Eu não tenho donos, mas acho que é curioso que o meu caro acuse outros, quando já foi apanhado na curva várias vezes.avc1 escreveu: ↑Seg Jun 10, 2024 8:48 amVocê acredita em tudo o que os seus donos americanos dizem?cabeça de martelo escreveu: ↑Seg Jun 10, 2024 8:22 am
Ou seja eu sou um trolle por colocar video onde uma Oficial Norte-americana diz por a + b o que aconteceu.
Muito maduro e educado da tua parte.
Obrigado por tornares o ambiente do fórum cada vez mais saudável e respirável.
UCRÂNIA
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Re: UCRÂNIA
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Re: UCRÂNIA
https://www.csis.org/analysis/back-stoc ... -years-war
Back in Stock? The State of Russia's Defense Industry after Two Years of the War
https://csis-website-prod.s3.amazonaws. ... _Stock.pdf
Esse é um estudo sobre a BID russa, o estoque de armas e as implicações para o futuro na guerra na Ucrânia.
Resumindo a maior parte do que foi discutido, os russos apesar de ainda necessitarem de componentes importados para a sua indústria de defesa, está conseguindo burlar tais restrições pelas sanções, adquirindo componentes de países terceiros, na medida que a própria BID se reorganiza em recondicionar os estoques soviéticos, modernizado as plataformas antigas com custos mais baixos, com a produção de sistemas do zero sendo a pequena parte da produção da BID russa. A grande ajuda de aliados da Rússia se direcionam mais a itens e tecnologia de dupla utilização, dessa forma, utilizando a cadeia global para importar componentes para a sua indústria afetada, permitindo a produção de bens militares, a maioria desses itens de uso civil, com a maioria sendo proveniente da China, o que demonstra o apoio da China à Rússia.
A Rússia conseguiu se adaptar com sucesso, permitindo sua BID continuar a produzir equipamentos militares e minimizar os efeitos das sanções. Isso foi particularmente verdade no período antes da contraofensiva ucraniana, quando a reativação da sua BID permitiu acelerar em vários vezes a ordem de produção de todos os itens militares, além de importar grandes quantidades de equipamento militar da DPRK e Irã. Porém, a BID russa ainda enfrenta desafios como uma indústria de tecnologia subdesenvolvida, corrupção endêmica, uma economia decadente e escassez de mão de obra devido a migração e a mobilização.
Foi dividido em quatro partes.
A primeira parte é sobre os sistemas de armas russos. O relatório enfatiza que antes da contraofensiva ucraniana, a Rostec foi forçada a aumentar a produção em várias vezes para vários itens militares: 7 vezes em relação aos CC, 4,5 vezes em relação aos veículos blindados leves e artilharia, 2,5 vezes em relação a MLRS, com alguns itens podendo chegar a expansões de até 70 vezes como munição de baixo calibre. Com os autores enfatizando que no final de dezembro, o MoD russo anunciou que ao longo do ano passado, os militares receberam mais de 1.500 CC, 2.200 veículos blindados de combate, 1.400 mísseis e armas de artilharia e 22.000 UAVs, dizendo que apenas uma pequena parte foi produzido do zero, outras partes importadas, a maior parte recondicionada de estoques antigos.
CC:
De acordo com o estudo, os russos perderam entre 600 a 874 CC durante todo o ano de 2023, eles indicam que parte dos 1.500 CC entregues incluíram parte desses CC perdidos durante o ano de 2023 que foram recondicionados e entregues novamente as tropas, com a OTAN afirmando que 86% dos CC entregues são recondicionados, com a estimativa de que a Rússia ainda detém cerca de 5.000 CC armazenados, com a Rússia removando cerca de 25 a 40% dos CC dos estoques passíveis de serem registrados por fotos de satélites.
Destaca-se que a BID russa poderia conseguir acelerar a produção de CC mais avançados, com a Uralvagonzavod podendo acatar essa ordem de produção expandida, produzindo mais T-90 e T-80, Terminator-2 e TOS-1/TOS-2, com a Rostec podendo até começar a produzir T-80BVM do zero.
Artilharia:
Estima-se que a Rússia tenha quadruplicado a produção de artilharia de 152 mm, totalizando um milhão de projéteis. Isso foi conseguido através da priorização desse calibre em detrimento de outros calibres, para acomodar essa expansão, a Rostec assumiu 15 empresas no início de 2023. Os russos poderiam ter cerca de 4.700 sistemas de artilharia de cano, incluindo obus 2S19 e outros sistemas de 122 mm e 152 mm, com os russos possuindo até 1.100 MLRS, além de estarem testando o Koalitsiya-SV - com a sua produção em massa já iniciada. Além da Art AP, os russos têm cerca de 7.500 peças de artilharia rebocadas no total, abaixo das aproximadamente 12.000 peças rebocadas armazenadas há dois anos, indicando que as forças russas podem estar canibalizando canos mais antigos para substituir aqueles desgastados pelos combates contínuos na Ucrânia, com tais estoques podendo manter as baterias de artilharia em ação durante um longo período de tempo, com a BID russa a confiar nos enormes arsenais da Guerra Fria.
Drones:
Com o emprego de variados tipos de drones desde o início da guerra, a Rússia veio a aumentar a produção de drones em vários graus de ordem. Desde drones FPV táticos de curto alcance e quadcopters comerciais, drones Lancet e Kub de médio alcance, drones Geran-2 de longo alcance e seus derivados, como o Italmas, bem como o Eleron-3, Eleron-7, Orlan-10, Orlan-30, variantes Zala e drones Supercam. De acordo com a OTAN, os rusoss produzem cerca de 300-350 drones derivados do Irã, vide Geran-1 e Geran-2, com os russos inaugurando uma fábrica em Alabuga, a leste de Kazan, com a perspectia de produzir entre 6.000 a 10.000 drones Geran-2, com a Rússia já tendo em conta que já teria lançado cerca de 3.700 drones Geran-2 contra a Ucrânia até o final de 2023.
O drone Lancet sendo outro caso de grande dependência russa para atacar alvos militares contra a ZSU, havendo um total de cerca de +1.000 usos registrados da Rússia.
Já o drone FPV sendo o de maior emprego já registrado, o que não é novidade. Sua produção advém do esforço voluntário, até o final de 2023, os russos teriam produzido cerca de 300.000 FPV e drones quadcopters por mês, com os russos olhando para a produção alcançar a taxa de 100.000 FPV por mês.
Mísseis:
De acordo com o estudo, os russos teriam disparado cerca de 7.400 mísseis contra a Ucrânia até o final de 2023. Os russos teriam limitado mais os ataques durante toda a contraofensiva ucraniana, com as autoridades ocidentais teorizando sobre acumular mísseis para atacar no ano de 2024 - o que em parte está sendo verdadeiro, o número de bombardeios aumentou durante o ano de 2024, pelo menos em comparação com o segundo semestre de 2023. A inteligência ucraniana estimou que a Rússia fabrica cerca de 60 mísseis de cruzeiro, 5 mísseis balísticos Iskander e dois Kinzhals por mês.
