Primeira Guerra Mundial
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- VICTOR
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Primeira Guerra Mundial
Em 11 de novembro de 1918, há 87 anos, acabava a Primeira Guerra Mundial, também chamada Grande Guerra.
Engraçado como falamos pouco deste conflito aqui no DB.
Muita gente considera a 1a. e a 2a. guerras como um conflito só, separado por uma trégua de 20 anos. Faz bastante sentido, já que muita coisa ficou não resolvida, e muitos elementos de Versailles facilitaram o surgimento do III Reich.
Usemos este tópico para falar da Grande Guerra!
Engraçado como falamos pouco deste conflito aqui no DB.
Muita gente considera a 1a. e a 2a. guerras como um conflito só, separado por uma trégua de 20 anos. Faz bastante sentido, já que muita coisa ficou não resolvida, e muitos elementos de Versailles facilitaram o surgimento do III Reich.
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- Einsamkeit
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Nao apenas facilitaram, foi a causa da II guerra, os proprios aliados que plantaram a semente, As pessoas que morreram de fome, a economia em frangalhos e tudo por ter que pagar indenizaçoes gigantescas, graças a von Seeckt que se manteve o reichswehr e um nucleo de oficiais eficientes, e tambem nesta epoca por volta de 1919 começou a "guerra" que foi ate 1933, entre Direita x Esquerda na Alemanha, felizmente a esquerda perdeu sempre.
E ninguem atirou no ludendorff.
E ninguem atirou no ludendorff.
Somos memórias de lobos que rasgam a pele
Lobos que foram homens e o tornarão a ser
ou talvez memórias de homens.
que insistem em não rasgar a pele
Homens que procuram ser lobos
mas que jamais o tornarão a ser...
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A Primeira Guerra Mundial...
Talvez não tenha ocorrido na história humana um conflito em que houve uma perda tão grande de soldados para conseguir objetivos tão limitados. A verdadeira carnificina de batalhas como Verdun e a Batalha pelo vale do Some, milhares e milhares de pessoas mortas para conquistar apenas alguns escassos kilometros, no máximo.
Bem, vamos falar da Primeira Guerra, mas pelo tema ser tão amplo, proponho um ponto de Partida: Que tal falarmos da guerra Naval na WWI? Eu proponho a batalha da Jutlândia, o nascimento dos destróiers!(ou como chamamos no Brasil,, contratorpedeiros).
Abraços
César
Talvez não tenha ocorrido na história humana um conflito em que houve uma perda tão grande de soldados para conseguir objetivos tão limitados. A verdadeira carnificina de batalhas como Verdun e a Batalha pelo vale do Some, milhares e milhares de pessoas mortas para conquistar apenas alguns escassos kilometros, no máximo.
Bem, vamos falar da Primeira Guerra, mas pelo tema ser tão amplo, proponho um ponto de Partida: Que tal falarmos da guerra Naval na WWI? Eu proponho a batalha da Jutlândia, o nascimento dos destróiers!(ou como chamamos no Brasil,, contratorpedeiros).
Abraços
César
"- Tú julgarás a ti mesmo- respondeu-lhe o rei - É o mais difícil. É bem mais difícil julgar a si mesmo que julgar os outros. Se consegues fazer um bom julgamento de ti, és um verdadeiro sábio."
Antoine de Saint-Exupéry
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Excelente tópico !!!
Estou lendo "O último verão europeu - Quem começou a Grande Guerra de 1.914"; muito interessante o livro.
O Eric Hobbsbawn, ao escrever sobre o curto século XX, falou que sob muitos aspectos, a GRande Guerra foi, para as elites inglesa e francesa, mais danosa que a guerra mundial vindoura.
Lembremos das trincheiras, dos gases tóxicos, etc. Boa parte da elite inglesa, aliás, foi exterminada como porcos nos campos da França.
Creio Jutland é um tópico excelente para ser abordado: uma coisa tenho certeza, por mais que a Inglaterra tenha sido a vencedora, estrategicametne falando, considero que os navios alemães eram superiores, na média, aos britânicos: lembremos do malfadado conceito do "Cruzador de Batalha", a culminar no pobre Hood, destruído pelo Bismarck (e Prinz Eugen) vinte anos após ...
abraços.
