Voltei Vinícius, fui levar a esposa prá jantar fora. Mas, voltando ao assunto.
Sobre a vontade russa de cooperar com o Brasil, acho que durante o FX e FX/B as outoridades russas deixaram mais que claro o grande interesse russo em estreitar grandemente os laços com o Brasil no setor militar. Mesmo que nossa capacidade de investimento não seja tão grande como a China e Índia, certamente será algum dinheiro a mais que entraria para ajudar no desenvolvimento da nova geração de caças russos e outros programas. Se estivéssemos participando do desenvolvimento do Brahmos por exemplo, imagine o diferencial que estas armas fariam na MB e FAB...teríamos uma capacidade de ataque naval sem precedentes no continente, o mesmo míssil para as três forças. O que quero dizer é que talvez falte um pouquinho de ousadia para sair do eixo EUA/Europa, acho que até estamos avançando na aliança com a AS, mas também penso que a Rússia teria muito mais a oferecer em termos de tecnologia militar em todos os setores.
A questão política realmente é inseparável das compras militares. Mas justamente aí é onde se pode buscar uma maior independência e autonomia. Um exemplo que gosto de citar neste sentido é a Índia, que compra de quem quer que seja, desde que preencha os seus requisitos e traga independência operacional. Nada de códigos fechados nem vetos a isso e aquilo. Eles compraram M-2000 e gostaram, mas não deixaram de ter os ainda melhores SU-30MK/I, ou seja, não colocaram os ovos embaixo de uma galinha só. Integram as armas que querem aos seus aviões, fabricam um caça reconhecido como um dos melhores em ação hoje no mundo e sto foi conseguido com política independente. O Brasil muito provavelmente vai comprar os Rafales, mas isso realmente será uma aposta sensata? Será que poderemos atuar nos sistemas eletrônicos, materiais e motores com independência? Será que a EMBRAER realmente terá a chance de pelo menos montar aqui estes aviões? O número para substituir a frota nacional de caças é bastante significativo e suficiente para tal. Sinceramente? Não acredito não. Que interesse os franceses teriam para nos passar/vender/etc tecnologias sensíveis se somos um mercado cativo de seus produtos? O que eles precisam para conquistar mercado aqui? Nada. Prova disso é a vergonhosa compra destes M2000C e suas armas completamente obsoletas por um preço absurdamente caro para tal tipo de equipamento.
Qual caça vocês preferiam?
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Vinicius Pimenta
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talharim escreveu:Precisa mandar remédios para Caruaru o ministério da saúde achama a FAB,Precisa levar alimentos para índios do Mato Grosso a Funai chama a FAB,Precisa levar urnas para votação em Minas Gerais o Mnistério da Justiça chama a FAB,Precisa levar bombeiros para combater um incêndio em Roraima o governador daquele estado chama a FAB. ............Peraí ! esses tempos já foram !
Aqueles tempos áureos dos anos 50,60,70 a FAB era imprescindível para a integração do país.
Não foram! Nossa realidade é de um país subdesenvolvido.
HOJE eu sinceramente acho que cada ministério tem que possuir sua própria logística e não ficar chamando a FAB para tudo.A FUNAI que compre alguns aviões,o IBAMA que compre os seus,a polícia federal que amplie a sua frota,os Estados precisam melhor equipar suas secretarias.
Haja dinheiro!
Na minha cabeça a FAB tem que existir para a GUERRA,em tempos de paz ela não tem que ficar fazendo solidariedade,ela tem que se aperfeiçoar para a GUERRA.
Entenda que voando missões humanitárias os pilotos estão voando! E voando eles estão se preparando para guerra. Por que não unir o útil ao agradável. Por que não aproveitar o potencial das FFAA? Obviamente que os vôos em prol de outros órgãos governamentais devem ser custeados por eles, não pelas FFAA.
