ARMAS ANTICARRO
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Re: ARMAS ANTICARRO
Cada OM nível batalhão, ou equivalente, salvo melhor juízo, dispõe no manual de 4 lançadores de míssil AC. O que é pouco, diga-se de passagem, para uma unidade neste nível, mas é fruto de manuais que pararam no tempo lá nos anos 1980.
Em um comparativo tosco, a demanda quantitativa nos diz que o EB precisaria de, pelo menos, 68 lançadores apenas para equipar as tropas ditas de reação rápida da FORPRON, ou seja, aquelas designadas para emprego imediato em caso de necessidade, como Pdq e Inf Amv. Se somadas aquelas nas regiões de fronteira, a demanda aumenta exponencialmente para mais de 100 lançadores.
Então, pelo menos na ponta do lápis, o exército tem em mãos um referencial concreto para equipar suas tropas, ao menos no que diz respeito aquelas ditas "de prontidão".
A saber se tais quantidades serão observadas como referência para determinar o nível de produção do MSS 1.2 ou se vamos continuar levando este projeto a pagode, e tratando a linha de produção dele na SIATT como algo meramente excêntrico e desprovida de qualquer maior valor concreto.
Aliás, seria bom saber qual é o ponto de retorno financeiro deste projeto para a SIATT, e para os árabes, afinal o dinheiro é deles; mesmo porque ninguém se daria o trabalho de financiar uma fábrica nova para o MSS 1.2 apenas para montar meia dúzia de lançadores por ano algumas dezenas de mísseis. E exportação é algo simplesmente inviável neste momento do jeito que o míssil se apresenta.
Até prova em contrário, eu duvido que o EB seja capaz, ou mesmo tenha a menor intenção de acomodar de primeira uma compra na casa da centena do MSS 1.2
E ainda falta definir claramente qual será a organização e disposição da tal Companhia Anticarrro das bdas mec, sejam de infantaria ou cavalaria. Até porque nem o exército sabe direito o que fazer com mais esta invencionice.
Em um comparativo tosco, a demanda quantitativa nos diz que o EB precisaria de, pelo menos, 68 lançadores apenas para equipar as tropas ditas de reação rápida da FORPRON, ou seja, aquelas designadas para emprego imediato em caso de necessidade, como Pdq e Inf Amv. Se somadas aquelas nas regiões de fronteira, a demanda aumenta exponencialmente para mais de 100 lançadores.
Então, pelo menos na ponta do lápis, o exército tem em mãos um referencial concreto para equipar suas tropas, ao menos no que diz respeito aquelas ditas "de prontidão".
A saber se tais quantidades serão observadas como referência para determinar o nível de produção do MSS 1.2 ou se vamos continuar levando este projeto a pagode, e tratando a linha de produção dele na SIATT como algo meramente excêntrico e desprovida de qualquer maior valor concreto.
Aliás, seria bom saber qual é o ponto de retorno financeiro deste projeto para a SIATT, e para os árabes, afinal o dinheiro é deles; mesmo porque ninguém se daria o trabalho de financiar uma fábrica nova para o MSS 1.2 apenas para montar meia dúzia de lançadores por ano algumas dezenas de mísseis. E exportação é algo simplesmente inviável neste momento do jeito que o míssil se apresenta.
Até prova em contrário, eu duvido que o EB seja capaz, ou mesmo tenha a menor intenção de acomodar de primeira uma compra na casa da centena do MSS 1.2
E ainda falta definir claramente qual será a organização e disposição da tal Companhia Anticarrro das bdas mec, sejam de infantaria ou cavalaria. Até porque nem o exército sabe direito o que fazer com mais esta invencionice.
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Re: ARMAS ANTICARRO
https://www.siatt.com.br/siatt/wp-conte ... f-2023.pdfO Míssil Superfície-Superfície 1.2 Anticarro (MSS 1.2 AC) também ganhou maior visibilidade no ano de 2023. Unidades da munição receberam melhorias e estão operacionais no Exército Brasileiro.
A SIATT busca, adicionalmente, a evolução do sistema para uma versão com maior alcance. Neste sentido, foi formalizado um contrato de subvenção com a FINEP, que permite executar uma fase dos esforços para aumentar o alcance do sistema.
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Re: ARMAS ANTICARRO
MSS 1.2 AC é homologado pelo Exército
https://tecnodefesa.com.br/mss-1-2-ac-e ... -exercito/
Bom, agora é oficial. Homologado está.