Estou lendo "O último verão europeu - Quem começou a Grande Guerra de 1.914"; muito interessante o livro.
O Eric Hobbsbawn, ao escrever sobre o curto século XX, falou que sob muitos aspectos, a GRande Guerra foi, para as elites inglesa e francesa, mais danosa que a guerra mundial vindoura.
Lembremos das trincheiras, dos gases tóxicos, etc. Boa parte da elite inglesa, aliás, foi exterminada como porcos nos campos da França.
Creio Jutland é um tópico excelente para ser abordado: uma coisa tenho certeza, por mais que a Inglaterra tenha sido a vencedora, estrategicametne falando, considero que os navios alemães eram superiores, na média, aos britânicos: lembremos do malfadado conceito do "Cruzador de Batalha", a culminar no pobre Hood, destruído pelo Bismarck (e Prinz Eugen) vinte anos após ...
abraços.
- Túlio
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Re: Primeira Guerra Mundial
VICTOR escreveu:
Muita gente considera a 1a. e a 2a. guerras como um conflito só, separado por uma trégua de 20 anos. Faz bastante sentido, já que muita coisa ficou não resolvida, e muitos elementos de Versailles facilitaram o surgimento do III Reich.
Churchill dizia que era uma reedição da Guerra dos Trinta Anos...
Deve ser assinalado que foi na 1.ª, e não na 2.ª, como é comumente aceito, que os EUA surgiram como grande potência, cortejado pelos europeus como valioso aliado na resolução de suas querelas...
Como sou meio apressadinho, vou direto ao final:
OS 14 PONTOS DO PRESIDENTE WILSON
Em mensagem enviada ao Congresso americano em 8 de janeiro de 1918, o Presidente Wilson sumariou sua plataforma para a Paz que concebia:
1) "acordos públicos, negociados publicamente", ou seja a abolição da diplomacia secreta;
2) liberdade dos mares;
3) eliminação das barreiras econômicas entre as nações;
4) limitação dos armamentos nacionais "ao nível mínimo compatível com a segurança";
5) ajuste imparcial das pretensões coloniais, tendo em vista os interesses dos povos atingidos por elas;
6) evacuação da Rússia;
7) restauração da independência da Bélgica;
8) restituição da Alsácia e da Lorena à França;
9) reajustamento das fronteiras italianas, "seguindo linhas divisórias de nacionalidade claramente reconhecíveis";
10) desenvolvimento autônomo dos povos da Áutria-Hungria;
11) restauração da Romênia, da Sérvia e do Montenegro, com acesso ao mar para Sérvia;
12) desenvolvimento autônomo dos povos da Turquia, sendo os estreitos que ligam o Mar Negro ao Mediterrâneo "abertos permanentemente";
13) uma Polônia independente, "habitada por populações indiscutivelmente polonesas" e com acesso para o mar; e
14) uma Liga das Nações, órgão internacional que evitaria novos conflitos atuando como árbitro nas contendas entre os países.
Os "14 pontos" não previam nenhuma séria sanção para com os derrotados, abraçando a idéia de uma Paz "sem vencedores nem vencidos". No terreno prático, poucas propostas de Wilson foram aplicadas, pois o desejo de uma "vendetta" por parte da Inglaterra e principalmente da França prevaleceram sobre as intenções americanas.
Ah, e os ianques entraram de vez na guerra porque um certo Erich Von Ludendorff encrudesceu o uso de subs contra a Marinha Mercante - ianque inclusive. Foi ele também que levou o SPD ao poder após a guerra, criando o caos que aplainou os caminhos para a ascensão do NSDAP - Partido Nazista para os íntimos - pelo qual inclusive disputou a Presidência da Alemanha em 1925... O pior é que eu não sabia quase nada disso, tive que pesquisar...DB é ou num é cultura? Deus ajude que o Guiguinho aproveite tanto quanto o velhote aqui...heheheheheh
“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”
P. Sullivan (Margin Call, 2011)
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- Einsamkeit
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Se nao fossem as Revoltas internas acho que a Alemanha teria uma chance enorme de ganhar a guerra, mais as "revoluçoes internas" provocadas pelos comunistas, digo traidores de novembro, desestabilizaram o pais, e o que muitos nao sabem, mais o NSDAP foi eleito democraticamente, vencendo eleiçao por eleiçao, era uma mistura estranha, nsdap e comunistas se pegavam nas urnas e nas ruas, corpos de ex-militares lutavam contra comunistas sovieticos que vieram para organizar comunas, como a republica socialista de munique em 1919, e como os freikorps derrubaram tudo antes da republica de weimar é um assunto muito interessante.