As ACIVO são importantes até para justificar a necessidade de FFAA. Aproximar as FFAA da população é a chave. Isso ajuda até em tempos de guerra.
Eu penso que SE a FAB realmente apenas utilizar esses vetores para logística da própria FAB o número de aeronaves poderia ser reduzido para menos da metade.
Mas se a gente não sabe qual é a rotina de vôos, se não sabemos qual é o grau de utilização dessas aeronaves, como podemos estipular um valor para corte? Simplesmente cortar a metade da frota sem saber o porquê, eu não concordo.
A FAB precisa diminuir as suas atribuições,isso economizaria recursos preciosos e não afetaria em nada a operacionalidade da força,muito pelo contrário!
A FAB e as FFAA precisam de uma reestruturação e de um aumento de verbas. Só.
----------------------
Brasileiro escreveu:Mas que eu saiba, os A-29 também substituirá os T-27 em funções de interceptação em algumas bases. Acho justíssima a quantidade de ALX.
Em todas as bases. 1°/3°, 2°/3° e 3°/3° Gav.
----------------------------------
Carlos, concordo. Mas estamos no Brasil. Se nada mudar, não adianta sonhar com caça em conjunto. Se a gente teve dificuldades financeiras para levar a frente projetos como o Piranha, que dirá de um míssil de ataque naval. O fato é que deve ser mudada a mentalidade de defesa, senão tudo que a gente pensar, não passará de sonhos.
Vinicius Pimenta
Você é responsável pelo ambiente e a qualidade do fórum que participa. Faça sua parte.
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O pessoal fala muita coisa, coloca pra fora seus preconceitos e etc. Mas esquecem de uma coisa, muito importante por sinal. FUTURO... tudo bem! O Brasil nunca esteve e não estará em pouco tempo na vanguarda tecnológica! Mas eu penso assim:
EUA:
F-15 -> F-22
F-16 -> F-35
Europa:
Tornado -> EF-2000
M2000 -> Rafale
Viggen -> Gripen
Etc...
Russia:
Su-27/3x -> Pak-FA
Alguns vão dizer: "E daí ?!"
Bem, os Americanos estão na dianteira, com dois aviões Stealths. Os Europeus estão conceitualmente atrasadíssimos. Por mais que o trio EF-2000/Rafale/Gripen tenham bons componentes eletrônicos, eles não são Stealths e nem passaram a ser. Além disso não a previsão para uma futura geração de novos caças Europeus, já que EF-2000 e Rafale estão entrando em operação agora. Os Russos estão com o Pak-FA que também será Stealth e contará com uma boa eletrônica.
Pegamos carona com os Europeus e mais uma vez atrasados!
E
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Tornado -> EF-2000
M2000 -> Rafale
Viggen -> Gripen
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Alguns vão dizer: "E daí ?!"
Bem, os Americanos estão na dianteira, com dois aviões Stealths. Os Europeus estão conceitualmente atrasadíssimos. Por mais que o trio EF-2000/Rafale/Gripen tenham bons componentes eletrônicos, eles não são Stealths e nem passaram a ser. Além disso não a previsão para uma futura geração de novos caças Europeus, já que EF-2000 e Rafale estão entrando em operação agora. Os Russos estão com o Pak-FA que também será Stealth e contará com uma boa eletrônica.
Pegamos carona com os Europeus e mais uma vez atrasados!
E
As GATs e RPs estão em toda cidade!
Como diria Bezerra da Silva: "Malandro é Malandro... Mané é Mané..."
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ZeRo4 escreveu:O pessoal fala muita coisa, coloca pra fora seus preconceitos e etc. Mas esquecem de uma coisa, muito importante por sinal. FUTURO... tudo bem! O Brasil nunca esteve e não estará em pouco tempo na vanguarda tecnológica! Mas eu penso assim:
EUA:
F-15 -> F-22
F-16 -> F-35
Europa:
Tornado -> EF-2000
M2000 -> Rafale
Viggen -> Gripen
Etc...
