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Mensagem
por FCarvalho » Qui Nov 23, 2023 12:29 pm
Para ser bem honesto, a meu ver a MB no máximo deve se esforçar para agregar 2 unidades da Meko 100 as 4 originais e entregar tudo até 2030, e fechar um grande negócio com a TKMS para construir 12 NaPaOc BR, com entregas a partir de 2031. Com alguma sorte e boa gestão, podemos obter todos os navios até 2042.
A Meko 100 possui tal versão e não seria nenhum problema conseguir a entrega de um navio por ano a partir de 2031 até completar as 12 unidades. São navios que devem custar menos da metade do preço que pagamos pelas Tamandaré e serão de muito mais ajuda à vigilância e proteção da ZEE do que as 6 fragatas que hora se planeja. E óbvio, podem ser conseguidas em muito maior quantidade e menor custos para manutenção e operação.
A economia que faríamos ao longo da próxima década tendo que construir mais A100, A200, ou outras versões das MEKO, podem ser muito bem voltadas para a construção dos muitos meios de patrulha, apoio e auxiliares de que precisamos, para ontem. E a maioria, senão todos, podem ser construídos nos estaleiros do país, com as óbvias implicações de retorno fiscal, emprego e renda, além da PDI envolvida no desenvolvimento de novos projetos.
Uma Tamandaré está nos custando, em tese, coisa de US$ 300 a 400 milhões de dólares por unidade. Uma MEKO A100 OPV não deve custar mais do que US$ 100 a 120 milhões a unidade, desde que a MB não invente de abrasileirar demais estes navios. Os custos de construção com certeza podem, e seriam, diluídos tendo em vista já termos em Itajaí tudo o que é preciso, além de obviamente serem navios mais compactos e leves, utilizando a mesma mão de obra, sistemas e equipamentos existentes nas Tamandaré. Ganhamos no custo de escala de produção.
E se alguém reclamar que estes navios não podem ser usados como navios de guerra pela MB, é bom lembrar que elas são extremamente modulares, e tal como o projeto dos NaPa 500BR prevê, elas podem ser construídas com a mesma capacidade de receber, quando e se necessário, módulos de armamento e sistemas adequados ao seu emprego em combate. E como não se espera que o Brasil vá a algum lugar ou tenha que lidar com eventuais problemas em seu entorno que as Tamandaré não consigam lidar, são uma solução complementar mais que adequada.
Na minha opinião, deveriam ser construídas 18 unidades a fim de permitir um simples esquadrão de 3 navios para cada DN ao longo da costa. É o mínimo plausível que se pode esperar de uma marinha que consiga pelo menos marcar presença em toda a extensão da nossa ZEE e alhures, quando for o caso.
A MEKO OPV possui apenas 98 metros, 14 metros de boca, e pesa no máximo 1800 ton.
Carpe Diem