A ver se esta brincadeira com o erário público avança para algo além de "manutenção da doutrina".
https://tecnodefesa.com.br/mss-1-2-ac-e ... -exercito/
Bom, agora é oficial. Homologado está.
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Re: ARMAS ANTICARRO
Pelo Plano de Acolhimento desses Spikes (EB20-P-04.002) eles equiparão 2 pelotões da Cia Anticarro da 11ª Bda de Infantaria Mecanizada.FCarvalho escreveu: ↑Sáb Jun 22, 2024 1:11 pm 10 lançadores mau e porcamente servem para dotar uma única brigada.
Se tudo for conforme o EB indicou na distribuição deste material, nenhuma irá para RR, mas ficará nas mãos da bda pqdt, 12a Amv, CIBd e bda Ops Esp.
A ver o que eles vão fazer de fato quanto a este aspecto.
Na minha opinião o EB tem lá uma certa razão pois se de um lado o Spike é mais leve e compacto (mais propício para a Infantaria Leve) dotando os Guaicurus da Cia Anticarro não coloca essas viaturas em risco como MSS 1.2.
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Re: ARMAS ANTICARRO
Vão comprar umas 100 unidades e no fim vai ficar por isso mesmo. Mas vai acabar não fazendo diferença pq esse míssil não presta nem pra penetrar a blindagem frontal de um T-72 com ERA.FCarvalho escreveu: ↑Sex Jun 28, 2024 8:57 pm MSS 1.2 AC é homologado pelo Exército
https://tecnodefesa.com.br/mss-1-2-ac-e ... -exercito/
Bom, agora é oficial. Homologado está.
A ver se esta brincadeira com o erário público avança para algo além de "manutenção da doutrina".
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Re: ARMAS ANTICARRO
O que parece ser bem claro é o que o EB não sabe o que fazer com mísseis AC, onde colocá-los e como dar-lhes melhor uso.knigh7 escreveu: ↑Ter Jul 02, 2024 9:50 pmPelo Plano de Acolhimento desses Spikes (EB20-P-04.002) eles equiparão 2 pelotões da Cia Anticarro da 11ª Bda de Infantaria Mecanizada.FCarvalho escreveu: ↑Sáb Jun 22, 2024 1:11 pm 10 lançadores mau e porcamente servem para dotar uma única brigada.
Se tudo for conforme o EB indicou na distribuição deste material, nenhuma irá para RR, mas ficará nas mãos da bda pqdt, 12a Amv, CIBd e bda Ops Esp.
A ver o que eles vão fazer de fato quanto a este aspecto.
Na minha opinião o EB tem lá uma certa razão pois se de um lado o Spike é mais leve e compacto (mais propício para a Infantaria Leve) dotando os Guaicurus da Cia Anticarro não coloca essas viaturas em risco como MSS 1.2.
Sinceramente, o MSS 1.2 é um trambolho jurássico que deveria, em tese, ser um sistema de infantaria, mas o bicho é tão pesado que precisa de 2 ou 3 homens para manusear o sistema todo.
Notadamente, os Spike LR serão operados à miúde sobre os LMV a título de improviso enquanto não se consegue condições de, ou aplicar um MSS 1.2 melhorado, e muito, ou comprar o Spike ER, que seria o sistema mais adequado à função que aquela SU mecanizada irá desempenhar.
Até mesmo a organização desta cita Cia AC ainda causa discussões dentro do EB dado que é uma novidade, e nãos e tem claro como ela fará seus trabalho dentro da brigada.
Tão mais fácil seria comprar isso aqui e colocar nos LMV, que já estaríamos bem demais.
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Re: ARMAS ANTICARRO
O Exército devia pegar a mesma grana que seria destinada para a aquisição dos Javelins para adquirir um número de Spike o suficiente para justificar a produção no país, considerando que futuramente devemos adquirir mais para o programa dos helicópteros, além do desejo do CFN.
Enquanto isso, trabalhamos num míssil mais barato pra substituir o atual MSS e drones FPVs.
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Re: ARMAS ANTICARRO
Senhores, vou dividir com vocês um boato/informação de bastidor que me foi passado por fonte muito confiável e bem relacionada.
Com as primeiras interações de conhecimento entre engenheiros da Siatt e Edge Grupo acontecendo, um novo portfólio de produtos a serem desenvolvidos ou atualizados começam a ser programados...