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Nao foi o hitler o primeiro a falar sobre isso, isso aconteceu desde antes o fim da guerra, e os judeus foram perseguidos nao por serem judeus, mais por estarem fortemente ligados aos comunistas, esses sim responsaveis pela ruina da alemanha na 1gm.
Graças a deus que foram os Freikorps caça-los.
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- Vinicius Pimenta
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Participação Brasileira na Primeira Grande Guerra
No dia 5 de abril de 1917 o vapor brasileiro “Paraná”, que navegava de acordo com as exigências feitas a países neutros, foi torpedeado por um submarino alemão. No dia 11 de abril o Brasil rompe relações diplomáticas com o bloco germânico, e, em 20 de maio, o navio “Tijuca” foi torpedeado perto da França. Nos meses seguintes, o governo Brasileiro confisca 42 navios alemães que estavam em portos brasileiros, como uma indemnização de guerra. No dia 23 de outubro de 1917 o cargueiro nacional Macau, um dos navios arrestados, foi torpedeado por um submarino alemão, perto da costa da Espanha, e seu comandante feito prisioneiro. Com a pressão popular contra a Alemanha, no dia 26 de outubro de 1917 o país declara guerra à aliança germânica.
Começou então uma intensa agitação nacionalista, comícios louvam a “gloriosa atitude brasileira de apoiar os Aliados”. Monteiro Lobato critica esse nacionalismo, pois, de acordo com ele, isso estava desviando a atenção do país em relação a seus problemas internos.
A participação militar do Brasil no solo europeu foi pequena, resumindo-se a algumas ações de pilotos da força aérea, treinados na Europa, e apoio médico, além do fornecimento de alimentos e matérias-primas. A Marinha recebeu a incumbência de patrulhar o Atlântico, evitando a ação dos submarinos inimigos.
Wikipedia
No dia 5 de abril de 1917 o vapor brasileiro “Paraná”, que navegava de acordo com as exigências feitas a países neutros, foi torpedeado por um submarino alemão. No dia 11 de abril o Brasil rompe relações diplomáticas com o bloco germânico, e, em 20 de maio, o navio “Tijuca” foi torpedeado perto da França. Nos meses seguintes, o governo Brasileiro confisca 42 navios alemães que estavam em portos brasileiros, como uma indemnização de guerra. No dia 23 de outubro de 1917 o cargueiro nacional Macau, um dos navios arrestados, foi torpedeado por um submarino alemão, perto da costa da Espanha, e seu comandante feito prisioneiro. Com a pressão popular contra a Alemanha, no dia 26 de outubro de 1917 o país declara guerra à aliança germânica.
Começou então uma intensa agitação nacionalista, comícios louvam a “gloriosa atitude brasileira de apoiar os Aliados”. Monteiro Lobato critica esse nacionalismo, pois, de acordo com ele, isso estava desviando a atenção do país em relação a seus problemas internos.
A participação militar do Brasil no solo europeu foi pequena, resumindo-se a algumas ações de pilotos da força aérea, treinados na Europa, e apoio médico, além do fornecimento de alimentos e matérias-primas. A Marinha recebeu a incumbência de patrulhar o Atlântico, evitando a ação dos submarinos inimigos.
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Valeu, Carlos!
No caso uma correção. Não eram pilotos da Força Aérea. Ou eram da Marinha ou do Exército. A Força Aérea Brasileira só foi criada em 1941, portanto, não poderia ter participado do conflito em 1917.