Enfatiza também que a capacidade de produção aumentou desde setembro de 2023, quando fabricantes de armas prometeram aumentar a produção, com a JSC Tactical Missiles Corporation – uma empresa estatal de defesa especializada na produção de mísseis dizendo em setembro de 2023 que tinha duplicado a produção de armas de precisão e, em certos casos, aumentado a produção em 3,5 a 5 vezes.Em novembro de 2023, uma equipe de investigação ucraniana relatou uma expansão na fábrica de construção de máquinas de Dubna, que é propriedade da JSC.
De acordo com estimativas ucranianas, desde o início de 2024, as forças russas já utilizaram quase 1.000 mísseis e cerca de 2.800 drones Geran contra alvos na Ucrânia.
EW:
Pularei essa parte.
Parte 2 -
Essa parte dedica ao esforço de contornar as sanções, com a Rússia diversificando sua importação para abastecer a BID russa afim de acomodar as expansões de produções de armamentos. Foram publicados os gráficos mostrando claramente como a Rússia contornou as sanções, criando empresas de fachada em Hong Kong, Turquia, Índia e Vietnã, entre outros países, importando bens militares essenciais desde outubro de 2022, quando ocorreu a mobilização parcial, com os principais países apoiando direta e indiretamente o esforço de guerra ao longo de 2023, incluindo a China, a Turquia, O DPRK e o Irã, entre outros.
Nessa parte, existe um estudo dedicado a colaboração chinesa ao esforço de guerra russo que vale a pena fazer uma leitura.
Parte 3 -
Dedica-se as limitações da BID russa. O autor mergulha na análise sobre a queima do estoque russo para o sustento da guerra, principalmente os estoques de CC, com o autor afirmando que a Rússia ainda pode fazer o uso do atual estoque até 2025. Um dos problemas centrais é a munição, acreditando-se que a Rússia não tenha capacidade para repor o que usa diariamente na Ucrânia. Embora estejam diminuindo a diferença entre o equilíbrio de munições usadas para a produção, a BID ainda não consegue produzir o suficiente para sustentar as forças russas na taxa atual de disparos, pior ainda se levar em consideração as taxas diárias dos primeiros meses de guerra. De acordo com declarações oficias russas, seria necessário fabricar algo em torno de 4 milhões de projéteis de 152 mm e 1.6 milhões de 122 mm em 2024 para permitir avanços territoriais, com a BID russa afirmando que só consegue expandir a fabricação de 152 mm para 1.3 milhões e 800 mil para calibre 122 mm, por esse motivo, levaria mais alguns anos até estabilizar a produção com a atual taxa de uso de munição, necessitando-se investir em ampliar as capacidades da BID russa.
Uma parte dedicou-se a escassez de pessoal, entre 800 mil a 900 mil saindo da Rússia, a maioria sendo jovens educados, mais os 300 mil mobilizados, além dos 540 mil que estão se voluntariando para o serviço militar, a Rússia perdeu cerca de 1.9 a 2.8 milhões de pessoas, com a escassez de pessoal para formar trabalhadores disponíveis na Rússia, a liderança está contratando estrangeiros, provenientes da DPRK, Cuba e Quênia.
Uma outra parte dedicou-se para o tema corrupção. Presente em quase todas as cadeias de comando russo, incluindo licenças, certificações de treino físico, patente militar, certificados de ferimentos, prêmios por participação na guerra, isenções para cumprir a obrigação de servir na guerra, entre outros, isso acabou afetando a disponibilidade de armamento e munição, com os militares russos afirmando que 1 a cada 5 equipamentos do estoque é descartável por causa da má condição e da idade dos armamentos.
Nessa parte dedicado a munição é interessante, dois artigos sobre isso:
https://dzen.ru/a/Y9Ga0fikqCOq8G3t
https://dzen.ru/a/ZFFPSCg_tHJZNM7K
Back in Stock? The State of Russia's Defense Industry after Two Years of the War
https://csis-website-prod.s3.amazonaws. ... _Stock.pdf
Esse é um estudo sobre a BID russa, o estoque de armas e as implicações para o futuro na guerra na Ucrânia.
Resumindo a maior parte do que foi discutido, os russos apesar de ainda necessitarem de componentes importados para a sua indústria de defesa, está conseguindo burlar tais restrições pelas sanções, adquirindo componentes de países terceiros, na medida que a própria BID se reorganiza em recondicionar os estoques soviéticos, modernizado as plataformas antigas com custos mais baixos, com a produção de sistemas do zero sendo a pequena parte da produção da BID russa. A grande ajuda de aliados da Rússia se direcionam mais a itens e tecnologia de dupla utilização, dessa forma, utilizando a cadeia global para importar componentes para a sua indústria afetada, permitindo a produção de bens militares, a maioria desses itens de uso civil, com a maioria sendo proveniente da China, o que demonstra o apoio da China à Rússia.
A Rússia conseguiu se adaptar com sucesso, permitindo sua BID continuar a produzir equipamentos militares e minimizar os efeitos das sanções. Isso foi particularmente verdade no período antes da contraofensiva ucraniana, quando a reativação da sua BID permitiu acelerar em vários vezes a ordem de produção de todos os itens militares, além de importar grandes quantidades de equipamento militar da DPRK e Irã. Porém, a BID russa ainda enfrenta desafios como uma indústria de tecnologia subdesenvolvida, corrupção endêmica, uma economia decadente e escassez de mão de obra devido a migração e a mobilização.
Foi dividido em quatro partes.
A primeira parte é sobre os sistemas de armas russos. O relatório enfatiza que antes da contraofensiva ucraniana, a Rostec foi forçada a aumentar a produção em várias vezes para vários itens militares: 7 vezes em relação aos CC, 4,5 vezes em relação aos veículos blindados leves e artilharia, 2,5 vezes em relação a MLRS, com alguns itens podendo chegar a expansões de até 70 vezes como munição de baixo calibre. Com os autores enfatizando que no final de dezembro, o MoD russo anunciou que ao longo do ano passado, os militares receberam mais de 1.500 CC, 2.200 veículos blindados de combate, 1.400 mísseis e armas de artilharia e 22.000 UAVs, dizendo que apenas uma pequena parte foi produzido do zero, outras partes importadas, a maior parte recondicionada de estoques antigos.
CC:
De acordo com o estudo, os russos perderam entre 600 a 874 CC durante todo o ano de 2023, eles indicam que parte dos 1.500 CC entregues incluíram parte desses CC perdidos durante o ano de 2023 que foram recondicionados e entregues novamente as tropas, com a OTAN afirmando que 86% dos CC entregues são recondicionados, com a estimativa de que a Rússia ainda detém cerca de 5.000 CC armazenados, com a Rússia removando cerca de 25 a 40% dos CC dos estoques passíveis de serem registrados por fotos de satélites.
Destaca-se que a BID russa poderia conseguir acelerar a produção de CC mais avançados, com a Uralvagonzavod podendo acatar essa ordem de produção expandida, produzindo mais T-90 e T-80, Terminator-2 e TOS-1/TOS-2, com a Rostec podendo até começar a produzir T-80BVM do zero.