Russia:
Su-27/3x -> Pak-FA
Alguns vão dizer: "E daí ?!"
Bem, os Americanos estão na dianteira, com dois aviões Stealths. Os Europeus estão conceitualmente atrasadíssimos. Por mais que o trio EF-2000/Rafale/Gripen tenham bons componentes eletrônicos, eles não são Stealths e nem passaram a ser. Além disso não a previsão para uma futura geração de novos caças Europeus, já que EF-2000 e Rafale estão entrando em operação agora. Os Russos estão com o Pak-FA que também será Stealth e contará com uma boa eletrônica.
Pegamos carona com os Europeus e mais uma vez atrasados!
E
Essa eh a razao pela qual os europeus estao participando do programa JSF.
Acrescentando...tenho a impressao que essa sera a ultima geracao de cacas tripulados americanos e europeus.
Os europeus estao desenvolvendo uma nova geracao de UCAVs (stealth)que substituirao no futuro parte da frota de ataque e reconhecimento.
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Carlos Mathias
Esse negócio de não tripulado aí... não sei não, acho que não vai ser essa coisa toda não. Se um trem, que é muito mais simples ainda não o é, imagina um caça armado até os dentes e até com armas nucleares voando na base somente de computadores, passíveis de falhas como qualquer máquina.
Zero, é exatamente isso que eu falo. No final vamos continuar atrasados e comprando sucata, sem nenhuma necessidade. O planejamento aqui é prá hoje e olhe lá! Essa e outras razãoes é que me fazem pensar que uma associação com a Rússia e outros não-alinhados seria melhor prá nós. Não teremos acesso aos stealth americanos, nem os europeus terão na sua plenitude. Hoje realmente Rafale e EF são superiores tecnologicamente falando aos SU-27/3..., porém estes caças podem perfeitamente manter uma capacidade de defesa quase equivalente à estes eurocanards. Quando o caça russo de nova geração chegar(e vai chegar sim), estes euro-caças estarão sucateados definitivamente em relação à este. Aí sim estarão com um preço "atrativo" pela mentalidade que reina hoje nas cabeças decisoras do Brasil. Mais uma vez e eternamente atrasados.
No caso da MB, nunca vi sequer cogitarem de usar sistemas russos, nem cogitar, estranho não?. Estamos esperando para o futuro(????) Exocet block 4(?), quando já poderíamos ter o muito superior Brahmos, ou até mesmo o KH-35, equivalente ao Harpoon e também melhor. Ajuda tecnológica para o SNB, sistemas anti-aéreos de ponta, caças embarcados no estado da arte(MIG-29K) ou SU-33. Veja que se cogita comprar todo tipo de navio velho e desarmado americano e europeu, mas não veja nada disto relativo aos navios russos, que sabidamente tem excelente armamento, as vezes até consideram estes super-armados.
O EB poderia comprar carros de combate T-80 ou a licença de fabricação, como o fez a Índia, mísseis anti-carro e sistemas AAer, e etc, etc, etc.
Aí dirão: mas as FA's não tem dinheiro para tal. Sim, hoje não, mas se tiver no futuro pelo andar da carruagem vai continuar dependente das sucatas americanas e européias. Mas aí também dirão: Seria apenas trocar de dependência. Aí eu digo que não, será muito mais fácil uma cooperação entre os países BALEIA neste sentido do que uma cooperação entre BrasilXEUA, ou com a Europa. Estes mercados se auto sustentam, não precisam vedadeiramente de nós para sobriviver. O EF é um caso claro disto. Foi desenvolvido já com encomendas suficientes para cobrir os custos, as vendas vem de lambuja.
