UM MBT NACIONAL

[FCarvalho]

Os italianos estão negociando com a Rheinmetall a compra, e produção sob licença, de versão do KF-51 e KF-41 para os seus respectivos programas de substituição dos Ariete C1 e Dardo.

Segundo diversas matérias na imprensa italiana, o negócio versa sobre a compra de 250 unidades do KF-51, que seria produzido na Itália pela Leonardo e IDV\Oto Melara, com uma pesada participação de insumos nacionais, principalmente derivados ou homólogos aos implantados no Centauro II, inclusive o canhão de 120mm.

Neste aspecto, esta negociação pode vir a ser uma alternativa para a Leonardo, e paralelamente à Rheinmetall, no sentido de ampliar as possibilidades de negócio com o EB nos seus projetos, uma vez que os italianos já tem aqui implantado toda uma infraestrutura industrial e logística, além de terem menos óbices aos negócios na seara da defesa, coisa que os alemães tem pisado cada vez mais na bola conosco, e isto não passará sem ser notado nem tanto pelo cmdo do EB, mas principalmente pela ala política do processo decisório.

O EB precisa, em tese, de 324 unidades para completar todos os RCC e RCB que possui, ao mesmo tempo que precisa substituir os mais de 500 M-113. Estes números, se unidos às demandas italianas podem servir de subsídio para propostas no campo das VBC CC e VBC Fuz, e talvez, deixar mais palatável a ambos países os custos de produção daqueles bldos.

A ver.

[knigh7]

https://www.france24.com/en/live-news/2 ... -commander

O AMX-10 RC segue o padrão Stanag nível 5 de proteção na parte frontal e 4 no resto da viatura.

Isso é blindagem dos MMBTs com add-on. No Centauro II pode-se melhorar um pouco colocando na parte frontal da torre uma blindagem adicional capaz de resistir a impactos de munições 30mm (Stanag nível 6).


MMBT para nós não é uma solução. É um suposto barato mas que certamente vai sair caro.

Acho que o maior problema do EB vai ser a substituição dos Carros de Combate.

[FCarvalho]

Estão usando os AMX-10RC como se fossem CC na linha de frente. É no mínimo questionável.

Os EE-9 Cascavel, assim como o Centauro II, não foram feitos para bater de frente com linhas inimigas e\ou blindados pesados que por ventura encontre. A ideia é sempre de utilizar o armamento como fogo de auto defesa, ou no máximo apoio de fogo indireto em situações que não exponham os veículos sob riscos desnecessários.

A termo caça-tanques, muito popular entre a mídia geral pode levar a enganos no sentido de entender o objetivo de tais veículos.

O EB dificilmente irá escolher um MMBT enquanto vislumbrar a chance de colocar as mãos em um CC de verdade. E esta possibilidade a meu ver está cada vez mais atrelada à compras compartilhadas, que em tese podem diminuir custos e preços relativos ao projeto da VBC CC. É o que se vê neste momento no caso do KF-51\KF-41 para o exército italiano.

Tenho aqui comigo que a KMW e a Leonardo estão conversando baixinho no pé do ouvido esquerdo do comando do exército sobre esta questão. Se vai vingar, veremos. Afinal, ao invés de 65 CC, poderemos negociar mais de 500 carros de combate. Para não falar nas centenas de IFV SL que ambos países tem necessidade. Produzir aqui seria apenas a ponta de lança para este negócio.

A ver.

[Viktor Reznov]

Estão usando os AMX-10RC como se fossem CC na linha de frente. É no mínimo questionável.

Não, uma das primeiras coisas que eles fizeram foi exatamente designar os AMX-10 pra bem longe das linhas de frente pq eles perceberam na hora, ainda nas inspeções, que a blindagem de papel machê desse veículo não aguenta nem um espirro de um Russo.

[knigh7]

Notícias como essa acima ajudam a diminuir o que há de apoio a um MMBT como futuro CC para o EB.

[FCarvalho]

A velha mania tupiniquim castrense de fazer as coisas pensando no bolso e não na realidade.