A participação militar do Brasil no solo europeu foi pequena, resumindo-se a algumas ações de pilotos da força aérea, treinados na Europa,
No caso uma correção. Não eram pilotos da Força Aérea. Ou eram da Marinha ou do Exército. A Força Aérea Brasileira só foi criada em 1941, portanto, não poderia ter participado do conflito em 1917.
Vinicius Pimenta
Você é responsável pelo ambiente e a qualidade do fórum que participa. Faça sua parte.
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- Dinivan
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Otro tipo de consecuencias derivadas de la primera guerra mundial son las económicas, de las cuales me gustaría hacer un pequeño resumen.
En primer lugar hubo pérdidas de capital humano, tanto directa como indirectamente, causando la muerte de alrededor de un 10% de la población europea (3,5% directamente por la guerra, y el resto causado de forma indirecta, como por la gripe española, el déficit demográfico o genocidios étnicos), aunque esto no resulto del todo catastrófico, pues al reducirse la oferta de trabajo, aumentaron los salarios. En cuanto al capital físico destruido, este representaba apenas un 3,5% del total, o unos 3 o 4 años de acumulación de capital, aunque hubo regiones completamente desoladas (como Bélgica, y algunas zonas de Austria, Francia, Polonia, Serbia y Rusia).
La conversión de Europa en una economía de guerra total la llevó a dejar desabastecidos sus mercados de manufacturas, lo que llevó a otros países a ocupar esos mercados (por ejemplo, a partir de aquí EE.UU. ocupa los mercados sudamericanos, y algunos países neutrales periféricos potencian sus industrias de bajo nivel tecnológico, como España). Europa no volvería a recuperar el terreno perdido. Además, con el regreso de los soldados al campo y la reincorporación de los campos destruidos y ocupados, se produjo una crisis de sobreproducción de productos agrícolas, que creó una continua caída en los precios agrícolas e hizo disminuir enormemente el nivel de vida de los campesinos, principalmente de los países pobres que habían aprovechado la guerra para aumentar su producción y abastecer los países en guerra.
Los costes financieros fueron enormes. Para financiar una guerra que los países implicados no habían previsto que durara tanto, tuvieron que emitir enormes montos de deuda (entre unas 7 u 8 veces la cantidad de deuda acumulada por el mundo durante todo el siglo XIX) para financiar el déficit comercial causado por la caída de exportaciones y subida de importaciones, esta deuda se contrajo con Estados Unidos y el Reino Unido (que también debía a EE.UU. pero su saldo final le era favorable). Esto es importante para entender porque Francia y el Reino Unido pidieron intensas reparaciones de guerra y por qué EE.UU. acabó cediendo a sus pretensiones, y es que para que Francia, Bélgica o Italia pudieran pagar, Alemania debía pagar, y para que el Reino Unido pudiera pagar, lo debían hacer todos los países que le debían dinero (entre ellos Francia), y por supuesto, EE.UU. también quería su dinero. Al final a Alemania se le exigió unos 132.000 millones de marcos oro en 42 anualidades, ¡un 6% del PIB anual!, Alemania se negaba a pagar, y por ello Francia y Bélgica ocuparon la rica región del Ruhr, hundiendo el sistema fiscal y monetario alemán, haciendo que ambas partes salieran perdiendo.
Por otra parte, a causa de la guerra lógicamente se desintegró el patrón oro* y los bancos centrales se dedicaron a imprimir dinero (entre unas 5 y 11 veces la masa monetaria anterior a la guerra) lo que provocó una intensa inflación. Algunos países, como EE.UU. o el RU consiguieron pararla tras la guerra a costa de frenar mucho el crecimiento, otros (la mayoría de países del bando aliado) no consiguieron controlar la inflación por la presión de los distintos grupos sociales. El tercer grupo de países son los que sufrieron hiperinflación (Austria, Hungría, Rusia-URSS… y sobretodo Alemania). En este último país, los precios llegaron a multiplicarse ¡un billón de veces! (en España, esto es una unidad seguida de 12 ceros), la crisis era tan grave que al final EE.UU. tuvo que abrir su mercado de capitales a Alemania y hacerle un gran préstamo para financiar la creación de una nueva moneda con menos ceros y más estable, amén de reducir las cuotas anuales de las reparaciones. Imagínense que tienen todos sus ahorros en el banco, digamos, 2000 marcos en 1922, y que al cabo de un año, ese dinero no te sirve ni para comprar una barra de pan… la clase media salió muy perjudicada de esto.
