O futuro da AAAe no Brasil
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
Desdobramentos para o futuro da defesa AAe indiana.
Indias DRDO expands extended range air defence system ERADS with new interceptor missile
https://idrw.org/indias-drdo-expands-ex ... r-missile/
Comprar sistemas AAe da Índia pode ser, afinal, uma ótima oportunidade para nós, se olharmos além da ponta do próprio nariz.
Indias DRDO expands extended range air defence system ERADS with new interceptor missile
https://idrw.org/indias-drdo-expands-ex ... r-missile/
Comprar sistemas AAe da Índia pode ser, afinal, uma ótima oportunidade para nós, se olharmos além da ponta do próprio nariz.
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
Parece que neste caso a Tata fabrica os veículos lançadores.FCarvalho escreveu: ↑Dom Out 01, 2023 5:29 pm A Índia tem muito mais coisas interessantes a serem vistas do que apenas o Akash.
https://www.tataadvancedsystems.com/roc ... -launchers
Att.
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
Creio que os lançadores TEL e os veículos sejam a parte da empresa nos sistemas. Os mísseis são de projeto do DRDO, mas quem fabrica não sei. Preciso procurar. São muitas informações, e pouco claras.
A TATA parece fazer o papel de integradora dos sistemas. Junta todas as peças, testa, avalia e põe para funcionar. Não creio que haja uma linha de produção tradicional no caso destes sistemas. Está mais para uma linha de montagem, tipo lego.
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
Parece notícia velha, mas, com o atual imbróglio dos israelenses em Gaza, e a AEL fechando parceria com os alemães da Dielh para oferecer o sistema IRIS-T AAe, vai ficar difícil para eles arrumarem uma boquinha nesse programa do MD se as nuvens diplomáticas entre ambos os lados não se dissiparem.
A Embraer de público não se manifesta sobre o programa AAe Média Altura, mesmo sabendo que os seus radares e outros sistemas C4ISR fazem parte da ideia do MD em dispor dos mesmos para o sistema a ser adotado. E nem se aliou a qualquer empresa estrangeira para oferecê-los formalmente ao EB, que é o gestor do processo.
A Avibras continua cega, surda e muda também em relação a este programa, mesmo com os investimentos sauditas alegadamente servindo para tirar a empresa do buraco em que se enfiou. E também publicamente nenhuma empresa de fora chegou a oferecer-lhe parceria neste negócio.
A ARES junto com a IAI, pode ser outra concorrente com o sistema Barak e\ou Spider. Mas, novamente, se nada mudar nas relações já pouco amistosas entre o governo brasileiro e Israel, as chances destes sistemas diminuem bastante, mesmo com toda a influência deles por aqui.
Dos indianos poderia vir alguma solução, mas tudo depende do KC-390 ser comprado ou não. O EB e posteriormente FAB e MB foram à India passear e ver o que há por lá. Devem ter cada um tratado dos temas de seu interesse. Como a quantidade de aviões é muito grande e será exigido off set, determinado pelos indianos, a ver no que podemos conseguir desta possível venda, e como a Defesa será aquinhoada ou não com ela. As demandas para a compra de sistemas indianos podem não ser exatamente tão atrativas em termos de custos quanto se possa supor.
Ainda há eventuais propostas da Turquia e que não foram mostradas em público, assim como a China segue discreta nesta concorrência. Dos USA aparentemente não vem nada, bem como da Rússia, vide as ameaças estadunidenses sobre qualquer um que comprar armamento deles.
Enfim, as alternativas continuam por enquanto as mesmas que se sabe desde há algum tempo. Se teremos surpresas, acho difícil, pois está ficando cada vez mais claro que o EB não terá todas as verbas necessárias para fazer andar este programa tão cedo. E com a guerra na Ucrânia, a corrida por material militar está jogando o preço de quase tudo nas alturas, principalmente dos fornecedores tradicionais que temos. E isso terá um impacto significativo para as decisões aqui tendo em vista os riscos associados às contas públicas deficitárias.
Vamos aguardar para ver quem tira vai dar arrego primeiro.
