Com PIB que mais cresce, Guiana é centro de disputa como ‘nova Dubai’
País com o maior crescimento de Produto Interno Bruto (PIB) real do mundo passou de nação pobre a terra cobiçada após descoberta de petróleo em 2015.
6 de dezembro de 2023
Diante de ameaças do presidente da Venezuela de invadir a Guiana para anexar o território de Essequibo, o exército brasileiro enviou na terça-feira (5) blindados para Boa Vista, em Roraima, para impedir uma invasão por terra na fronteira entre Brasil e Venezuela, a fim de atacar Essequibo pelo sul. A região virou centro de disputa após a recente descoberta de reservas de petróleo na região.
Uma das nações mais pobres do Ocidente – num passado não tão distante – tornou-se hoje o país com o maior crescimento de Produto Interno Bruto (PIB) real do mundo. A economia Guiana cresceu 62,3% em 2022 (somando US$ 15,36 bilhões), segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI). Para 2023, o FMI projeta um PIB 38% maior e um crescimento “extremamente rápido” .
Olhando pelo retrovisor, oito anos antes, o PIB do pequeno país era um dos menores da América do Sul. E isso se deve à recente descoberta de recursos naturais, que colocou o país de pouco mais de 800 mil habitantes entre os maiores exportadores de petróleo do mundo. Mas a exploração só foi possível depois que foram encontrados bilhões de barris em águas profundas na região de Essequibo, que ocupa dois terços do território guianês.
Isso atraiu a disputa da região pela Venezuela, que reinvindica o petróleo encontrado em 2015, apontado ter sido em águas venezuelanas. À época, o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, prometeu lutar para provar que a área marítima onde o petróleo foi encontrado pela americana Exxon Mobil, a 200 quilômetros da costa, não é da Guiana.
Em 3 de dezembro, o caso foi julgado na Corte Internacional de Justiça, em Haia, que ordenou que a Venezuela não tome qualquer atitude que modifique a situação atual da região de 160 mil quilômetros quadrados, administrada e controlada pela Guiana.
Em seu perfil na rede X (antigo Twitter), Maduro disse que o “sol da Venezuela nasce em Essequibo e foi ratificado pelo país, no domingo”, em referência ao plebiscito levantado pelo mandatário em defesa da anexação do território. Mas esse movimento vem sendo visto como estratégia para tirar o foco da crise econômica e ganhar apoio da sociedade local.
Uma economia com crescimento meteórico
Antes de ser encontrado petróleo, o país tinha como principal produto de exportação o ouro, entre outros minérios. No entanto, estima-se que a extração do metal no país funcione de forma precária por garimpeiros por meio de uma fiscalização duvidosa.
Atualmente, o Banco Mundial estima que a Guiana tenha uma reserva de mais de 11,2 bilhões de barris de petróleo, incluindo cerca de 17 bilhões de pés cúbicos de reservas de gás natural. No ano passado, o petróleo foi quase 88% do total das exportações do país.
É esperado que o país continue a ser uma das economias de crescimento mais rápido, com taxas de dois dígitos em 2023 e 2024, à medida que campos petrolíferos adicionais entrem em operação, segundo o Banco Mundial.
Mas a prosperidade proporcionada pelo petróleo está também apoiando o crescimento nos setores de serviços, enquanto a agricultura, a mineração e a extração apresentam um bom desempenho, segundo o FMI, que projeta um crescimento real sustentado do PIB não petrolífero de 5,5%.
“Depois de um ano de 2022 forte, no primeiro semestre de 2023, o PIB real não petrolífero cresceu 12,3% […]. A balança corrente externa registrou um grande excedente em 2022, de 23,8% do PIB, e espera-se outro grande excedente em 2023. Os bancos estão bem capitalizados e têm liquidez“, aponta o órgão.
No médio prazo, a previsão do Banco Mundial é que o país registre um crescimento real médio de 20% ao ano para o PIB entre 2024 a 2028, sem criar desequilíbrios macroeconômicos. Também espera que o investimento público seja financiado principalmente pelas receitas do petróleo, e que a dívida pública diminua gradualmente no médio prazo. Em 2022, ela reduziu para 26% do PIB ante a 43,2% em 2021.
Riscos econômicos
Apesar das perspectivas favoráveis de crescimento no médio prazo para a Guiana, riscos não são descartados, a exemplo de maiores pressões inflacionárias e à apreciação da taxa de câmbio real.
O relatório aponta ainda que choques climáticos adversos (a Guiana corre alto risco de inundações, aumento do nível do mar e tempestades), e a volatilidade nos preços de commodities também podem impactar negativamente a economia.
Contra esse último, o Banco Mundial destaca que é necessário reformas estruturais a fim de diversificar a economia nacional e assim, reduzir a dependência do petróleo e a vulnerabilidade aos choques de preços.
A questão é que o progresso na economia com o petróleo não vem sendo suficiente para extinguir a pobreza no país, não havendo dados recentes para monitorar a redução. Ainda assim, a educação registrou progressos notáveis nos últimos anos em termos de acesso.
