A AGONIA DA AVIBRÁS

[Túlio]

Pois é, né, Baaz, e o Astros? Um caminhãozinho com uns foguetinhos de S. João empilhados em cima ? Puxa, mas esses ianques são BURROS mesmo, considerando umas coisinhas de nada como essas como Alvos Prioritários para suas aeronaves de ataque...

[The Baaz]

Pois é Baaz, faltou a Avibrás vender 20% de suas ações a uma empresa extrangeira e comprar um presidente,
Claro, a Avibrás ter gastado dinheiro desenvolvendo alguma coisa de defesa no Brasil tambem foi um erro imperdoável.

Marechal eu não to defendendo a Embraer, só disse que o povo tem costume de só falar dela mas esquece das lambanças feitas pela Foguetobrás.

Investir dinheiro em produtos de defesa no país é algo bom, eu concordo, mas inventar que está montando produtos, ou que é capaz disso e daquilo (a Embraer também fez um pouco disso, eu sei) pra ver se pega mais dinheiro para ser mal administrado, ai já é diferente a coisa.

[The Baaz]

Pois é, né, Baaz, e o Astros? Um caminhãozinho com uns foguetinhos de S. João empilhados em cima ? Puxa, mas esses ianques são BURROS mesmo, considerando umas coisinhas de nada como essas como Alvos Prioritários para suas aeronaves de ataque...

Levando em conta que o ASTROS não é nenhum sistema de alta tecnologia e de construção relativamente simples, não to duvidando da qualidade do ASTROS e seria um tremendo dum idiota se duvidasse, mas achar que ele é um sistema de tecnlogia de ponta já é demais.

Como eu já disse, a Avibrás com a atual administração não é capaz de desenvolver muito mais do que isso.

Eu prefiro 100x investir na Mectron, Atech e Imbel do que na Foguetobrás.

[Túlio]

Bom, Baaz - gozado, soa como 'bombas' - não falei que o Astros era Hi-Tech, mas que FUNCIONA, disso ninguém tem dúvida... Agora, se estás criticando com tanta veemência a parte GERENCIAL da empresa, então eu não havia te entendido. Aí até concordo e, se tem uma coisa que eu nunca entendi é o porquê de as empresas que produzem material de Defesa não diversificarem seus produtos, afinal, para ficar no caso em tela, por quê não se tentou vender o caminhão do Astros no mercado civil - é danado de bonito, fabricar aeromodelos e/ou motores para eles, maquetes, ferramentas, etc..? Soube que a Avibrás andou fabricando antenas parabólicas para TV, deveriam ter aperfeiçoado esse sistema, fabricado outras coisas, aí entra a parte gerencial, na qual concordo totalmente contigo. Agora, daí a dizer 'dane-se!' e deixar que mais uma das poucas empresas de Defesa do Brasil feche, bom, Baaz - de novo... - acho meio demais...

[The Baaz]

Bom, como eu disse, se for pra ficar o Verdi lá no comando da Avibrás é melhor que ela feche mesmo, porque enquanto ele estiver lá ela não vai produzir nada de novo.

Ao invés disso, seria bom que ela fosse vendida para algum grupo que seja melhor administrado e tenha força no mercado, como o caso da Aeroletrônica que foi vendida para a Elbit.

[Túlio]

Bem, no caso do Verdi, não sei, não conheço, ignoro seu papel para se chegar ao estado atual. Agora, vender para um estrangeiro?! E aí, montar produtos aqui com peças trazidas de fora? Não sei se é o caso da Aeroeletrônica, mas tenho minhas dúvidas...

[The Baaz]

Bem, no caso do Verdi, não sei, não conheço, ignoro seu papel para se chegar ao estado atual. Agora, vender para um estrangeiro?! E aí, montar produtos aqui com peças trazidas de fora? Não sei se é o caso da Aeroeletrônica, mas tenho minhas dúvidas...

A Aeroletronica constrói tudo em Porto Alegre, só as ferramentas e treinamento vieram de Israel. Uma empresa que eu acho que seria uma boa para comprar a Avibrás seria a Denel da África do Sul. Ela fabrica helicópteros de ataque (Rooivak) que mesmo não sendo de primeira linha dariam um bom salto para a FAB ou EB, além de blindados, mísseis, etc.

[Marechal-do-ar]

Baaz, a Avibrás poderia ter a melhor administração do mundo, trabalhando exclusivamente no mercado de defesa e sem lobbies tambem quebraria, a IMBEL esta mal das pernas e a Mectron vende para o mercado civil, não sei se você percebeu, mas nesse mundo não tem santo, e o motivo é que os santos morrem de fome...

[Túlio]

Marechal: a Imbel não está mal das pernas, na verdade nem pernas ela tem mais... O problema é o mesmo da Avibrás e mesmo da falecida Engesa: mau gerenciamento. De constatar isso a deixar quebrar... Nem por sonho! São patrimônios que muita falta farão quando - nao se - formos invadidos para nos tomar a Amazônia.
The Baaz: 'constrói'? como assim? Os componentes são nacionais ou importados? Pergunto porque realmente não sei...

[The Baaz]

Marechal, eu sei que nesse mundo não tem santo, mas não é de hoje que a Avibrás só faz besteira, ela poderia estar um pouco melhor se investisse em seus produtos já prontos e fizesse propaganda, principalmente do ASTROS, mas nem isso ela faz. Apoio do governo seria excelente nisso, mas não tem, deve ser por isso que ela não sai pra fora mostrar seus produtos.

