UM MBT NACIONAL

[J.Ricardo]

Não sei se haverá tanta coisa sobrando assim no mercado, me parece sim que estão se livrando de muita coisa que estava parada enviando para a Ucrânia, como os Leos mais antigos, sobrou até para os até então rejeitados Guepards, que agora é o queridinho da Ucrânia.
Acho que vai ficar mais caro mesmo, pq muitos países da OTAN estão vendo a burrada que foi abandonar seus MBT e vão começar a se equipar novamente, e assim dá-lhe inflação nos MBT.

[gabriel219]

@delmar tem razão quanto ao preço, o M1A2 a ser vendido para Taiwan, na versão Sepv3 mas chamada de M1A2T estava USD 8 milhões e pulou pra USD 24 milhões quando a Polônia adquiriu.

Mas quanto a venda, mercado de armas é um buraco negro e sujo. Se o EB aumentar a tonelagem pra 60, em 2 horas os Sul Coreanos ligam ofertando um K2-M e embarcam um pra cá em menos de 24 horas. Veja a BAE Systems, cagando pro pensamento político Brasileiro e trazendo um CV90.

[FCarvalho]

Na minha visão pessoal, portanto muito passível de estar errada, vejo o mercado atual de material militar como "comprador", isto é aquecido e com os preços em alta. No caso dos blindados, tanto os novos como os usados, estão valorizados. Em casos assim ninguém dá descontos ou faz ofertas. Não é uma boa época para renovar a frota de blindados. Paralelo com este fatos temos as atuais diferenças entre o governo brasileiro e a OTAN quanto a guerra da Ucrânia. Dificilmente algum membro da aliança fornecerá armas modernas ao Brasil, seja por não terem disponiveis ou por razões politicas. Assim, enquanto persistir o conflito, não vejo muita possibilidade do Brasil obter novos blindados, a menos que sejam chineses, o que seria lamentável.
De outra parte vejo que, cessada a guerra, vai haver uma grande quantidade de material no mercado. Pessoalmente penso que um possibilidade será do Brasil comprar, então, algumas centenas de tanques russos por preços bem camaradas. As fábricas russas estão em atividade frenética produzindo material e terão bastantes disponíveis e os russos costumam serem gratos a quem os apoiou.
Quem viver verá.

O timing para comprar novos CC realmente está bem fora de hora. E o EB atrasou muito esta decisão ao deixar para depois esta decisão. E a guerra na Ucrânia vai continuar inflando os preços de todos os tipos de equipamentos mesmo depois do fim da guerra. O país vai ter que se reorganizar e manter um mínimo de logística homogênea, e isso será feito a princípio com material made in OTAN. Os países do leste europeu seguem a mesma lógica.
A questão mais problemática é que o EB não tem mais tempo para ficar protelando esta compra já que depois de 2027 estará por conta e risco com os Leo 1A5, e como já se viu, vai ficar impossível manter estes bldos operacionais em melhor condições que as atuais.
Temos mais 3,5 anos para tomar uma decisão. O RFI\RFP deve sair até 2026, presumo, para dar tempo de fazer as avaliações técnicas e burocráticas de praxe, e ver o que acontece, para tentar começar a receber os bldos em 2 ou 3 anos, a depender de quem vencer.
Vamos ver no que isso vai dar.

[FCarvalho]

Não sei se haverá tanta coisa sobrando assim no mercado, me parece sim que estão se livrando de muita coisa que estava parada enviando para a Ucrânia, como os Leos mais antigos, sobrou até para os até então rejeitados Guepards, que agora é o queridinho da Ucrânia.
Acho que vai ficar mais caro mesmo, pq muitos países da OTAN estão vendo a burrada que foi abandonar seus MBT e vão começar a se equipar novamente, e assim dá-lhe inflação nos MBT.

Eu só espero que de alguma forma esta guerra na Ucrânia consiga forçar mudanças práticas em relação a muitas coisas aqui no EB, para além das questões doutrinárias. Porque até nisso o EB, acho, já percebeu, que está muito atrasado, também.

[J.Ricardo]

não sei, os generais do EB parece que tem um delay em relação a atualidade, acho que na verdade eles querem é um novo M40...