Artilharia:
Estima-se que a Rússia tenha quadruplicado a produção de artilharia de 152 mm, totalizando um milhão de projéteis. Isso foi conseguido através da priorização desse calibre em detrimento de outros calibres, para acomodar essa expansão, a Rostec assumiu 15 empresas no início de 2023. Os russos poderiam ter cerca de 4.700 sistemas de artilharia de cano, incluindo obus 2S19 e outros sistemas de 122 mm e 152 mm, com os russos possuindo até 1.100 MLRS, além de estarem testando o Koalitsiya-SV - com a sua produção em massa já iniciada. Além da Art AP, os russos têm cerca de 7.500 peças de artilharia rebocadas no total, abaixo das aproximadamente 12.000 peças rebocadas armazenadas há dois anos, indicando que as forças russas podem estar canibalizando canos mais antigos para substituir aqueles desgastados pelos combates contínuos na Ucrânia, com tais estoques podendo manter as baterias de artilharia em ação durante um longo período de tempo, com a BID russa a confiar nos enormes arsenais da Guerra Fria.
Drones:
Com o emprego de variados tipos de drones desde o início da guerra, a Rússia veio a aumentar a produção de drones em vários graus de ordem. Desde drones FPV táticos de curto alcance e quadcopters comerciais, drones Lancet e Kub de médio alcance, drones Geran-2 de longo alcance e seus derivados, como o Italmas, bem como o Eleron-3, Eleron-7, Orlan-10, Orlan-30, variantes Zala e drones Supercam. De acordo com a OTAN, os rusoss produzem cerca de 300-350 drones derivados do Irã, vide Geran-1 e Geran-2, com os russos inaugurando uma fábrica em Alabuga, a leste de Kazan, com a perspectia de produzir entre 6.000 a 10.000 drones Geran-2, com a Rússia já tendo em conta que já teria lançado cerca de 3.700 drones Geran-2 contra a Ucrânia até o final de 2023.
O drone Lancet sendo outro caso de grande dependência russa para atacar alvos militares contra a ZSU, havendo um total de cerca de +1.000 usos registrados da Rússia.
Já o drone FPV sendo o de maior emprego já registrado, o que não é novidade. Sua produção advém do esforço voluntário, até o final de 2023, os russos teriam produzido cerca de 300.000 FPV e drones quadcopters por mês, com os russos olhando para a produção alcançar a taxa de 100.000 FPV por mês.
Mísseis:
De acordo com o estudo, os russos teriam disparado cerca de 7.400 mísseis contra a Ucrânia até o final de 2023. Os russos teriam limitado mais os ataques durante toda a contraofensiva ucraniana, com as autoridades ocidentais teorizando sobre acumular mísseis para atacar no ano de 2024 - o que em parte está sendo verdadeiro, o número de bombardeios aumentou durante o ano de 2024, pelo menos em comparação com o segundo semestre de 2023. A inteligência ucraniana estimou que a Rússia fabrica cerca de 60 mísseis de cruzeiro, 5 mísseis balísticos Iskander e dois Kinzhals por mês.
Enfatiza também que a capacidade de produção aumentou desde setembro de 2023, quando fabricantes de armas prometeram aumentar a produção, com a JSC Tactical Missiles Corporation – uma empresa estatal de defesa especializada na produção de mísseis dizendo em setembro de 2023 que tinha duplicado a produção de armas de precisão e, em certos casos, aumentado a produção em 3,5 a 5 vezes.Em novembro de 2023, uma equipe de investigação ucraniana relatou uma expansão na fábrica de construção de máquinas de Dubna, que é propriedade da JSC.
De acordo com estimativas ucranianas, desde o início de 2024, as forças russas já utilizaram quase 1.000 mísseis e cerca de 2.800 drones Geran contra alvos na Ucrânia.
EW:
Pularei essa parte.
Parte 2 -
Essa parte dedica ao esforço de contornar as sanções, com a Rússia diversificando sua importação para abastecer a BID russa afim de acomodar as expansões de produções de armamentos. Foram publicados os gráficos mostrando claramente como a Rússia contornou as sanções, criando empresas de fachada em Hong Kong, Turquia, Índia e Vietnã, entre outros países, importando bens militares essenciais desde outubro de 2022, quando ocorreu a mobilização parcial, com os principais países apoiando direta e indiretamente o esforço de guerra ao longo de 2023, incluindo a China, a Turquia, O DPRK e o Irã, entre outros.
Nessa parte, existe um estudo dedicado a colaboração chinesa ao esforço de guerra russo que vale a pena fazer uma leitura.
Parte 3 -
Dedica-se as limitações da BID russa. O autor mergulha na análise sobre a queima do estoque russo para o sustento da guerra, principalmente os estoques de CC, com o autor afirmando que a Rússia ainda pode fazer o uso do atual estoque até 2025. Um dos problemas centrais é a munição, acreditando-se que a Rússia não tenha capacidade para repor o que usa diariamente na Ucrânia. Embora estejam diminuindo a diferença entre o equilíbrio de munições usadas para a produção, a BID ainda não consegue produzir o suficiente para sustentar as forças russas na taxa atual de disparos, pior ainda se levar em consideração as taxas diárias dos primeiros meses de guerra. De acordo com declarações oficias russas, seria necessário fabricar algo em torno de 4 milhões de projéteis de 152 mm e 1.6 milhões de 122 mm em 2024 para permitir avanços territoriais, com a BID russa afirmando que só consegue expandir a fabricação de 152 mm para 1.3 milhões e 800 mil para calibre 122 mm, por esse motivo, levaria mais alguns anos até estabilizar a produção com a atual taxa de uso de munição, necessitando-se investir em ampliar as capacidades da BID russa.
Uma parte dedicou-se a escassez de pessoal, entre 800 mil a 900 mil saindo da Rússia, a maioria sendo jovens educados, mais os 300 mil mobilizados, além dos 540 mil que estão se voluntariando para o serviço militar, a Rússia perdeu cerca de 1.9 a 2.8 milhões de pessoas, com a escassez de pessoal para formar trabalhadores disponíveis na Rússia, a liderança está contratando estrangeiros, provenientes da DPRK, Cuba e Quênia.
Uma outra parte dedicou-se para o tema corrupção. Presente em quase todas as cadeias de comando russo, incluindo licenças, certificações de treino físico, patente militar, certificados de ferimentos, prêmios por participação na guerra, isenções para cumprir a obrigação de servir na guerra, entre outros, isso acabou afetando a disponibilidade de armamento e munição, com os militares russos afirmando que 1 a cada 5 equipamentos do estoque é descartável por causa da má condição e da idade dos armamentos.
