P-44 :
Eu não divido as pessoas entre esquerda e direita, eu apenas as divido entre honestos e ladrões, competentes e incompetentes, corajosos e cobardes.
Compreendo que este tipo de divisão de valores seja complicado, e as pessoas que têm as ideias "cristalizadas" pela idade, ou pela incapacidade de mudar, fiquem incomodadas quando os seus mitos pessoasis, e coisas em que acreditaram durante anos, afinal, não são tão limpidas quanto parecia.
Eu já fui de "esquerda" e já apoiei, quando era mais novo, partidos de esquerda. Hoje, embora continue fiel às minhas ideias, que se baseiam no direito à liberdade e ao direito a viver, confesso que me sinto enganado.
Tive conhecimento de demasiada corrupçãp, bandalheira, compadrio e roubo puro, dentro daquilo que normalmente se chama esquerda para continuar a acreditar na "superioridade moral da esquerda".
É um mito, em que só os betinhos tipo Santa Virgem Louçã acreditam.
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P-44, que o camarada Vasco era um palhaço (no sentido de que o seu governo era uma palhaçada), era voz corrente dentro do próprio Partido Comunista, não é sequer uma expressão de minha autoría.
É o Partido Comunista Português que "deixa cair" Vasco Gonçalves, exactamente porque dentro do PCP se acha que ele foi longe demais.
O PCP tinha que entregar Angola à União Soviética, e essa era a missão "internacionalista" de Alvaro Cunhal (secretário geral do P.Comunista). O resto era acessório.
Há uma esquerda, que eu respeito, (como respeito todos os que me respeitam), que ainda não entendeu, que não há ninguém isento de culpas, e que não há partidos organizações ou áreas políticas isentas de pessoas corruptas, e com contas por pagar.
Mas essa esquerda é incrívelmente intolerante. Não aceita as criticas aos seus icones mais importantes, entre os quais se encontra Vasco Gonçalves.
Esse senhor não passou de uma "Louca" que passou pela politica portuguesa.
Foram as palavras inflamadas desse senhor que provocaram a "caça aos fascistas", pelo menos em Setubal.
Esse senhor e os seus cumplices de crime, entre os quais, bandidos da extrema esquerda, controlavam a televisão da forma mais corrupta e criminosa. Deram a este país a ideia de que os retornados vinham para Portugal porque queriam.
Eu lembro-me do ódio aos retornados que foi instigado por sectores do partido, e pelo Camarada Vasco.
Eles mentiram.
A corja de mentirosos comunistas, chamou-lhes retornados porque teve vergonha de os chamar pelo seu verdadeiro nome:
REFUGIADOS.
Exactamente como Salazar, que também não deixava que se usassem algumas palavras.
Cidadãos portugueses estavam a passar fome nas ruas de Luanda e a fugir de uma guerra que os aliados do PCP tinham previsto, e esses bandalhos repito BANDALHOS, ocultavam as noticias. Censuravam de forma mais vil que a PIDE. Mentiam. Mentiram!!!
Não usavam o lapis azul, usavam o lápis vermelho.
À cabeça de alguns dos censores, esteve, no Jornal Diario de Noticias um senhor hoje conhecido por José Saramago. Censor Mor.
Eu detesto esta gente, estes criminosos, estes mentirosos e estes ladrões, acima de tudo porque eles me mentiram a mim.
São
criminosos porque têm as mãos manchadas com o sangue de pessoas que foram mortas por causa das suas acções miseráveis, são
mentirosos porque mentiram de forma abjecta, mais abjecta que a censura de Salazar, e são l
adrões, porque o país esteve a saque, de gangs de ladrões, repito LADRÕES, daqueles que roubam!!!!, repito, ROUBAM!!!!!
E eu não gosto de quem me mente.
Claro que podemos todos dar a outra face, e perdoar a esses bandalhos. Mas se perdoamos a essa corja de criminosos, então também tinhamos que desculpar todo o regime anterior a 1974.
E depois, essa pessoas, de que apenas conhecemos alguns nomes, desapareceram da cena politica e os seus nomes, estão esquecidos. Nunca foram ninguém, para lá do periodo de baderna e roubo puro e simples do verão quente, em que era normal, os camaradas levarem para casa até a mobília da Secretaría de Estado.
(ou você acha que o episódio do Durão Barroso ter roubado os móveis da universidade para os levar para a sede do PCTP foi da cabecita do Barrosito?

)
Era a norma, P44, era a norma. À esquerda era normal aceitar que se levassem os móveis dos organismos públicos para casa, como argumento que "É DO POVO".
MAS, ATENÇÃO SÓ PODIA ALEGAR QUE A MOBÍLIA ERA DO POVO, (E LEVAR PARA CASA) QUEM FOSSE DO PARTIDO
Chamem-lhes tontos. Só as pessoas do partido tinham direito a chamar
SEU ao que era do povo.
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Nunca se viveu tão bem em Portugal como após o 25 de Abril.
E para quem trabalhava por conta de outrem, o PREC e o que foi oferecido em termos de direitos foi importante. Para o bem e para o mal foi Vasco Gonçalves que o assegurou.
Rui Elias, isso é um logro da História. O que ocorreu foi uma bolha. O inicio de uma explosão inflacionária, que dá sempre a ideia de que se vive bem, quando há um aumento forçado dos salários, e a economia ainda não teve tempo para se ajustar.
Foi aliás por causa disso que começaram a faltar generos alimenticios nas cidades do país. Se continuassemos por aquele caminho, acabávamos com fome generalizada.
E o incrível, é que o país em 1974 tinha dinheiro. A gestão de uma cambada de incompetentes conduziu ao inevitável e conseguiu arrasar as contas do país, que estavam minimamente equilibradas.
Vasco Gonçalves, foi apenas a face de um Cancro. Ficámos com a ideia de que aqueles meses de "desafogo" aparente foram um bem. Na realidade, esse betinho pateta desse camarada Vasco, limitou-se a abrir caminho para a crise financeira que acompanhou o país por uma década.
O periodo de maior desafogo financeiro ocorreu quando o governo Guterres, vendo o dinheiro a entrar nos cofres do Estado, e sem ideias sobre o que fazer, começa a gastar adoidado.
Infelizmente, os resultados foram mais ou menos os mesmos.
Acabamos sempre por ser nós a pagar.
Cumprimentos