Então o que sugeres é que basicamente toda capacidade de inteligência Russa e vigilância seria incapaz de detectar outro um ataque contra um óbvio alvo?Suetham escreveu: ↑Qui Mai 04, 2023 11:36 pm Não foi surpresa. Olhe o relato da matéria que ele cita. No momento da travessia(calada da noite) já haviam unidades blindadas pré-posicionadas e canhão de artilharia preparado na margem da costa só esperando eles chegarem mais próximos. Dificilmente eles teriam esse nível de preparo sem informações de que um possível desembarque ocorreria, além disso, a artilharia só começou a ser empregada durante a travessia, incluindo Himars, dificilmente isso daria tempo dos russos prepararem toda essa defesa escalonada para realizar a oposição à travessia das unidades de desembarque.
Essa tentativa de desembarque que ele cita foi em setembro. Os russos conseguiram previamente reconhecer a tentativa de assalto pq os ucranianos conseguiram se expor antes da travessia, isso deu tempo suficiente para a Rússia preparar a defesa de Energodar.
Mas eu falei em relação a isso lá acima e acho que não percebestes.Suetham escreveu: ↑Qui Mai 04, 2023 11:36 pm A partir do 18:00 seria justamente o que eu estou tentando explicar há 3 dias(https://defesabrasil.com/forum/viewtopi ... 2#p5632722). Ele usa o mesmo tipo de análise que eu estou fazendo. Qualquer um que pegar o mapa de fortificações vai concluir que há considerável exposição e vulnerabilidade da Rússia:
Ele mesmo usa um mapa de unidades constituídas na defesa da margem do rio Dnieper, provavelmente se trata de apenas um MRR ali em Velyka Lepetykha que deve ser distribuída em todo aquele setor, não creio que seja BARS, enquanto em Kherson existem 3 das mesmas unidades compreendendo uma faixa bem mais estreita para vigilância e apoio na defesa da margem.
Inclusive o vídeo dele é de 2 dias atrás. Eu tenho esse mesmo pensamento desde o dia em que o mapa das fortificações foi compartilhado. O vídeo dele fala bastante por mim, embora tenha deixado todo o ponto entre Kairy e Berezhanka de lado, na qual acredito que constituiria a maior manobra de ação e emprego coordenado para atravessar com sucesso o rio, manter a posição e consolidar as cabeças de pontes, realizando a operação de junção, incluindo com a de Energodar.
Não faz o menor sentido para os ucranianos visarem o eixo VMP. Seria inviável. Todos sabem disso. Fazendo o que ele propôs e que eu menciono a mesma coisa seria o único jeito da AFU contornar a extensa série de fortificações no eixo VMP, flanqueando as unidades russas que estarão bastante ocupadas na defesa posicional no eixo VMP.
Vamos seguir.
Se a AFU tentar desembarcar em local sem que haja a presença Russa, a VKS vai bombardear massivamente o ponto de desembarque; se a AFU optar por desembarcar em áreas com presença Russa, a VKS ficará impossibilitada de apoiar com bombas pesadas, somente helicópteros de ataque e drones, enquanto a asa fixa focará na margem Ucraniana do Dnieper.
Quanto as cidades ao entorno de Energodar, fica mais fácil para os Russos, pois podem simplesmente ceder terreno, recuar e permitir que a aviação use bombas de menor efeito, como FAB-250, nos pontos de desembarque. De toda a forma, a artilharia da AFU terá que atingir áreas na retaguarda dos Russos e não na área de desembarque enquanto este estiver sendo realizado.
Isso não é algo idealizado por mim, é algo que ocorreu diversas vezes. Eu não consigo ver de que a AFU ter um elemento surpresa absoluto numa operação anfíbia gigantesca e sairá ilesa ao desembarcar em áreas que a VKS não cometerá fratricídio.
E como dito por um Fuzileiro Naval Ucraniano: desembarque só com Infantaria Leve é suicídio.