Nessa parte dedicado a munição é interessante, dois artigos sobre isso:
https://dzen.ru/a/Y9Ga0fikqCOq8G3t
Outro artigo:Há tentativas de estimar os volumes de produção com base nas receitas das empresas, por exemplo , onde a produção de cartuchos de 152 mm em 2014-2016. é estimado em 150-350 mil por ano, mas esta estimativa é baseada na suposição de que a participação das conchas na receita de empresas especializadas (Plastmass Plant JSC e NIMI em homenagem a V.V. Bakhirev JSC) é de 50%. todas as receitas de 2019 (22,2 milhões de rublos) e 2020 (22,6 milhões de rublos), obtemos que a produção de cartuchos de 152 mm, mesmo com uma participação de 100% na receita (na realidade, ambas as empresas produziram uma ampla gama de produtos , incluindo civis), não pode exceder cerca de 500 mil projéteis por ano (com o custo de um projétil HE de 152 mm cerca de 40 mil rublos).
https://avatars.dzeninfra.ru/get-zen_do ... scale_1200
Se alguém pensa que o custo da PF é de 40 mil rublos. é exagerado, então aqui está o custo de uma nova munição média, calculada a partir dos números fornecidos pelo Ministério da Defesa da Federação Russa, que na verdade inclui uma certa parcela do custo de cartuchos caros do MLRS: 69 mil rublos. (2014-2017), 115 mil rublos. (2018), 119 mil rublos. (2020)
Mas voltemos ao dia de hoje. As estimativas do estoque de munições no início da guerra na Federação Russa também são bastante especulativas; a mídia divulgou um número de supostamente 15 milhões de munições acumuladas. Oficialmente, existem apenas dados sobre a quantidade de munições recuperadas (após armazenamento de longo prazo, a munição deve ser restaurada):
Para 2014-2017 Foram recuperados 1,7 milhão de munições e mísseis de todos os tipos, ou cerca de 570 mil por ano.
2018 - 550 mil mísseis e munições foram restaurados.
2020 - Foram reparadas 300 mil munições e recolhidas 20 mil cartuchos para MLRS.
Aqueles. vemos até uma desaceleração. E isso apesar da destruição massiva de munições. Se alguém não sabe, na Federação Russa existiam programas federais inteiros de metas “Reciclagem industrial de armas e equipamentos militares para 2005–2010”, “Reestruturação de estoques de mísseis, munições e materiais explosivos... para 2005–2010”, “Reciclagem industrial de armas e equipamentos militares para 2011-2015 e para o período até 2020” , dentro do qual, dos 15 milhões de toneladas de munições herdadas da URSS pela Federação Russa, em 2013 restaram 3,7 milhões de toneladas (das quais 1,1 milhão de toneladas - inadequado).
Acontece que o volume de produção de conchas aumentou de 250 mil no mínimo para 500 mil no máximo. em 2014-2016 para 275-550 mil em 2019-2020. Aparentemente, em média, são 400 mil conchas novas e 400 mil reformadas por ano. Um total de 800 mil projéteis por ano. Bastante, eu achava que era o dobro, mas parece que são números reais.
Digno de nota é a recente declaração do especialista nacional Franz Klintsevich, que afirmou que a indústria russa de munições já ultrapassou o nível de produção de 4 milhões de cartuchos por ano (o que dá 11 mil produção diária). Mas ninguém fica de braços cruzados e novas instalações de produção estão sendo construídas continuamente.
Putin disse em Março que nos próximos 12 meses a Rússia será capaz de produzir pelo menos 3 vezes mais obuses do que o Ocidente colectivo pode fornecer à Ucrânia a partir de todas as fontes. O chefe de Estado está suficientemente informado para fazer tais declarações.
Manturov disse no início deste ano que até 2025 está previsto aumentar a produção de projéteis em 10 vezes, até o nível anterior à guerra.
Para tanto, foi elaborado um plano mensal para 2023 e um plano trimestral para 2024. A julgar pelos números de Klintsevich, falta aumentar os números apenas 3 vezes para atingir 1 milhão de unidades de produção mensal. É mais do que possível fazer isso em dois anos de guerra.
https://dzen.ru/a/ZFFPSCg_tHJZNM7K
À luz dos rumores que circulam nos meios de comunicação social nos últimos dias de que estamos actualmente a produzir cerca de 4 milhões de novos cartuchos (munições) de calibres 152 mm e 125 mm por ano, considero útil arrefecer um pouco o ardor de alguns propagandistas chauvinistas com as minhas próprias considerações.
Como o artigo acabou sendo bastante longo e complexo, informo imediatamente que, segundo minhas estimativas, hoje o ritmo de produção de novas munições de grande calibre (calibres 152 mm e 125 mm) não passa de 700 mil por ano ; a taxa de restauração de munições antigas de grande calibre não passa de 1,7 milhão por ano. Ou seja, não mais do que 6,5 mil munições antigas e novas de grande calibre são restauradas e produzidas por dia, o que é aproximadamente 2 a 3 vezes menor que o consumo médio diário.
Levando em conta também os dados relatados por Andrei Klintsevich, verifica-se que produzimos cerca de 700 mil projéteis de grande calibre e cerca de 3 milhões e 300 mil projéteis de pequeno calibre por ano. Ou seja, neste caso obtemos uma proporção quantitativa bastante plausível de projéteis de grande e pequeno calibre: para 1 tiro de tanques e artilharia, são 5 tiros de veículos blindados leves (veículos de combate de infantaria, veículos blindados de transporte de pessoal, veículos blindados, anti- armas de aeronaves). Embora a partir das considerações mais gerais uma proporção de 1 para 10 pareça mais plausível, tendo em conta a natureza predominantemente da artilharia posicional e parcialmente de assalto das operações de combate, a possibilidade de usar armas de pequeno calibre em veículos com blindagem leve pode muito bem ser reduzida por um fator.
De acordo com fontes do segundo tipo, existem apenas alguns dados sobre o armazenamento e recuperação de munições de domínio público:
1. A última vez que dados oficiais sobre munições armazenadas na Rússia foram publicados em 2013, em particular na revista "Arsenal da Pátria" nº 1 de 2013:
“Em 13 de dezembro de 2012, no clube de imprensa de observadores militares do Ministério da Defesa da Rússia, foi realizada uma reunião entre o Vice-Ministro da Defesa do Federação Russa, General do Exército Dmitry Vitalievich Bulgakov e representantes dos principais meios de comunicação russos.”
“Em 1º de janeiro de 2013, a disponibilidade de munição nas Forças Armadas da Federação Russa era de 3,7 milhões de toneladas, das quais 1,1 milhão de toneladas eram inutilizáveis.”
“Assim, no total está previsto o descarte de mais 750 mil toneladas de munições obsoletas. Nos arsenais do Ministério da Defesa da Rússia serão desmanteladas 100 mil toneladas de munições, serão desmontadas 20 mil toneladas de pólvora e cartuchos para armas pequenas. destruídos em fornos e locais especializados.” https://arsenal-otechestva.ru/article/157- hranenie-i-utilizaciya-boepripasov
Como a massa total da munição de 152 mm (projétil e cartucho) varia de 52 a 59 kg, 1 tonelada dessa munição contém de 17 a 19 peças, em média contaremos 18 peças. Assim, os 2,6 milhões de toneladas de munição utilizável disponíveis em 1º de janeiro de 2013 não continham mais do que (2,6*18=46,8) 47 milhões de munições de 152 mm. E levando em consideração a presença de munições de outros calibres ali (125 mm, 122 mm, 120 mm e menores), é lógico supor que a partir de 1º de janeiro de 2013 armazenamos: não mais que 20 milhões de munições utilizáveis de calibre 152 mm; não mais que 20 milhões de munições utilizáveis de 122 mm (levando em conta metade do peso desta munição); não mais que 20 milhões de munições utilizáveis para tanques de 125 mm; não mais que 40 milhões de munições de 57 mm; não mais que 200 milhões de munições utilizáveis de 30 mm; não mais que 300 milhões de munições utilizáveis de 23 mm. No entanto, como escreve a imprensa, graças aos esforços de Serdyukov, a produção e, presumivelmente, a restauração de munições de calibre 122 mm foram completamente eliminadas em nosso país, por isso estamos temporariamente (até que a produção seja restaurada) excluindo 20 milhões de munições de calibre 122 mm armazenadas da lista de adequados. Isto é confirmado por relatórios do mesmo Igor Strelkov, segundo os quais os regimentos de artilharia (brigadas) do corpo DLNR (e não só), armados principalmente com artilharia de 122 mm, praticamente não recebem mais munições para eles e trabalham principalmente com morteiros de batalhão de 82 mm. calibre, sempre que possível atraindo tanques de ajuda. Total para 2013 Temos em armazenamento as seguintes quantidades de munições realmente adequadas para uso ou recuperação: não mais que 20 milhões de munições de 152 mm; e não mais que 20 milhões de munições de tanque de 125 mm. As munições de calibres mais pequenos deverão provavelmente ser consideradas perdidas devido a uma maior taxa de deterioração e ao baixo custo de recuperação.
