Falta depenar o tucano
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Falta depenar o tucano
PSDB negocia saída de Azeredo para escapar à crise do caixa 2
Brasília - O senador Eduardo Azeredo deixará a presidência do PSDB antes de 18 de novembro, dia em que a convenção nacional do partido elegerá seu substituto, o senador Tasso Jereissati (CE). Tasso receberá o cargo de José Serra, presidente do partido até assumir a administração de São Paulo, que voltaria a ocupá-lo para a convenção.
Desconfortável com o envolvimento de Azeredo na lista dos que receberam recursos do publicitário Marcos Valério Fernandes de Souza, a cúpula tucana tenta afastar a legenda da crise e já negocia com o senador mineiro um modo de tirá-lo dos holofotes da convenção nacional.
O caso Azeredo agravou-se no fim de semana, em que ele confirmou ter recebido um cheque de R$ 700 mil de Marcos Valério para cobrir despesas de sua campanha à reeleição ao governo de Minas, em 1998. Líderes do PSDB - e do PT - estão preocupados com o desdobramento do episódio. Eles temem que as acusações a Azeredo desencadeiem uma onda de denúncias de parte a parte. O receio de petistas e aliados é o envolvimento do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de sua família nessa guerra.
"Não quero incêndio. Tenho receio de que este episódio aumente a disputa política e atrapalhe os trabalhos da CPI", resumiu ontem o relator da CPI dos Correios, Osmar Serraglio (PMDB-PR). Na avaliação do deputado, o mais grave é o uso do caixa 2 da campanha, que já está sendo investigado. Além disso, destacou Serraglio, ao menos por enquanto não há prova de que Azeredo mentiu à CPI.
"Não posso afirmar se ele sabia ou não da existência do cheque do Marcos Valério", disse o relator, para repetir em seguida a frase que mais se ouve dos tucanos nos últimos meses: "Se admito que o Lula podia não saber, porque o Azeredo tinha necessariamente de saber".
Encarregado de negociar uma saída política com Azeredo, o líder tucano no Senado, Arthur Virgílio Neto (AM), não dá o braço a torcer. "Estamos no máximo passando por uma saia-justa e o aparecimento do cheque não muda nada", diz Virgílio, ao salientar que "até no caixa 2 do Eduardo tem um ministro de Lula envolvido". Ele referia-se ao fato de o ministro do Turismo, Walfrido Mares Guia ter sido citado por Azeredo como amigo e autor de um empréstimo junto ao Banco Rural usado para quitar a dívida com Marcos Valério. "Estou louco para acabar com essa amizade dos dois, porque o Walfrido o engana há muito tempo e o Eduardo é muito ingênuo e se deixa enganar", disse Virgílio.
Nada será feito no PSDB à revelia de Azeredo. Também não haverá destituição. A volta de Serra ao comando partidário poderá ocorrer até na véspera da convenção do dia 18. Mas o tucanato está convencido de que a melhor estratégia é sustentar o discurso da "simbologia" política da unidade partidária na convenção. Traduzindo: Com Serra "passando a faixa" de presidente do partido a Tasso, um ex-adversário que votou no PT em 2002, o PSDB dará uma demonstração de força e unidade, com a vantagem de descolar a convenção partidária da crise política das denúncias do mensalão.
Arthur Virgílio admitiu ontem que o esquema do caixa 2 na campanha mineira é reprovável, mas defendeu a tese de que o episódio caducou. "Seja do ponto de vista jurídico eleitoral e jurídico penal está tudo prescrito". Bem diferente da situação do PT, avisou. "O Lula está ao alcance da gente", ameaçou.
http://www11.estadao.com.br/nacional/no ... /25/21.htm
Brasília - O senador Eduardo Azeredo deixará a presidência do PSDB antes de 18 de novembro, dia em que a convenção nacional do partido elegerá seu substituto, o senador Tasso Jereissati (CE). Tasso receberá o cargo de José Serra, presidente do partido até assumir a administração de São Paulo, que voltaria a ocupá-lo para a convenção.
Desconfortável com o envolvimento de Azeredo na lista dos que receberam recursos do publicitário Marcos Valério Fernandes de Souza, a cúpula tucana tenta afastar a legenda da crise e já negocia com o senador mineiro um modo de tirá-lo dos holofotes da convenção nacional.
O caso Azeredo agravou-se no fim de semana, em que ele confirmou ter recebido um cheque de R$ 700 mil de Marcos Valério para cobrir despesas de sua campanha à reeleição ao governo de Minas, em 1998. Líderes do PSDB - e do PT - estão preocupados com o desdobramento do episódio. Eles temem que as acusações a Azeredo desencadeiem uma onda de denúncias de parte a parte. O receio de petistas e aliados é o envolvimento do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de sua família nessa guerra.
