O PASSARALHO (passarinho + @FCarvalho) parece que num sabe.
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Moderadores: J.Ricardo, Conselho de Moderação
Eu discordo. Nós estamos numa situação em que quem não escolhe um lado, terá um lado escolhido por si pelos outros. A União Européia já está criticando abertamente o Lula pelo puxa-saquismo em relação ao Putin e pela posição política completamente imbecil em relação da Guerra da Ucrânia. É uma questão de tempo até que esteja na Casa Branca alguém não afligido pelo mal de Alzheimer e que deseja entreter a idéia de bloquear a venda dos motores F414-GE-39E pros Gripens da FAB por essa ambiguidade diplomática covarde do capacho ideológico que a maioria da população colocou no Palhaço do Planalto. A posição política do Bolsonabo já era um desastre mas piorou muito com o Lula. Em relação à nossas relações com a China, eles dependem mais de nós do que nós deles. Tem gente no mundo inteiro com dinheiro querendo comprar nossos grãos e nossa carne, mas um fornecedor de alimentos do nosso calibre só há nos EUA. Não tem mais um outro país sequer que consegue saciar a fome da China.
Oi FCarvalho.FCarvalho escreveu: ↑Qui Jun 22, 2023 4:04 pmOlá Fábio,Fábio Machado escreveu: ↑Qui Jun 22, 2023 3:38 pm FCarvalho,
creio que sua analise não é correta, pois reduz a posição dos governos brasileiros como ideologica e ignora a situação delicada do Brasil que está se equilibrando entre o oriente e o ocidente. Como eu disse, a era dos alinhamentos automáticos acabou. Nossa economia é puxada pelo crescimento da China (aliado dos russos) e nosso agronegócio depende de insumos importados da Russia. São fatores estratégicos bastante relevantes para não nos envolvermos nesse conflito. vamos supor, se o Brasil realizar a venda, consiguiriamos suportar eventual pressão por parte dos russos no campo dos fertilizantes sem que haja impacto dos preços de nossos produtos agricolas? se a resposta é negativa, então não tem negócio. Infelizmente a BID vai ter que engolir essa.
Como eu disse, as decisões por aqui em termos diplomáticos já faz tempo não são tomadas tendo em vista os diversos cenários no longo prazo, mas sobretudo levando em conta apenas e tão somente fatores internos e temporais que trazem à reboque a política atrás de si, como é o caso do agronegócio.
O que quero dizer é que ao invés de aproveitar todo este cenário de conflito na Europa e o reposicionamento dos países em vista dele para mudar as bases das relações que temos com todos os atores de ambos os lados em nosso favor, simplesmente não fizemos nada. Ficamos na mesma de sempre. Tentando parecer algo que não somos, não seremos e nem temos.
O governo sabia da nossa dependência de insumos russos para o agronegócio desde fevereiro de 2022. E não fizemos absolutamente nada para mudar isso desde então. Por quê? Já tem mais de um ano e meio.
Pode-se dizer o mesmo em relação a inúmeras outros setores econômicos, industriais e tecnológicos, nos quais europeus e norte americanos em nada nos favoreceram, pelo contrário, concorriam para que nosso fracasso. E foi ficando tudo por isso mesmo.
A China é nosso maior parceiro econômico. Certo. Mas logo atrás vem USA e UE, que não por acaso tem mais acesso ao mercado brasileiro do que os chineses. O volume de negócios é sempre muito importante, mas não é só isso. As bases e o histórico em que foram construídos conta também. E neste aspecto, ninguém aqui em são juízo troca passar férias em Miami ou Paris por Pequim ou Xangai. Lógico, os donos do dinheiro. E isso é pensando no passado mas com um olho no futuro bem mais lá na frente. A nossa cultura econômica aqui não abre mão disso. Faz parte da nossa escola de formação intelectual, diplomática, militar e de visão de mundo.
A pergunta que faço é: quando é que vamos aprender de vez que só existe um lado que interessa nas relações que temos com outros países, o nosso?