2. A última mensagem oficial sobre a restauração de munições foi publicada em 16 de janeiro de 2021 no jornal do Ministério da Defesa de RF "LOGÍSTICA E APOIO TÉCNICO DAS FORÇAS ARMADAS DA FEDERAÇÃO RUSSA" no artigo do Vice-Ministro da Defesa da Federação Russa, Herói da Rússia, General do Exército Dmitry Vitalievich Bulgakov "RESPONSABILIDADES DO SISTEMA DE APOIO LOGÍSTICO DAS FORÇAS ARMADAS DA FEDERAÇÃO RUSSA - UM GARANTE CONFIÁVEL DE SUA CAPACIDADE DE COMBATE":
“Nos arsenais, quase 300 mil munições foram reparadas por conta própria e mais de 20 mil cartuchos para múltiplos sistemas de lançamento de foguetes foram coletados. Tomar medidas para prolongar a vida útil das munições não contribui apenas para o crescimento do potencial de combate do. Exército e Marinha, mas também permitirá devolver milhões de cartuchos de munição em estoque.” https://mto.ric.mil.ru/Stati/item/290823
Obviamente, estamos falando aqui apenas de munições de grande calibre, pois a partir desses dados conclui-se que o preço médio estimado de um míssil e de munições é de cerca de 115 mil rublos por munição.
E tendo em conta a proporção estabelecida no n.º 2 das fontes do segundo tipo, em 2018. Cerca de 500 mil munições de grosso calibre foram recuperadas.
Para referência: todos estes dados permitem-nos calcular ao mesmo tempo que em 2018. 6.556 mísseis para o Smerch MLRS (preço 3.000.000 rublos por unidade) e 44.440 mísseis para o Uragan MLRS (preço 300.000 rublos por unidade) foram restaurados.
Vamos verificar nossa suposição com base no preço médio de munições de grande calibre recondicionadas (152 mm e 125 mm) de 60 mil rublos: (6.556 * 3.000.000 rublos) + (44.440 * 300.000 rublos) + (500.000 * 60.000 rublos) = 19.668.000.000 rublos + 13.332.000.000 rublos + 30.000.000.000 rublos = 63.000.000.000 rublos. Ou seja, os 63 bilhões de rublos acima, o que confirma a exatidão do cálculo.
Obviamente, estamos falando aqui apenas de munições de grande calibre, pois a partir desses dados conclui-se que o preço médio estimado de um míssil e de munições é de cerca de 70 mil rublos por munição.
E tendo em conta a proporção estabelecida no n.º 2 das fontes do segundo tipo, desde 2014. para 2017 cerca de (1,7*(300/320))=1.594) 1,6 milhão de munições de grande calibre (principalmente 155 mm e 125 mm) e 100 mil mísseis para MLRS foram recuperados.
Ao mesmo tempo, no valor total da economia (117 bilhões de rublos), a parcela atribuível ao custo dos mísseis restaurados para o MLRS é baixa. Vamos estimar o custo dessa participação. É razoável determinar as proporções de sua recuperação para diferentes calibres pelo número de mísseis na salva total de todas as instalações de cada tipo de MLRS (Grad, Uragan, Smerch). (Isso é razoável, uma vez que a restauração foi realizada em condições de escassez aguda de todos os tipos de mísseis, caso contrário, a restauração de mísseis para Smerchs e Hurricanes é realizada na proporção do seu consumo e produção (e para Grads não é realizada devido à baixa rentabilidade), como foi o caso em 2018 após saturação preliminar tropas com mísseis, ou seja, presume-se que uma salva completa de furacões seja realizada 3 vezes menos que Gradov e 3 vezes mais que Smerch) . Portanto, a salva total de todos os Grad MLRS é de 450 peças * 40 (na salva de instalação) = 18.000. A salva total de todos os Uragan MLRS é de 150 unidades * 16 (na salva de instalação) = 2400. A salva total de todos os Smerch MLRS é de 100 unidades * 12 (na salva de instalação) = 1200. Levando em conta esta proporção, os 100 mil mísseis restaurados indicados para MLRS contêm: mísseis para MLRS Grad - 100000*(18000/(18000+2400+1200))=100000*(18000/21600)= 83.333 peças; mísseis para o Uragan MLRS - 100.000*(2400/21600)= 11.111 peças; mísseis para o Smerch MLRS - 100.000*(1200/21600)= 5.556 peças; O custo médio dos mísseis é: mísseis para o Grad MLRS - 12.000 rublos; mísseis para o Uragan MLRS - 300.000 rublos; mísseis para o Smerch MLRS - 3.000.000 de rublos. Então, o custo total de todo o número de mísseis restaurados para MLRS (para 2014-2017 (por 3 anos completos)) foi: (83333*12.000 rublos)+(11111*300.000 rublos)+(5556*3.000.000 rublos)= 999.996 000+3.333.300.000+16.668.000.000= 21.001.296.000 rublos, ou seja, arredondado para 21 bilhões de rublos.
Em seguida, o custo total de toda a quantidade de munição recuperada de grande calibre (principalmente 155 mm e 125 mm) para 2014-2017. (durante 3 anos completos) totalizou 117 bilhões de rublos menos 21 bilhões de rublos, ou seja, 96 bilhões de rublos. Portanto, o custo médio das munições de grande calibre restauradas para o período 2014-2017. totalizou 96 bilhões de rublos divididos por 1,6 milhão de munições de grande calibre (principalmente 155 mm e 125 mm), ou seja, aproximadamente 60.000 rublos.
Ao mesmo tempo, tendo em conta as estimativas apresentadas no parágrafo anterior 3., estabelecemos isso desde o final de 2014. até o final de 2018 foi restaurado: 11.111+44.440=55.551 - arredondou 55,5 mil mísseis para o Uragan MLRS (23 salvas completas); 5.556+6.556=11.112 - arredondou 11,1 mil mísseis para o Smerch MLRS (9 salvas completas). (com base no preço médio de um míssil para o Uragan MLRS - 300.000 rublos; mísseis para o Smerch MLRS - 3.000.000 de rublos). Os números que obtivemos, embora muito aproximados, são económica e militarmente bastante razoáveis, e correspondem às proporções da produção destes mísseis. Determinar quantos mísseis foram restaurados para o Grad MLRS é uma tarefa completamente frívola, especialmente com base nos dados disponíveis; Eu não os restauraria de forma alguma - não é lucrativo.
