Caças portugueses lançados contra "intruso" espanhol
Incidente Falta de informação sobre helicóptero espanhol que veio ajudar no incêndios podia ter acabado em incidente grave F-16 completamente armados interceptaram a aeronave.
Um helicóptero de combate a fogos florestais proveniente de Espanha esteve em risco de ser abatido por caças F-16 da Força Aérea Portuguesa (FAP), depois de ter entrado no espaço aéreo português sem que do facto tenha sido dado conhecimentos às autoridades aeronáuticas, soube o JN. O caso ocorreu no dia 30 de Junho último e terá ao que tudo indica, resultado de uma falha no cumprimento das normas em vigor desde o 11 de Setembro, mas tem sido mantido até agora em segredo.
Fonte do Estado-Maior da FAP reconheceu ao JN a existência do incidente e adiantou que a intervenção dos caças F-16 se inseriu "dentro das medidas normais para preservação do espaço aéreo nacional e da soberania". As medidas são consideradas de rotina, mas assumiram um grau de maior prontidão e exigência depois do atentado de 11 de Setembro de 2001, em Nova Iorque.
A aeronave civil tinha sido chamada a participar no combate aos fogos pelo Serviço Nacional de Bombeiros e de Protecção Civil e por uma razão ainda não conhecida deixou o espaço aéreo espanhol e entrou no espaço aéreo português. A entrada foi assinalada imediatamente pelos radares de defesa aérea e detectada pouco depois.
Portugal dispõe de três radares de detecção ao encargo da FAP, em Paços de Ferreira, Montejunto e Fóia, respectivamente Norte, Centro e Sul do país, responsáveis pela vigilância do espaço aéreo português. A aeronave foi detectada pelo sistema gerido a partir do Comando Operacional da Força Aérea (COFA), em Monsanto, Lisboa, logo que o helicóptero entrou no espaço aéreo português.
O voo intrigou os operadores militares, uma vez que, do la do espanhol não tinha chegado, como seria normal e como está protocolado, qualquer comunicação relativamente ao voo. Trata-se de uma medida de rotina para garantir a segurança de voo e do próprio espaço aéreo. Os militares contactaram também as autoridades aeronáuticas civis, mas a resposta foi negativa, ou seja além dos voos autorizados não havia qualquer referência ao helicóptero vindo de Espanha.
Tendo em conta as normas de segurança, foi dada ordem a dois caças-bombardeiros F-16 da Base Aérea n.º 5, de Monte Real, para levantarem voo armados para combate, inclusive com mísseis ar-ar, no sentido de interceptarem a aeronave, agora classificada já como hostil.
O procedimento seguiu a rotina, com os F-16 primeiro a fazerem um reconhecimento visual do helicóptero intruso. A situação só não escalou para algo mais grave porque os caças conseguiram estabelecer contacto rádio com o piloto, acabando este por explicar que estava ao serviço da Protecção Civil e envolvido no combate aos fogos. O procedimento normal obrigaria, no entanto, a que se não fosse estabelecida ligação o helicóptero civil tivesse sido obrigado a aterrar ou mesmo abatido.
A aeronave, afinal, tinha como destino o quartel dos bombeiros de Pernes, perto de Leiria, onde acabou por aterrar, sempre escoltado pelos F-16. O incidente foi, entretanto, comunicado pela FAP ao Instituto Nacional de Aviação Civil (INAC), a entidade que em Portugal poderá determinar o estabelecimento de um inquérito para chegar a eventuais medidas sancionatórias, tendo em conta as infracções cometidas. Em causa está a violação do espaço aéreo português e ainda o risco de acidente. O JN solicitou ontem à tarde um comentário ao Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil (SNBPC), mas foi-nos referido que o presidente do serviço - única entidade que poderia esclarecer o caso - estava incontactável.
In Jornal de Noticias
Força Aérea Portuguesa (FAP)
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A noticia ja é antiga mas não deixa de ser comica:
- Charlie Golf
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Essa notícia foi amplamente discutida neste tópico:
http://defesabrasil.com/forum/viewtopic.php?t=3031
Já agora, e a título de curiosidade, gostaria que me explicasse o que achou de cómico na notícia. Afinal só serviu para comprovar que o SICCAP (Sistema Integrado de Comando e Controlo Aéreo de Portugal), ou seja, a Defesa Aérea de Portugal Continental, está a trabalhar em pleno não obstante as mais do que conhecidas dificuldades orçamentais.
