jbmattos escreveu: ↑Sáb Mar 02, 2024 4:28 pm
Boa tarde @FCarvalho
Você está certo. Como eu disse, "SE dependesse" da minha vontade, ou seja, em um mundo ideal que não existe.
Hoje temos um "ajuntado" de quebra galhos, que devem capacidades que a Argentina tinha em 1982!
Ainda hoje não temos uma única aeronave com capacidade crível de ataque a navios. Na real, nem navios de guerra...
A discussão sobre porta aviões deveria começar em 2030, agora temos que brigar por uma marinha de fato, coisa que não temos.
Eu não concordo com o uso de caças embarcados. O que temos que buscar são navios como o Giuseppe Garibaldi, equipado com misseis, drones e aeronaves remotamente pilotadas. Mais efetivo e bem mais barato de manter e operar. Dá para termos dois.
Verba a marinha tem. SE, veja bem SE tivessem partido do zero para a compra da Meko 200 básica ao invés de reinventar a roda, teríamos 6 fragatas novas a um bom tempo.
Olá jb.
A marinha trabalha em seus planos com a posse e uso de recursos que lhe emprestem capacidade efetiva para dar conta das 4 variantes do emprego da teoria do poder naval, com a projeção de poder sendo a justificativa para a existência de um Nae em uma esquadra.
Mesmo que se entenda a priori que não precisamos, e não queremos, projetar poder em lugar algum ou sobre quem quer que seja, esta parte do poder naval pode ser aplicada adequada e objetivamente dependendo de cada situação. E nós temos algumas aqui que pleiteiam e embasam o seu uso no entorno estratégico traçado para nós, que é o Atlântico Sul, com o caribe e a costa ocidental sul americana junto ao pacífico à reboque, conforme o PEM 2040.
Não estou advogando que se mande construir um Nae amanhã, visto que nem sequer entendemos a existência de uma esquadra para o Brasil, mas, precisamos começar a pensar nesta hipótese como descrevi acima bem antes do atual plano encerrar-se daqui a 16 anos. É o tempo que leva para nós pensarmos direito, e decidirmos o que queremos da vida como país, e nossa relação com o mundo. Mas isso, creio, é pedir demais a um país cujo povo de analfabetos literais e funcionais e anecéfalos político, está sempre as voltas com suas mesquinharias e tibieza.
Por enquanto, o que temos a nossa frente é um quadro de desmanche total que precisa ser reconhecido e, tomadas todas as providências para evitar-se o colápso geral da esquadra, a começar do básico até o mais complexo sistema de superfície. com navios de patrulha, distritais, e posteriormente, navios de apoio e auxiliares, e por fim pensar em fragatas e semelhantes. E investir pesadamente em PDI, que é o que de fato nos garantirá no futuro que tenhamos aqui as condições necessárias para empenhar um projeto de Nae, se um dia esta for a nossa escolha política, e só depois militar.
Na minha ignóbil opinião, o projeto UMK VARAN do escritório de projetos russo Nevsky Desing Bureau - PKB, com sua modularidade a moda Meko tem qualidades que nos seriam adequadas daqui a vinte anos, dado que ele oferece, em teoria, a capacidade, e custos, que o capacitam desdobrar a partir do desenho básico do navio, diversas versões que podem derivar navios que são, e serão, necessários no futuro para substituir o pouco ou nada que temos por agora. É uma proposta de navio de apenas 45 mil ton e 250 metros de comprimento. Bem abaixo do que sê vê em termos de Nae mundo afora, mas, na minha perspectiva, bem dentro do que a MB anda pensando hoje em relação a este tipo de navio. Talvez valesse a pena conversar com os russos uma hora dessas e ver o que acontece. Mas antes precisamos arrumar uma esquadra para ele, claro.
Um mal é um mal. Menor, maior, médio, tanto faz… As proporções são convencionadas e as fronteiras, imprecisas. Não sou um santo eremita e não pratiquei apenas o bem ao longo de minha vida. Mas, se me couber escolher entre dois males, prefiro abster-me por completo da escolha.
A. Sapkowski