Mais uma vez quero deixar claro que não penso que a Rússia seja a mãe de todas as salvações, não. Mas acho que dentre os fornecedores de armas modernas e sem restrições políticas, é a que se apresenta com maiores capacidades de cooperação futura na maior quantidade de áreas sensíveis. Qual o país que durante o FX nos ofereceu a fabricação/montagem do seu maior e melhor caça, top do top? A França ofereceu(?) um caça já saindo do cenário e só. No FX/B quem ofereceu um pacote completo em todos os sentidos?
Eles precisam desta associação muito mais que a Europa ou os EUA precisam de nós para alguma coisa. Caberia ao Brasil saber aproveitar esta janela de oportunidade e deixar de ser um eterno comprador de sucata.
Zero, é exatamente isso que eu falo. No final vamos continuar atrasados e comprando sucata, sem nenhuma necessidade. O planejamento aqui é prá hoje e olhe lá! Essa e outras razãoes é que me fazem pensar que uma associação com a Rússia e outros não-alinhados seria melhor prá nós. Não teremos acesso aos stealth americanos, nem os europeus terão na sua plenitude. Hoje realmente Rafale e EF são superiores tecnologicamente falando aos SU-27/3..., porém estes caças podem perfeitamente manter uma capacidade de defesa quase equivalente à estes eurocanards. Quando o caça russo de nova geração chegar(e vai chegar sim), estes euro-caças estarão sucateados definitivamente em relação à este. Aí sim estarão com um preço "atrativo" pela mentalidade que reina hoje nas cabeças decisoras do Brasil. Mais uma vez e eternamente atrasados.
No caso da MB, nunca vi sequer cogitarem de usar sistemas russos, nem cogitar, estranho não?. Estamos esperando para o futuro(????) Exocet block 4(?), quando já poderíamos ter o muito superior Brahmos, ou até mesmo o KH-35, equivalente ao Harpoon e também melhor. Ajuda tecnológica para o SNB, sistemas anti-aéreos de ponta, caças embarcados no estado da arte(MIG-29K) ou SU-33. Veja que se cogita comprar todo tipo de navio velho e desarmado americano e europeu, mas não veja nada disto relativo aos navios russos, que sabidamente tem excelente armamento, as vezes até consideram estes super-armados.
O EB poderia comprar carros de combate T-80 ou a licença de fabricação, como o fez a Índia, mísseis anti-carro e sistemas AAer, e etc, etc, etc.
Aí dirão: mas as FA's não tem dinheiro para tal. Sim, hoje não, mas se tiver no futuro pelo andar da carruagem vai continuar dependente das sucatas americanas e européias. Mas aí também dirão: Seria apenas trocar de dependência. Aí eu digo que não, será muito mais fácil uma cooperação entre os países BALEIA neste sentido do que uma cooperação entre BrasilXEUA, ou com a Europa. Estes mercados se auto sustentam, não precisam vedadeiramente de nós para sobriviver. O EF é um caso claro disto. Foi desenvolvido já com encomendas suficientes para cobrir os custos, as vendas vem de lambuja.
Mais uma vez quero deixar claro que não penso que a Rússia seja a mãe de todas as salvações, não. Mas acho que dentre os fornecedores de armas modernas e sem restrições políticas, é a que se apresenta com maiores capacidades de cooperação futura na maior quantidade de áreas sensíveis. Qual o país que durante o FX nos ofereceu a fabricação/montagem do seu maior e melhor caça, top do top? A França ofereceu(?) um caça já saindo do cenário e só. No FX/B quem ofereceu um pacote completo em todos os sentidos?
Eles precisam desta associação muito mais que a Europa ou os EUA precisam de nós para alguma coisa. Caberia ao Brasil saber aproveitar esta janela de oportunidade e deixar de ser um eterno comprador de sucata.
