FAB NEWS

[Strike91]

Leonardo M-346 AJT: um treinador leve para a transição dos pilotos ao F-39 Gripen da FAB

Por Luiz Padilha

A Força Aérea Brasileira (FAB), após um longo período sem ter um caça moderno para a defesa de nosso espaço aéreo, finalmente começou a receber seus novíssimos caças F-39E Gripen da Saab. Com a chegada dos novos caças, abriu-se um debate se a FAB precisa ou não de um treinador leve para a transição de seus pilotos entre o A-29 Super Tucano e o F-39E Gripen.

Atualmente, os pilotos do A-29 Super Tucano passam a voar o A-1BM antes de seguir para o F-5M e voar supersônico, porém, as aeronaves A-1AM/BM, pela idade, não devem ter uma vida muito longa e quando pararem de voar, deixará um hiato entre o A-29 e o F-39E Gripen.

A FAB, caso opte por obter um treinador leve, tem no mercado algumas opções como o M-346AJT da Leonardo; o T-50 Golden Eagle da KAI; e o T-7A Red Hawk da Boeing. Dos três citados, vamos abordar o M-346 AJT da Leonardo, que possui características que podem ser muito úteis para a transição dos pilotos do A-29 para o F-39E Gripen.....

https://www.defesaaereanaval.com.br/avi ... pen-da-fab

Em minha modesta e polêmica opinião, se a força aérea tivesse visão estratégica e o projeto de caça leve/treinador avançado Hürjet da Turquia fosse um desenvolvimento mais "maduro", seria o candidato ideal para o futuro treinador avançado e lift da FAB!!
O mesma ja conta com participação e conhecimento da indústria brasileira no desenvolvimento no projeto e produção da aeronave, é uma aeronave já pensada para preparar os pilotos para um caça de quinta geração no "estado da arte" e alternativa de caça leve de ataque, tem até previsão para ter uma futura versão Naval.... Seria coerente uma produção/montagem local da aeronave em solo nacional e até co-desenvolvimento.

Voa o Hürjet, jato turco supersônico de treinamento avançado e combate leve

A aeronave Hürjet da Turkish Aerospace realizou seu primeiro voo hoje. A Defense Industry Agency (SSB) compartilhou informações oficiais sobre o voo.

O Hürjet decolou às 4h35, horário Zulu (7h35 na Turquia) e permaneceu no céu por 26 minutos. O Hürjet atingiu uma altitude de 14.000 pés em seu primeiro voo de teste.

A aeronave alcançou uma velocidade no ar de 250 nós. A aeronave completou seu envelope de voo conforme planejado e todos os sistemas funcionaram bem. O Hürjet foi projetado para voar até 45.000 pés de altitude e velocidade de 1,4 Mach.

[knigh7]

Os jornalistas brasileiros estão sendo bastante precipitados.

O Super Tucano é bem mais agressivo e com mais recursos que aeronaves de treinamento básico como o Tucano e o Pilatus. Para aeronave à reação de alto desempenho seria uma mudança grande.

Na FAB, depois do Tucano um piloto antes de passar para os F-5M, A-1M e agora o Gripen E voam em média 1.000 horas no ST.

E a FAB antes de cogitar um Lift precisa avaliar o impacto da transição entre o A-29 para o F-39, com o Alto Comando então tomar uma posição sobre o assunto. Isso foi o que aliás o comandante do GDA disse na LAAD. Uma atitude sensata. Nós estamos começando a voar agora o F-39 e primeiro farão a transição pilotos dos caças F-5M e A-1M

[FCarvalho]

Uma decisão sobre um LIFT a jato na FAB com certeza só bem depois de 2030 quando houver referenciais práticos da transição direta entre ST e Gripen E.

Notar ainda que os Gripen F serão usados pela FAB também como conversores, o que dá uma ideia de que essa história de jato para treinamento ainda demora muitos anos para ser tomada uma decisão.

Até lá seria pelo menos prudente se pensar em um bom MLU para os atuais A-29, a fim de que permaneçam em dias com a realidade da caça de primeira linha lá fora, e aqui também.

