Programa de Reaparelhamento da Marinha

[Viking]

Dimensionamento da Força Naval brasileira segundo a nova Estratégia de Defesa Marítima

A Estratégia de Defesa Marítima (EDM) da Marinha do Brasil publicada em 2023 estabelece a orientação estratégica de mais alto nível da Marinha do Brasil (MB), a fim de permitir a integração de esforços necessária à configuração das Capacidades do Poder Naval brasileiro para o enfrentamento dos desafios vislumbrados nos próximos 20 anos, a partir de 2024.

https://www.naval.com.br/blog/2024/05/0 ... -maritima/

Eu vou devagar tecer alguns argumentos pontuais sobre as demandas elencadas acima.
Mas só quando eu tiver disposição.
Hoje é Domingo. Tem coisas melhores para fazer, como dormir.

Prezados colegas, saudações.

A EDM em relação ao Conceito Estratégico e as Orientações Estratégicas de Preparo e Emprego esta alinhada a evolução de diversos aspectos da moderna guerra no mar além de justificar a necessidade de modernização e ampliação das capacidades e meios da MB. Entretanto o dimensionamento da Força para os próximos 20 anos esta muito aquém do necessário considerando a magnitude da dependência do Brasil em relação aos espaços marítimos e de seu entorno estratégico. Exemplos do sub dimensionamento da Força e a previsão de haver apenas quatro submarinos classe Riachuelo, oito navios de escolta e três caça minas. Talvez este número diminuto de meios para uma das dez maiores economias do planeta seja resultado da visão prospectiva do Almirantado. Nesta visão talvez os almirantes não consigam vislumbrar uma melhoria dos investimentos na Defesa e na condição vexatória de ''país com as costas voltadas para o mar'', que e o caso do Brasil.

Sds

[FCarvalho]

Dimensionamento da Força Naval brasileira segundo a nova Estratégia de Defesa Marítima
A Estratégia de Defesa Marítima (EDM) da Marinha do Brasil publicada em 2023 estabelece a orientação estratégica de mais alto nível da Marinha do Brasil (MB), a fim de permitir a integração de esforços necessária à configuração das Capacidades do Poder Naval brasileiro para o enfrentamento dos desafios vislumbrados nos próximos 20 anos, a partir de 2024.
https://www.naval.com.br/blog/2024/05/0 ... -maritima/
Eu vou devagar tecer alguns argumentos pontuais sobre as demandas elencadas acima.
Mas só quando eu tiver disposição.
Hoje é Domingo. Tem coisas melhores para fazer, como dormir.

Prezados colegas, saudações.
A EDM em relação ao Conceito Estratégico e as Orientações Estratégicas de Preparo e Emprego esta alinhada a evolução de diversos aspectos da moderna guerra no mar além de justificar a necessidade de modernização e ampliação das capacidades e meios da MB. Entretanto o dimensionamento da Força para os próximos 20 anos esta muito aquém do necessário considerando a magnitude da dependência do Brasil em relação aos espaços marítimos e de seu entorno estratégico. Exemplos do sub dimensionamento da Força e a previsão de haver apenas quatro submarinos classe Riachuelo, oito navios de escolta e três caça minas. Talvez este número diminuto de meios para uma das dez maiores economias do planeta seja resultado da visão prospectiva do Almirantado. Nesta visão talvez os almirantes não consigam vislumbrar uma melhoria dos investimentos na Defesa e na condição vexatória de ''país com as costas voltadas para o mar'', que e o caso do Brasil.

Sds

Talvez não, meu caro Paulo. Esta é a certeza mais pura e vergonhosa da verdade que temos.
Defesa nunca foi, não é, e jamais será prioridade para ninguém neste país de tupiniquins irremediavelmente alienados e brocos, mesmo que a troco de caixa, e temporariamente, sob pressão de alguma realidade pontual.
Esta estratégia talvez tivesse tido melhor sorte se demandada a vinte anos atrás, mesmo com todas as reticências.
Não houve, e não há compromisso público e de Estado da sociedade, governo e políticos sobre o tema.
Aliás, a sociedade só vê nos militares ou um aforisma político-ideológico, ou uma sensação psicosocial de ajuda coletivista.
Os políticos nunca tiverem, e não tem bons olhos sobre os militares porque nunca consegui até hoje cooptá-los, e usá-los ao bel prazer com fazem e dispõe das PM e PC nos estados e municípios. É o velho princípio coronelista de sempre elevado ao nível federal de exploração e uso fruto da máquina estatal a favor dos interesses mesquinhos e pessoais.
Viva-se com isso. E com uma corruptela de marinha de guerra que nunca conseguiu sequer ser uma boa guarda costeira. Mas come caviar e vinho do porto nas suas festas.

[FCarvalho]

[FCarvalho]

É ler e lamentar. Muito.

[saullo]

Lamentável, se recolheram e se conformaram à insignificância.
Uma vergonha.

Abraços

[FIGHTERCOM]

É ler e lamentar. Muito.

Esse documento é até engraçado. O Skyhawk está tão perdido dentro da força que tiveram que colocar ele junto do NAM.

É tipo quando você vai jogar futebol e sobra um moleque, aí alguém pergunta: e esse daqui?!


Abraços,

Wesley

[gabriel219]

Galerinha, os caras viraram capacho de um careca de toga, só enviaram o NAM quando o Xandinho deu ordem para ações pro RS, podíamos ter uma US Navy que qualquer um que batesse o pé aqui levava metade do território. O importante é a grana no final do mês e a estabilidade, o resto é tudo um detalhe técnico, soberania inclusive.

