UM MBT NACIONAL
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Re: UM MBT NACIONAL
Com pessoal da KMW envolvido, com certeza vai ter lobby no EB...
Dei uma vasculhada e não achei nada sobre o custo unitário (ou melhor a facada no rim) do Leoprad 1HEL, basicamente só press releases.
Um abraço e t+
Dei uma vasculhada e não achei nada sobre o custo unitário (ou melhor a facada no rim) do Leoprad 1HEL, basicamente só press releases.
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Re: UM MBT NACIONAL
Provavelmente o pessoal do EB contrata a modernização de 6 (meia dúzia) unidades pra "formar doutrina", e fica mais uns 30 anos com o restante parado.
Abraços
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- FCarvalho
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Re: UM MBT NACIONAL
A proposta do sistema HEL é modular. Então, cada um que gaste o que couber, e puder, nele.
Para o EB, do jeito que a frota atual está, seria necessário trocar toda a parte de motor, suspensão e lagartas, além da modernização de todos os optrônicos e sistemas C4ISR, e claro, a modernização do sistema de controle e de giro da torre.
Provável que não mexam no canhão e munição, e menos ainda na proteção do carro, ficando do jeito que está hoje. O problema, é que mesmo que fosse "só isso", já seria uma nota preta para nós e o minguado orçamento verde-oliva.
Como aparentemente não teremos mudanças significativas no orçamento do MD para custeio e investimento, nos próximos anos, indiferente aos PAC da vida, é improvável que o exército queira de fato fazer algo diferente do que já esteja fazendo agora, que é propor a substituição de partes e peças pela indústria nacional. E tem conseguido algum êxito.
Se a indústria de base e a BIDS conseguirem levar a bom termo a substituição dos itens consumíveis do Leo 1A5, já vamos estar no lucro. Substituir, com melhorias, outras partes e peças por um preço muito abaixo do que se gastaria nessa modernização, será melhor ainda. Lembrar que a ARES já ofereceu um projeto de modernização para a torre dos LEO 1A5 do exército. E muito provavelmente é bem mais em conta do que o grego-germânico.
Para o EB, do jeito que a frota atual está, seria necessário trocar toda a parte de motor, suspensão e lagartas, além da modernização de todos os optrônicos e sistemas C4ISR, e claro, a modernização do sistema de controle e de giro da torre.
Provável que não mexam no canhão e munição, e menos ainda na proteção do carro, ficando do jeito que está hoje. O problema, é que mesmo que fosse "só isso", já seria uma nota preta para nós e o minguado orçamento verde-oliva.
Como aparentemente não teremos mudanças significativas no orçamento do MD para custeio e investimento, nos próximos anos, indiferente aos PAC da vida, é improvável que o exército queira de fato fazer algo diferente do que já esteja fazendo agora, que é propor a substituição de partes e peças pela indústria nacional. E tem conseguido algum êxito.
Se a indústria de base e a BIDS conseguirem levar a bom termo a substituição dos itens consumíveis do Leo 1A5, já vamos estar no lucro. Substituir, com melhorias, outras partes e peças por um preço muito abaixo do que se gastaria nessa modernização, será melhor ainda. Lembrar que a ARES já ofereceu um projeto de modernização para a torre dos LEO 1A5 do exército. E muito provavelmente é bem mais em conta do que o grego-germânico.
Um mal é um mal. Menor, maior, médio, tanto faz… As proporções são convencionadas e as fronteiras, imprecisas. Não sou um santo eremita e não pratiquei apenas o bem ao longo de minha vida. Mas, se me couber escolher entre dois males, prefiro abster-me por completo da escolha.
A. Sapkowski
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- Pablo Maica
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Re: UM MBT NACIONAL
O problema é que qualquer projeto que não conte com os itens que tu citou, mal da para chamar de melhoria, quiçá modernização.FCarvalho escreveu: ↑Qui Abr 25, 2024 5:32 pm A proposta do sistema HEL é modular. Então, cada um que gaste o que couber, e puder, nele.
Para o EB, do jeito que a frota atual está, seria necessário trocar toda a parte de motor, suspensão e lagartas, além da modernização de todos os optrônicos e sistemas C4ISR, e claro, a modernização do sistema de controle e de giro da torre.
Um abraço e t+
Re: UM MBT NACIONAL
Possivelmente eles já devem ter recebido um memorando da empresa, apresentando o produto, antes dessa matéria sair.Glauber Prestes escreveu: ↑Qua Abr 24, 2024 10:26 pm Tenho até medo dos oficiais do EB verem isso.
https://tecnodefesa.com.br/eodh-apresen ... opard-1a5/
- gabriel219
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Re: UM MBT NACIONAL
O EB já recebeu memorando da Hyndai Heavy até da Heavy Industries Taxila, o problema é que tem doido ainda comprando ideia de MMBT.