A Embraer de público não se manifesta sobre o programa AAe Média Altura, mesmo sabendo que os seus radares e outros sistemas C4ISR fazem parte da ideia do MD em dispor dos mesmos para o sistema a ser adotado. E nem se aliou a qualquer empresa estrangeira para oferecê-los formalmente ao EB, que é o gestor do processo.
A Avibras continua cega, surda e muda também em relação a este programa, mesmo com os investimentos sauditas alegadamente servindo para tirar a empresa do buraco em que se enfiou. E também publicamente nenhuma empresa de fora chegou a oferecer-lhe parceria neste negócio.
A ARES junto com a IAI, pode ser outra concorrente com o sistema Barak e\ou Spider. Mas, novamente, se nada mudar nas relações já pouco amistosas entre o governo brasileiro e Israel, as chances destes sistemas diminuem bastante, mesmo com toda a influência deles por aqui.
Dos indianos poderia vir alguma solução, mas tudo depende do KC-390 ser comprado ou não. O EB e posteriormente FAB e MB foram à India passear e ver o que há por lá. Devem ter cada um tratado dos temas de seu interesse. Como a quantidade de aviões é muito grande e será exigido off set, determinado pelos indianos, a ver no que podemos conseguir desta possível venda, e como a Defesa será aquinhoada ou não com ela. As demandas para a compra de sistemas indianos podem não ser exatamente tão atrativas em termos de custos quanto se possa supor.
Ainda há eventuais propostas da Turquia e que não foram mostradas em público, assim como a China segue discreta nesta concorrência. Dos USA aparentemente não vem nada, bem como da Rússia, vide as ameaças estadunidenses sobre qualquer um que comprar armamento deles.
Enfim, as alternativas continuam por enquanto as mesmas que se sabe desde há algum tempo. Se teremos surpresas, acho difícil, pois está ficando cada vez mais claro que o EB não terá todas as verbas necessárias para fazer andar este programa tão cedo. E com a guerra na Ucrânia, a corrida por material militar está jogando o preço de quase tudo nas alturas, principalmente dos fornecedores tradicionais que temos. E isso terá um impacto significativo para as decisões aqui tendo em vista os riscos associados às contas públicas deficitárias.
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
Barak, Spyder, Iris-T SLM, qq um desses nos atende. O problema é outro. E vem da Índia.
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
"A medida que a complexidade aumenta, as declarações precisas perdem relevância e as declarações relevantes perdem precisão." Lofti Zadeh
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
Nada de novo. Tem a ver com os 40 minutos de vídeos do MD indiano com as demonstrações para o Comandante do EB, com os indianos ventilando para a imprensa que em troca da eventual a aquisição dos KC-390 querem nos vender material bélico.
A propósito: embora na concorrência da India esteja participando o A-400M, os requisitos deles são para um Airlift de até 30 toneladas de carga. A nossa aeronave acaba sendo a melhorl e estamos oferecendo produção local.
Re: O futuro da AAAe no Brasil
As vezes tenho a impressão que esse programa de AAe é semelhante ao programa de caças argentino. Muito grupo de trabalho, viagens, propagandas...e postergação para quando houver recursos (mas, se sair, vai ser na base do escambo com o kc 390).
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
O RFI do MTA cita a aquisição entre 40 e 80 aeronaves.
É expressivo e o Brasil vai ter muitos ganhos caso vença. É um negócio que pode chegar a USD 10 bi. Daí o modo cômodo dos indianos em querer vender como contrapartida do jeito que eles querem.
- FCarvalho
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
Se tem uma coisa que acho os militares aqui vão bater pé em relação a eventuais off set com os indianos é não receber nada que esteja fora dos RO e RTLI apostos até o momento para os programas estratégicos.
O cmte do EB foi lá na Índia e deve ter conversado muito sobre os projetos que a força tem... e seus requisitos. Eles não vão aceitar simplesmente qualquer coisa que queiram entubar. Preferem ficar sem, se não for do jeito estipulado pela força.
