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Mensagem
por FCarvalho » Sáb Jul 13, 2024 2:08 pm
Apenas a título de ilustração das necessidades de AAe para o EB, que é a força que mais demanda soluções, temos:
5 GAAe a três baterias cada = 15 baterias
1 GAAe Sl a 2 baterias = 2 baterias (no momento equipados com RBS-70NG e Igla-S)
obs 1: a organização atual dispõe 2 Bia canhões e 1 Bia RBS-70NG nos grupos. não se sabe até agora como o EB irá dispor a reorganização destas OM a partir da chegada dos sistemas AAe de média e grande altura\alcance. Ao menos uma Bia deverá ser equipada com canhões de tiro rápido, como previsto no planejamento. há a possibilidade dos GAAe operarem com até 4 Bia, se for o caso, mas não existe nenhuma perspectiva concreta neste sentido. tudo irá depender de como e quando o EB receberá os novos sistemas AAe, e como estes irão afetar a doutrina e a organização da defesa AAe.
obs 2: notar que apenas 6 GAAe não são nem de longe suficientes para cobrir as necessidades, e obrigações, do EB no que tange a defesa AAe do país, seja de alvos estratégicos\táticos militares ou civis. o EB nunca operou sistemas de média e[ou longa altura\alcance, portanto, será um desafio tremendo (doutrinário, operacional e logístico) para a força adaptar tudo o que sabe até agora sobre o tema AAe (restritos a GM II) a partir da chegada destes sistemas. vamos começar literalmente do zero.
Bda Cav Mec - 4
Pel AAe Mec - 4 (1 Pel por Cia Cmdo Ap nível Bda)
obs: no manual, além do Pel AAe da CiaCmdoAp da bda, deve haver Seções AAe nos RCM de forma permitir a defesa AAe a nível de SU, mas na prática isto nunca foi feito. idem para as SU da inf mec. o EB até o momento ainda não definiu quais os RO para a futura versão AAe do Guarani, seja a nível bda ou SU, uma vez que atendem missões distintas.
Bda Inf Mec - 4
Pel AAe Mec - 4 (1 Pel por Cia Cmdo Ap nível Bda)
obs: a 15a bda Inf Mec opera hoje com uma Cia AAe Mec em sua dotação orgânica. esta SU foi criada a título de estudos doutrinários do EB, para avaliar a melhor forma de dispor a defesa AAe a nível da bda. até o momento não foi apresentado de público nenhuma resposta sobre estes estudos. da mesma forma que as bda cav mec, as SU da inf mec devem dispor de Seções AAe em suas CiaCmdoAp, que na prática não existem até hoje.
Bda Cav Blda - 2
Bia AAe Blda - 2 (1 Bia por Bda) (32 unidades Guepard)
Em termos quantitativos, hoje o EB precisa de 12 Bia AAe (média e grande altura\alcance) para os GAAe, outros 8 Pelotões AAe para as Bdas Cav Mec e Bda Inf Mec (média altura\alcance) e 2 Bia AAe Blda (curta\média) para susbtituir os Guepard.
Além destes números, de acordo com os manuais, os RCM e Btl Inf Mec, e demais SU das bdas mec e blda precisam contar com suas próprias Seções AAe, que por óbvio atuam na defesa de ponto\curto alcance\altura, de forma que, com a organização atual destas OM, seriam necessários comprar sistemas AAe de curto alcance\altura ao menos para:
12 RCM
12 BIMec
4 BIB
4 RCC
4 RCB
Além destas, existem dezenas de outras SU de apoio ao combate na forma de artilharia de campanha, engenharia, comunicações e logística nas brigadas que também, pelos manuais, demandam seções AAe a si.
O ilustrado até aqui diz respeito apenas as bdas mec e bldas do exército. É preciso notar, conquanto, que há ainda que mobiliar as bdas leves, que devem\podem adotar o RBS-70NG e\ou Manpad mais moderno que os Igla-S, tal como reza nos manuais. Esta parte, penso que aqui com os meus botões poderia ser facilmente resolvida com a compra de lotes maiores de ambos sistemas, e aplicando os mesmos onde eles são necessários e cabíveis. O melhor exemplo são as Bdas Inf Sl e seus BIS. Um Pel AAe a nível Bda Inf Sl não exigira mais que 4 a 8 unidades do sistema sueco, totalizando apenas 24 a 48 lançadores + mísseis. Os BIS seriam equipados com Manpad. O mesmo se pode dizer das Bdas Pqd, Amv, Mtz, Mth, Pantanal, etc. A compra destes sistemas inclusive traz consigo a necessidade de mais aquisições do radar M-200 Saber, para complementar os mesmos. Ao menos 2 ou 3 radares por brigada são necessários. Mas fato é que até agora, não se viu e não se vê muito empenho de parte do exército em solucionar, ao menos a questão da defesa de ponto e\ou curto alcance na forma daqueles sistemas, muito mais baratos e comprar e operar do que os meios de médio e longo alcance\altura.
Enfim, em minha opinião, o EB precisa urgentemente a partir da escolha dos novos sistemas AAe rever a própria organização da AAe no país, uma vez que o que se em hoje ainda é um resquício de visões e manuais com mais de meio século de existência, e calcadas em referenciais dos idos tempos da GM II. Precisamos avançar, e rápido. Para ontem.
Carpe Diem