MARINHA PORTUGUESA - CLASSE JOÃO BELO
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Ah pois estão. Esses e mais umas "Creusot Loire" de 100mm (mod. 1968), mais uns tubos de torpedos, etc, etc. Em princípio estarão na DAR (Divisão de ARmamento) mas sem serem tocadas.
Muito boa a opção francesa de equipar os vasos de guerra com o míssil superfície-superfície Exocet. Grande diferença em relação às nossas "canhoneiras", de facto.
Muito boa a opção francesa de equipar os vasos de guerra com o míssil superfície-superfície Exocet. Grande diferença em relação às nossas "canhoneiras", de facto.
Um abraço,
Carlos Jorge Gomes
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A falta atempada de uma adapação que modernizasse as João Belo, e que as tornasse em algo mais que "canhoeiras" colonais, é mais uma imagem de marca da nossa Marinha e das FA's em geral.
Cortar, retirar, guardar, e nada mais.
Tudo por uma questão de poupança.
O que irão agora fazer a esses morteiros e peças de 100 mm. que estão na Divisão de Armamento?
Musealizar um ou dois e o resto, vai para a sucata, porque nem para os NPO's servem.
Temos agora ainda 2 João Belo no activo, com nos últmos 5 anos, já sem valor militar relevente, quando poderiamos ter as 3 VdG e as João Belo ainda com esse valor militar relevante.
Por isso é que defendo que não seria descabido à Armada a construção de 4 corvetas para missões de patrulhamento marítimo mais musculado nas águas extensas do Açores e Madeira, construindo-se o casco e aproveitando as peças de 100 mm. das João Belo, parte das electrónicas e adquirir uns lançadores de mísseis, para além de umas peças Oerlikon na popa.
Acho que poderia dar outra capacidade mais musculada à Marinha, sempre que não fosse necesário utilizar fragtatas (de que teremos poucas para as desmultiplicarmos) e sempre que o tipo de missões exigisse mais que um simples NPO.
Cortar, retirar, guardar, e nada mais.
Tudo por uma questão de poupança.
O que irão agora fazer a esses morteiros e peças de 100 mm. que estão na Divisão de Armamento?
Musealizar um ou dois e o resto, vai para a sucata, porque nem para os NPO's servem.
Temos agora ainda 2 João Belo no activo, com nos últmos 5 anos, já sem valor militar relevente, quando poderiamos ter as 3 VdG e as João Belo ainda com esse valor militar relevante.
Por isso é que defendo que não seria descabido à Armada a construção de 4 corvetas para missões de patrulhamento marítimo mais musculado nas águas extensas do Açores e Madeira, construindo-se o casco e aproveitando as peças de 100 mm. das João Belo, parte das electrónicas e adquirir uns lançadores de mísseis, para além de umas peças Oerlikon na popa.
Acho que poderia dar outra capacidade mais musculada à Marinha, sempre que não fosse necesário utilizar fragtatas (de que teremos poucas para as desmultiplicarmos) e sempre que o tipo de missões exigisse mais que um simples NPO.
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O que irão agora fazer a esses morteiros e peças de 100 mm. que estão na Divisão de Armamento?
Musealizar um ou dois e o resto, vai para a sucata, porque nem para os NPO's servem.
Duvido.
Irão todos para a sucata, é o habitual.
Pelo que sei os equipamentos encontram-se ao AR LIVRE A APODRECER!
E eu que um dia "sonhei" com a preservação de uma João Belo, quando nem UM PARAFUSO sobrará!!!!!!
VERGONHA
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- Rui Elias Maltez
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A Marinha está a pensar em preservar um sistema de peça de 100 mm e uma ponte de comando de uma João Belo para o Museu do Ar.
O problema será o espaço para colocar isso.
A menos que ainda abram um núcleo museológico no próprio Alfeite, já que parece que é intenção da Armada a de musealizar o NRP Delfim.
Não se sabe ainda se será emerso (em doca seca) ou em flutuação.
O problema será o espaço para colocar isso.