[FCarvalho]

A esperança é que como esta guerra não acaba tão cedo, desgraçadamente para os ucranianos e russos nas trincheiras, teremos tempo para reavaliar até o final desta década como fazer o EB sair do século XX e entrar no atual. E parar de sonhar com uma nova guerra da tríplice aliança ou a próxima invasão da Amazônia.
Em mais 10 anos vamos ter muita gente nova no generalato, que hoje ainda são Major, Ten Cel e Cel. Mesmo alguns novos generais de brigadas podemos quem sabe botar fé, vide que estão assistindo na primeira fila o desenrolar daquele conflito com todos os recursos possíveis de acesso a informação de múltiplas origens. O que ao menos em tese oferece uma maior horizontalidade de visão e avaliação do cenário não apenas bélico, mas sobretudo geopolítico e estratégico.
Espero que valha a pena o esforço e o tempo despendido no centro de doutrina do EB e nas escolas e academias.

[angelogalvao]

Olha, eu acredito que o EB deva segurar toda e qualquer compra de equipamentos para depois do final da guerra da Ucrânia, não somente pelos preços inflacionados que estão praticando atualmente em razão da guerra, mas pela própria guerra em si. O fim desta guerra trará enormes desdobramentos geo politicos, que já conseguimos deslumbrar, e, além disto, trará um enorme aprendizado sobre conflitos modernos entre 2 potencias militares: Russia e OTAN (todos sabemos que é a OTAN que esta lutando na Ucrânia). Agora nos resta é nos movimentar no campo geo politico e esperar no campo militar.

Além disto, neste exato momento, estamos vivendo um momento único que é a contra ofensiva ucraniana. Nela, diversos equipamentos ocidentais estão sendo provados no famoso "pega para capar". Deveríamos estar neste momento é com o bloquinho na mão e anotando o desempenho de tudo que um dia tivemos o sonho de comprar. Deveríamos estar observado como o Leopard 2 esta se saindo em campo e fazer um reflexão: "eu realmente, um mês atras, desejei pagar caro por isto"? Deveríamos estar observado os Bradleys e se perguntar: "É isto mesmo? O blindado cai numa lombada e já é inutilizado assim facilmente?" Enfim, eu to brincando, sei que é muito cedo para tirar conclusões, por isto desejo muito que o EB reveja muito sua doutrina de blindados e até os próprios requisitos do proximo blindado visto o que ainda esta se aprendendo com o conflito Russia x OTAN!

Agora, se o EB resolver comprar Leo 2 A4, eu sou capaz de abrir ação no congresso e STF para cancelar esta merda!!!

[gabriel219]

Olha, eu acredito que o EB deva segurar toda e qualquer compra de equipamentos para depois do final da guerra da Ucrânia, não somente pelos preços inflacionados que estão praticando atualmente em razão da guerra, mas pela própria guerra em si. O fim desta guerra trará enormes desdobramentos geo politicos, que já conseguimos deslumbrar, e, além disto, trará um enorme aprendizado sobre conflitos modernos entre 2 potencias militares: Russia e OTAN (todos sabemos que é a OTAN que esta lutando na Ucrânia). Agora nos resta é nos movimentar no campo geo politico e esperar no campo militar.

Além disto, neste exato momento, estamos vivendo um momento único que é a contra ofensiva ucraniana. Nela, diversos equipamentos ocidentais estão sendo provados no famoso "pega para capar". Deveríamos estar neste momento é com o bloquinho na mão e anotando o desempenho de tudo que um dia tivemos o sonho de comprar. Deveríamos estar observado como o Leopard 2 esta se saindo em campo e fazer um reflexão: "eu realmente, um mês atras, desejei pagar caro por isto"? Deveríamos estar observado os Bradleys e se perguntar: "É isto mesmo? O blindado cai numa lombada e já é inutilizado assim facilmente?" Enfim, eu to brincando, sei que é muito cedo para tirar conclusões, por isto desejo muito que o EB reveja muito sua doutrina de blindados e até os próprios requisitos do proximo blindado visto o que ainda esta se aprendendo com o conflito Russia x OTAN!

Agora, se o EB resolver comprar Leo 2 A4, eu sou capaz de abrir ação no congresso e STF para cancelar esta merda!!!

Se fosse um T-14 no lugar do Leopard 2, o resultado seria exatamente o mesmo.

Não há tropa blindada efetiva sem apoio de artilharia pra suprimir o inimigo e apoio aéreo para cobri-lo.

A culpa não é dos equipamentos, mas de quem está usando.

