Quanto a capacidade de emprego do MSS 1.2 no exército, existem os PelAC e\ou Seções AC nas CiaCmdoAP e\ou PelCmdoAp das brigadas e respectivas subunidades, tendo sido escolhidas para compor a FORPRON em 2020 as seguintes:
- Brigada de Infantaria Paraquedista (Bda Inf Pqdt);
- 12ª Brigada de Infantaria Leve (Aeromóvel) [12ª Bda Inf L (Amv)];
- 15ª Brigada Infantaria Mecanizada (15ª Bda Inf Mec);
- 23ª Brigada Infantaria de Selva (23ª Bda Inf Sl);
- 4ª Brigada Cavalaria Mecanizada (4ª Bda C Mec); e
- 5ª Brigada de Cavalaria Blindada (5ª Bda C Bld).
A partir do ano de 2021 foram adicionadas outras OM, como segue:
- 1ª Brigada de Infantaria de Selva (1ª Bda Inf Sl), de Boa Vista – RR
- 10ª Brigada de Infantaria Motorizada (10ª Bda Inf Mtz), com sede em Recife – PE.
fonte:
https://bdex.eb.mil.br/jspui/bitstream/ ... 20LEVY.pdf (2021)
Além destas OM, a brigada de operações especiais também deve receber prioridade na adição destes sistemas dentro do projeto da FORPRON.
Não consta neste estudo a participação da 4a Bda Inf Lv (Mth), mas é possível que seja aquinhoada também, em vista de ser uma tropa leve com vocação para operações de pronto emprego dentro do EB. Da mesma forma, a 9a Bda Inf Mtz (que encontra-se em processo de transformação para mecanizada) já foi incluída dentro do processo de organização da FORPRON.
Há ainda a participação de módulos, como cito no estudo acima, de várias OM pertencentes a diversas brigadas ou OM ao longo do país, em diversos quadros e armas.
Como disse anteriormente, ao menos do ponto de vista deste projeto, a composição dos Pelotões e seções AC das Unidades e subunidades das brigadas dispõe ao exército a capacidade de impor aquisições de bem mas que 100 sistemas de lançamento e quiçá milhares de mísseis.
Ainda temos as escolas militares e centros de formação que precisam ser mobiliados também com tal sistema. Como a Forpron já possui GU integrados ao projeto desde 2021, pode-se dizer que elas seriam as primeiras a ganhar seus exemplares do MSS 2.0 de forma a poder começar a instruir e determinar doutrina de uso das tropas em relação a este equipamento.
A mim me parece que esta parceria entre Edge Group e SIATT finalmente trará luz a esse poço sem fundo que se tornou o projeto do míssil AC nacional. A ver como e se o atual PAC irá dispor verbas para esse programa ou se ele segue na dependência exclusiva de insumos financeiros do parceiro árabe. Se for isso, ao menos julgo que o exército tenha o compromisso e a responsabilidade consigo mesmo de alocar as verbas necessárias para a aquisição dos modelos modernizados do seu próprio míssil quando estiver pronto, ou simplesmente estaremos repetindo mais do mesmo de sempre. É possível pensar que a SIATT disponha também em seus computadores de versões aprimoradas e diferentes do MSS 1.2 que seriam usadas em diversos tipos de vetores, como chegou a ser planejado no início deste projeto. Agora é questão de paciência e acompanhar como se desdobrarão as relações entre a empresa nacional, o grupo estrangeiro, o exército e suas eternas limitações de recursos.