Em 2022, a Guiana alcançou 91% e 103% de matrículas nos níveis maternal e primário, respectivamente. Porém, os resultados de aprendizagem ainda precisam ser melhorados em todos os níveis, segundo o Banco Mundial.
De acordo com o Índice de Capital Humano de 2022, uma criança nascida na Guiana pouco antes da pandemia será apenas 50% tão produtiva quando crescer como poderia ser se desfrutasse de educação completa e saúde plena, o que permanece inferior do que a média da região da América Latina e do Caribe.
Quem é a sociedade guianense
Segundo o Banco Mundial, a população da Guiana é étnica e religiosamente diversa, abrangendo indo-guianenses, afro-guianenses, mestiços guianenses, ameríndios indígenas e outros que migraram após a abolição da escravidão.
É o único país da América do Sul em que o inglês é uma língua oficial, uma herança do período em que a nação foi uma colônia do Reino Unido. Mas a maioria da população tem como primeiro idioma o crioulo da Guiana, cuja base é o inglês.
Cerca de 90% dos habitantes vivem na estreita planície costeira, representando apenas 10% da área do país.
As inundações – que seguem aumentando dado às alterações climáticas e pela subida do nível do mar – são um risco grave, uma vez que grande parte da população e da atividade econômica e agrícola do país, incluindo sua capital, Georgetown, estão concentradas em áreas baixas ao longo da costa.
Entenda a disputa do território pela Venezuela
Tudo começou de uma confusão da divisão colonial, que em 1899 decretou que a região integrava a então Guiana Britânica. Passados 67 anos, os venezuelanos assinaram um acordo com Londres a fim de negociar os limites territoriais, tornando posteriormente a Guiana independente.
Mas a Venezuela resolveu interferir, negando o acordo em curso com o caso sendo remetido para a Organização das Nações Unidas (ONU). Após décadas em que a discussão estava paralisada, ela foi retomada nos últimos anos após a descoberta de petróleo e gás na região marítima.
https://investnews.com.br/economia/com- ... ova-dubai/
VENEZUELA
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Re: VENEZUELA
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Re: VENEZUELA
Elocubrando sobre a possibilidade da Rússia ajudar militarmente a Venezuela, que tipo de armamentos eles poderiam ceder?
Navios de transporte? Mais tanques? AAA? Alguns caças SU -30? Peças e manutenção para os caças já em operação na Venezuela? Artilharia?
Obs: tendo mente que 90% da força militar Russa deve estar focada na Ucrânia.
Navios de transporte? Mais tanques? AAA? Alguns caças SU -30? Peças e manutenção para os caças já em operação na Venezuela? Artilharia?
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Re: VENEZUELA
Duvido dar alguma coisa. Dias desses estavam passando o pires na Coreia do Norte pra munição de artilharia; e duvido que Putin dê algo pra Maduro se encrencar com o Brasil. Faz pouco tempo estavam sondando os helicópteros daqui, salvo engano os motores. Estão precisando de tudo e mais um pouco.
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Re: VENEZUELA
Dois pontos:Prefeitos de cidades brasileiras na fronteira com Venezuela e Guiana relatam apreensão
O movimento expressivo de blindados e militares é registrado no município de Pacaraima, enquanto a circulação de pessoas acontece normalmente em Bonfim
Prefeitos de cidades de Roraima, situadas na fronteira do Brasil com a Venezuela e a Guiana, acompanham a tensão entre os países vizinhos e relatam a apreensão com a possibilidade de um conflito na América do Sul.
O movimento expressivo de blindados e militares é registrado no município de Pacaraima, cidade ao Norte de Roraima, que fica na fronteira com a Venezuela. O Exército está posicionado em pontos estratégicos também em Uiramutã, outra cidade ao lado do país vizinho. Já em Bonfim, não há atuação das forças armadas.
O prefeito de Pacaraima, Juliano Torquato (Republicanos) informou à CNN que as autoridades federais não mantêm os poderes legislativo e executivo locais informados sobre as ações, o que segundo ele provoca apreensão na gestão e nas pessoas.
“Estamos apreensivos porque está sempre aumentando o número de militares e de equipamentos nunca vistos antes em Pacaraima e a gente fica preocupado. Fica nossa indignação pela falta de informação ao próprio poder que representa o povo e a população de Pacaraima”, reclamou Torquato.
https://www.cnnbrasil.com.br/nacional/p ... apreensao/
1) a cobertura da CNN indiscutivelmente está sendo a mais atualizada;
2) povo quer ser avisado com antecedência de operação militar em um cenário de escalada de tensões. Só no Brasil mesmo....