Se acreditarmos nisso em 2021. Foram repostos 1 milhão de munições de grande calibre (fontes do segundo tipo, ponto 2), tendo então em conta o aumento da produção de munições em pelo menos 70% em 2022. (fontes do segundo tipo, parágrafo 5), podemos assumir que em 2022. aproximadamente 1,7 milhão de munições de grande calibre foram recuperadas.
Portanto, o resultado final é: munições de grande calibre (152 mm e 125 mm) foram restauradas de 2013 a 2022. (1,6+0,5+0,4+0,3+1,0+1,7=5,5) aproximadamente 5,5 milhões de peças.
Mas nem tudo é mau, uma vez que a nossa capacidade de renovar munições antigas é muitas vezes maior do que a nossa capacidade de produzir novas. Lembro que segundo fontes do segundo tipo, contabilizamos 1 milhão de munições de grande calibre recuperadas em 2021. e 1,7 milhão de munições de grande calibre recuperadas em 2022. No entanto, para podermos manter a taxa actual do seu consumo, precisamos, em comparação com a taxa actual, de aumentar a taxa de restauração de conchas em pelo menos 2 vezes já este ano, e até ao final do próximo ano em pelo menos de 4 vezes. Ao mesmo tempo, todos os restantes cerca de 28 milhões de cartuchos dos calibres 152 mm e 125 mm armazenados e sujeitos a restauro (visto que já foram gastos cerca de 12 milhões) serão por nós utilizados em aproximadamente 4 próximos anos.
Como resultado, hoje temos: a taxa de produção de novas munições de grande calibre não passa de 700 mil por ano; a taxa de restauração de munições antigas de grande calibre é de cerca de 1,7 milhão por ano.
Abaixo, para completar o quadro, cito as avaliações e argumentos sobre este tema de um dos principais especialistas ocidentais, Pavel Luzin. Além dele, outros conhecidos especialistas ocidentais não falaram publicamente sobre esta questão. Infelizmente, ao contar novamente o número de projéteis que produzimos, ele também, aparentemente involuntariamente, agiu como nosso propagandista chauvinista.
Seu erro inicial é que, para calcular o custo médio das munições para 2014-2017, ele estendeu os dados sobre a restauração apenas de munições de grande calibre para munições de todos os calibres, o que o levou a uma superestimação múltipla do custo médio das munições de todos os calibres.
Portanto , ele também se baseou erroneamente na receita total das empresas que produzem munições de grande calibre (as empresas que mencionei acima) e nas receitas das empresas que produzem munições de pequeno calibre (como a NPO Pribor JSC). receita total de todas as empresas do setor, enquanto o valor estimado é apenas a receita das empresas na fase final de produção, o que levou a uma superestimação múltipla (quase uma ordem de grandeza) da receita total estimada.
Continuando esses erros, ele. não levou em consideração a participação da produção de munições na receita total das empresas correspondentes, o que levou a uma superestimação adicional de aproximadamente três vezes da receita total estimada (embora a este respeito ele tenha feito uma reserva de que a estimativa é muito aproximada) . Mas como o custo médio das munições de todos os calibres também foi superestimado por ele em cerca de 30 vezes, seu resultado para a produção total de cartuchos de todos os calibres em ordem de grandeza acidentalmente se mostrou próximo da realidade.
Nas suas avaliações do consumo de munições durante o SVO, Pavel Luzin, tal como outros especialistas ocidentais, considera erroneamente o nosso consumo apenas de munições de grande calibre como o consumo de todas as nossas munições, o que os leva a uma subestimação múltipla do nosso consumo de munições de grande calibre. munição. Mas eles também subestimam muitas vezes as nossas reservas de munições de grande calibre e a taxa de sua restauração e produção.
E, embora como resultado destas subestimações paralelas o tempo de início da fome de granadas no nosso país tenha sido correctamente estimado pela ordem de grandeza, elas subestimam enormemente tanto o nosso trabalho de artilharia como a nossa margem de segurança. E isto já parece propaganda chauvinista a favor do Ocidente, com o objectivo de enganar o seu próprio povo, o ucraniano e o nosso público. Portanto, todos os erros acima também podem não ser aleatórios.
Seguindo Pavel Luzin, todos os nossos propagandistas chauvinistas, sem verificar e repensar criticamente sua metodologia hipersimplificada e errônea e dados iniciais errôneos (inflacionar a receita correspondente das empresas relevantes é especialmente usado), começaram a reescrevê-los mecanicamente da maneira mais papagaio. da mesma forma, muitas vezes fazendo malabarismos com o próprio resultado (relacionando-o não com todos os calibres, mas apenas com os grandes), e nem mesmo se preocupando com referências às obras e entrevistas de seu autor. Como resultado, nossos infelizes especialistas militares, como sempre, caíram em uma poça e cometeram uma série de erros significativos, tanto nas estimativas da produção de projéteis de grande calibre quanto nas estimativas da taxa de seu consumo.
Como consequência, a proporção entre renovação e produção de novas munições pode ser estimada, embora de forma bastante aproximada, em 1:2. Ou seja, para cada 570 mil projéteis recuperados, há até 1,14 milhão de novos. Assim, a taxa anual global de reposição dos arsenais de artilharia na década de 2010 não excedeu 1,6-1,7 milhões de projéteis de todos os tipos. E aqui vale ressaltar um detalhe interessante: as entregas de foguetes de todos os tipos, por exemplo, em 2017 somaram apenas 10,7 mil unidades.
Como resultado, verifica-se que em seis meses de agressão contra a Ucrânia, a Rússia deveria ter gasto pelo menos 7 milhões de bombas, sem levar em conta as perdas de armazéns da linha de frente como resultado dos ataques ucranianos. Por outras palavras, se a intensidade da guerra se mantiver no nível actual, até ao final de 2022 Moscovo enfrentará uma verdadeira fome de granadas e, para poupar dinheiro, será forçada a reduzir o uso de artilharia."
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Re: UCRÂNIA
OTAN usando IA para monitorar a Rússia
A aliança usa inteligência artificial para processar imagens de satélite para contar as aeronaves e postos de gasolina disponíveis para a Federação Russa, relata a Bloomberg, citando o secretário-geral adjunto da aliança, David van Wiel.
Military personnel from the Dnepr group are testing a FPV tank based on the T-72A.
- cabeça de martelo
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Re: UCRÂNIA
Muito obrigado, Wokehead, pois prefiro essas palavras, mesmo considerando que trata-se de ironia, do que defender nazista de forma aberta sob o argumento de "lá também tem".cabeça de martelo escreveu: ↑Seg Jun 10, 2024 8:22 am Ou seja eu sou um trolle por colocar video onde uma Oficial Norte-americana diz por a + b o que aconteceu.
Muito maduro e educado da tua parte.
Obrigado por tornares o ambiente do fórum cada vez mais saudável e respirável.
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Re: UCRÂNIA
https://www.twz.com/air/su-57-felon-tar ... ite-images
Su-57 Felon Targeted In Ukraine Strike Seen In New Higher-Resolution Satellite Images
Satellite images taken before and after the June 8th Ukrainian drone attack on a parked Su-57 in Russia offer new insights.