Soluções de oportunidade são sempre o tipo de resposta em que o barato sai caro, muito caro. Mas o pessoal por aqui parece não se importar muito com isso, já que são os primeiros a acreditar que jamais farão uso real de nada que compram. Então, qualquer coisa mais moderna para ajudar a "manter a doutrina" tá valendo.

Começo a acreditar que a solução chinesa para a VBC CC e VBC Fuz será a escolhida, menos pela questão política ou técnica do que pela simples e perene falta de recursos com que pagar o que se gostaria de comprar. Isso se italianos e alemães não arrumarem uma desculpa gigantesca para o governo não escolher fazer delivery com a opção China in Box.

No curto prazo, não há alternativas financeiras palatáveis ao governo, e menos ainda para o exército.

[knigh7]

EDITAL DE CONSULTA PÚBLICA Nº 02/2024
Fornecimento de Viaturas Blindadas de Combate de Fuzileiros (VBC Fuz) e Viaturas Blindadas de Combate Carro de Combate (VBC CC)



O Estado-Maior do Exército (EME) torna público que realizará a Consulta Pública nº 02/2024 – EME, no período de 1º de agosto a 1 º de novembro de 2024, que tem como objetivo diligenciar os mercados nacional e internacional acerca da capacidade de fornecimento de Viaturas Blindadas de Combate de Fuzileiros e Viaturas Blindadas de Combate Carro de Combate, por meio do Programa Estratégico do Exército Forças Blindadas (Prg EE F Bld) e, ainda, realizar pesquisa de preços.

O edital poderá ser baixado a partir do dia 1º de agosto de 2024 da página eletrônica http://www.epex.eb.mil.br ou, em caso de indisponibilidade da página, ser solicitado pelo e-mail epex.fbld@eme.eb.mil.br.

Para fins de habilitação, os anexos ao edital deverão ser preenchidos pelas empresas interessadas até 8 de agosto de 2024 e remetidos para o e-mail citado anteriormente.

FONTE: EPEx
http://www.epex.eb.mil.br/index.php?opt ... it&id=2284

abs.

arcanjo

-Comitiva do EB chefiada pelo Comandante visita a China no mês passado.
-A Norinco quer fazer negócios com a Força.
- No ano passado a Norinco oferece o MBT VT4 e o IFV VN20
-O EB lança consulta pública para veículos dessas 2 categorias no mês seguinte à visita da comitiva.

Olho aí...

[knigh7]

O Exérciot da Tailândia pagou apenas USD 58 milhões por 10 VT4

E tem um peso de ordem de marcha de 52 toneladas, raspando os requisitos.

E o IFV VN20 tem o mesmo chassi que o CC.

E podemos fazer customizações:
https://tecnodefesa.com.br/china-aposta ... rasileiro/


Quem sabe o EB achou uma solução para o problemas das viaturas blindadas SL.

[gabriel219]

Assim, entre um conjunto VT4 beeem modificado e VN20, desde que fabricados integralmente no Brasil, prefiro mil vezes que qualquer transMBT por ai, mas precisam ser fatalmente modificados.

Poderíamos usar o chassis do VN20, somente com motor atrás para a versão VBC CC e o outro com torre UT-30MK2 e um canhão mais apropriado do que 30 mm. A ideia de usar o VN20 como MBT - o grau de proteção do chassis me parece ser o mesmo que o VT4 - é aproveitar o espaço interno deixado na parte da tripulação para que usemos uma torre não tripulada, talvez uma versão da torre do Centauro, porém de fato não tripulada e reforçar a blindagem na carroceria para dotar uma tripulação de quatro tropas.

Já que o custo é inferior aos candidatos, que use mais verba para fazer um T-14 e T-15 tupiniquins, mas preparem-se para possíveis sanções.

O EB precisa aumentar os requisitos do programa do MBT e IFV para 60 toneladas e 55 toneladas, respectivamente.

[jumentodonordeste]

Qual a chance real de um blindado chines ser escolhido pelo EB?

