gogogas escreveu: ↑Sáb Mai 06, 2023 7:56 am
Ruanda foi novidade
Ruanda está em outro nível econômico dentro da África. E já faz um bom tempo. Na África subsaariana, além deste país, poucos tem cacife para comprar o KC-390, como a África do Sul, que aparece na lista, Angola, Nigéria e talvez mais um ou dois. Nada mais. O mercado africano se resume ao norte do continente, onde estão os maiores investidores em defesa, como o Egito, também na lista, Argélia e Marrocos. Se um dia a Líbia voltar ao normal, pode ser um cliente a se pensar no longuíssimo prazo. Recursos não vão faltar.
Os clientes europeus tendem a firmar-se como clientes efetivos do avião da Embraer, por diversos motivos já debatidos aqui. Uns mais e outros menos tempo se tornarão clientes do KC-390. Ponto para nós que vamos aumentando a lista no velho continente até que o C-130J seja um resquício de memória nas forças aéreas de lá.
Vamos torcer para que sejam acrescidos a esta lista mais para frente, Croácia, Grécia, Turquia, Finlândia e Suíça, que também foram citadas em notícias anteriores sobre interesse no cargo da Embraer. Talvez a Sérvia possa vir a ser também um cliente, se o negócio com a vizinha se confirmar. Sigo apostando também na Polônia.
Somando todos os países com quem a Embraer andou falando, e mostrando, o KC-390 na Europa, temos pelo menos uma dezena e meia de clientes potenciais com grandes chances de compra.
Nada mal para um projeto com desenvolvimento atrasado, poucas encomendas, cortes de verba e unidades da principal contratante, ameaça de ser cancelado por insolvência financeira do contrato, mas com um baita potencial ainda a ser explorado.
E isso é a parte mais importante agora a dizer. A sobrevivência dele enquanto projeto foi garantida pelos 2\3 aviões iniciais na época da pandemia que garantiram, e muito bem, que a FAB pudesse tirar deles tudo e mais um pouco, e ainda mostrar para o mundo os números, que o avião realmente está muito acima das expectativas de seus projetistas. Felizmente, para nós, a qualidade do avião em si mesmo acabou sendo mais que suficiente para provar, e demonstrar, que ele é de fato tudo o que se diz dele no marketing da Embraer, e ainda mais. Ponto. Não precisa provar mais nada para vender em qualquer lugar, para qualquer cliente, em qualquer condição de operação militar, e mesmo civil.