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IstoE Dinheiro 26/10/2005
Luiz Inácio Lula da Silva: "Neste mundo globalizado, não existe
Papai Noel"
No frio da Rússia
Viagem de Lula à Moscou valeu pelo turismo. Relações entre os dois
países ficaram no lugar de sempre, limitadas a commodities
Por gustavo gantois
Dois sorrisos, um clique na Praça Vermelha e mais um cartão postal
na coleção do presidente Lula. Para o que de fato interessa – a
diversificação e ampliação dos negócios –, a viagem presidencial à
Rússia, encerrada na terça-feira 18, não representou muito mais do
que esse momento turístico. As bilionárias compras de produtos
industrializados feitas pela Rússia no eixo União Européia-Estados
Unidos continuarão inacessíveis aos empresários brasileiros, apesar
dos factóides criados pelos diplomatas do Itamaraty. Mal foram
testadas as chances de mudar a pauta das relações bilaterais,
aproveitando a empatia que pareceu existir entre Lula e o presidente
Vladimir Putin. "A um país continental como a Rússia, poderíamos ter
oferecido serviços de automação bancária, no qual somos imbatíveis,
e uma série de produtos da nossa indústria de software", lembra o
embaixador Paulo Tarso Flecha de Lima. "A falta de tradição
comercial entre os dois países se mantém intacta", completa o
diplomata Sebastião do Rego Barros, ex-embaixador do Brasil em
Moscou. No terreno comercial, o máximo de novidade é que a Embraer
está sondando a possibilidade de abrir uma representação de vendas
em Moscou e, no mesmo campo das possibilidades vagas, a Petrobras
trava conversas com a Gazprom para, talvez, investir em prospecção.
Há três anos, o banco de investimentos Goldman Sachs cunhou o
acrônimo BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China) para designar os
quatro países emergentes que, em 2050, representarão mais de 60% da
economia mundial. O que parecia ser uma dica ao Brasil para o
estabelecimento de novas relações comerciais, não prosperou. "O
governo Lula acreditou que teria um parceiro natural num país como a
Rússia, esquecendo-se que essa aliança, para ser forte e verdadeira,
teria de ser construída em bases mais sólidas que a venda de
comodities", analisa Stephen Shenfield, especialista em economias
emergentes da Brown University, em Providence.
Em relação à viagem presidencial da semana passada, o saldo foi uma
concessão, pela Rússia, de continuar comprando carne brasileira,
desde que não saia do Mato Grosso do Sul, onde há focos de febre
aftosa. Num gesto típico de marketing, anunciou-se que um astronauta
brasileiro voará numa nave russa em 2006. Na área aeroespacial,
porém, o acordo mais aguardado foi fechado em termos vagos. Pelo que
foi assinado entre a Agência Espacial Brasileira e a Roskosmos, a
maior parte do investimento de US$ 800 milhões na modernização do
Veículo Lançador de Satélites deverá ser feito pelo lado brasileiro.
Em relação ao programa geoestacionário - , pelo qual se dará a
construção de satélites para o monitoramento de vôos e das
telecomunicações brasileiras -, estabeleceu-se o longínquo prazo de
2010 como limite para a construção da primeira peça. Se nada for
feito de concreto até lá, os russos formalmente abrirão mão da
tarefa, que recairá sobre os americanos. Registre-se: este acordo
está em negociação há oito anos!
Por mais que a diplomacia tentasse se esmerar em mostrar um
resultado bom da visita, o próprio presidente Lula admitiu que o
encontro não teve nenhum resultado espetacular. "Neste mundo
globalizado, não há Papai Noel", disse Lula. "Ninguém dará presente
ao Brasil e à Rússia". A melhor definição ficou à cargo do ministro
da Agricultura, Roberto Rodrigues. "Uma mão lava a outra, e as duas
lavam a cara", disse o ministro. "Mas nem sempre você consegue lavar
uma mão só. Tem de lavar as duas juntas e depois lavar a cara". O
que ele quis dizer com isso? Que nem tudo é como se quer.