E um destes novos projetos seria desenvolver e integrar um seeker eletro-óptico no míssil MSS 1.2 AC, este projeto teria ganho prioridade depois da escolha do EB e MB pelo sistema, inclusive está tecnologia eletro-optica já é dominada e produzida pelo EDGE Grupo para a família de bombas inteligentes "Al Tariq" e mini bombas Halcon.
Provavelmente no final deste ano durante a mostra BID 2024 deve surgir maiores informações na mídia especializada!!
INFORMAÇÃO DE PRIMEIRA MÃO, ANOTEM!!!
Com as primeiras interações de conhecimento entre engenheiros da Siatt e Edge Grupo acontecendo, um novo portfólio de produtos a serem desenvolvidos ou atualizados começam a ser programados...
E um destes novos projetos seria desenvolver e integrar um seeker eletro-óptico no míssil MSS 1.2 AC, este projeto teria ganho prioridade depois da escolha do EB e MB pelo sistema, inclusive está tecnologia eletro-optica já é dominada e produzida pelo EDGE Grupo para a família de bombas inteligentes "Al Tariq" e mini bombas Halcon.
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Re: ARMAS ANTICARRO
Não sei nas chamadas forças de emprego estratégico do EB, mas, ao menos nas atuais 5 brigadas de infantaria motorizada que ainda temos, os MSS 1.2 modernizados a meu ver tem emprego garantido, já que são OM em princípio sem nenhuma prioridade em termos de reequipamento e modernização. Assim, podem esperar o tempo que for para receber qualquer coisa que lhes seja destinada.
Se valer a atual organização com apenas um simples pelotão AC nas CiaCmdoAp de cada batalhão, temos uma demanda genérica para cerca de 45 a 60 lançadores + mísseis a fim de dotar aquelas GU. Na CiaCmdoAp de cada bda também há os Pel AC, o que soma 15 a 20 lançadores + mísseis.
Só estes números acima, se levados a sério pelo EB em termos de aquisições e geração de produção, já demonstram na prática que o MSS 1.2 modernizado tem como garantir por si, não apenas o pagamento do seu desenvolvimento e prontidão, como a instalação de linha de produtiva e a sustentabilidade econômica do negócio para a SIATT\EDGE.
Para ilustração da quantidade mínima de mísseis a serem adquiridas, em teoria, cada lançador do MSS 1.2 dispõe a si de três tubos contendores de mísseis para operacionalizar o sistema, com dois elementos de tropa, sendo atirador e remuniciador. Portanto, com 60 a 80 lançadores em demanda teórica, temos em mente a produção inicial de 180 a 240 mísseis apenas para prover o estoque básico dos lançadores nas SU anti carro a nível bda e btl.
Obviamente que esta quantidade faz jus apenas a lidar com as necessidades primárias imediatas dos lançadores em si, supondo que cada btl e bda também disponham a si de mais quantidades destes sistemas em estoque a nível tático em seus paióis, além de considerar, também, os estoques obrigatórios a nível Btl Sup, Bases Logísticas, Comandos de Área, Região Militar e eventuais estoques industriais.
Enfim, pelo menos no que tange este tipo de OM os MSS 1.2 tem a vida garantida por um longo tempo. Se vamos ter como custear todos os sistemas necessários a compor os estoques acima citos é outra conversa.
Se valer a atual organização com apenas um simples pelotão AC nas CiaCmdoAp de cada batalhão, temos uma demanda genérica para cerca de 45 a 60 lançadores + mísseis a fim de dotar aquelas GU. Na CiaCmdoAp de cada bda também há os Pel AC, o que soma 15 a 20 lançadores + mísseis.
Só estes números acima, se levados a sério pelo EB em termos de aquisições e geração de produção, já demonstram na prática que o MSS 1.2 modernizado tem como garantir por si, não apenas o pagamento do seu desenvolvimento e prontidão, como a instalação de linha de produtiva e a sustentabilidade econômica do negócio para a SIATT\EDGE.
Para ilustração da quantidade mínima de mísseis a serem adquiridas, em teoria, cada lançador do MSS 1.2 dispõe a si de três tubos contendores de mísseis para operacionalizar o sistema, com dois elementos de tropa, sendo atirador e remuniciador. Portanto, com 60 a 80 lançadores em demanda teórica, temos em mente a produção inicial de 180 a 240 mísseis apenas para prover o estoque básico dos lançadores nas SU anti carro a nível bda e btl.