[Juliano Lisboa]

Não vejo necessidade de Lift, pessoal aqui de Anápolis também não... Ao invés de gastar com isso compra-se mais F-39. Hora de voo parecida pra desempenho de menos. Vamos racionalizar.

[FCarvalho]

Os F-5M ainda duram pelo menos até 2033, segundo as contas da FAB, e os A-1, diz-se, podem ser baixados antes, em vista da situação da frota atual, com a disponibilidade cada vez menor, e apenas um punhado de aviões modernizados, menos de 9 unidades como se aventou a pela última vez.
E pela forma como o projeto vem sendo mantido, a trancos e barrancos, com atrasados de pagamentos e limitações orçamentárias a perder de vista, para não falar nos onipresentes cortes todos os anos nas PLOA, então falar em LIFT em menos de dez anos na FAB é no mínimo fora da realidade.
Há tantos buracos a serem tapados antes disso que soa até ilógico, já que os A-29 vão perdurar na FAB no mínimo mais uns 20 a 25 anos, com ou sem MLU.

[knigh7]

O Novo Comandante da FAB disse na CRE que a Força irá financiar uma nova aeronave para a Embraer. Mas não especificou.

[FIGHTERCOM]

O Novo Comandante da FAB disse na CRE que a Força irá financiar uma nova aeronave para a Embraer. Mas não especificou.

Fico pensando se seria um momento oportuno, tendo em vista os atrasos do KC-390.

Abraços,

Wesley

[FCarvalho]

Quando se fala em nova aeronave, pode ser muita coisa. Mas seria prudente olhar a priori as necessidades mais imediatas das FAB. Em relação à Embraer, pode ser a retomada do STOUT ou o novo UCAV anunciado também em parceria. Qual dos dois seria mais importante neste momento para a FAB?

Ou pode ser um substituto para os T-25 Universal e T-27 Tucano na AFA, já que a quantidade anunciada destes últimos a serem modernizados não suporta de forma adequada as demandas daquela academia, apesar dos discursos oficiais. E o Universal já deveria estar fora de operação há anos, mas a FAB segue sem verba e nem substitutos para eles efetivamente.

Ademais, os Tucano prevê-se que as células modernizadas permaneçam mais 10\15 anos, se muito, na frota, visto que todas as unidades selecionadas para passar por este processo possuem bem mais de 30 anos de serviço nas costas. E a modernização não atinge as células, apenas a parte eletrônica e sistemas de bordo. É bom que se diga que os aviões de treinamento sempre são os mais voam e, também, os mais abusados em termos de esforço das células, em vista se sua missão primária.

Em princípio, o que pode interessar à FAB junto com a Embraer no curtíssimo prazo são estas questões acima. Tudo o mais, está encaminhado com projetos em desenvolvimento, e soluções postas, apesar de todas as limitações financeiras e de orçamento.

Fora isso, a Embraer está trabalhando no novo turbohélice baseado nos E-Jet E-2, novamente sem data para ser lançado, e na família Energia, ainda incipiente e na fase de conceito de projeto. Ambos estão sendo pensados pela Embraer para o mercado civil. Se eventualmente vierem a ter emprego militar, só se tiver um cliente de lançamento. O que parece, neste momento, algo improvável, já que se tratam de projetos com maturidade esperada apenas para a próxima década.

Substituir os E\R-99 não precisa de projeto novo, é pegar os E-Jet ou os Praetor e decidir qual radar e demais sistemas usar. Idem para um avião de patrulha marítima.

Aliás, quando se fala em desenvolver uma nova aeronave, pode significar, também, não criar um novo modelo, mas dispor de uma aeronave existente e criar novas funções\missões para ela a partir da sua militarização.

A ver.

[Strike91]

Boatos surgindo em algumas páginas anunciando um potencial interesse da FAB no FA-50

[gabriel219]

Tanta coisa boa na Coréia e a FAB vai logo no FA-50?

Mas falando sério, acho que isso apenas ocorreria num trade-off com o KC-390. Se eu fosse o EB, corria pra chegar antes da FAB e fazer trade-off nos K2-M/PIP.

Eu acho totalmente desnecessário treinadores a jato na FAB, pra mim a venda dos atuais A-29 da FAB para clientes externos e comprar a uma nova versão dos A-29 com WAD, armamentos homologados e capacidade de controlar drones será muito mais útil e barato que um treinador a jato, claro com a bênção do BNDES.

