Risco inerente ao uso de equipamento militar estrangeiro
Moderador: Conselho de Moderação
-
- Sênior
- Mensagens: 814
- Registrado em: Qui Mar 10, 2005 1:19 am
- Localização: Paranavaí-PR
Delmar, mas quais são as possibilidades de ocorrer, a curto prazo, um conflito de larga escala na AL? não sou nenhum especialista mas creio que as possibilidades são quase nulas. Por isso, devemos nos focar em nos preparar para um conflito de baixa intensidade, e isso significa ter um parque industrial completo e produtivo, para que nossas necessidades estejam sempre completas.
-
- Sênior
- Mensagens: 4297
- Registrado em: Qua Fev 19, 2003 7:14 pm
- Localização: Florianópolis
- Contato:
pt escreveu:Peço a todos, Brasileiros e usuários de outros países, que comentem aqui algum caso de restrição de uso de equipamento militar pelo país construtor desse armamento.
Portugal teve problemas com essas mesmas regras, durante a guerra em África.
Assim de cabeça, sem procurar mais, Portugal teve que retirar aeronaves F-86 de África, viu vetada a compra de Hercules C-130, a compra de helicopteros americanos, (só por suspeita de que seriam utilizados em África). A Força Aérea viu-se forçada a adquirir aeronaves de treino e a adapta-las para ataque ao solo, e a utilizar avionetas civis como aviões de ataque equipados com foguetes. As fragatas da classe Pereira da Silva (Dealey) foram taxativamente proíbidas de atravessar o equador.
O resultado foi que:
Portugal teve que comprar aviões FIAT G-91 à Alemanha
Fabricar as suas próprias espingardas e munições (G-3) e morteiros leves.
Portugal teve que fabricar os seus próprios veículos blindados (Chaimite)
Portugal teve que fabricar sob licença os seus proprios veículos de transporte (Unimog)
Portugal teve que comprar aeronaves de transporte à França e veiculos Panhard, a esse mesmo país por estar impossibilitado de adquirir ou utilizar equipamentos fornecidos pelos americanos.
Portugal chegou mesmo a comprar armas à Bulgaria (AK-47 e munições, além de RPG's se não me engano).
Só nos anos 70 começaram a ser "amolecidas" as regras, quando a Força Aérea Portuguesa comprou dois Boeing 707 para transporte de tropas.
Cumprimentos
Interessante relato PT.
Brasil e Portugal são mesmo parecidos em boa parte dos assuntos. Aqui no Brasil fomos obrigados a comprar os MirageIII e F-5 pois os EUA se recusaram a vender os F-4. Também foram criadas inúmeras empresas bélicas, pois os Estados Unidos só nos forneciam equipamento de segunda ou terceira linha, e, mesmo assim, em alguns casos, com restrições.
Você sabe de algum outro caso em que Portugal sofreu revéses por usar armamento fabricado no exterior?
Um grande abraço,
César
"- Tú julgarás a ti mesmo- respondeu-lhe o rei - É o mais difícil. É bem mais difícil julgar a si mesmo que julgar os outros. Se consegues fazer um bom julgamento de ti, és um verdadeiro sábio."
Antoine de Saint-Exupéry
Antoine de Saint-Exupéry
Por isso quando falam no fórum que o Brasil tem mais industria que seus vizinhos devemos pensar que um avião (já projetado) leva 02 anos para ser construído, um navio cinco anos mesmo com toda a rapidez e podem não ser construídos para este conflito.
Se isso se aplica à nós, imagina para países com indústria de base incipiente ou nula! E sendo assim, estamos sim numa posição confortável em relação à isso. Temos uma indústria de base muito maior e melhor que nossos vizinhos, por N motivos e isso é sim decisivo numa guerra.
- delmar
- Sênior
- Mensagens: 5256
- Registrado em: Qui Jun 16, 2005 10:24 pm
- Localização: porto alegre
- Agradeceu: 206 vezes
- Agradeceram: 504 vezes
Don Pascual escreveu:Delmar, mas quais são as possibilidades de ocorrer, a curto prazo, um conflito de larga escala na AL? não sou nenhum especialista mas creio que as possibilidades são quase nulas. Por isso, devemos nos focar em nos preparar para um conflito de baixa intensidade, e isso significa ter um parque industrial completo e produtivo, para que nossas necessidades estejam sempre completas.
