Notícias Espaciais (mundo afora)
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Re: Notícias Espaciais (mundo afora)
O espaço comercial funcionará no interesse das operações militares dos EUA
O Departamento de Defesa dos EUA publicou a sua primeira estratégia para integrar o espaço comercial nas operações militares. A estratégia tem em conta os riscos financeiros e de segurança que as empresas comerciais podem enfrentar com o apoio do Pentágono e proporciona ao Departamento a capacidade de protegê-las, se necessário.
Espera-se que a estratégia ajude a manter a superioridade tecnológica dos EUA, negue aos potenciais adversários os benefícios dos ataques aos sistemas espaciais nacionais e contribua para a criação de um domínio espacial seguro, protegido e resiliente.
O documento estabelece quatro áreas prioritárias:
garantir o acesso aos sistemas espaciais comerciais em todas as fases do conflito armado, bem como em tempos de paz;
alcançar a integração antes que a crise se desenvolva;
criar condições de segurança que facilitem a integração com sistemas espaciais comerciais;
apoio ao desenvolvimento de novas soluções para espaços comerciais.
Para implementar a estratégia está previsto:
celebração de novos contratos e acordos;
melhorar os requisitos de segurança cibernética para empresas comerciais;
reduzir os riscos financeiros e de segurança que podem impedir as empresas de cooperar com o ministério (promovendo novas normas, aumentando a troca de informações sobre ameaças e fornecendo proteção financeira - seguros);
fornecer apoio financeiro e político ao setor comercial no desenvolvimento de capacidades que possam ser utilizadas pelas Forças Armadas dos EUA;
prestando assistência a empresas comerciais no lançamento, reabastecimento e manutenção de satélites.
No geral, a estratégia exige uma maior colaboração do DoD com empresas espaciais comerciais nas áreas do ciberespaço, comunicações por satélite, operações de naves espaciais, reconhecimento, sensibilização para o domínio espacial e monitorização ambiental.
Assim, os Estados Unidos, com base numa análise da utilização de sistemas espaciais para diversos fins durante a NOM, planeiam expandir significativamente as suas capacidades nesta área através (de facto) da absorção de empresas comerciais. Olá Elon Musk!
Tais sistemas serão utilizados para prever a situação de combate, fornecer controle e comunicações, alertar sobre um ataque de mísseis, organizar contramedidas eletrônicas, bem como em outros tipos de apoio às operações de combate.
E isso já sugere que os Estados Unidos, e no futuro seus aliados, não terão espaço não militar. Com todas as consequências que se seguem.
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Re: Notícias Espaciais (mundo afora)
Anomalia magnética no Brasil chama a atenção da Nasa; entenda
Anomalia aumenta probabilidade de danos por radiação
Home Último Segundo Brasil Anomalia magnética no Brasil chama a atenção da Nasa; entenda
27/05/2024 13:20
Uma preocupante anomalia magnética tem chamado a atenção de autoridades e cientistas, especialmente nas regiões sul e sudeste do Brasil. Segundo dados divulgados pelo governo dos Estados Unidos em relatório recente, a Anomalia Magnética do Atlântico Sul (AMAS) está em expansão, movendo-se em direção ao oeste.
A AMAS, uma área de enfraquecimento da magnetosfera terrestre, está sendo monitorada de perto por várias agências governamentais internacionais, incluindo a Agência Espacial Europeia (ESA) e a Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço (NASA). De acordo com os autores do relatório, a anomalia aumentou cerca de 5% em profundidade, aproximando-se de uma área onde a probabilidade de danos por radiação nos satélites é maior.
A preocupação com os impactos potenciais da AMAS é real, especialmente no que diz respeito aos danos aos satélites em órbita terrestre devido à exposição à radiação excessiva. Essa anomalia também pode interferir na propagação de ondas de rádio, afetando sistemas de comunicação e navegação.
"Essa região tem um campo mais enfraquecido, o que permite que partículas do vento solar adentrem nessa região com mais facilidade, intensificando o fluxo de partículas carregadas", explicou Marcel Nogueira, doutor em Física e pesquisador do Observatório Nacional.
A preocupação com a AMAS não se limita apenas aos danos aos satélites. O enfraquecimento do campo magnético na região pode levar à necessidade de os satélites entrarem em "stand by", desligando temporariamente alguns componentes para evitar danos.
Para entender melhor essa anomalia e seus potenciais impactos, agências espaciais estão intensificando os esforços de monitoramento e pesquisa. O Brasil, por exemplo, lançou recentemente o nanossatélite NanosatC-BR2 em uma missão voltada para o estudo da AMAS. Além disso, o país conta com dois observatórios magnéticos, em Vassouras (RJ) e Tatuoca (AM), focados em responder às principais perguntas sobre essa anomalia.
Quais são os perigos associados à anomalia magnética?
A intensidade do campo magnético nessa área é aproximadamente um terço da média global. Em 2020, a NASA destacou que grupos de pesquisa monitoram a Anomalia do Atlântico Sul (AAS) para se preparar para possíveis desafios futuros aos satélites e às atividades humanas no espaço.
Apesar das autoridades afirmarem que não há riscos imediatos para a saúde humana ou para as atividades cotidianas, a anomalia magnética pode causar danos por radiação aos satélites e interferir na propagação de sinais de rádio, especialmente à medida que continua a se expandir.
Por que a anomalia magnética é importante para a NASA?
Segundo a NASA, a radiação de partículas nessa região pode danificar os computadores de bordo e interferir na coleta de dados dos satélites que a atravessam. No entanto, a importância vai além disso.
A AAS também interessa aos cientistas da NASA como uma oportunidade de compreender melhor como essas mudanças afetam a atmosfera da Terra e como indicador do estado dos campos magnéticos terrestres em profundidade. Além disso, o recente enfraquecimento e divisão da anomalia em duas partes apresentam desafios adicionais para as missões de satélite.