Luiz Inácio Lula da Silva: "Neste mundo globalizado, não existe
Papai Noel"
No frio da Rússia
Viagem de Lula à Moscou valeu pelo turismo. Relações entre os dois
países ficaram no lugar de sempre, limitadas a commodities
Por gustavo gantois
Dois sorrisos, um clique na Praça Vermelha e mais um cartão postal
na coleção do presidente Lula. Para o que de fato interessa – a
diversificação e ampliação dos negócios –, a viagem presidencial à
Rússia, encerrada na terça-feira 18, não representou muito mais do
que esse momento turístico. As bilionárias compras de produtos
industrializados feitas pela Rússia no eixo União Européia-Estados
Unidos continuarão inacessíveis aos empresários brasileiros, apesar
dos factóides criados pelos diplomatas do Itamaraty. Mal foram
testadas as chances de mudar a pauta das relações bilaterais,
aproveitando a empatia que pareceu existir entre Lula e o presidente
Vladimir Putin. "A um país continental como a Rússia, poderíamos ter
oferecido serviços de automação bancária, no qual somos imbatíveis,
e uma série de produtos da nossa indústria de software", lembra o
embaixador Paulo Tarso Flecha de Lima. "A falta de tradição
comercial entre os dois países se mantém intacta", completa o
diplomata Sebastião do Rego Barros, ex-embaixador do Brasil em
Moscou. No terreno comercial, o máximo de novidade é que a Embraer
está sondando a possibilidade de abrir uma representação de vendas
em Moscou e, no mesmo campo das possibilidades vagas, a Petrobras
trava conversas com a Gazprom para, talvez, investir em prospecção.
Há três anos, o banco de investimentos Goldman Sachs cunhou o
acrônimo BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China) para designar os
quatro países emergentes que, em 2050, representarão mais de 60% da
economia mundial. O que parecia ser uma dica ao Brasil para o
estabelecimento de novas relações comerciais, não prosperou. "O
governo Lula acreditou que teria um parceiro natural num país como a
Rússia, esquecendo-se que essa aliança, para ser forte e verdadeira,
teria de ser construída em bases mais sólidas que a venda de
comodities", analisa Stephen Shenfield, especialista em economias
emergentes da Brown University, em Providence.
Em relação à viagem presidencial da semana passada, o saldo foi uma
concessão, pela Rússia, de continuar comprando carne brasileira,
desde que não saia do Mato Grosso do Sul, onde há focos de febre
aftosa. Num gesto típico de marketing, anunciou-se que um astronauta
brasileiro voará numa nave russa em 2006. Na área aeroespacial,
porém, o acordo mais aguardado foi fechado em termos vagos. Pelo que
foi assinado entre a Agência Espacial Brasileira e a Roskosmos, a
maior parte do investimento de US$ 800 milhões na modernização do
Veículo Lançador de Satélites deverá ser feito pelo lado brasileiro.
Em relação ao programa geoestacionário - , pelo qual se dará a
construção de satélites para o monitoramento de vôos e das
telecomunicações brasileiras -, estabeleceu-se o longínquo prazo de
2010 como limite para a construção da primeira peça. Se nada for
feito de concreto até lá, os russos formalmente abrirão mão da
tarefa, que recairá sobre os americanos. Registre-se: este acordo
está em negociação há oito anos!
Por mais que a diplomacia tentasse se esmerar em mostrar um
resultado bom da visita, o próprio presidente Lula admitiu que o
encontro não teve nenhum resultado espetacular. "Neste mundo
globalizado, não há Papai Noel", disse Lula. "Ninguém dará presente
ao Brasil e à Rússia". A melhor definição ficou à cargo do ministro
da Agricultura, Roberto Rodrigues. "Uma mão lava a outra, e as duas
lavam a cara", disse o ministro. "Mas nem sempre você consegue lavar
uma mão só. Tem de lavar as duas juntas e depois lavar a cara". O
que ele quis dizer com isso? Que nem tudo é como se quer.
