facilitar nas baixas uma vez em missão!




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Re: Mulheres

#75 Mensagem por Guerra » Dom Jan 08, 2006 8:54 am

cabeça de martelo escreveu:Em Portugal a instrução é feita em conjunto. Aí no Brasil, é junto ou separado? Posso dizer-vos que eu, no curso de Pára-quedismo tive que andar a arrastar militares que vieram do exército. A galinha da companhia (a única mulher de recruta que estava a fazer o Curso de Formação de Praças), aguentava-se melhor que os arrmachos do exército. Isso não quer dizer que houve muitos crosses que ela só acabou porque havia sempre alguém para ajudá-la.
Eu defendo qua as mulheres deviam, se quisessem, poder ir para as OEs, Comandos, etc. No entanto tinahm é que fazer exactamente o que os outros militares do sexo masculino tinham que fazer. Facilitar no treino é facilitar nas baixas uma vez em missão!


Cabeça, aqui no Brasil os indices do teste fisico para as mulheres é menor que dos homens.




A HONESTIDADE É UM PRESENTE MUITO CARO, NÃO ESPERE ISSO DE PESSOAS BARATAS!
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