"Não quero incêndio. Tenho receio de que este episódio aumente a disputa política e atrapalhe os trabalhos da CPI", resumiu ontem o relator da CPI dos Correios, Osmar Serraglio (PMDB-PR). Na avaliação do deputado, o mais grave é o uso do caixa 2 da campanha, que já está sendo investigado. Além disso, destacou Serraglio, ao menos por enquanto não há prova de que Azeredo mentiu à CPI.
"Não posso afirmar se ele sabia ou não da existência do cheque do Marcos Valério", disse o relator, para repetir em seguida a frase que mais se ouve dos tucanos nos últimos meses: "Se admito que o Lula podia não saber, porque o Azeredo tinha necessariamente de saber".
Encarregado de negociar uma saída política com Azeredo, o líder tucano no Senado, Arthur Virgílio Neto (AM), não dá o braço a torcer. "Estamos no máximo passando por uma saia-justa e o aparecimento do cheque não muda nada", diz Virgílio, ao salientar que "até no caixa 2 do Eduardo tem um ministro de Lula envolvido". Ele referia-se ao fato de o ministro do Turismo, Walfrido Mares Guia ter sido citado por Azeredo como amigo e autor de um empréstimo junto ao Banco Rural usado para quitar a dívida com Marcos Valério. "Estou louco para acabar com essa amizade dos dois, porque o Walfrido o engana há muito tempo e o Eduardo é muito ingênuo e se deixa enganar", disse Virgílio.
Nada será feito no PSDB à revelia de Azeredo. Também não haverá destituição. A volta de Serra ao comando partidário poderá ocorrer até na véspera da convenção do dia 18. Mas o tucanato está convencido de que a melhor estratégia é sustentar o discurso da "simbologia" política da unidade partidária na convenção. Traduzindo: Com Serra "passando a faixa" de presidente do partido a Tasso, um ex-adversário que votou no PT em 2002, o PSDB dará uma demonstração de força e unidade, com a vantagem de descolar a convenção partidária da crise política das denúncias do mensalão.
Arthur Virgílio admitiu ontem que o esquema do caixa 2 na campanha mineira é reprovável, mas defendeu a tese de que o episódio caducou. "Seja do ponto de vista jurídico eleitoral e jurídico penal está tudo prescrito". Bem diferente da situação do PT, avisou. "O Lula está ao alcance da gente", ameaçou.
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"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."
João Guimarães Rosa
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Re: Falta depenar o tucano
se o azeredo recebeu esse dinheiro imagina a alta cupula do PSDBrodrigo escreveu:PSDB negocia saída de Azeredo para escapar à crise do caixa 2
Brasília - O senador Eduardo Azeredo deixará a presidência do PSDB antes de 18 de novembro, dia em que a convenção nacional do partido elegerá seu substituto, o senador Tasso Jereissati (CE). Tasso receberá o cargo de José Serra, presidente do partido até assumir a administração de São Paulo, que voltaria a ocupá-lo para a convenção.
Desconfortável com o envolvimento de Azeredo na lista dos que receberam recursos do publicitário Marcos Valério Fernandes de Souza, a cúpula tucana tenta afastar a legenda da crise e já negocia com o senador mineiro um modo de tirá-lo dos holofotes da convenção nacional.
O caso Azeredo agravou-se no fim de semana, em que ele confirmou ter recebido um cheque de R$ 700 mil de Marcos Valério para cobrir despesas de sua campanha à reeleição ao governo de Minas, em 1998. Líderes do PSDB - e do PT - estão preocupados com o desdobramento do episódio. Eles temem que as acusações a Azeredo desencadeiem uma onda de denúncias de parte a parte. O receio de petistas e aliados é o envolvimento do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de sua família nessa guerra.
"Não quero incêndio. Tenho receio de que este episódio aumente a disputa política e atrapalhe os trabalhos da CPI", resumiu ontem o relator da CPI dos Correios, Osmar Serraglio (PMDB-PR). Na avaliação do deputado, o mais grave é o uso do caixa 2 da campanha, que já está sendo investigado. Além disso, destacou Serraglio, ao menos por enquanto não há prova de que Azeredo mentiu à CPI.
"Não posso afirmar se ele sabia ou não da existência do cheque do Marcos Valério", disse o relator, para repetir em seguida a frase que mais se ouve dos tucanos nos últimos meses: "Se admito que o Lula podia não saber, porque o Azeredo tinha necessariamente de saber".