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Carlos Mathias
Pois é, está se deixando o bonde passar. Resultado é que continuaremos durante décadas atrelados e submissos aos mesmos de sempre, eternos vendedores de café e minério bruto.
Mas o que esse pessoal queria lá? Vendem uns bifes e coxas de galinha e acham o quê? Sacanearam os caras no FX em favor do super-sucatão M2000C e vão lá querendo receber coisas a troco de nada? Putz, haja incompetência...
Mas o que esse pessoal queria lá? Vendem uns bifes e coxas de galinha e acham o quê? Sacanearam os caras no FX em favor do super-sucatão M2000C e vão lá querendo receber coisas a troco de nada? Putz, haja incompetência...
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VICTOR
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Não que eu ache que tenhamos que abandonar totalmente o Ocidente, mas que eu acho que o Brasil está marcando touca com a Rússia, isso está. No bloco BRIC, somos os mais isolados da antiga superpotência, com a desculpa geográfica sempre à mão. Com certeza teríamos muito mais a ganhar do que a perder ao nos aproximarmos da Rüssia.
A China e a Índia são mais balanceados nesse aspecto, sendo o RIC muito mais real que o BRIC.
E o exemplo da Índia então, mesclando Este com Oeste, Sukhoi com Mirage, MiG com Magic, só tem a nos mostrar o quanto estamos atrasados.
Se o Brasil se aproximasse, poderia haver ajuda na área espacial, aérea, de submarinos... Onde se poderia perder com isso???
Mas ainda há, entre os dois países:
(1) DESCONFIANÇA. A Guerra Fria acabou ontem, e eles eram inimigos dos nossos amigos, e nós éramos amigos dos inimigos deles. Está na hora disso acabar.
(2) IGNORÂNCIA. Tive um colega russo no estágio que fiz este ano. Sujeito educado, mas tanto pelo conhecimento dele, como pelo que ele fala do conhecimento dos outros, dá pra notar que os caras não têm a menor noção do que é Brasil. Eles tinham outras preocupações na Guerra Fria, e a distância não ajuda. E o brasileiro médio então, também não tem a menor noção do que acontece por lá.
Que lástima.
A China e a Índia são mais balanceados nesse aspecto, sendo o RIC muito mais real que o BRIC.
E o exemplo da Índia então, mesclando Este com Oeste, Sukhoi com Mirage, MiG com Magic, só tem a nos mostrar o quanto estamos atrasados.
Se o Brasil se aproximasse, poderia haver ajuda na área espacial, aérea, de submarinos... Onde se poderia perder com isso???
Mas ainda há, entre os dois países:
(1) DESCONFIANÇA. A Guerra Fria acabou ontem, e eles eram inimigos dos nossos amigos, e nós éramos amigos dos inimigos deles. Está na hora disso acabar.
(2) IGNORÂNCIA. Tive um colega russo no estágio que fiz este ano. Sujeito educado, mas tanto pelo conhecimento dele, como pelo que ele fala do conhecimento dos outros, dá pra notar que os caras não têm a menor noção do que é Brasil. Eles tinham outras preocupações na Guerra Fria, e a distância não ajuda. E o brasileiro médio então, também não tem a menor noção do que acontece por lá.
istoé escreveu:Mal foram testadas as chances de mudar a pauta das relações bilaterais, aproveitando a empatia que pareceu existir entre Lula e o presidente Vladimir Putin. "A um país continental como a Rússia, poderíamos ter oferecido serviços de automação bancária, no qual somos imbatíveis, e uma série de produtos da nossa indústria de software", lembra o embaixador Paulo Tarso Flecha de Lima. "A falta de tradição
comercial entre os dois países se mantém intacta", completa o
diplomata Sebastião do Rego Barros, ex-embaixador do Brasil em
Moscou.
Que lástima.
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Luís Henrique
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ZeRo4 escreveu:Os Europeus estão conceitualmente atrasadíssimos.