Obviamente que esta quantidade faz jus apenas a lidar com as necessidades primárias imediatas dos lançadores em si, supondo que cada btl e bda também disponham a si de mais quantidades destes sistemas em estoque a nível tático em seus paióis, além de considerar, também, os estoques obrigatórios a nível Btl Sup, Bases Logísticas, Comandos de Área, Região Militar e eventuais estoques industriais.
Enfim, pelo menos no que tange este tipo de OM os MSS 1.2 tem a vida garantida por um longo tempo. Se vamos ter como custear todos os sistemas necessários a compor os estoques acima citos é outra conversa.
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Re: ARMAS ANTICARRO
É sempre bom lembrar algo que passa muitas vezes despercebido por todos aqui nos debates sobre aquisição e desenvolvimento de sistemas para emprego pelo EB.
A questão não se limita ao planejamento de compra das quantidades necessárias ao emprego imediato de cada sistema de arma adquirido, mas, e também, as quantidades necessárias ao provimento dos estoques táticos e estratégicos que compõe este cálculo.
Desta forma, quando se fala do MSS 1.2 por exemplo, temos que ter em mente que não se pode apenas comprar os mísseis e lançadores pensando apenas nas SU que irão utilizá-los de imediato. A coisa vai além.
Como exemplo simples, em termos operacionais, temos o que segue:
GU - Estoque a nível Bda;
U - Estoque a nível Btl;
SU - Estoque a nível Pel.
Além destas referências, temos em nível Brigada os Btl Log que possuem SU que fazem a guarda, manutenção e reposição de todos os sistemas operacionais da brigada, incluindo munição e armamento para emprego imediato das OM.
Além das Brigadas\Btl Log, temos os Batalhões de Suprimento que respondem às Bases Logísticas, que por sua vez tem como responsabilidade gerenciar a questão de suprimentos para todas as OM subordinadas as regiões militares e\ou comandos de área.
Neste sentido, as quantidades de qualquer armamento comprado pelo EB tem de necessariamente obedecer a esta divisão de tarefas entre as diversas OM que compõe o sistema logístico e de abastecimento da força terrestre.
Assim, temos:
1. Bases Logísticas
1.1 Batalhões Suprimento
1.2 Arsenal de Guerra
2. Brigadas
2.1 Batalhão Infantaria e\ou Regimento Cavalaria
2.2 Pelotão
2.3 Batalhão Logístico
Infelizmente não é possível saber exatamente com qual referência o EB trabalha no sentido de completar a dotação de suas OM, se olhando o sistema acima, ou se apenas olhando o próprio bolso.
De qualquer forma, é inviável que as compras seja feitas apenas no sentido de obter quantidades mínimas que fiquem sob responsabilidade direta das OM que as empregam, sem observar as demandas do sistema logístico da força. Mas, aparentemente, esta é a lógica seguida no que tange compras de material novo no exército na grande maioria dos casos.
Se um dia poderemos fazer diferente, quem sabe o tempo dirá.
A questão não se limita ao planejamento de compra das quantidades necessárias ao emprego imediato de cada sistema de arma adquirido, mas, e também, as quantidades necessárias ao provimento dos estoques táticos e estratégicos que compõe este cálculo.
Desta forma, quando se fala do MSS 1.2 por exemplo, temos que ter em mente que não se pode apenas comprar os mísseis e lançadores pensando apenas nas SU que irão utilizá-los de imediato. A coisa vai além.
Como exemplo simples, em termos operacionais, temos o que segue:
GU - Estoque a nível Bda;
U - Estoque a nível Btl;
SU - Estoque a nível Pel.
Além destas referências, temos em nível Brigada os Btl Log que possuem SU que fazem a guarda, manutenção e reposição de todos os sistemas operacionais da brigada, incluindo munição e armamento para emprego imediato das OM.
Além das Brigadas\Btl Log, temos os Batalhões de Suprimento que respondem às Bases Logísticas, que por sua vez tem como responsabilidade gerenciar a questão de suprimentos para todas as OM subordinadas as regiões militares e\ou comandos de área.
Neste sentido, as quantidades de qualquer armamento comprado pelo EB tem de necessariamente obedecer a esta divisão de tarefas entre as diversas OM que compõe o sistema logístico e de abastecimento da força terrestre.