A menos que ainda abram um núcleo museológico no próprio Alfeite, já que parece que é intenção da Armada a de musealizar o NRP Delfim.
Não se sabe ainda se será emerso (em doca seca) ou em flutuação.
- Einsamkeit
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Amigos Portugueses Essas Joao Belo tem Manutençao Barata? Vejo Voces falando tanto delas, mais nos sabemos que elas nao teriam uma funçao util numa guerra moderna, talvez como alvo, qual a funçao delas hoje ja Armada portuguesa?
Somos memórias de lobos que rasgam a pele
Lobos que foram homens e o tornarão a ser
ou talvez memórias de homens.
que insistem em não rasgar a pele
Homens que procuram ser lobos
mas que jamais o tornarão a ser...
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- P44
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Einsamkeit escreveu:Amigos Portugueses Essas Joao Belo tem Manutençao Barata? Vejo Voces falando tanto delas, mais nos sabemos que elas nao teriam uma funçao util numa guerra moderna, talvez como alvo, qual a funçao delas hoje ja Armada portuguesa?
Ein,
Em termos actuais, o valor bélico das JB é ...nenhum.
Elas foram construidas na década de 60 com o objectivo de servirem nas Guerras de África, em que Portugal lutava com adversários nitidamente inferiores em termos navais...
Com o fim da Guerra, as Fragatas passaram a desempenhae tarefas de Patrulha Maritima, SAR, integrando a STANAVFORLANT até á entrada ao serviço das Vasco da Gama.
Se se tivesse procedido a um processo de modernização semelhante ás equivalentes francesas, talvez tivessem hj ainda algum valor em termos bélicos.
Penso que tb se chegou a equacionar a hipótese de alterar a ré do navio e construir um hangar para Helis permanente, mas tb não passou do papel.
É possivel um heli aterrar á ré, mas não existem facilidades de transporte de helis embarcados.
Na verdade permaneceram basicamente o que sempre foram..."canhoneiras coloniais".
A Marinha está a pensar em preservar um sistema de peça de 100 mm e uma ponte de comando de uma João Belo para o Museu do Ar.
do Ar? ou da Marinha?
Triste sina ter nascido português
- Charlie Golf
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P44 escreveu:Elas foram construidas na década de 60 com o objectivo de servirem nas Guerras de África, em que Portugal lutava com adversários nitidamente inferiores em termos navais...
Na verdade permaneceram basicamente o que sempre foram..."canhoneiras coloniais".
Pois era. Como dizia o meu avô, "eram boas para bombardear tabancas e coqueirais!"
Um abraço,
Carlos Jorge Gomes
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- Rui Elias Maltez
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Eins:
As nossas fragatas da classe João Belo pelo sistema de armas aplicado já não têm valor militar relevante para as guerras modernas.
São navios dos anos 60, concebidos pela França e compradas 4 unidades por Portugal, para complementar a nossa frota oceânica, mas principalmente para operar nos teatros africanos (guerra colonial), já que as nossas 3 Dealey estavam compromteidas com os teatros no seio da NATO.
Por isso foram fragatas com 3 peças de artilharia de 100 mm (uma na proa e 2 à ré) e mais um morteiro para AAW, para além de peças laterais de 40mm.
No fundo, uma espécie de canhoeiras, para apoio a acções de costa.
Com o fim da guerra colonial, em 1974, as João Belo passaram a fazer o trabalho que era necessário fazer, mas por motivos que desconheço, nunca se lhe adaptou modernização ou up-grade, apostando Portugal a partir dos anos 80 na compra das 3 fragatas Meko-200.
As 3 fragatas Dealey, da classe Alm. Pereira da Silva ficaram oficialmente no activo até que fossem substituídas pelas Meko (classe Vasco da Gama), mas na prática passaram 10 anos acostadas no Alfeite.
Por isso durante o periodo de 1978 e 1990, Portugal apenas teve na prática operativas as 4 João Belo e as corvetas das duas classes que você conhece.
