ernando escreveu: ↑Sex Nov 01, 2024 7:47 am
FCarvalho escreveu: ↑Qui Out 31, 2024 1:10 pm
Assino embaixo cada palavra.
Texto absolutamente espetacular, consiso e sóbrio
Uma análise perfeita da realidade que a FAB insiste em emudecer, pior, não dar as explicações que lhe são de obrigação.
Omissão, negligência, tibieza. É o que temos pra hoje.
Como sempre
Fora a parte financeira, considero um crime a escolha do Gripen NG. Os responsáveis deveriam ser punidos.
Um país que está com a defesa aérea absolutamente defasada, com vetores de 40 anos de idade, não poderia jamais escolher como aeronave substituta um mero projeto que, até hoje, ainda não se sabe ao certo quando estará operacional.
Diante da situação de urgência, o racional era escolher uma aeronave pronta, já em operação no país de origem.
Penso que crime(s) cometido todo esse tempo é o dos sucessivos governos que, literalmente, impuseram ao país, seja por omissão, negação ou negligência, um processo de quase 30 anos (FX-1/1998 e FX-2/2006) para equipar um único esquadrão em Anápolis. Se chegarmos a receber as 36 unidades até 2027.
Mas para isso, no Brasil, nunca há responsáveis, e muito menos responsabilizados. A substituição dos F-5 e A-1, agora em caráter emergencial - como se os Mirage III/2000 também não o fossem a seu tempo - nos levará mais uma vez a soluções meia boca e de improviso, como parece ser a sina da caça na FAB.
Se houvesse um mínimo de respeito ao contrato e à própria importância do processo em si, sequer deveríamos estar aqui discutindo esse problema, ao contrário, o assunto seria as entregas do segundo lote e a provisão do terceiro lote. Mas não.
Enfim, o governo de plantão tem em mãos, se quiser, todas as ferramentas para resolver este imbróglio da derrocada em bloco da caça na FAB. Recursos aparecem sempre que for de interesse político, o que gera a vontade de resolver o assunto. Não temos, conquanto, nem uma coisa e outra, sabidamente. E não há apoio no congresso e Planalto para que se resolva nada. Simplesmente não importa e não interessa a ninguém, até que a falta de caças na FAB se torne um fato público e notório da nossa incapacidade de nós defendermos até de supostas invasões do espaço aéreo, desde que no Brasil real. Amazônia não conta porque não é Brasil.