A possibilidade de um conflito em larga escala é realmente nula, visto que nenhum país da América do Sul tem, atualmente, capacidade de organizar um exército expedicionário. O Brasil, principalmente, não tem problemas de fronteiras com nenhum país.
A possibilidade de iniciar um conflito de baixa intensidade, com atritos de fronteiras, é uma ameaça real. Não entre os países do cone sul (Argentina, Brasil, Chile e Paraguai) mas principalmente entre ou com os países andinos que estão numa fase de nacionalismo crescente. Só com a Bolivia nós temos 3.400 km de fronteiras. Milhares de brasileiros estão na Bolivia, como fazendeiros ou comerciantes. O mesmo ocorre com o Perú.
Atritos de fronteira podem crescer. Temos o caso dos Estados Unidos que invadiram o norte do México atras do famoso Pancho Villa. Ou recentemente Israel invadindo o sul do Libano para conter os guerrilheiros palestinos.
Tempos interessantes podem vir.
Saudações
Todas coisas que nós ouvimos são uma opinião, não um fato. Todas coisas que nós vemos são uma perspectiva, não a verdade. by Marco Aurélio, imperador romano.
- Vinicius Pimenta
- Site Admin
- Mensagens: 12007
- Registrado em: Seg Fev 17, 2003 12:10 am
- Localização: Rio de Janeiro - RJ - Brasil
- Agradeceu: 65 vezes
- Agradeceram: 131 vezes
- Contato:
- VICTOR
- Sênior
- Mensagens: 4238
- Registrado em: Qua Fev 19, 2003 5:50 pm
- Localização: Curitiba
- Agradeceu: 3 vezes
delmar escreveu:A possibilidade de um conflito em larga escala é realmente nula, visto que nenhum país da América do Sul tem, atualmente, capacidade de organizar um exército expedicionário. O Brasil, principalmente, não tem problemas de fronteiras com nenhum país.
A possibilidade de iniciar um conflito de baixa intensidade, com atritos de fronteiras, é uma ameaça real. Não entre os países do cone sul (Argentina, Brasil, Chile e Paraguai) mas principalmente entre ou com os países andinos que estão numa fase de nacionalismo crescente. Só com a Bolivia nós temos 3.400 km de fronteiras. Milhares de brasileiros estão na Bolivia, como fazendeiros ou comerciantes. O mesmo ocorre com o Perú.
Atritos de fronteira podem crescer. Temos o caso dos Estados Unidos que invadiram o norte do México atras do famoso Pancho Villa. Ou recentemente Israel invadindo o sul do Libano para conter os guerrilheiros palestinos.
Taí, bela análise.
- Einsamkeit
- Sênior
- Mensagens: 9042
- Registrado em: Seg Mai 02, 2005 10:02 pm
- Localização: Eu sou do Sul, é so olhar pra ver que eu sou do Sul, A minha terra tem um cel azul, é so olhar e ver
A-29 escreveu:Quanto ao problema boliviano temos o problema crescente das centenas de milhares de bolivianos ilegais vivendo no Brasil. Qualquer atrito sério com a Bolívia por causa das refinarias pode tornar essa população ilegal um verdadeiro barril de pólvora.
Se encomodarem, porrada neles
Somos memórias de lobos que rasgam a pele
Lobos que foram homens e o tornarão a ser
ou talvez memórias de homens.
que insistem em não rasgar a pele
Homens que procuram ser lobos
mas que jamais o tornarão a ser...
Moonspell - Full Moon Madness
Lobos que foram homens e o tornarão a ser
ou talvez memórias de homens.
que insistem em não rasgar a pele
Homens que procuram ser lobos
mas que jamais o tornarão a ser...
Moonspell - Full Moon Madness
Como foi falado anteriormenet vejo 3 casos d possiveis conflitos contra o a Bolivia, contra a Venezuela ou mesmo contra os dois ao mesmo tempo, no 1º caso venceriamos facilmente, ja nos outros dois teriamos um pouco mais d trabalho, se bem q os EUA abririam as pernas pra genete e nos venderiam td tipo d armas q pudessemos comprar
Apesar de todos os problemas, ainda confio no Brasil