Novas fotos de Akhtubinsk.
Para não me levantar duas vezes, direi que dois Su-57 foram danificados. O segundo Su-57 sofreu pequenos danos, que serão reparados no local. Já escrevi sobre o primeiro. Eles vão pensar que seria aconselhável restaurá-lo, ou não, porque... a placa é na verdade um protótipo e de pouca utilidade para combate.
Dos três UAVs que atacaram o campo de aviação, todos os três conseguiram. Por que motivos a defesa aérea não funcionou, não escreverei. Deixe que as majors expliquem os motivos e como isso aconteceu.
A única rejeição que o UAV tentou dar foi um destacamento que atirou neles com dois pentes e depois passou a manhã inteira coletando cartuchos no campo de aviação.
O arco acima do avião é um hangar inacabado, que quem sabe quando começaram a construí-lo e depois o abandonaram, como em muitos outros campos de aviação. Talvez desses mesmos 300 abrigos que começaram a ser construídos em ritmo acelerado em 2021.
Em suma, estamos aguardando a próxima chegada.
Nós estocamos cartuchos e especialistas em falsificações com antecedência.
Sim, nem um único avião mostrado na foto foi danificado.
Fighterbomber says the accuracy of UMPK glide bombs has been deteriorating due to EW
...
UMPK is gradually becoming obsolete.resulting in the accuracy of UMPKs degrading to critical levels and will continue to worsen. The future lies in more advanced inertial navigation systems and correction systems that cannot be interfered with.
According to a BBC and Mediazona investigation, Wagner sustained 19,547 KIA during the battle of Bakhmut, 88% of whom were convicts. They also determined that Wagner sustained its heaviest losses during the battle in January 2023.
An amazingly well-documented investigation of how the Prigozhin's Wagner group used convicts at the frontlines in June 2022-May 2023: https://zona.media/article/2024/06/10/42174. Only for Wagner, Putin pardoned 48,000 criminals and spent more than $1 billion on death payments to their relatives.
Destroying three VKS high altitude SAM batteries in one attack - one S-400 and two S-300 - is Ukraine's one day record...
...so far.
It's so bad on Crimea now that Russian VKS air defense troops are evacuating their families from Crimea.
Biden Russian Sanctuary
Last night, due to a Ukrainian missile strike that likely used ATACMS, it is claimed that S-300/400 batteries were damaged/destroyed and radars complementing them. However, from current satellite images no apparent damage has appeared.
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Re: UCRÂNIA
Ao que parece, não houve nem marcas de danos ao terreno.Suetham escreveu: ↑Ter Jun 11, 2024 8:51 am
Destroying three VKS high altitude SAM batteries in one attack - one S-400 and two S-300 - is Ukraine's one day record...
...so far.
It's so bad on Crimea now that Russian VKS air defense troops are evacuating their families from Crimea.
Biden Russian SanctuaryLast night, due to a Ukrainian missile strike that likely used ATACMS, it is claimed that S-300/400 batteries were damaged/destroyed and radars complementing them. However, from current satellite images no apparent damage has appeared.
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Re: UCRÂNIA
Sim. Entretanto, analisando as três imagens do posicionamento dos lançadores e radares, percebe-se como os russos perdem DAAe a rodo a ponto de inviabilizar toda a bateria. São três posicionamentos diferentes, mas cada posicionamento pior do que o outro:gabriel219 escreveu: ↑Ter Jun 11, 2024 9:42 amAo que parece, não houve nem marcas de danos ao terreno.
Principal:
Os veículos de apoio e comando estão bem mais distribuídos do que as outras duas, mas os três lançadores muito próximos um do outro, a Ucrânia atacando com uma salva ou duas pode retirar a bateria simplesmente focando-se na destruição dos três lançadores.
Imagem da esquerda abaixo:
O radar e todos os veículos de apoio e comando colados um do outro, fazendo uma espécie de T. Se a Ucrânia focar ali, consegue inviabilizar a bateria atacando nesse ponto ou simplesmente focando-se nos dois lançadores próximos um do outro.
Imagem da direita abaixo:
Os quatro lançadores estão mais bem distribuídos, assim como os elementos de apoio. Esse de fato parece ser a bateria melhor posicionada usando o efeito de dispersão, embora eu ainda acho insuficiente para sair ileso de salvas de ATACMS com conjunto de submunições.
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Re: UCRÂNIA
Pois, o "tu defendes Nazis", mas eu depois defendo-os realmente não pega.Os que tu dizes que eu defendo são de um país democrático onde as pessoas não são presas por fazerem este horrendo crime lesa-nação!gabriel219 escreveu: ↑Ter Jun 11, 2024 8:07 amMuito obrigado, Wokehead, pois prefiro essas palavras, mesmo considerando que trata-se de ironia, do que defender nazista de forma aberta sob o argumento de "lá também tem".cabeça de martelo escreveu: ↑Seg Jun 10, 2024 8:22 am Ou seja eu sou um trolle por colocar video onde uma Oficial Norte-americana diz por a + b o que aconteceu.
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Obrigado por tornares o ambiente do fórum cada vez mais saudável e respirável.
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Re: UCRÂNIA
E acrescento aqui o fato de não fazer sentindo algum utilizar S-400 e S-300 como baterias de defesa antimísseis, deveria ser função do TOR e Pantsir isso, inclusive deveriam haver baterias de ambos alocadas junto aos S-400, mais dispersados. Tanto os Ukras quanto os Russos cometem o mesmo erro de alocar próximo seus meios AAe dessa forma e nunca entendi o motivo.Suetham escreveu: ↑Ter Jun 11, 2024 10:12 am Sim. Entretanto, analisando as três imagens do posicionamento dos lançadores e radares, percebe-se como os russos perdem DAAe a rodo a ponto de inviabilizar toda a bateria. São três posicionamentos diferentes, mas cada posicionamento pior do que o outro:
Principal:
Os veículos de apoio e comando estão bem mais distribuídos do que as outras duas, mas os três lançadores muito próximos um do outro, a Ucrânia atacando com uma salva ou duas pode retirar a bateria simplesmente focando-se na destruição dos três lançadores.
Imagem da esquerda abaixo:
O radar e todos os veículos de apoio e comando colados um do outro, fazendo uma espécie de T. Se a Ucrânia focar ali, consegue inviabilizar a bateria atacando nesse ponto ou simplesmente focando-se nos dois lançadores próximos um do outro.
Imagem da direita abaixo:
Os quatro lançadores estão mais bem distribuídos, assim como os elementos de apoio. Esse de fato parece ser a bateria melhor posicionada usando o efeito de dispersão, embora eu ainda acho insuficiente para sair ileso de salvas de ATACMS com conjunto de submunições.
O ATACMS ele ataca em alto ângulo, muitas vezes os S-400 e S-300 estão dispostos com radares verificando um ângulo mais para interceptar alvos de baixa altura. Hoje SCALP, drones e ARM são interceptados com relativa facilidade pelos Pantsir, TOR e BUK, os S-400 e S-300 deveriam permanecer para ameaças de alto ângulo de ataque, como é o caso do ATACMS.
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Re: UCRÂNIA
Sistemas como S-400 e S-300 tem capacidade de se dispersar e operar a vários km entre os lançadores e os centros de comando. Um ou mais Tor ou Pantsir fariam a defesa de ponto do centro se comando.