Não esqueças que no mesmo local dos Leo 2A6, 2A4 e Bradley, também havia BMPs e T-72M1EX destruídos.

[Túlio]

Creio que está explicada a demora em entregar Leo2 e Bradley aos UKES...





E com F-16, como será?

[gabriel219]

As ações da Rheinmetal estão descendo que nem meteoro:



É a hora de quem quiser barganhar o preço do Panther.

De toda forma, a culpa não é dos Leo 2A6, mas exclusivamente da AFU e principalmente dos políticos cabeças da OTAN, por "encorajarem" - digo forçar - os Ucranianos numa ofensiva suicida sem apoio aéreo e de artilharia adequados.

[Túlio]

As ações da Rheinmetal estão descendo que nem meteoro:



É a hora de quem quiser barganhar o preço do Panther.

De toda forma, a culpa não é dos Leo 2A6, mas exclusivamente da AFU e principalmente dos políticos cabeças da OTAN, por "encorajarem" - digo forçar - os Ucranianos numa ofensiva suicida sem apoio aéreo e de artilharia adequados.

No YTD ela tá bem (e o Leo2 não estava fora de produção há anos? Não lembro de contratos recentes):





Notar que o gráfico do Russo se refere à terça-feira, ainda nos começos da semana; já o que postei é no pós-fechamento da sexta. Isso para não mencionar que a Rheinmettall é muito mas MUITO mais do que Leo2.

[FCarvalho]

O cerne da questão dos CC continua o mesmo de sempre: proteção x mobilidade x poder de fogo.
E não faz diferença se é um Leopard 2 ou T-72 nas mãos dos ucranianos.
Fato é que estão empregando os blindados que receberam sem ter em mãos todo o apoio necessário que reza o manual da OTAN.
Vai dar merda, como já está dando. E não é culpa dos tanques, mas de quem planeja uma ofensiva sem dispor a si na íntegra de um completo sistema de NCW e, mais importante, vetores em quantidade e qualidade para cobrir todas as áreas.
Presumo que o pessoal do Centro de Doutrina do EB deve estar acompanhando tudo isso pelos canais oficiais e oficiosos.
Se vão aprender alguma coisa que nos sirva na prática para o planejamento do nosso futuro, isso ainda ficamos a saber.

[Viking]

O cerne da questão dos CC continua o mesmo de sempre: proteção x mobilidade x poder de fogo.
E não faz diferença se é um Leopard 2 ou T-72 nas mãos dos ucranianos.
Fato é que estão empregando os blindados que receberam sem ter em mãos todo o apoio necessário que reza o manual da OTAN.
Vai dar merda, como já está dando. E não é culpa dos tanques, mas de quem planeja uma ofensiva sem dispor a si na íntegra de um completo sistema de NCW e, mais importante, vetores em quantidade e qualidade para cobrir todas as áreas.
Presumo que o pessoal do Centro de Doutrina do EB deve estar acompanhando tudo isso pelos canais oficiais e oficiosos.
Se vão aprender alguma coisa que nos sirva na prática para o planejamento do nosso futuro, isso ainda ficamos a saber.

Voto com o relator em especial quanto a ultima frase do texto, magnifica.

[Túlio]

O cerne da questão dos CC continua o mesmo de sempre: proteção x mobilidade x poder de fogo.

Vou morrer dizendo que há uma quarta "perna" - a eletrônica embarcada - e neguim vai continuar dizendo que não.

Se vão aprender alguma coisa que nos sirva na prática para o planejamento do nosso futuro, isso ainda ficamos a saber.

Voto com o relator em especial quanto a ultima frase do texto, magnifica.

Aqui é fácil: NÃO! Pelo menos o Maia véio deve conhecer o C I Bld tão bem quanto eu (possivelmente melhor), e lembro do então CMT, TC Ribeiro (2013), voltar de uma visita à então "modelo para o mundo" Brigada Stryker deixando claro que fazer RECON com coisas como o Cascavel era típico do século passado, drones menores faziam muito melhor o trabalho e por uma fração do custo.

Vai ver se alguém deu bola...

[gabriel219]

Até alguém ter jammer o suficiente pra barrar as comunicações de drones pequenos e é exatamente o que vem ocorrendo na Ucrânia.

Quanto ao EB aprender algo com a guerra, talvez os Oficiais Intermediários pra baixo. General anda preso a conceitos como MMBT ou anda sendo pago pra ficar preso a tal conceito.