Principalmente esse programa da AAe Média Altura, em que basicamente vamos comprar os mísseis e alguns sistemas de apoio. O resto, a parte do recheio que é a mais importante, está sendo desenvolvida aqui. E isso é um argumento muito forte junto ao governo a fim de evitar quaisquer trombadas políticas neste negócio.
Eu penso que além do Akash NG, os caras do exército devem ter feito muitas perguntas sobre o Barak 8 em uso na Índia e suas versões propostas.
O cmte do EB foi lá na Índia e deve ter conversado muito sobre os projetos que a força tem... e seus requisitos. Eles não vão aceitar simplesmente qualquer coisa que queiram entubar. Preferem ficar sem, se não for do jeito estipulado pela força.
Principalmente esse programa da AAe Média Altura, em que basicamente vamos comprar os mísseis e alguns sistemas de apoio. O resto, a parte do recheio que é a mais importante, está sendo desenvolvida aqui. E isso é um argumento muito forte junto ao governo a fim de evitar quaisquer trombadas políticas neste negócio.
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
Depois dos testes em Parintins, o M200 Vigilante será homologado em curto espaço de tempo. Após isso o EB irá demandar algumas unidades para o SISFRON e encaminhar a evolução continua do projeto junto à EDS. Os trabalhos na finalização do protótipo do M200 Multimissão devem ser completados ano que vem, com a apresentação do mesmo em 2024 ou 2025. Os testes devem seguir-se durante os próximos anos, de forma que ambos os radares estejam prontos e homologados para uso antes de 2030.
O planejamento segue sendo o de utilizar os radares da Embraer no sistema de defesa AAe Média Altura, com os subsistemas sendo desenvolvidos concomitantes os radares, como a parte de comando e controle, comunicações, e logística. Daí a importância da aquisição de algumas unidades a fim de fomentar a produção, e permitir formação e informações sobre o desempenho operacional dos mesmos, para a correção de eventuais discrepâncias. As três forças devem adquirir umas poucas unidades para avaliação e testes operacionais.
Se tudo der certo, talvez ano que vem seja emitido um RFQ\RFI para o sistema AAe a fim de selecionar oficialmente os licitantes do processo. Eu acredito que possa haver modificações no atual RO e RTLI do sistema de acordo com os resultados dos testes nos sistemas que estão sendo desenvolvidos no país. Ademais, ano que vem o EB ainda vai estar batendo cabeça com a compra de novos materiais de artilharia de campanha AR e AP SR. A assinatura desse contrato pode ser em 2024, ou no primeiro semestre de 2025, depois das negociações.
Assim, selecionar qual sistema AAe Média Altura deverá ser o próximo passo a partir de 2025 ou 2026.
O planejamento segue sendo o de utilizar os radares da Embraer no sistema de defesa AAe Média Altura, com os subsistemas sendo desenvolvidos concomitantes os radares, como a parte de comando e controle, comunicações, e logística. Daí a importância da aquisição de algumas unidades a fim de fomentar a produção, e permitir formação e informações sobre o desempenho operacional dos mesmos, para a correção de eventuais discrepâncias. As três forças devem adquirir umas poucas unidades para avaliação e testes operacionais.
Se tudo der certo, talvez ano que vem seja emitido um RFQ\RFI para o sistema AAe a fim de selecionar oficialmente os licitantes do processo. Eu acredito que possa haver modificações no atual RO e RTLI do sistema de acordo com os resultados dos testes nos sistemas que estão sendo desenvolvidos no país. Ademais, ano que vem o EB ainda vai estar batendo cabeça com a compra de novos materiais de artilharia de campanha AR e AP SR. A assinatura desse contrato pode ser em 2024, ou no primeiro semestre de 2025, depois das negociações.
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
Vão comprar 2 baterias pra formar doutrina e ficar por isso mesmo.
I know the weakness, I know the pain. I know the fear you do not name. And the one who comes to find me when my time is through. I know you, yeah I know you.
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
Espero que comprem o menos possível pois na atual conjuntura é difícil tomarem uma boa decisão.
Re: O futuro da AAAe no Brasil
Mas quando foi que tivemos uma "boa conjuntura"? A oportunidade é esta, que se consiga explorá-la até a última gota...