[FCarvalho]

Um Lift na FAB não está na agenda do planejamento estratégico da força. Pelo menos até o final desta década, quando tivermos a exata dimensão das mudanças trazidas pela introdução dos Gripen E\F nos esquadrões e a transição entre os ST e os caças suecos.
Na T&D especial da LAAD'2023, foi mencionado na matéria sobre a AEL que a empresa estaria estudando a modernização dos A-29 a partir do que foi feito no cockpit do Gripen E, ou seja, WAD, HUD e Targo II. Mas primeiro a FAB tem que mostrar que interessa, visto que, até o momento, não houve nenhum movimento neste sentido.
Dotar os ST de maiores e melhores capacidades dentro do contexto em que ele é operado pela FAB não traz necessariamente mais valia para o avião em si, dado que seu uso primário não implica, para a doutrina atual da força aérea, o uso de todas elas operacionalmente no dia a dia. Do jeito que o avião estão agora em termos de sistemas embarcados, continua servindo ao que se presta para a instituição. Qualquer coisa além disso teria que ser provado sua necessidade e justificação, até porque, os custos não seriam exatamente pequenos.
Pode ser que a introdução dos F-39 ajudem a jogar uma luz sobre este assunto, também.

[knigh7]

Boatos surgindo em algumas páginas anunciando um potencial interesse da FAB no FA-50

A reação da FAB em nota, desmentindo, há cerca de 2 anos atrás, foi justamente a uma notícia dessa, mas ao invés do F-50 sobre o M-346, que aliás o Caiafa ainda repete.

O lobby, inclusive com mentiras repetidas mesmo tendo sido rebatido pela Força Aérea vem sendo forte porque vários países da região não têm condições financeiras de adquirir e operar um caça de 4ª geração e a solução são aeronaves LIFTs adaptadas tem o Brasil como uma excelente porta de entrada para essas aeronaves.

É anúncio aqui em revista, é propaganda travestida de matéria, é factóide...e isso vai continuar porque dando dinheiro para jornalista e editor especializado em Defesa eles fazem mesmo.

E está se intensificando nos últimos meses. Porque a FAB está em negociação para um novo lote de Gripens. Essas aeronaves LIFTs seriam, obviamente, mais baratas. E os mercenários jornalistas especializados em Defesa brasileiros fazendo lobby a favor em detrimento do Gripen.

[FCarvalho]

Fazer lobby é natural nessas horas. Cada um quer vender o seu peixe.
Nãos se tem vistos muitas vendas de jatos LIFT nos últimos anos. Aliás, quando alguém consegue fazer uma venda, é um carnaval daqueles, de tão raro isso acontecer. Nem tanto pelos aviões em si, mas pela falta de dinheiro de quem quer mas mas não tem como comprar, e pelas dúvidas de quem tem grana mas não sabe se investe em LIFT, caças ou UCAV...

Sigo repetindo. Jato LIFT na FAB é assunto para depois de 2030, quando tivermos claro se os atuais A-29 fazem o serviço ou se vamos precisar de outra coisa. E começo a duvidar desta necessidade de mudança. É só ver que os atuais caçadores estão indo direto para o Gripen E vindo do biposto D + simuladores.

No futuro nada impede que os A-29 sejam modernizados com a mesma aviônica no padrão Gripen E\F e depois o pessoal siga o mesmo caminho, agora passando primeiro pelos simuladores e depois Gripen F, e daí solar os monopostos.

A AEL já até tem um pré-projeto de modernização dos A-29 no papel sendo pensando. É só a FAB querer, e conseguir pagar.

[Strike91]

[knigh7]

O Novo Comandante da FAB disse na CRE que a Força irá financiar uma nova aeronave para a Embraer. Mas não especificou.

Fico pensando se seria um momento oportuno, tendo em vista os atrasos do KC-390.

Abraços,

Wesley

O Comandante da FAB na CREDN desta ultima quarta-feira especificou qual é o projeto que a FAB vai financiar a Embraer: de uma aeronave para a função ISR.

Obs: coloquei a audiência na íntegra no tópico Ministério da Defesa.