Está havendo uma enorme dissonância em o que estou dizendo e o que estás respondendo, mas vamos por passos que estou falando. Cenário abaixo sem considerar qualquer reação Russa e nem "avistamento" Russo a partir do Rio - considerando que a AFU, antes de realizar o primeiro assalto, terá que colocar barcos na margem do Rio - a inteligência e a vigilância estariam cegas e a artilharia Ucraniana, que nunca conseguiu suprimir a artilharia Russa, consegue e de uma forma que não consigo enxergar, também destrói a força de reação.Suetham escreveu: ↑Qui Mai 04, 2023 8:49 pm Muito provavelmente será a 37ª, já que ela já está na região e é uma nova formação. Ainda assim estarão sob a cobertura da artilharia divisional além do efetivo apoio aéreo, dependendo do tempo de reação do VKS, o tempo que eu espero que seja longo, considerando o efeito surpresa. Veja bem, a transposição do rio é a continuação do ataque que ocorre antes do desembarque ainda na margem, para não haver a perda do impulso, seria necessário avançar pressionando onde os russos estariam fracos e onde os pontos do rio não seriam um obstáculo aberto, sendo assim, forçando uma travessia rápida de unidades leves não haverá perda de impulsão. Talvez após o desembarque, mas isso já é outra abordagem.
Além disso, você está colocando um valor de GU realizando o assalto aqui, mas tá usando o histórico de assaltos da AFU anterior a nível SU como exemplo, vc realmente acha que essa comparação é válida sabendo-se que um assalto realizado por uma unidade a nível Bda forçaria uma passagem em vários pontos de uma frente ampla constituída?
Uma outra coisa, a Ucrânia não precisaria ter todo o trabalho árduo para atravessar esses pontos do rio onde já existe uma oposição mínima de travessia, tudo o que a Ucrânia precisaria é forçar a passagem eliminando a maior parte do que a Rússia poderia constituir de ameaçar o desembarque, não precisaria eliminar tudo, só as ameaças mais significantes como artilharia e o material pesado da outra margem e as barreiras costeiras, tropas russas com drones não seria ameaça significante a ponto de interromper o desembarque, além disso, o mapeamento das fortificações nesse setor demonstram claramente que há espaço para a Ucrânia realizar o assalto a um custo mínimo, considerando o nível de emprego russo lá.
Preparação da Artilharia: A artilharia passa a disparar massivamente contra possíveis pontos fontes e pontos na retaguarda, no máximo de alcance possível. Não existe preparação da artilharia de 2 ou 3 minutos, mas geralmente leva 15 minutos, no mínimo, considerando o uso de munições guiadas. Antigamente tinha-se a ideia de uma preparação de artilharia e aviação que durava horas;
Primeiro Assalto: O assalto obrigatoriamente terá que ser realizado por um número de 600-1000 tropas por ponto desejado de desembarque, isso para que ao menos cheguem 500 na praia. Não há como fazer uma operação de cabeça-de-praia com Fração, só com SU reforçada, isso é manual de basicamente todas as tropas de assalto anfíbio da OTAN e inclusive é a nossa própria com o Batalhão Tonelero e a Force Recon. Aqui basicamente será feito por tropas de Operações Especiais. O "Plus" é o envio de uma força aerotransportada à frente, cerca de 5-10 km a frente da tropa; e
Segundo Assalto: Envio da segunda leva com viaturas blindadas anfíbias, pois Infantaria Leve não estabelece cabeça-de-praia, em canto nenhum no mundo existe essa doutrina ou eu estudei muito errado os Exercícios, especialmente PLA, CFN e USMC dos últimos 10 anos. A intensão é expandir a zona bolsão da cabeça-de-praia para que a engenharia trabalhe no translado de equipamento pesado para avançar mais;
Estabelecendo a cabeça de ponte: A engenharia começa a transportar munição e os primeiros carros de combate via ferry boats, muito provavelmente o M3; e
Finalização das Operações Anfíbias: A Força de Desembarque, dispondo de meios blindados e carros de combate, realiza ligação com a tropa aeromóvel e estabelece posições fixas para enfrentar a contra-cabeça-de-praia, ou seja, o contra-ataque inimigo.