Tudo estaria perdido se o mesmo homem, ou o mesmo corpo dos principais, ou dos nobres, ou do povo exercesse os três poderes: o de fazer as leis, o de executar as resoluções públicas e o de julgar. (MONTESQUIEU. O Espírito das Leis. Livro XI, Cap. VI)
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Re: VENEZUELA
Na minha opinião, quem tem igual interesse na instalação do caos no quintal dos EUA é a china e o Iran, com este sendo o mais provável de mandar armas à Venezuela, como drones, mísseis e foguetes, da mesma forma que faz com os Houthis no Iêmen. Desses três aliados da Venezuela, o Iran é o que promove ações mais abertamente e por isso acho que seria o principal fornecedor de armas para a Venezuela, já que ambos os regimes possuem histórico recente de cooperação na área militar. A china, após a recente visita do Xi Jiping aos EUA, em que adotou um discurso de conciliação com o seu rival, dificilmente apoiará a Venezuela abertamente, podendo enviar algum equipamento menos vistoso, como equipamento individual ou até drones comerciais pequenos, mas, como eu disse, de forma velada e discreta. A Rússia que não tem nem para ela, acho que ficará apenas no apoio político, podendo enviar alguns consultores militares para apoiar a Venezuela.BRAZIL7.62 escreveu: ↑Sáb Dez 09, 2023 3:31 pm Elocubrando sobre a possibilidade da Rússia ajudar militarmente a Venezuela, que tipo de armamentos eles poderiam ceder?
Navios de transporte? Mais tanques? AAA? Alguns caças SU -30? Peças e manutenção para os caças já em operação na Venezuela? Artilharia?
Obs: tendo mente que 90% da força militar Russa deve estar focada na Ucrânia.
Isso que eu coloquei é uma opinião pessoal e sem embasamento técnico blz?! Estou fazendo uma leitura da situação com base nas informações que li e interpretei. Espero adicionar algo, nem que seja para ser contraditado, o que será uma grande honra e ajudará no debate.
Att
Renato Maurer
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Re: VENEZUELA
Eles tem o tal de radar passivo chinês, foi visto na 'comemoração da rebelião bolibanana' esses dias.
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Re: VENEZUELA
Essas falas suaves do Maduro não passa de cortina de fumaça, ao meu ver.
Ou ele recebeu uma conversa pé de orelha e botou o galho dentro. Do Lula que não foi.
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Re: VENEZUELA
Ontem o Maduro assinou decretos para transformar o Essequibo em estado venezuelano.
https://veja.abril.com.br/mundo/maduro- ... na-guiana/
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Re: VENEZUELA
Num forum em espanhol encontrei, no debate sobre a crise entre Venezuela e Guyana, esta cópia de um comunicado do ministro da defesa da Venezuela para os militares venezuelanos. A metade dos militares terá folga de 15 dias entre 12 a 27 de dezembro e os outros 50% terão folga entre 28/12 a 12/01. Neste período o horário de trabalho será das 07:30 às 13:00. A ser verdadeira tal informação não há qualquer preparativo para uma possível guerra. Tudo não passaria de uma patuscada do Maduro.
Todas coisas que nós ouvimos são uma opinião, não um fato. Todas coisas que nós vemos são uma perspectiva, não a verdade. by Marco Aurélio, imperador romano.
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Re: VENEZUELA
delmar escreveu: ↑Sáb Dez 09, 2023 9:14 pm
Num forum em espanhol encontrei, no debate sobre a crise entre Venezuela e Guyana, esta cópia de um comunicado do ministro da defesa da Venezuela para os militares venezuelanos. A metade dos militares terá folga de 15 dias entre 12 a 27 de dezembro e os outros 50% terão folga entre 28/12 a 12/01. Neste período o horário de trabalho será das 07:30 às 13:00. A ser verdadeira tal informação não há qualquer preparativo para uma possível guerra. Tudo não passaria de uma patuscada do Maduro.
Pode não ser nada, mas me parece que isso foi publicado em outubro e só carimbaram dezembro por cima:
Assim, poderiam estar apenas sossegando a boiada antes do abate.
“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”
P. Sullivan (Margin Call, 2011)
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Re: VENEZUELA
Também pensei nisto, mas parece que a data é mesmo 12, encoberta pela assinatura. O texto faz referência ao "referendo consultivo" que só foi organizado em dezembro. Mas também pode ser um documento falso. Achei interessante.
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Re: VENEZUELA
Não ter como ser 12, conterrâneo, observes mais acima a parte do horário, ali tem 12 e 00, não há risco de assinatura que permita tale confusão entre 0 e 2, é 10 (outubro) mesmo. Ampliado:
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Re: VENEZUELA
Entre otros asuntos, se podría buscar resucitar el interés de la rusa Rosneft en la Plataforma Deltiana, una zona muy próxima al mar no delimitado con Guyana y donde Rosneft ya realizó algunas exploraciones", vaticinó Mariano de Alba, asesor senior del Crisis Group.
"China ha metido mucho dinero en Guyana y Venezuela, por lo tanto tiene influencia geopolítica en ambos lados de la frontera esequiba. Su rol es decisivo en este fuego pirotécnico. Del lado guyanés, China es incluso socia de EEUU a través de la petrolera ExxonMobil. Ajedrez puro, no apto para micropolíticos", ironizó Piero Trepiccione, politólogo cercano al "think-tank" de los jesuitas.