Todas as indústrias de defesa do país não vão muito bem, mas se você parar pra olhar, elas ainda se mantém melhor que a foguetobrás, uma boa administração consegue segurar a empresa em tempos de crise, mas a foguetobrás só sabe falar "estamos falindo, vamos fechar as portas...", medidas administrativas que é bom nada, só demissão e mais demissão, e isso não resolve. Como falei, se o país de origem não compra, tem que buscar alternativas fora, o governo até apoiaria isso, mas a Avibrás não tem muito apoio dentro do Comando do Exército e fica meio difícil tanto compras aqui dentro quanto apoio governamental.

Eu sempre defendi a compra de material de defesa aqui dentro quando possível, mas se as empresas não cooperam isso fica difícil. As empresas brasileiras (Embraer incluída) vivem de chantagens contra o governo para este comprar seus equipamentos, muitas vezes por preços abusivos para produtos com qualidade inferior. Enquanto as empresas de defesa do país estiverem com essa estratégia vai ser difícil elas se manterem, no mais concordo com você, apoio governamental seria ótimo, mas tenho quase certeza que não importa quem se eleja ano que vem, a coisa vai continuar na mesma, e o caminho é seguir os passos da Embraer, procurar o mercado externo.

The Baaz: 'constrói'? como assim? Os componentes são nacionais ou importados? Pergunto porque realmente não sei...

Até onde eu sei a Aeroletrônica monta todos os componentes na sua fábrica ai no Rio Grande do Sul, somente o maquinário e os "treinadores" vieram de Israel.

[Carlos]

Eu sempre defendi a compra de material de defesa aqui dentro quando possível, mas se as empresas não cooperam isso fica difícil. As empresas brasileiras (Embraer incluída) vivem de chantagens contra o governo para este comprar seus equipamentos, muitas vezes por preços abusivos para produtos com qualidade inferior. Enquanto as empresas de defesa do país estiverem com essa estratégia vai ser difícil elas se manterem, no mais concordo com você, apoio governamental seria ótimo, mas tenho quase certeza que não importa quem se eleja ano que vem, a coisa vai continuar na mesma, e o caminho é seguir os passos da Embraer, procurar o mercado externo.

Nunca vi que a Embraer vendesse as suas aeronaves por preços abusivos para a FAB ou de qualidade inferior já que todas as aeronaves da Embraer utilizadas pela Força Aérea foram especificadas pela própria FAB , como o ALX e o AMX. O que houve foi uma influência política na compra dos Xingu e no desenvolvimento do Banderulha onde a aquisição dessas aeronaves facilitaria a sua exportação para outros países.

Falou,

Carlos.

[Túlio]

The Baaz: tomara que estejas certo...
Pessoal: Indústria de Defesa é assim no mundo todo, vende caro e é sempre deficitária, a razão principal é o alto custo em P&D, além dos materias e componentes, conjugado ao FATO que seu mercado é extremamente restrito, não podem vender para quem quiser comprar mas sim para quem o governo deixa... Aí, ou o governo ajuda, fazendo ele mesmo as encomendas que outros não fazem ou...dê-lhe importar...

[luisabs]

Pessoal,

- Enquanto não tratarmos do problema na origem, sempre estaremos lendo notícias de que esta ou aquela empresa do ramo de defesa está deficitária e irá falir.
- Enquanto as força armadas não forem enxugadas e profissionalizadas, o parco dinheiro existente irá quase que na totalidade para a folha de pagamento, pouco sobrando para a aquisição de equipamentos, pesquisa e desenvolvimento tecnológico
- Enquanto não fomentarmos as forças armadas, com recursos oriundos, por exemplo, da exploração do petróleo, (assim como o Chile faz com o cobre), e que não sejam desviados para outra finalidade, as pesquisas se arrastarão por anos, vide o exemplo do SNB.
- Enquanto a sociedade e os nossos políticos, não derem a devida importância às nossas Forças armadas, só lembrarão dela em caso de guerra.

É muito triste, mas enquanto não hover uma mudança na estrutura geral, se tudo ficar como está, não teremos resultados diferentes, dos que estamos a observar no momento.

[The Baaz]

Eu sempre defendi a compra de material de defesa aqui dentro quando possível, mas se as empresas não cooperam isso fica difícil. As empresas brasileiras (Embraer incluída) vivem de chantagens contra o governo para este comprar seus equipamentos, muitas vezes por preços abusivos para produtos com qualidade inferior. Enquanto as empresas de defesa do país estiverem com essa estratégia vai ser difícil elas se manterem, no mais concordo com você, apoio governamental seria ótimo, mas tenho quase certeza que não importa quem se eleja ano que vem, a coisa vai continuar na mesma, e o caminho é seguir os passos da Embraer, procurar o mercado externo.

Nunca vi que a Embraer vendesse as suas aeronaves por preços abusivos para a FAB ou de qualidade inferior já que todas as aeronaves da Embraer utilizadas pela Força Aérea foram especificadas pela própria FAB , como o ALX e o AMX. O que houve foi uma influência política na compra dos Xingu e no desenvolvimento do Banderulha onde a aquisição dessas aeronaves facilitaria a sua exportação para outros países.

Falou,

Carlos.

Carlos, eu não estava falando do AMX e do ALX que foram encomendados pela FAB, mas sim do P-99 e do Mirage 2000Br que a Embraer tentava empurrar a força assim como a Avibrás tentava empurrar o Su-35.

[Túlio]

É do jogo, Baaz... Graças a Deus a EMBRAER não desistiu AINDA de produzir aeronaves militares... Imagina se os caras resolvem ir mais fundo em aviões comerciais/regionais/executivos e largam a Defesa de mão? Eles não venderam tanta coisa assim para a FAB, pouco mais de meia centena de AMX, p. ex. Exportação de AMX? Ainda não vi nenhum com as cores de outra Força Aérea, em condições operacionais... Agora, aquela do M20005 foi realmente DOSE... Era demais para engolir...