Por último hay que destacar el fracaso del segundo patrón oro. En 1920 los países vieron la necesidad de reinstalar un sistema de cambio fijo, pero la mayoría de países europeos no tenían reservas de oro, así que se optó por dejar que en vez de oro, se pudiera utilizar como reserva a otras monedas convertibles a ese material, principalmente el dólar y la libra esterlina.
Sin embargo hubo varios problemas. El primero es que al volver a fijar los cambios con el oro, se hizo en muchos casos de forma inadecuada. Así, Francia infravaloró su moneda, lo que le llevó a ganar mucha competitividad, exportando mucho e importando poco, y por tanto acumulando unas grandes reservas de oro. El Reino Unido, que quería continuar siendo el centro del mundo financiero, fijó un tipo de cambio igual al anterior a la guerra, sobrevalorando su moneda, y por tanto causando una crisis en la balanza de dicho país, que poco a poco hizo menguar las reservas de oro del banco central… pero la libra era, en teoría, una moneda convertible al oro, así que debería haber tenido suficientes reservas de oro para convertir todos los billetes existentes, cosa que a diferencia de Nueva York, no ocurría, y en 1930, en plena crisis del crack del 29 cuando los Bancos Centrales reclamaban su oro con las Libras, el gobierno británico tuvo que suspender la convertibilidad, derrumbando el patrón oro y agravando mucho más la ya de por si profunda crisis. Definitivamente, en mi opinión hubo dos grandes perdedores en esta guerra, por un lado lógicamente Alemania, y por el otro el Reino Unido, que perdió definitivamente y de forma visible su hegemonía económica.
Por cierto, es curioso lo que una cadena de sucesos puede lograr. Si no hubiera habido guerra, por un lado EEUU habría seguido encerrado en su ultra proteccionismo, aislados del mundo, y por el otro Alemania no habría tenido que pagar reparaciones de guerra. Si Alemania no hubiera tenido que pagar reparaciones de guerra, no se tendría que haber endeudado enormemente con EEUU. Las dos cosas sumadas, hicieron que el crack del 29 se extendiera por todo el mundo, y en especial en Alemania, creando allí una profunda crisis económica, que llevaría a la ya castigada clase media alemana a confiar en una ideología que todos conocemos…
*El patrón oro era un sistema de cambios fijos instaurado en el siglo XIX. A grandes rasgos, el sistema funciona de la siguiente manera. Un país fija el precio de su moneda con respecto al oro, y este tipo de cambio es fijo, no puede cambiar. Además, la moneda debe ser convertible al oro (es decir, que si llevas 100 francos al banco central francés, te debía dar el equivalente en oro). Cuando tenías déficit en la balanza de pagos (y por tanto, salía más oro del que entraba a tu país), no podías devaluar la moneda para ganar competitividad y exportar más e importar menos. Al salir oro de tu país, tenías que reducir tu masa monetaria (pues tus billetes son convertibles al oro, y por tanto si hay menos oro, hay menos billetes). Además tenías que aumentar los tipos de interés, lo que por un lado atraía capital extranjero, y por el otro hacía disminuir la inversión, y por tanto aumentar el desempleo y ello hacía bajar los salarios. La reducción de la masa monetaria sumada a la disminución de los salarios, causaba una deflación que te hacía ganar la competitividad perdida y volvías a recuperar el equilibrio en tu balanza de pagos. Si tenías superávit en teoría el sistema actuaba a la inversa (pero normalmente esto no se cumplía), pues aumentaba tu inflación, y por tanto te hacías menos competitivo. El sistema funcionó bastante bien, aunque claro, las clases bajas y medias lo sufrían.