[FCarvalho]

A visita do cmte do EB à China, e agora o lançamento deste RFI ao mesmo tempo para as VBC CC e VBC Fuz tem duas consequências práticas para nós. Uma, coloca uma pressão enorme nos demais concorrentes, em função de custos, tot, e off set que os chineses devem ter mostrado que são capazes de oferecer, e cumprir, dentro dos requisitos emitidos até agora. E dois, está agora confirmada a disposição real do governo chinês de autorizar todas as modificações que forem ordenadas pelo EB em função dos requisitos emitidos em qualquer dos veículos oferecidos.

O VT-4, essencialmente, do ponto de vista dos seus sistemas de carregamento e armazenamento da munição, obrigatoriamente terá de ser mudado. Como farão isso a ver. Em todo caso, a torre do VT-5 tem carregamento automático com a munição guardada em um cofre atrás da torre, bem ao estilo ocidental. Então, fazer esta modificação no VT-4, se possível for, não deve ser problema para a engenharia chinesa.

Os sistemas eletroeletrônicos, no caso de haver impossibilidade de apor sistemas ocidentais e\ou do Centauro II, que seria a tendência, podem ser substituídos por nacionais, onde for possível, ou receber tot dos chineses para cada um deles com fins de produção e logística nacional. O canhão principal, de 125mm, pode ser substituído por outro de modelo chinês de 120mm (eles tem capacidade para isso) caso o EB encontre dificuldades de apor um modelo ocidental. O raiamento mínimo ainda está em 50 calibres conforme o RO emitido anteriormente. Quanto ao mais, motor, suspensão, trem de rolamento, sistemas de proteção, blindagem, tudo pode ser, e penso será, objeto de tot para a BIDS, com fins de produção e logística nacional. É só lembrar o que está escrito no RTLI dos veículos.

O VN20 ultrapassa as 45 ton da VBC Fuz do RO para estes veículos. Em todo caso, eles tem o VN-17, que está dentro do peso e atende praticamente a todos os requisitos desta viatura. E não existem impeditivos para adotar-se a UT30 BR2 ou a UT30 mk II montadas aqui pela ARES, como pede o RO deste bldo. Outras torres poderão também ser opção de escolha do EB, mas a priori, conforme o RO, a intenção é usar uma das torres montadas no país. Uma excelente chance para tirar a TORC 30 do papel, fosse o caso. No mais, tudo o que se refere ao VT-4 pode ser aplicado ao VN-17 em termos de custos, preços, tot, e off set.

Um fator a favor da adoção do VN-17 é que ele compartilha muitas partes e peças com o VT-5( CC DE 36 ton), o que seria para o CFN uma forma de homogeneizar a frota blda e ainda ganhar logística nacional para o suporte dos veículos, em substituição aos SK-105 e M-113.

A China pode também dentro do pacote de oferta ao EB oferecer como off set apoio no projeto e produção local das VBE e VBC de ambos veículos acima. Seria um adendo muito bem visto pelo EB.

Agora é esperar pelo que se vai ver em termos de modificação no documento em agosto.

[gogogas]

A torre teria que ser chinesa ou russa , pois aposto que nenhum fornecedor europeu ou americano vai querer integrar equipamento ocidental em produtos chineses

[Viktor Reznov]

Qual a chance real de um blindado chines ser escolhido pelo EB?

Depende do tamanho da naba com a qual o Departamento de Estado Americano ameaçar o Governo Brasileiro.

[jumentodonordeste]

Qual a chance real de um blindado chines ser escolhido pelo EB?

Depende do tamanho da naba com a qual o Departamento de Estado Americano ameaçar o Governo Brasileiro.

Pensando em Trump no comando americano (não que faça grande diferença, já que os Dem atras da cortina são tão agresivos quanto) essa naba será gigante.

[FCarvalho]

Quanto maior a proximidade, e a possibilidade, de comprar material chinês, maior a pressão norte americana sobre seus parceiros ocidentais para gerarem soluções ao alcance do bolso do EB, e palatável ao governo tupiniquim.

O EB está lançando RFI/RFQ de vários estudos de viabilidade feitos nos últimos três anos. E quase tudo ao mesmo tempo ou próximos um do outro. Em um deles, pelo menos, os chinas vão encampar alguma coisa.

Menos pela vontade do EB do que pela intenção do governo de obrigar maior intimidade com eles no campo da defesa. E penso, os militares tem que aproveitar a oportunidade.