Assim, temos:
1. Bases Logísticas
1.1 Batalhões Suprimento
1.2 Arsenal de Guerra
2. Brigadas
2.1 Batalhão Infantaria e\ou Regimento Cavalaria
2.2 Pelotão
2.3 Batalhão Logístico
Infelizmente não é possível saber exatamente com qual referência o EB trabalha no sentido de completar a dotação de suas OM, se olhando o sistema acima, ou se apenas olhando o próprio bolso.
De qualquer forma, é inviável que as compras seja feitas apenas no sentido de obter quantidades mínimas que fiquem sob responsabilidade direta das OM que as empregam, sem observar as demandas do sistema logístico da força. Mas, aparentemente, esta é a lógica seguida no que tange compras de material novo no exército na grande maioria dos casos.
Se um dia poderemos fazer diferente, quem sabe o tempo dirá.
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Re: ARMAS ANTICARRO
A Australia recebeu autorização para comprar 200 Javelins (apenas os mísseis)
46 milhões. Na conta de padaria, cerca de 230 mil dólares por cada míssil. Acho que vale muito a pena para mandar pra casa do baralho um blindado que vale por baixo 1 ou 2 milhões de dólares, a depender dos sistemas. E isso mirando apenas em veículos 8x8, com tanques são alvos mais do que justificados para cada míssil.
Quanto nos custou os 100 Spike LR2 com os 10 lançadores + treinamentos, etc, etc? Até hoje não vi preços pra fazer comparação.
https://www.dsca.mil/press-media/major- ... n-missiles
46 milhões. Na conta de padaria, cerca de 230 mil dólares por cada míssil. Acho que vale muito a pena para mandar pra casa do baralho um blindado que vale por baixo 1 ou 2 milhões de dólares, a depender dos sistemas. E isso mirando apenas em veículos 8x8, com tanques são alvos mais do que justificados para cada míssil.
Quanto nos custou os 100 Spike LR2 com os 10 lançadores + treinamentos, etc, etc? Até hoje não vi preços pra fazer comparação.
https://www.dsca.mil/press-media/major- ... n-missiles
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Re: ARMAS ANTICARRO
Cada LR2, míssil muito - mas muito - superior ao Javelin, custou USD 127 mil, pouco mais que a metade de cada Javelin, fora que o CLU também é barato. Salvo engano, nosso contrato com os Israelenses foi USD 19 milhões, incluindo CLS e treinamento. Esse custo do Javelin é injustificável tendo algo como Spike aqui.pewdiepie escreveu: ↑Sáb Ago 24, 2024 1:46 pm A Australia recebeu autorização para comprar 200 Javelins (apenas os mísseis)
46 milhões. Na conta de padaria, cerca de 230 mil dólares por cada míssil. Acho que vale muito a pena para mandar pra casa do baralho um blindado que vale por baixo 1 ou 2 milhões de dólares, a depender dos sistemas. E isso mirando apenas em veículos 8x8, com tanques são alvos mais do que justificados para cada míssil.
Quanto nos custou os 100 Spike LR2 com os 10 lançadores + treinamentos, etc, etc? Até hoje não vi preços pra fazer comparação.
https://www.dsca.mil/press-media/major- ... n-missiles
O Javelin tem alguns problemas que precisarão ser resolvidos com o que se viu na Ucrânia, como principalmente substituir o Seeker, pois muitos Javelins acabaram atingindo os canhões dos carros de combate Russos e não as viaturas, devido ao calor mais acentuado nessa área. Aquela solução tosca da Belarus de colocar um balde com qualquer coisa queimando, por incrível que pareça, seria capaz de desviar um Javelin.
O Spike, além de possuir capacidade NLOS e Man-in-the-loop por link RT computacional, ele possui uma câmera EO/IR como seeker e não um sensor IIR como do Javelin, o que dá a capacidade dele distinguir o alvo.
Até hoje não consigo entender como um míssil muito inferior é o dobro do preço de outro muito superior.