Encarregado de negociar uma saída política com Azeredo, o líder tucano no Senado, Arthur Virgílio Neto (AM), não dá o braço a torcer. "Estamos no máximo passando por uma saia-justa e o aparecimento do cheque não muda nada", diz Virgílio, ao salientar que "até no caixa 2 do Eduardo tem um ministro de Lula envolvido". Ele referia-se ao fato de o ministro do Turismo, Walfrido Mares Guia ter sido citado por Azeredo como amigo e autor de um empréstimo junto ao Banco Rural usado para quitar a dívida com Marcos Valério. "Estou louco para acabar com essa amizade dos dois, porque o Walfrido o engana há muito tempo e o Eduardo é muito ingênuo e se deixa enganar", disse Virgílio.
Nada será feito no PSDB à revelia de Azeredo. Também não haverá destituição. A volta de Serra ao comando partidário poderá ocorrer até na véspera da convenção do dia 18. Mas o tucanato está convencido de que a melhor estratégia é sustentar o discurso da "simbologia" política da unidade partidária na convenção. Traduzindo: Com Serra "passando a faixa" de presidente do partido a Tasso, um ex-adversário que votou no PT em 2002, o PSDB dará uma demonstração de força e unidade, com a vantagem de descolar a convenção partidária da crise política das denúncias do mensalão.
Arthur Virgílio admitiu ontem que o esquema do caixa 2 na campanha mineira é reprovável, mas defendeu a tese de que o episódio caducou. "Seja do ponto de vista jurídico eleitoral e jurídico penal está tudo prescrito". Bem diferente da situação do PT, avisou. "O Lula está ao alcance da gente", ameaçou.
http://www11.estadao.com.br/nacional/no ... /25/21.htm
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PT sugere cassação de Eduardo Azeredo
São Paulo - O terceiro vice-presidente do PT, Jilmar Tatto, sugeriu hoje que o PT entre com uma representação para pedir a cassação do senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG), que renunciou esta semana ao cargo de presidente do PSDB. "Há provas materiais, incluindo cheques, da relação de Azeredo com o empresários Marcos Valério", disse antes da reunião da nova Executiva Nacional. Segundo ele, o pedido de cassação do tucano será um dos temas a serem discutidos na reunião do PT.
Para Tatto, o PSDB e o PFL estão paralisando os trabalhos do Congresso porque o que está em debate são as eleições do ano que vem. "Não vamos cair neste jogo", afirmou. Ele não acredita que um possível pedido de impeachment do presidente Lula tenha andamento. "Eles (PSDB e PFL) vão cair no descrédito porque o presidente Lula não tem nada a ver com essa corrupção", afirmou.
Para o secretário-adjunto de organização do PT, Francisco Campos, os tucanos devem assumir que foram os primeiros que utilizaram o esquema de caixa 2 de Valério. "O Azeredo está envolvido até o cabelo no caso Marcos Valério e este problema não começou com o PT."
O ex-ministro da Saúde, Humberto Costa, que assumiu a Secretaria Comunicação, disse que é fundamental mostrar que o PT é "muito melhor que o PSDB". Na opinião dele, o caixa 2 patrocinado por Valério teve início com o tucano mineiro. O novo presidente do PT, Ricardo Berzoini, entrou pela garagem e não deu declarações à imprensa.
http://www11.estadao.com.br/nacional/no ... /28/75.htm
São Paulo - O terceiro vice-presidente do PT, Jilmar Tatto, sugeriu hoje que o PT entre com uma representação para pedir a cassação do senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG), que renunciou esta semana ao cargo de presidente do PSDB. "Há provas materiais, incluindo cheques, da relação de Azeredo com o empresários Marcos Valério", disse antes da reunião da nova Executiva Nacional. Segundo ele, o pedido de cassação do tucano será um dos temas a serem discutidos na reunião do PT.
Para Tatto, o PSDB e o PFL estão paralisando os trabalhos do Congresso porque o que está em debate são as eleições do ano que vem. "Não vamos cair neste jogo", afirmou. Ele não acredita que um possível pedido de impeachment do presidente Lula tenha andamento. "Eles (PSDB e PFL) vão cair no descrédito porque o presidente Lula não tem nada a ver com essa corrupção", afirmou.
Para o secretário-adjunto de organização do PT, Francisco Campos, os tucanos devem assumir que foram os primeiros que utilizaram o esquema de caixa 2 de Valério. "O Azeredo está envolvido até o cabelo no caso Marcos Valério e este problema não começou com o PT."
O ex-ministro da Saúde, Humberto Costa, que assumiu a Secretaria Comunicação, disse que é fundamental mostrar que o PT é "muito melhor que o PSDB". Na opinião dele, o caixa 2 patrocinado por Valério teve início com o tucano mineiro. O novo presidente do PT, Ricardo Berzoini, entrou pela garagem e não deu declarações à imprensa.
http://www11.estadao.com.br/nacional/no ... /28/75.htm
"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."
João Guimarães Rosa
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