Não consigo achar nada cómico na notícia; pelo contrário, até fico com uma pontinha de orgulho por saber que tudo está a 100%. E não se esqueça de uma coisa: por cada notícia deste género que a FAP divulga, há pelo menos 9 que ficaram por contar e que se revestem de contornos mais sérios e/ou graves. E tudo sem que o cidadão comum se aperceba de nada.
http://defesabrasil.com/forum/viewtopic.php?t=3031
Já agora, e a título de curiosidade, gostaria que me explicasse o que achou de cómico na notícia. Afinal só serviu para comprovar que o SICCAP (Sistema Integrado de Comando e Controlo Aéreo de Portugal), ou seja, a Defesa Aérea de Portugal Continental, está a trabalhar em pleno não obstante as mais do que conhecidas dificuldades orçamentais.
Não consigo achar nada cómico na notícia; pelo contrário, até fico com uma pontinha de orgulho por saber que tudo está a 100%. E não se esqueça de uma coisa: por cada notícia deste género que a FAP divulga, há pelo menos 9 que ficaram por contar e que se revestem de contornos mais sérios e/ou graves. E tudo sem que o cidadão comum se aperceba de nada.
Um abraço,
Carlos Jorge Gomes
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- Charlie Golf
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3520 escreveu:Charlie Golf, não me interprete mal, o que eu acho de comico, é quando me ponho a pensar o susto que o piloto espanhol apanhou, o que ele deve ter pensado naquela altura
Pois, parece que o desgraçado do piloto espanhol terá pedido um copo de água com açúcar quando aterrou em Leiria.
Naquela altura do mês de Julho todo o cuidado era pouco dada a ocorrência dos atentados em Londres. E a verdade é que o piloto do heli espanhol violou nitidamente as regras, mesmo que a sua intenção fosse a melhor já que vinha prestar um auxílio bastante necessário no combate aos fogos florestais. Serviu-lhe de emenda, penso eu!
Um abraço,
Carlos Jorge Gomes
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- ferrol
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Eu máis ben diría que estaría con un enfado tremendo de ve-la falla de comunicación entre os bombeiros portugueses que tiñan que avisar á FAP de que un helicóptero español viña a axudar e non o fixeron.Charlie Golf escreveu:Pois, parece que o desgraçado do piloto espanhol terá pedido um copo de água com açúcar quando aterrou em Leiria.
Digo eu.
- Charlie Golf
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É verdade Ferrol. E a Força Aérea só se limitou a actuar conforme mandam as regras.
O SNBPC requisitou meios aéreos a Espanha mas estes encontravam-se indisponíveis devido aos incêndios no lado andaluz. É verdade que os bombeiros portugueses, no meio de toda a confusão, se esqueceram de avisar o COFA da iminência da chegada de helis espanhóis. Agora o piloto é o maior responsável por toda esta situação. Como dizem os manuais, era obrigado a contactar o Controlo de Tráfego Aéreo espanhol da saída do seu espaço aéreo e a alertar o Controlo de Tráfego português sobre as suas intenções e plano de võo. Ora, falhou em ambas as circunstâncias.
Acredito sinceramente que não tenha confundido Portugal com qualquer outra província espanhola como é a Galiza, por exemplo.
O voo intrigou os operadores militares, uma vez que, do lado espanhol não tinha chegado, como seria normal e como está protocolado, qualquer comunicação relativamente ao voo. Trata-se de uma medida de rotina para garantir a segurança de voo e do próprio espaço aéreo. Os militares contactaram também as autoridades aeronáuticas civis, mas a resposta foi negativa, ou seja além dos voos autorizados não havia qualquer referência ao helicóptero vindo de Espanha.
ferrol escreveu:Eu máis ben diría que estaría con un enfado tremendo de ve-la falla de comunicación entre os bombeiros portugueses que tiñan que avisar á FAP de que un helicóptero español viña a axudar e non o fixeron.
O SNBPC requisitou meios aéreos a Espanha mas estes encontravam-se indisponíveis devido aos incêndios no lado andaluz. É verdade que os bombeiros portugueses, no meio de toda a confusão, se esqueceram de avisar o COFA da iminência da chegada de helis espanhóis. Agora o piloto é o maior responsável por toda esta situação. Como dizem os manuais, era obrigado a contactar o Controlo de Tráfego Aéreo espanhol da saída do seu espaço aéreo e a alertar o Controlo de Tráfego português sobre as suas intenções e plano de võo. Ora, falhou em ambas as circunstâncias.
Acredito sinceramente que não tenha confundido Portugal com qualquer outra província espanhola como é a Galiza, por exemplo.
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Acredito sinceramente que não tenha confundido Portugal com qualquer outra província espanhola como é a Galiza, por exemplo.
Pues mas que una maniobra hostil de los perfidos castellanos, lo mas probable es que el piloto del helicoptero fuese ruso o ucraniano de los muchos que se contratan en verano para el combate de incendios y, problablemente, ni siquiera supiese que el destino era otro pais o no estuviese al corriente de las normas a seguir.
