Não disse que tinha, disse que poderia ter, uma vez que as missões dela supõe maior poder de choque e poder de fogo; e com a pouca infantaria que possui, os bldos tem que se haver com mais recursos que possam dispor para estas duas condições. Na minha opinião, é melhor ter 18 VCI 8x8 + 18 Centauro II + 15 Guaicurus no RCM do que a formação que temos hoje, que não chega a ser algo meritório em termos de capacidades. É apenas questão de escolha do EB. Dotar os Guarani na cavalaria mecanizada com as UT30 BR2 seria algo natural e prudente. E ajudaria a apor maiores capacidades a estas OM, já que a mesmas poderiam operar em diversas funções, desde AAe contra UAV, apoio de fogo e anti carro, se equipada com mísseis para isso. E elas já vem de fábrica com tal adendo, mas o EB nunca quis usar. Nem para formar doutrina.Poti escreveu: ↑Ter Mai 28, 2024 2:55 pm A cav mec não tem Guarani com torre de 30mm, ela está no apoio da Inf Mec.
E a Cav Mec não faz só reconhecimento ou ataque pelos flancos. Ela faz várias coisas como flancoguarda, contra-ataque etc. Numa situação como na Ucrânia uma brigada como a 9a teria seus 3 batalhões de infantaria na linha e o RCM atrás pronto a contra-atacar caso a linha seja rompida em algum ponto. Teve simulado disso, creio que foi a operação Membeca.
Os italianos já nos ofereceram mais de uma vez o primo rico do Guarani, na forma do SuperAV 8X8. Mas, obviamente o EB tem peremptoriamente declinado da oferta, ainda que saiba que a adoção deste blindado elevaria a Cav Mec a outro patamar muito superior ao que as Guarani estão fazendo com a infantaria. E como não vamos ter bldos 8x8 de transporte por aqui mesmo, então é salutar pelo menos usar os Guarani com o máximo que pudermos colocar sobre ele, além de que, é fato que até hoje o exército não sabe o que fazer direito com as torres israelenses que tem em mãos.
Não por acaso o projeto da TORC30 foi defenestrado sem maiores explicações, apesar da mesma ter se mostrado extremamente flexível e qualificada para várias funções. Mas, dizem as más línguas que faltou fôlego ($$$) para o EB dar continuidade ao projeto. E sem saber o que fazer até com a versão básica da UT30 BR, dispor desta torre e não saber dar-lhe função\missão chega a ser vexatório e humilhante em pleno século XXI. Para não falar da UT30 Mk II sendo montada aqui para exportação pela ARES, o que obviamente não foi feito sem objetivos paralelos em relação ao mercado interno.
Enfim, temos várias alternativas para dotar os RCM em termos de capacidades e flexibilidade de uso. Só não fazemos isso porque simplesmente o exército, além de neófito em termos doutrinais com forças mecanizadas modernas, não tem cacife financeiro para dar conta nem do mínimo básico necessário que insiste em manter e prover. Leia-se VBTP Guarani capado, e armado se muito com uma .50 manual em OM de cavalaria mecanizada. Fazer o que.