Atrasados estão os Russos, que até agora, não tão vendo nem a sombra do PAK-FA.
Parece o Cheruyo com o Marílson!
Atte.
André R. Finken Heinle
"If the battle for civilization comes down to the wimps versus the barbarians, the barbarians are going to win."
Thomas Sowell
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Carlos Mathias escreveu:No final vamos continuar atrasados e comprando sucata, sem nenhuma necessidade.
Atrasados?!
Se o Brasil compra os 108 Eurofighter que se pretendem, teremos uma das mais poderosas Forças Aéreas do Mundo.
Atte.
André R. Finken Heinle
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ZeRo4 escreveu:
Os Europeus estão conceitualmente atrasadíssimos.
Atrasados estão os Russos, que até agora, não tão vendo nem a sombra do PAK-FA.
Parece o Cheruyo com o Marílson!
O PAK-FA está atrasadíssimo, as projeções iniciais era do primeiro voô este ano, que ficou para 2007 e sabe-se Deus quando isto realmente vai sair, enquanto isto os europeus, atrasados conceitualmente, possuem caças mais avançandos que os russos e só perdem para o F/A-22 americano, enquanto que os mesmos tbm enfrentam dificuldades para levar o F/A-35 adiante.
Os Europeus estão conceitualmente atrasadíssimos.
Atrasados estão os Russos, que até agora, não tão vendo nem a sombra do PAK-FA.
Parece o Cheruyo com o Marílson!
O PAK-FA está atrasadíssimo, as projeções iniciais era do primeiro voô este ano, que ficou para 2007 e sabe-se Deus quando isto realmente vai sair, enquanto isto os europeus, atrasados conceitualmente, possuem caças mais avançandos que os russos e só perdem para o F/A-22 americano, enquanto que os mesmos tbm enfrentam dificuldades para levar o F/A-35 adiante.
Plinio Jr escreveu:ZeRo4 escreveu:
Os Europeus estão conceitualmente atrasadíssimos.
Atrasados estão os Russos, que até agora, não tão vendo nem a sombra do PAK-FA.
Parece o Cheruyo com o Marílson!
O PAK-FA está atrasadíssimo, as projeções iniciais era do primeiro voô este ano, que ficou para 2007 e sabe-se Deus quando isto realmente vai sair, enquanto isto os europeus, atrasados conceitualmente, possuem caças mais avançandos que os russos e só perdem para o F/A-22 americano, enquanto que os mesmos tbm enfrentam dificuldades para levar o F/A-35 adiante.
Olha, o PAK pode até estar atrasado, mas não está "conceitualmente atrasado" como estão os Eurocanards. Os avançadíssimos caças Europeus, que custam uma fortuna para se adquirir e manter não tem um desempenho tão excepcional se comprado até mesmo ao Su-35! Imagina contra um Su-35BM totalmente modernizado e incorporando características Stealth...
As GATs e RPs estão em toda cidade!
Como diria Bezerra da Silva: "Malandro é Malandro... Mané é Mané..."
Como diria Bezerra da Silva: "Malandro é Malandro... Mané é Mané..."
FinkenHeinle escreveu:ZeRo4 escreveu:Os Europeus estão conceitualmente atrasadíssimos.
Atrasados estão os Russos, que até agora, não tão vendo nem a sombra do PAK-FA.
Parece o Cheruyo com o Marílson!
Finken, sem querer mas sendo agressivo! creio q o teu negócio é desdenhar!!! Todos os Tópicos que eu postei sobre as possíveis aquisições Chilenas tu desdenhou, sobrea as aquisições Venezuelanas tu desdenhou! Engraçado que nos tópicos em que essas compras fora confirmadas tu nem postou...
As GATs e RPs estão em toda cidade!
Como diria Bezerra da Silva: "Malandro é Malandro... Mané é Mané..."
Como diria Bezerra da Silva: "Malandro é Malandro... Mané é Mané..."