As criticas, de ambos os lados, são naturais.Viktor Reznov escreveu: ↑Qui Jun 22, 2023 10:22 pmEu discordo. Nós estamos numa situação em que quem não escolhe um lado, terá um lado escolhido por si pelos outros. A União Européia já está criticando abertamente o Lula pelo puxa-saquismo em relação ao Putin e pela posição política completamente imbecil em relação da Guerra da Ucrânia. É uma questão de tempo até que esteja na Casa Branca alguém não afligido pelo mal de Alzheimer e que deseja entreter a idéia de bloquear a venda dos motores F414-GE-39E pros Gripens da FAB por essa ambiguidade diplomática covarde do capacho ideológico que a maioria da população colocou no Palhaço do Planalto. A posição política do Bolsonabo já era um desastre mas piorou muito com o Lula. Em relação à nossas relações com a China, eles dependem mais de nós do que nós deles. Tem gente no mundo inteiro com dinheiro querendo comprar nossos grãos e nossa carne, mas um fornecedor de alimentos do nosso calibre só há nos EUA. Não tem mais um outro país sequer que consegue saciar a fome da China.
Exatamente. Fora que para os interesses do Brasil é bem melhor um mundo multipolar. Ou seja, não é do nosso interesse se aliar com um lado. Temos é que continuar lidando com os dois e pronto. Se China e EUA querem fazer guerra comercial, que nos deixem de fora.Fábio Machado escreveu: ↑Sex Jun 23, 2023 12:40 amOi FCarvalho.FCarvalho escreveu: ↑Qui Jun 22, 2023 4:04 pm
Olá Fábio,
Como eu disse, as decisões por aqui em termos diplomáticos já faz tempo não são tomadas tendo em vista os diversos cenários no longo prazo, mas sobretudo levando em conta apenas e tão somente fatores internos e temporais que trazem à reboque a política atrás de si, como é o caso do agronegócio.
O que quero dizer é que ao invés de aproveitar todo este cenário de conflito na Europa e o reposicionamento dos países em vista dele para mudar as bases das relações que temos com todos os atores de ambos os lados em nosso favor, simplesmente não fizemos nada. Ficamos na mesma de sempre. Tentando parecer algo que não somos, não seremos e nem temos.
O governo sabia da nossa dependência de insumos russos para o agronegócio desde fevereiro de 2022. E não fizemos absolutamente nada para mudar isso desde então. Por quê? Já tem mais de um ano e meio.
Pode-se dizer o mesmo em relação a inúmeras outros setores econômicos, industriais e tecnológicos, nos quais europeus e norte americanos em nada nos favoreceram, pelo contrário, concorriam para que nosso fracasso. E foi ficando tudo por isso mesmo.
A China é nosso maior parceiro econômico. Certo. Mas logo atrás vem USA e UE, que não por acaso tem mais acesso ao mercado brasileiro do que os chineses. O volume de negócios é sempre muito importante, mas não é só isso. As bases e o histórico em que foram construídos conta também. E neste aspecto, ninguém aqui em são juízo troca passar férias em Miami ou Paris por Pequim ou Xangai. Lógico, os donos do dinheiro. E isso é pensando no passado mas com um olho no futuro bem mais lá na frente. A nossa cultura econômica aqui não abre mão disso. Faz parte da nossa escola de formação intelectual, diplomática, militar e de visão de mundo.
A pergunta que faço é: quando é que vamos aprender de vez que só existe um lado que interessa nas relações que temos com outros países, o nosso?
Então, não é uma situação tão simples. A brasileirada pode até passar férias em Miami, mas quem tá pagandoa conta são os chineses. Hoje o volume de comércio com a china supera os europeus e americanos juntos, no mais, são eles os responsáveis pela maior parte de nosso superavit comercial, além de serem investidores importantes em vários setores. Em outras palávras, o Brasil depende economicamente da China para crescer, mais do que em relação aos outros.