Para realizar isso, a AFU precisa realizar concentração, em vários pontos, na outra margem do Dnieper. Terá que concentrar carros de combate, viaturas blindadas anfíbias, barcos, tropas, movimentação comum de caminhões de logística e acha que ao fizerem isso os Russos não saberão? Sinto dizer, mas os Russos já monitoram tais movimentos a meses. Te darei um exemplo, que é numa escala muito maior, mas para entender bem como terá que se dá:
In the Primorsky direction, as part of the recruitment of the 22nd mechanized brigade, up to 300 mobilized people and 15 foreign-made armored personnel carriers arrived at the 235th interspecific training ground. Thus, the 22nd brigade was included in the operational reserve of the Kherson grouping to replace the departed 63rd mechanized brigade.
In the Berislav direction, fire training exercises were held with the personnel of the reconnaissance company of the 223rd battalion of the 126th separate troop brigade. Thus, in connection with the dispatch of trained military personnel to the most threatened areas of command, the Armed Forces of Ukraine are forced to replenish reconnaissance units.
The militants have concentrated large forces of up to 11,000 soldiers and are already undertaking raids on the territory of the left bank of the Dnieper in the Kherson region.
Esse é alguns exemplos de comentários feitos por Militares Russos, inclusive Generais, então eles sabem o que a AFU está fazendo do outro lado do Dnieper. Então a AFU realizar um ataque sem que os Russos antecipem através do Dnieper é irreal.The shock fist will go in three directions - along the Dnieper to the border of Crimea, to Melitopol and Berdyansk and to Energodar, cutting the southern group of Russians into three bag segments ....
The General Staff of the Defense Ministry understands this and is transferring reserves to the Crimea and to the southern front.
What makes it possible for enemy sabotage groups to strike in the north and northeast.
E sim, cada desembarque em si será sobre SU, claro, mas se haverão vários desembarques então logo é uma operação a nível GU. Se a AFU enviar Frações pra tomar cabeça-de-praia em locais sem presença Russa, um abraço, pois não irão conseguir expandir a zona e ainda tomaram mecha atrás de mecha.
Como assim "tropas Russas com drones não seria ameaça significante a ponto de interromper o desembarque"? São os drones que balizam artilharia de longo alcance e alvos pra VKS, não falo apenas em Lancet. Isso porque não estou citando a frota naval, já que, pelo visto semana passada, a Força de Bombardeiros Estratégicos é capaz de fornecer apoio a Zaporizhzhia sozinha, algo que não sabíamos até então. É exatamente o que houve abaixo:
Ai há um problema. Se a AFU pretende degradar as defesas, terá que fazer uma preparação de dezenas de minutos de barragem de artilharia e a Infantaria Naval não poderá realizar o desembarque enquanto não for diminuída a intensidade, isso em si quebraria qualquer elemento surpresa e ainda iria expor a artilharia Ucraniana para a contrabateria, feita prioritariamente por drones Lancet, que tem sido extremamente efetivos nessa tarefa, inclusive em Kherson. Isso já ativaria a aviação Russa e é provável que ela esteja já no local antes que o Primeiro Assalto ocorra.Suetham escreveu: ↑Qui Mai 04, 2023 11:36 pmNão. A Ucrânia pode degradar essas forças a ponto de fazê-las serem incapazes de realizar a defesa da margem, não precisaria haver a necessidade de retirada de tropas dos pontos fortes, dessa forma, mesmo que a força de desembarque seja menor contra uma força maior, seria nivelado à luta, embora isso seja discutível pq dependeria de muitos elementos, mas se realmente fosse uma intenção, bastaria destruir e eliminar o que torna forte a defesa da margem constituída e isso seria viável devido à tecnologia e emprego de armas combinadas superior. O que vc afirma sobre forçar uma divisão dos pontos fortes é exatamente como seria uma operação distribuída se realmente a Ucrânia atacasse esses pontos fortes, mas eu não saberia te informar se realmente eles teriam essa intenção.
De qualquer forma, se a Ucrânia desejasse realizar a travessia fluvial, dependeria de muita coisa, algumas delas alcançáveis e outras não, a maior parte das incertezas permanecem enquanto os meios operacionais para realizar tal ação, teria que ser mt bem coordenado e empregado para minimizar as baixas e perdas de materiais, ainda assim, o elemento crucial seria a descrição, pré-desembarque, sem isso, os russos teriam todas as condições de efetivar a defesa ampla da margem onde seria realizado o hipotético assalto fluvial.