En primer lugar hubo pérdidas de capital humano, tanto directa como indirectamente, causando la muerte de alrededor de un 10% de la población europea (3,5% directamente por la guerra, y el resto causado de forma indirecta, como por la gripe española, el déficit demográfico o genocidios étnicos), aunque esto no resulto del todo catastrófico, pues al reducirse la oferta de trabajo, aumentaron los salarios. En cuanto al capital físico destruido, este representaba apenas un 3,5% del total, o unos 3 o 4 años de acumulación de capital, aunque hubo regiones completamente desoladas (como Bélgica, y algunas zonas de Austria, Francia, Polonia, Serbia y Rusia).
La conversión de Europa en una economía de guerra total la llevó a dejar desabastecidos sus mercados de manufacturas, lo que llevó a otros países a ocupar esos mercados (por ejemplo, a partir de aquí EE.UU. ocupa los mercados sudamericanos, y algunos países neutrales periféricos potencian sus industrias de bajo nivel tecnológico, como España). Europa no volvería a recuperar el terreno perdido. Además, con el regreso de los soldados al campo y la reincorporación de los campos destruidos y ocupados, se produjo una crisis de sobreproducción de productos agrícolas, que creó una continua caída en los precios agrícolas e hizo disminuir enormemente el nivel de vida de los campesinos, principalmente de los países pobres que habían aprovechado la guerra para aumentar su producción y abastecer los países en guerra.
Los costes financieros fueron enormes. Para financiar una guerra que los países implicados no habían previsto que durara tanto, tuvieron que emitir enormes montos de deuda (entre unas 7 u 8 veces la cantidad de deuda acumulada por el mundo durante todo el siglo XIX) para financiar el déficit comercial causado por la caída de exportaciones y subida de importaciones, esta deuda se contrajo con Estados Unidos y el Reino Unido (que también debía a EE.UU. pero su saldo final le era favorable). Esto es importante para entender porque Francia y el Reino Unido pidieron intensas reparaciones de guerra y por qué EE.UU. acabó cediendo a sus pretensiones, y es que para que Francia, Bélgica o Italia pudieran pagar, Alemania debía pagar, y para que el Reino Unido pudiera pagar, lo debían hacer todos los países que le debían dinero (entre ellos Francia), y por supuesto, EE.UU. también quería su dinero. Al final a Alemania se le exigió unos 132.000 millones de marcos oro en 42 anualidades, ¡un 6% del PIB anual!, Alemania se negaba a pagar, y por ello Francia y Bélgica ocuparon la rica región del Ruhr, hundiendo el sistema fiscal y monetario alemán, haciendo que ambas partes salieran perdiendo.
Por otra parte, a causa de la guerra lógicamente se desintegró el patrón oro* y los bancos centrales se dedicaron a imprimir dinero (entre unas 5 y 11 veces la masa monetaria anterior a la guerra) lo que provocó una intensa inflación. Algunos países, como EE.UU. o el RU consiguieron pararla tras la guerra a costa de frenar mucho el crecimiento, otros (la mayoría de países del bando aliado) no consiguieron controlar la inflación por la presión de los distintos grupos sociales. El tercer grupo de países son los que sufrieron hiperinflación (Austria, Hungría, Rusia-URSS… y sobretodo Alemania). En este último país, los precios llegaron a multiplicarse ¡un billón de veces! (en España, esto es una unidad seguida de 12 ceros), la crisis era tan grave que al final EE.UU. tuvo que abrir su mercado de capitales a Alemania y hacerle un gran préstamo para financiar la creación de una nueva moneda con menos ceros y más estable, amén de reducir las cuotas anuales de las reparaciones. Imagínense que tienen todos sus ahorros en el banco, digamos, 2000 marcos en 1922, y que al cabo de un año, ese dinero no te sirve ni para comprar una barra de pan… la clase media salió muy perjudicada de esto.
Por último hay que destacar el fracaso del segundo patrón oro. En 1920 los países vieron la necesidad de reinstalar un sistema de cambio fijo, pero la mayoría de países europeos no tenían reservas de oro, así que se optó por dejar que en vez de oro, se pudiera utilizar como reserva a otras monedas convertibles a ese material, principalmente el dólar y la libra esterlina.