Então é um pouco difícil entender como é que insistem nesse tipo de compactação de sistemas de alto valor.
Pra não esquecer, não menos importante, há ainda uma camada ainda mais baixa, que seria a defesa anti-drones, com canhão de menor calibre e munição air burst. Imagino que o próximo paradigma desse tipo de defesa sejam os lasers de alta potência.
Então é um pouco difícil entender como é que insistem nesse tipo de compactação de sistemas de alto valor.
Pra não esquecer, não menos importante, há ainda uma camada ainda mais baixa, que seria a defesa anti-drones, com canhão de menor calibre e munição air burst. Imagino que o próximo paradigma desse tipo de defesa sejam os lasers de alta potência.
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Re: UCRÂNIA
Possível Su-57 danificado:
Dizem que foi com um drone TEKEVER AR3.
Sobre a TEKEVER no programa de hoje na RTP3 o CEO da TEKEVER disse que eles tem acesso directo aos operadores dos drones até durante missões, e que as evoluções são semanais, havendo contactos constante com os operadores dos drones.
A partir do minuto 57:15
https://www.rtp.pt/play/p8130/e768244/sociedade-civil
Dizem que foi com um drone TEKEVER AR3.
Sobre a TEKEVER no programa de hoje na RTP3 o CEO da TEKEVER disse que eles tem acesso directo aos operadores dos drones até durante missões, e que as evoluções são semanais, havendo contactos constante com os operadores dos drones.
A partir do minuto 57:15
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Re: UCRÂNIA
Acredito que usando esses sistemas para defesa antimísseis evitaria a complexidade técnica/operacional adicional de direcionar e engajar os tipos de sistemas AAe de capacidade C-PGM para essa função, como Pantsir e Tor em uma arquitetura IADS. Seria um trabalho muito mais fácil para o posto de comando coordenar a partir de um único sistema do que em um engajamento cooperativo entre os sistemas. Os mísseis 9M96E/E2 foram desenvolvidos para isso, ser capaz de fazer a defesa pontual da bateria, uma estratégia de defesa aérea capaz de derrotar ataques de mísseis, incluindo o HARM.gabriel219 escreveu: ↑Ter Jun 11, 2024 10:53 am E acrescento aqui o fato de não fazer sentindo algum utilizar S-400 e S-300 como baterias de defesa antimísseis, deveria ser função do TOR e Pantsir isso, inclusive deveriam haver baterias de ambos alocadas junto aos S-400, mais dispersados. Tanto os Ukras quanto os Russos cometem o mesmo erro de alocar próximo seus meios AAe dessa forma e nunca entendi o motivo.
O ATACMS ele ataca em alto ângulo, muitas vezes os S-400 e S-300 estão dispostos com radares verificando um ângulo mais para interceptar alvos de baixa altura. Hoje SCALP, drones e ARM são interceptados com relativa facilidade pelos Pantsir, TOR e BUK, os S-400 e S-300 deveriam permanecer para ameaças de alto ângulo de ataque, como é o caso do ATACMS.
A questão em foco pode ser essa que você levantou: os sistemas podem estar fazendo a função principal de interceptação de alvos de baixa altitude - leia-se aqui mísseis de cruzeiro. O problema em questão é o radar de detecção e iluminação consegue atuar em todas as altitudes, o que se pode teorizar é esse descompasso entre engajar alvos de baixa e alta altitude, porque isso dependeria de mísseis diferentes para interceptar, a menos que o míssil entre na zona de morte de 5 km do S-400, com todos os mísseis AAe capazes de interceptar nessa faixa - incluindo o SHORAD que protege o sistema, mas isso dependeria da condução do ataque.
P/ex... o ataque a um S-400 em Olenivka(Crimeia) ocorreu com o míssil R-360 Neptune que aparentemente foi modificado com um sistema de navegação inercial com a capacidade de construir uma rota de voo flexível a baixa altitude, o que teria permitido atacar o S-400 com sucesso, mesmo este apoiado por um Pantsir.
https://breakingdefense.com/2023/09/wha ... it-russia/
A imagem acima é da aldeia de Olvenivka e a posição do S-400 no círculo azul. Era sabido que a bateria com seus radares de iluminação foi colocada em terreno plano perto de Olenivka, cujas abordagens ocidentais do Mar Negro não se sobrepunham aos padrões de radar. Além disso, esses sistemas de radar baseados em phased arrays passivos de alta energia são capazes de detectar alvos com um intensificador de imagem de 0,03 m2 a uma distância de até 60 km, o que não deveria ter impedido a detecção, captura e interceptação. No entanto, há uma introdução extremamente importante no contexto desse ataque. Apenas 5 a 7 km a leste e nordeste da posição do S-400 (ao redor da vila de Krasnosil's'ke) ficam áreas de até 130 metros altitude de um planalto. Eles excedem a altura dos mastros de antena do radar de iluminação e de engajamento, mesmo que sejam colocados em torres universais de detecção de baixa altitude, isso impediria a detecção e engajamento para interceptar o Neptune.
Mesmo desconsiderando o papel de cada sistema aqui, isso ainda não explicaria tamanha imprudência em não dispersar ainda mais os seus ativos da bateria na mesma área. Além disso, sistemas como Pantir e Tor pode não estar disponíveis em grandes quantidades para fazer esse trabalho de defesa em camadas dos sistemas de longo alcance.
O problema da dispersão por até mesmo dezenas de km que o sistema suporta é que os lançadores dispersos a tais distâncias receberiam emissões em forma de ondas RF do radar de engajamento, o efeito dessa emissão seria tão grande que a bateria seria descoberta sem maiores problemas, com a OTAN podendo direcionar ataques cirúrgicos para a Ucrânia. Isso seria ainda pior do que o que a Rússia já vem fazendo.Brasileiro escreveu: ↑Ter Jun 11, 2024 11:13 am Sistemas como S-400 e S-300 tem capacidade de se dispersar e operar a vários km entre os lançadores e os centros de comando. Um ou mais Tor ou Pantsir fariam a defesa de ponto do centro se comando.
Então é um pouco difícil entender como é que insistem nesse tipo de compactação de sistemas de alto valor.
Pra não esquecer, não menos importante, há ainda uma camada ainda mais baixa, que seria a defesa anti-drones, com canhão de menor calibre e munição air burst. Imagino que o próximo paradigma desse tipo de defesa sejam os lasers de alta potência.
O que eu fico impressionado com a Rússia é exatamente isso, porque uma dispersão de até 500 metros entre os lançadores, radares e o centro de comando é possível, sem maiores problemas com relação a emissão - ainda emitiria mas em uma ordem de grandeza bem menor se comparado a km de distância, porque a elevação da antena do lançador permite operar a uma distância grande do radar de engajamento com um mínimo de emissão. Olhando as áreas que estão posicionados, existe espaço o suficiente para dispersar ainda mais.
A única coisa que faz sentido para eles fazerem isso é evitar ser saturado - mesmo unidade a nível batalhão operando - eles concentram todos os lançadores da bateria/batalhão próximos um do outro, minimizando ao máximo o efeito de emissão de ondas em forma de datalink dos radares para os lançadores, talvez até usando cabos de conexão para isso.