Em relação aos russos, eles sabem de nossa dependência em relação aos seus fertilizantes e usam isso abertamente para cultivar nossa neutralidade. Para sanar essa situação, demandará anos de investimento, não existe solução de curto prazo aí. A segurança do agro negócio é crucial para a nossa saúde economica e nossa segurança alimentar, nenhum governo em sã consciência colocaria isso em risco por causa de uma possível venda de quatro centenas de blindados.
Olá Fábio.Fábio Machado escreveu: ↑Sex Jun 23, 2023 12:40 am Oi FCarvalho.
Então, não é uma situação tão simples. A brasileirada pode até passar férias em Miami, mas quem tá pagandoa conta são os chineses. Hoje o volume de comércio com a china supera os europeus e americanos juntos, no mais, são eles os responsáveis pela maior parte de nosso superavit comercial, além de serem investidores importantes em vários setores. Em outras palávras, o Brasil depende economicamente da China para crescer, mais do que em relação aos outros.
Em relação aos russos, eles sabem de nossa dependência em relação aos seus fertilizantes e usam isso abertamente para cultivar nossa neutralidade. Para sanar essa situação, demandará anos de investimento, não existe solução de curto prazo aí. A segurança do agro negócio é crucial para a nossa saúde economica e nossa segurança alimentar, nenhum governo em sã consciência colocaria isso em risco por causa de uma possível venda de quatro centenas de blindados.
Olá Poti,Poti escreveu: ↑Sex Jun 23, 2023 12:42 pm Exatamente. Fora que para os interesses do Brasil é bem melhor um mundo multipolar. Ou seja, não é do nosso interesse se aliar com um lado. Temos é que continuar lidando com os dois e pronto. Se China e EUA querem fazer guerra comercial, que nos deixem de fora.
Agora, da mesma forma que dependemos da China e exportamos 90bilhões para eles em 2022, eles também sofreriam muito se cortássemos relações com eles. Por isso é que considero que China e Brasil tem laço forte, pois seria péssimo para a economia de ambos um afastamento. Quanto aos ocidentais, penso que suas economias são independentes da nossa e podem nos fazer embargo com facilidade sem afundar.
Em suma, acho que não vender esses blindados é uma pena, mas uma escolha que faz sentido.
Estava vendo hoje o Netanyahu falando que não vai mandar armas para Ucrânia pois seria terrível uma inimizade com a Rússia na Síria. Países tem interesses e sinceramente defender interesses que não sejam os nossos é idiotice.
Agora, precisamos de fato ter formas armadas mais imponentes, mas creio que nossa sociedade não enxerga com os mesmos olhos.
Falando nisso, vi que mais um batalhão da 9a Brigada se tornou mecanizado. Só sobrou o dois de ouro como motorizado.
Não entendi, é venda ou presente?Além de financiar exportações brasileiras à Argentina, Lula garantiu a Alberto Fernández que o BNDES, a despeito dos riscos, vai mesmo bancar a venda de 150 blindados Guarani aos hermanos.
Trata-se de um presente de pelo menos 350 milhões de reais.
Empréstimos com juros de -100% ao ano. Pelo menos vai servir pra ajudar a manter a linha do Guarani em funcionamento e contribuir pra empregabilidade do pessoal lá.pewdiepie escreveu: ↑Seg Jun 26, 2023 9:55 pmNão entendi, é venda ou presente?Além de financiar exportações brasileiras à Argentina, Lula garantiu a Alberto Fernández que o BNDES, a despeito dos riscos, vai mesmo bancar a venda de 150 blindados Guarani aos hermanos.
Trata-se de um presente de pelo menos 350 milhões de reais.
É presente, vamos levar calote com certeza.pewdiepie escreveu: ↑Seg Jun 26, 2023 9:55 pmNão entendi, é venda ou presente?Além de financiar exportações brasileiras à Argentina, Lula garantiu a Alberto Fernández que o BNDES, a despeito dos riscos, vai mesmo bancar a venda de 150 blindados Guarani aos hermanos.
Trata-se de um presente de pelo menos 350 milhões de reais.
Dá-lhe bola de cristal!!!