Sin embargo hubo varios problemas. El primero es que al volver a fijar los cambios con el oro, se hizo en muchos casos de forma inadecuada. Así, Francia infravaloró su moneda, lo que le llevó a ganar mucha competitividad, exportando mucho e importando poco, y por tanto acumulando unas grandes reservas de oro. El Reino Unido, que quería continuar siendo el centro del mundo financiero, fijó un tipo de cambio igual al anterior a la guerra, sobrevalorando su moneda, y por tanto causando una crisis en la balanza de dicho país, que poco a poco hizo menguar las reservas de oro del banco central… pero la libra era, en teoría, una moneda convertible al oro, así que debería haber tenido suficientes reservas de oro para convertir todos los billetes existentes, cosa que a diferencia de Nueva York, no ocurría, y en 1930, en plena crisis del crack del 29 cuando los Bancos Centrales reclamaban su oro con las Libras, el gobierno británico tuvo que suspender la convertibilidad, derrumbando el patrón oro y agravando mucho más la ya de por si profunda crisis. Definitivamente, en mi opinión hubo dos grandes perdedores en esta guerra, por un lado lógicamente Alemania, y por el otro el Reino Unido, que perdió definitivamente y de forma visible su hegemonía económica.
Por cierto, es curioso lo que una cadena de sucesos puede lograr. Si no hubiera habido guerra, por un lado EEUU habría seguido encerrado en su ultra proteccionismo, aislados del mundo, y por el otro Alemania no habría tenido que pagar reparaciones de guerra. Si Alemania no hubiera tenido que pagar reparaciones de guerra, no se tendría que haber endeudado enormemente con EEUU. Las dos cosas sumadas, hicieron que el crack del 29 se extendiera por todo el mundo, y en especial en Alemania, creando allí una profunda crisis económica, que llevaría a la ya castigada clase media alemana a confiar en una ideología que todos conocemos…
*El patrón oro era un sistema de cambios fijos instaurado en el siglo XIX. A grandes rasgos, el sistema funciona de la siguiente manera. Un país fija el precio de su moneda con respecto al oro, y este tipo de cambio es fijo, no puede cambiar. Además, la moneda debe ser convertible al oro (es decir, que si llevas 100 francos al banco central francés, te debía dar el equivalente en oro). Cuando tenías déficit en la balanza de pagos (y por tanto, salía más oro del que entraba a tu país), no podías devaluar la moneda para ganar competitividad y exportar más e importar menos. Al salir oro de tu país, tenías que reducir tu masa monetaria (pues tus billetes son convertibles al oro, y por tanto si hay menos oro, hay menos billetes). Además tenías que aumentar los tipos de interés, lo que por un lado atraía capital extranjero, y por el otro hacía disminuir la inversión, y por tanto aumentar el desempleo y ello hacía bajar los salarios. La reducción de la masa monetaria sumada a la disminución de los salarios, causaba una deflación que te hacía ganar la competitividad perdida y volvías a recuperar el equilibrio en tu balanza de pagos. Si tenías superávit en teoría el sistema actuaba a la inversa (pero normalmente esto no se cumplía), pues aumentaba tu inflación, y por tanto te hacías menos competitivo. El sistema funcionó bastante bien, aunque claro, las clases bajas y medias lo sufrían.
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Muito interessante Dinivan!
Eu me lembro de que os exemplos mais tonitroantes de hiperinflação que eu já li datam justamente do início da década de 20, quando as pessoas carregavam sacos de dinheiro para comprar pão e leite... Muito interessante sua análise conectando a WWI com a dívida e hiperinflação.
Eu me lembro de que os exemplos mais tonitroantes de hiperinflação que eu já li datam justamente do início da década de 20, quando as pessoas carregavam sacos de dinheiro para comprar pão e leite... Muito interessante sua análise conectando a WWI com a dívida e hiperinflação.
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Vinicius Pimenta escreveu:No caso uma correção. Não eram pilotos da Força Aérea. Ou eram da Marinha ou do Exército. A Força Aérea Brasileira só foi criada em 1941, portanto, não poderia ter participado do conflito em 1917.
Exato! Tinha pensado nisso também... Alguém de nós devia editar isso lá, mas eu ando meio sem tempo (virei tradutor agora ). Quem puder...