- FCarvalho
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Re: UM MBT NACIONAL
Mas é o que o EB está tentando fazer no momento. Substituir partes e peças consumíveis que possam oferecer pelo menos a continuidade da manutenção e operação dos CC até que se ache uma saída para eles, e ao fim do contrato CLS com os alemães. E isso está batendo à porta.Pablo Maica escreveu: ↑Qui Abr 25, 2024 7:14 pmO problema é que qualquer projeto que não conte com os itens que tu citou, mal da para chamar de melhoria, quiçá modernização.FCarvalho escreveu: ↑Qui Abr 25, 2024 5:32 pm A proposta do sistema HEL é modular. Então, cada um que gaste o que couber, e puder, nele.
Para o EB, do jeito que a frota atual está, seria necessário trocar toda a parte de motor, suspensão e lagartas, além da modernização de todos os optrônicos e sistemas C4ISR, e claro, a modernização do sistema de controle e de giro da torre.
Um abraço e t+
Temos pouco tempo entre escolher ficar do jeito que está, e vamos empurrando com a barriga, ou dar a louca e sair mundo afora e achar alguém que nos queira vender um CC de verdade a troco de pinga.
Não é uma situação das melhores, com certeza.
Um mal é um mal. Menor, maior, médio, tanto faz… As proporções são convencionadas e as fronteiras, imprecisas. Não sou um santo eremita e não pratiquei apenas o bem ao longo de minha vida. Mas, se me couber escolher entre dois males, prefiro abster-me por completo da escolha.
A. Sapkowski
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- FCarvalho
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Re: UM MBT NACIONAL
Segundo o Paulo Bastos na live do BMVM sobre a escolha do Atmos, o próximo passo do EB em relação aos projetos estratégicos será a definição das VBC CC e VBC FUZ.
O início se daria ao final deste ano com um novo RO/RTLI e posteriormente a emissão de RFI e RFQ, com uma possível decisão lá para 2026 ou começo de 2027.
Chamo a atenção para dois pontos.
O primeiro e mais importante é o orçamentário. Com o EB comprando material novo a conta gotas e um por vez, qual a viabilidade de se comprar dois, e diferentes, ao mesmo tempo?
Segundo, é a temporalidade do processo. Se a decisão for em 2026, um contrato só estaria assinado em 2027 ou 2028, com entregas só começando a acontecer a partir de 2029/2030. Qual a viabilidade técnica real de se manter os Leo 1A5 após o encerramento do contrato de CLS com os alemães?
Mesmo que a indústria possa dispor de algumas peças de maior consumo, ainda assim a maior parte do apoio logístico será feito, se é que será, por via da canibalização de outros veículos.
Lembrar que menos de 30% da frota de CC do exército está disponível, segundo relatos recentes. E até o presente momento não foram alteradas as quantidades previstas nestes programas, respectivamente 65 e 78 unidades. Só este fator deve elevar os custos da compra às alturas.
O início se daria ao final deste ano com um novo RO/RTLI e posteriormente a emissão de RFI e RFQ, com uma possível decisão lá para 2026 ou começo de 2027.
Chamo a atenção para dois pontos.
O primeiro e mais importante é o orçamentário. Com o EB comprando material novo a conta gotas e um por vez, qual a viabilidade de se comprar dois, e diferentes, ao mesmo tempo?
Segundo, é a temporalidade do processo. Se a decisão for em 2026, um contrato só estaria assinado em 2027 ou 2028, com entregas só começando a acontecer a partir de 2029/2030. Qual a viabilidade técnica real de se manter os Leo 1A5 após o encerramento do contrato de CLS com os alemães?
Mesmo que a indústria possa dispor de algumas peças de maior consumo, ainda assim a maior parte do apoio logístico será feito, se é que será, por via da canibalização de outros veículos.
Lembrar que menos de 30% da frota de CC do exército está disponível, segundo relatos recentes. E até o presente momento não foram alteradas as quantidades previstas nestes programas, respectivamente 65 e 78 unidades. Só este fator deve elevar os custos da compra às alturas.
Um mal é um mal. Menor, maior, médio, tanto faz… As proporções são convencionadas e as fronteiras, imprecisas. Não sou um santo eremita e não pratiquei apenas o bem ao longo de minha vida. Mas, se me couber escolher entre dois males, prefiro abster-me por completo da escolha.