Agora e principlamente pela idade e porque nunca foram sugeitas a qualquer up-grade, as João Belo estão em fim de vida, já que das 4 iniciais, apenas temos ainda duas no activo, para missões de vigilância, treino de tripulações, manobras navais etc.
A sua manutenção é barata já que das 3 peças de 100 mm. originais, nos últimos anos apenas mantêm a da proa, e retiraram o morteiro.
Acabarão por ser abatidas aquando da chegada das OHP.
Falamos muito destas João Belo (baseadas no modelo da francesa Com. Reviére) porque representaram um marco importante da história da Armada portuguesa na segunda metade do século XX.
As nossas fragatas da classe João Belo pelo sistema de armas aplicado já não têm valor militar relevante para as guerras modernas.
São navios dos anos 60, concebidos pela França e compradas 4 unidades por Portugal, para complementar a nossa frota oceânica, mas principalmente para operar nos teatros africanos (guerra colonial), já que as nossas 3 Dealey estavam compromteidas com os teatros no seio da NATO.
Por isso foram fragatas com 3 peças de artilharia de 100 mm (uma na proa e 2 à ré) e mais um morteiro para AAW, para além de peças laterais de 40mm.
No fundo, uma espécie de canhoeiras, para apoio a acções de costa.
Com o fim da guerra colonial, em 1974, as João Belo passaram a fazer o trabalho que era necessário fazer, mas por motivos que desconheço, nunca se lhe adaptou modernização ou up-grade, apostando Portugal a partir dos anos 80 na compra das 3 fragatas Meko-200.
As 3 fragatas Dealey, da classe Alm. Pereira da Silva ficaram oficialmente no activo até que fossem substituídas pelas Meko (classe Vasco da Gama), mas na prática passaram 10 anos acostadas no Alfeite.
Por isso durante o periodo de 1978 e 1990, Portugal apenas teve na prática operativas as 4 João Belo e as corvetas das duas classes que você conhece.
Agora e principlamente pela idade e porque nunca foram sugeitas a qualquer up-grade, as João Belo estão em fim de vida, já que das 4 iniciais, apenas temos ainda duas no activo, para missões de vigilância, treino de tripulações, manobras navais etc.
A sua manutenção é barata já que das 3 peças de 100 mm. originais, nos últimos anos apenas mantêm a da proa, e retiraram o morteiro.
Acabarão por ser abatidas aquando da chegada das OHP.
Falamos muito destas João Belo (baseadas no modelo da francesa Com. Reviére) porque representaram um marco importante da história da Armada portuguesa na segunda metade do século XX.
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Realmente é deveras problemática esta fixação com as peças de vante.
Freud já escreveu algo sobre isso; há que investigar.
E nem uma boa dose de Kylacolax fez efeito; só veio agravar o problema. Há que aumentar a dosagem.
Freud já escreveu algo sobre isso; há que investigar.
E nem uma boa dose de Kylacolax fez efeito; só veio agravar o problema. Há que aumentar a dosagem.
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Realmente é estranho
___________
P-44:
Nauralmente que me referia ao Museu de Marinha, mas como disse, parece que se avançar, so se a Marinha criar um pequeno nucleo muselógico no Alfeite ou reformular o espaço no pavilhão das Galeotas.
De outra forma, continuarão a apodrecer ao sabor dos elementos.
- Rui Elias Maltez
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Ora aí estão 3 fotos de fragatas da classe João Belo:
A F-483 NRP Sacadura Cabral, onde se pode ver bem que à ré também tem instalada uma peça de 100 mm, e no bordo, uma das peças de 40mm:
Como nota, refiro que estranhamente, na página oficial da Marinha portuguesa, a NRP Hermenegildo Capelo ainda consta do dispositivo naval.
A F-483 NRP Sacadura Cabral, onde se pode ver bem que à ré também tem instalada uma peça de 100 mm, e no bordo, uma das peças de 40mm:
Como nota, refiro que estranhamente, na página oficial da Marinha portuguesa, a NRP Hermenegildo Capelo ainda consta do dispositivo naval.