[FCarvalho]

Lamentável, se recolheram e se conformaram à insignificância.
Uma vergonha.
Abraços

A mesma insignificância de sempre com que o tema Defesa Nacional é tratado por aqui.
Eu creio que é uma resposta à altura da falta de zelo e responsabilidade com que a MB sempre foi tratada.
É o que o país merece. E já começo a achar que é muito, para quem não liga se o país tem ou não uma marinha.
Mais do que isso pra quê
Aliás, eu até trocaria 4 fragatas adicionais por mais NaPaOc e NAPA BR, que já estava de bom tamanho.

[FCarvalho]

Esse documento é até engraçado. O Skyhawk está tão perdido dentro da força que tiveram que colocar ele junto do NAM.
É tipo quando você vai jogar futebol e sobra um moleque, aí alguém pergunta: e esse daqui?!
Abraços,
Wesley

Apesar do adendo de que os NAM devem ter capacidade para aviação de asa fixa, nada no documento deixa claro se ao menos um dos dois navios previstos serão ou não Nae de verdade.
Como não existe em nenhum momento indicação concreta de que o primeiro deve embarcar o VF-1, podemos dizer que o destino deste esquadrão está selado.
Ou irá operar de terra o resto da vida, ou será defenestrado de vez, com mais chances para a primeira opção. Mesmo não havendo indicações sobre planejamento de substituição dos A-4.
Me parece que a asa fixa embarcada na marinha definitivamente está atrelada ao mundo dos VANT.
Se chegarmos a dispor de UCAV capazes para operar a borde destas duas embarcações, ou de uma delas que seja, como os turcos estão fazendo, o que já acho muita coisa para a nossa realidade pueril, podemos dizer que fique de bom tamanho.
No mais, talvez, com alguma sorte, a MB consiga substituir os A-4 por mais Gripen E\F, ou por algum outro modelo de segunda mão, que seria a resposta menos agressiva ao orçamento da marinha no longo prazo.
Vai sobrar F-18 nos próximos anos no mercado. E o comando da aviação naval já está de olho neles. Se vão levar, é outra história.

[FCarvalho]

Galerinha, os caras viraram capacho de um careca de toga, só enviaram o NAM quando o Xandinho deu ordem para ações pro RS, podíamos ter uma US Navy que qualquer um que batesse o pé aqui levava metade do território. O importante é a grana no final do mês e a estabilidade, o resto é tudo um detalhe técnico, soberania inclusive.

Todos os planos anteriores da marinha em termos de reaparelhamento deram em nada, ou não surtiram os efeitos desejados. É assim desde os anos 1960, com a classe Niterói, nos 1980 com as Inhaúma, e agora nas décadas de 2010 e 2020 com o PEAMB e PEM2040.

Sejamos honestos, a MB está sendo realista. O país vive de costas para o mar à sua frente, e não se importa sequer se existe ou não uma marinha, ou mesmo que ela se preste como guarda costeira.

Mais do que isso aí para quê, se não há verbas hoje nem para manter o mínimo básico necessário

Amanhã ou depois não será diferente, com ou sem STF dando ordens para isso e aquilo que não lhes diz respeito.

O documento retrata bem a realidade, e o baixíssimo nível de interesses do país em relação à marinha que não sabe que tem, e só lembra que ela existe quando merda está sendo jogada no ventilador do governo de plantão, como agora no RS.

Bem, para quem não espera nada além de ACISO, MMI, SAR e apoio à Defesa Civil da marinha que supõe ter, o que está proposto neste documento chega a ser até muito.

[FCarvalho]

O sonho de consumo da MB para as próximas duas décadas, e muito provavelmente, talvez a única saída honrosa para salvar o programa atual de construção naval voltado a modernizar a esquadra a partir de Itajaí\SC.


Meko A100 NaPaOc


Meko A200


Meko A210


Meko A300


Meko A400

Façam as suas escolhas. Mas só pode escolher uma, e apenas 4 serão construídas até 2044.
Exceção feita aos Navios Patrulha Oceânica.

[knigh7]

https://www.janes.com/osint-insights/de ... trol-ships

[FABIO]

Boa noite então os Npa BR 500 será construido no estaleiro de Itaguaí e os OPV também na matéria fala que serão patrulha oceânicos classe river 2 inglês mas não falou qundo sera construidos?

[FCarvalho]

Não há decisão ainda sobre os navios de patrulha oceânicos. Existe um RFI emitidos em 2021 e consta as informações solicitadas pela MB, com cinco empresas apresentando seus projetos.

A classe Amazonas Bach 2 já operada pelo Reino Unido também é uma opção, com financiamento de bancos britânicos, e produção no Brasil. Isto deveria ter sido feito há muitos anos atrás, mas a MB abriu mão desta possiblidade ao ferrar a esquadra, o orçamento e todo o resto em nome do subnuc.

Provavelmente só veremos NaPaOc na próxima década. Até 2030 a MB está limitada à construção das FCT e dos NaPa 500BR.

Com aproximadamente 95 milhões por navios de patrulha oceânica, o custo deste projeto pode ultrapassar facilmente a casa do bilhão de dolar se todos os navios forem comprados de uma única vez, ou pode ser pior, se comprarem em lotes separados, considerando que o orçamento nunca é suficiente para atender as necessidades, e somos pródigos em esticar prazos e enrolar cronogramas de produção\pagamento de financiamentos. A FCT é o melhor exemplo disso.

[FCarvalho]

Por que será...