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- gabriel219
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Re: UM MBT NACIONAL
Adivinhem qual motivo por trás de querer decidir o MBT e o IFV ao mesmo tempo...
- FCarvalho
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Re: UM MBT NACIONAL
Pode ser o caso de eleger um MMBT e respectiva VBC FUZ, ou não.
Como tenho dito, internamente a ideia de um MMBT ainda não é aceitável para a maioria. Até fato em contrário.
Como já foi dito pelo cmte do EB na CREDEN, não existe neste momento condições de comprar nada de CC ou VBCI visto que a demanda mundial explodiu nos últimos dois anos. E os fornecedores não estão dando conta, em nenhum continente.
Assim, temos mais dois ou três anos para tomar uma decisão que se adeque aos requisitos do exército, que devem ser atualizados no curto prazo.
A ver.
Como tenho dito, internamente a ideia de um MMBT ainda não é aceitável para a maioria. Até fato em contrário.
Como já foi dito pelo cmte do EB na CREDEN, não existe neste momento condições de comprar nada de CC ou VBCI visto que a demanda mundial explodiu nos últimos dois anos. E os fornecedores não estão dando conta, em nenhum continente.
Assim, temos mais dois ou três anos para tomar uma decisão que se adeque aos requisitos do exército, que devem ser atualizados no curto prazo.
A ver.
Um mal é um mal. Menor, maior, médio, tanto faz… As proporções são convencionadas e as fronteiras, imprecisas. Não sou um santo eremita e não pratiquei apenas o bem ao longo de minha vida. Mas, se me couber escolher entre dois males, prefiro abster-me por completo da escolha.
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- gabriel219
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Re: UM MBT NACIONAL
Pelo contrário, existe uma ala forte em favor de um MMBT, a questão é que, pra isso, o EB precisará modificar o ROB. Não existe MBT no mundo que o ROB atenda, nenhum, nem mesmo o Type 10.
- FCarvalho
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Re: UM MBT NACIONAL
Como havia defensores na FAB de F-18, Rafale e Gripen, no exército a mesma coisa.
O pessoal da engenharia, logística, finanças e material bélico pensa com o fígado de olho no bolso. Já o pessoal da cavalaria, e talvez da infantaria, pensa em si mesmo e nas suas necessidades efetivas.
Quem ganhar essa queda de braço leva o CC e VBC Fuz.
Assim que houver um novo RO para a VBC CC, saberemos quem ganhou.
Do ponto de vista pragmático, o EB quer fazer com estes blindados o mesmo que fez com o Guarani. Se vai dar certo, veremos, pois, pela quantidades estimadas até agora, ninguém vai vir aqui e gastar tubos de dinheiro por tão pouco. Mesmo que haja uma perspectiva de encomendas no futuro. Mas nem isso deve animar. É só ver os cronogramas de entrega do que se está comprando por agora, com números desprezíveis e a conta gotas anualmente. Não vale nem o esforço se não houver a certeza de que novas encomendas virão no médio prazo e que as quantidades sejam minimamente razoáveis para se apor uma linha de produção.
Se é para levar 30 anos para ter 250 CC, melhor nem começar.
O pessoal da engenharia, logística, finanças e material bélico pensa com o fígado de olho no bolso. Já o pessoal da cavalaria, e talvez da infantaria, pensa em si mesmo e nas suas necessidades efetivas.
Quem ganhar essa queda de braço leva o CC e VBC Fuz.
Assim que houver um novo RO para a VBC CC, saberemos quem ganhou.
Do ponto de vista pragmático, o EB quer fazer com estes blindados o mesmo que fez com o Guarani. Se vai dar certo, veremos, pois, pela quantidades estimadas até agora, ninguém vai vir aqui e gastar tubos de dinheiro por tão pouco. Mesmo que haja uma perspectiva de encomendas no futuro. Mas nem isso deve animar. É só ver os cronogramas de entrega do que se está comprando por agora, com números desprezíveis e a conta gotas anualmente. Não vale nem o esforço se não houver a certeza de que novas encomendas virão no médio prazo e que as quantidades sejam minimamente razoáveis para se apor uma linha de produção.
Se é para levar 30 anos para ter 250 CC, melhor nem começar.
Um mal é um mal. Menor, maior, médio, tanto faz… As proporções são convencionadas e as fronteiras, imprecisas. Não sou um santo eremita e não pratiquei apenas o bem ao longo de minha vida. Mas, se me couber escolher entre dois males, prefiro abster-me por completo da escolha.
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