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Re: ARMAS ANTICARRO
Vem ai o MSS 1.3 AC e o MSS 1.4 AC FF
https://www.estadao.com.br/politica/mar ... -exercito/O pedido do general Tomás a Lula, e os mísseis de nova geração que devem ser comprados pelo Exército
Desabafo do general no Dia do Soldado expõe as disputas no governo em razão do orçamento, opondo as necessidades políticas de Rui Costa aos planos do Ministério da Defesa para a Força Terrestre
Foto do author Marcelo Godoy
Por Marcelo Godoy
26/08/2024 | 09h30
O Brasil está preparando a sua primeira geração de míssil anticarro fire and forget (atire e esqueça). Trata-se da versão 4 do MSS 1.2 AC, da Siatt, que deve equipar, a partir de 2027, as novas companhias anticarros do Exército brasileiro. Atualmente, a Força Terrestre tem cerca de uma centena de MSS 1.2, que estão equipando o 18.º Regimento de Cavalaria Mecanizado, em Boa Vista, unidade que foi reforçada para enfrentar a ameaça de uma invasão venezuelana.
Atualmente o míssil da Siatt, responsável ainda pela fabricação do míssil antinavio Mansup, da Marinha, emprega o sistema de guia óptico até o alvo chamado beam-rider no qual o operador é responsável por fazer o trabalho de mira por meio de feixe laser invisível e codificado para que o MSS 1.2 chegue até o carro de combate inimigo. Seu alcance atual é de 2 mil metros.
Uma terceira versão, o MSS 1.3 AC, com alcance de 3 mil metros deve ficar pronta em 2025. E, finalmente, a versão do tipo fire and forget – a quarta – deve estar à disposição do Exército em 2027. Ele deve ter um alcance útil de 4 mil metros. O míssil poderá ser disparado a partir de viaturas blindadas multitarefas leves sobre rodas Guaicurus, fabricadas pela Iveco Defense Vehicles (IDV) – em julho, a Força Terrestre assinou um contrato de R$ 1,4 bilhão com a IDV para a compra de 420 Guaicurus nos próximos dez anos.
O sistema fire and forget prescinde da atuação do atirador depois do disparo e já é adotado pelo americano Javelin e pelo israelense Spike, fabricado pela Rafael - em junho, o Brasil recebeu com um ano e meio de atraso uma centena de Spikes LR 2, que haviam sido comprados em 2022. São os Spike e a versão 2 do MSS, a 1.2 AC, que vão equipar a primeira companhia anticarro montada pelo Exército.
Sua sede será em Barueri, na Grande São Paulo - ela deve ser inaugurada no dia 11 de dezembro sob os olhares do comandante militar do Sudeste, general Guido Amin Naves, e do comandante do Exército, general Tomás Miguel Ribeiro de Paiva. Cada pelotão da companhia, que será agregada à 11ª Brigada de Infantaria Mecanizada, deverá contar com quatro pelotões com mísseis, com quatro lançadores cada um.
A decisão de posicionar a primeira companhia em Barueri se deve à logística. A tropa poderia ser mais facilmente mobilizada e transportada por um KC-390 para qualquer parte do País a partir dos aeroportos e bases da região do Comando Militar do Sudeste. Para um integrante do Alto Comando do Exército, a manutenção do equipamento também é mais fácil do que se ele ficasse baseado na região Amazônica.
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Re: ARMAS ANTICARRO
Strike91 escreveu: ↑Ter Ago 13, 2024 11:09 pm Senhores, vou dividir com vocês um boato/informação de bastidor que me foi passado por fonte muito confiável e bem relacionada.
Com as primeiras interações de conhecimento entre engenheiros da Siatt e Edge Grupo acontecendo, um novo portfólio de produtos a serem desenvolvido"s ou atualizados começam a ser programados...
E um destes novos projetos seria desenvolver e integrar um seeker eletro-óptico no míssil MSS 1.2 AC, este projeto teria ganho prioridade depois da escolha do EB e MB pelo sistema, inclusive está tecnologia eletro-optica já é dominada e produzida pelo EDGE Grupo para a família de bombas inteligentes "Al Tariq" e mini bombas Halcon.
Provavelmente no final deste ano durante a mostra BID 2024 deve surgir maiores informações na mídia especializada!!
INFORMAÇÃO DE PRIMEIRA MÃO, ANOTEM!!!
Como eu antecipei a dias atrás, começam a circular nas mídias especializadas as primeiras informações a respeito das futuras versões do míssil anticarro MSS 1.3 com o novo buscador "dispare e esqueça" já fruto da parceria com o EDGE Group. Até a mostra BID Brasil deverá surgir as primeiras imagens do provável míssil!
Os produtos da Siatt teram uma verdadeira revolução de desempenho e novidades, graça aos dólares dos árabes...