Saludos.
- Charlie Golf
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nestor escreveu:Pues mas que una maniobra hostil de los perfidos castellanos
Foi o nestor que disse, não eu.
Mas proponho que este assunto fique por aqui até porque é um acontecimento passado. A Força Aérea Portuguesa, como vigilante e protectora da soberania do espaço aéreo nacional, actuou como devia; nada a dizer portanto. Estar a cogitar se o piloto era espanhol, russo, chinês ou norte-coreano não interessa para nada já que a verdade incontornável é que o incidente se deu.
E para evitar que quer os colegas portugueses, quer os colegas da minha vizinha Espanha possam, sem querer, trocar algumas palavras menos simpáticas ou haver algum mal-entendido, ficarei por aqui. Sou moderador num fórum e sei que por vezes é de pequenas questões que se levantam grandes problemas. E isso não serve o interesse de ninguém.
Um abraço,
Carlos Jorge Gomes
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- Rui Elias Maltez
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Algum dos colegas sabe de algo mais concreto sobre a intenção do Governo em transferir os Puma para o SNBPC?
O Governo está em negociações para a compra de 3 ou 4 Beriev russos, e disse querer 10 helis médios para o combate a incêndios.
Será que esse 10 helis médios serão os Puma da FAP ou comprará 10 novos helis ?
É essa a dúvida, já que as notícias que vão saindo não são claras nesse ponto.
Por outro lado, se forem os 10 Puma's para o SNBPC, será que nem um ficará para o Museu do Ar?
Outra questão:
Quando é que efectivamente os EH-101 entram no serviço operacional da FAP?
É que até agora têm sido os velhos Puma's a fazer os serviços a que estão habituados e não há notícias de missões já atribuidas aos EH-101.
Estarão à espera que chegue o 12º aparelho para que essa transferência se realize?
O Governo está em negociações para a compra de 3 ou 4 Beriev russos, e disse querer 10 helis médios para o combate a incêndios.
Será que esse 10 helis médios serão os Puma da FAP ou comprará 10 novos helis ?
É essa a dúvida, já que as notícias que vão saindo não são claras nesse ponto.
Por outro lado, se forem os 10 Puma's para o SNBPC, será que nem um ficará para o Museu do Ar?
Outra questão:
Quando é que efectivamente os EH-101 entram no serviço operacional da FAP?
É que até agora têm sido os velhos Puma's a fazer os serviços a que estão habituados e não há notícias de missões já atribuidas aos EH-101.
Estarão à espera que chegue o 12º aparelho para que essa transferência se realize?
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- Júnior
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Olá a todos,
Já há muito tempo que não aparecia por estas bandas. Problemas de tempo e de login (agradeço mais uma vez ao Vinicius pela ajuda!) mantiveram-me afastado.
Já reparei que a comunidade lusa está em franca expansão por aqui . Afinal, somos uns emigrantes natos (há mais de 500 anos )!
Acho que terá que haver primeiro um certo nº de tripulações qualificadas no aparelho, como também um nº mínimo de aparelhos.
Saber quantos aparelhos já cá estão até é relativamente fácil (6 SAR e 2 SIFICAP né?); já quanto ao nº de pilotos convertidos prá nova máquina.... é mais dificil, como sabemos.
De qualquer forma, não deve tardar muito.
PS: Colega Rui, já reparei que já vai nos 5000 posts! Tou a ver que tenho muito pra ler...
Abraços
Já há muito tempo que não aparecia por estas bandas. Problemas de tempo e de login (agradeço mais uma vez ao Vinicius pela ajuda!) mantiveram-me afastado.
Já reparei que a comunidade lusa está em franca expansão por aqui . Afinal, somos uns emigrantes natos (há mais de 500 anos )!
Outra questão:
Quando é que efectivamente os EH-101 entram no serviço operacional da FAP?
É que até agora têm sido os velhos Puma's a fazer os serviços a que estão habituados e não há notícias de missões já atribuidas aos EH-101.
Estarão à espera que chegue o 12º aparelho para que essa transferência se realize?
Acho que terá que haver primeiro um certo nº de tripulações qualificadas no aparelho, como também um nº mínimo de aparelhos.
Saber quantos aparelhos já cá estão até é relativamente fácil (6 SAR e 2 SIFICAP né?); já quanto ao nº de pilotos convertidos prá nova máquina.... é mais dificil, como sabemos.
De qualquer forma, não deve tardar muito.
PS: Colega Rui, já reparei que já vai nos 5000 posts! Tou a ver que tenho muito pra ler...
Abraços
- Charlie Golf
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- Rui Elias Maltez
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