De toda forma, se o primeiro assalto ocorrer e a VKS bombardear a margem oposta, conseguindo impedir o envio de reforços pro desembarque anfíbio, que precisa ser constante, acabou o desembarque. MANPADS e baterias de médio alcance não irão impedir bombas planadoras, mesmo as burras, especialmente se for FAB-500 e FAB-1500, que nem interessa muito a precisão, já que a destruição é simplesmente absurda. Se a AFU deslocar S-300 ali, é muito provável que os Russos detectem.
A melhor coisa da SEAD Russa é na detecção de sistemas Soviéticos, especialmente o S-300. Muito provavelmente utilizam sistemas eletrônicos passivos para detectar as ondas de rádio dos TELAR do S-300 e triangular sua posição. Ai vai ser Lancet e se estiverem muito longe, Kh-31.
Não, não é, já é o terceiro post que eu cito que se a AFU fizer o desembarque em uma área não controlada pelos Russos, vai ser alvo massivo da artilharia, especialmente da aviação e acabou com o Primeiro Assalto. Isso já ocorreu antes, postei o vídeo acima.Suetham escreveu: ↑Qui Mai 04, 2023 11:36 pmA sua abordagem está em pensar que a AFU iria tentar forçar uma passagem onde os russos estão fortemente defendidos. Não só isso, provavelmente inferindo que toda margem do Dnieper lá de Herois'ke até Vasylivka está totalmente sob vigilância constante em vários pontos prováveis de desembarque. Isso não seria possível. O motivo de que os ucranianos provavelmente conseguirão manter a cabeça de ponte é porque eles vão tentar forçar a travessia onde os russos tem vulnerabilidade em oposição a outra margem, não só isso, mesmo que tais pontos de desembarque fosse constituídas por tropas russas totalmente equipadas, ainda estarão ilesos diante de uma provável ação ucraniana antes de forçar a travessia do rio, o que ainda é mt improvável. Eu diria que isso é mt improvável e, mesmo que os russos tenham desde Sofiivka até Skel'ky pelo menos uma MRF(Motor Rifle Regiment) em posições defensivas de frente à margem para o rio, tais unidades devem ser partes de novas formações mobilizadas com algumas unidades prováveis sendo fragmentadas para o fortalecimento de outras unidades existentes, isso não seria nada improvável considerando os problemas inerentes à própria mobilização. Isso vai depender do tipo de planejamento ucraniano adequado à travessia, se levarmos em conta de que eles se abastecerão de reconhecimento extensivo em toda a frente ampla dos pontos prováveis de desembarque.
(...)Há alguns locais bons para a realização do desembarque de materiais pesados. Em alguns assentamentos há vários possíveis pequenos locais de desembarque, com o mínimo de preparação pós-desembarque, seria relativamente fácil criar essa condição de efetivar a transposição. Ainda assim, os ucranianos não precisariam de grandes balsas para translado de materiais pesados, pequenas balsas já são suficientes para transportar esse tipo de carga, a operação de translado de materiais pesados com pequenas balsas seria facilitado pq tbm haveria mínima necessidade de recuperar a impulsão pós-pouso já que a área de desembarque planejada seria onde as forças russas estariam com maior vulnerabilidade, com a AFU explorando essa lacuna, até mesmo se beneficiando de vários pontos de translados na área, dividindo as forças russas minimizando esse risco. Tudo isso vai derivar do efeito surpresa.
O segundo trecho é respondido pelo comentário acima. Se fizer em um local "vazio", vai ser alvo da artilharia, não é idealização, é realidade e ocorreu várias vezes em torno do Dnieper.
Slavyansk, onde há ou havia uma bateria de S-300 - alguns reportam como destruída, mas há certeza de sua presença lá devido a um dos mísseis terem caído em uma casa na própria cidade - no que isso impediu o uso de FABs pela aviação Russa em Bakhmut, que fica pouco menos de 40 km de distância?Suetham escreveu: ↑Qui Mai 04, 2023 11:36 pmDa mesma forma que a AFU utilizaria essas fortificações como escudo contra o VKS, a Rússia utilizaria contra a AFU. A AFU só faria isso a intento de realizar o ataque a tais fortificações liberando a área para o uso da aviação. Aliás, inclusive para o apoio aeromóvel teria que ser visado já que com o alcance até de canhão antiaéreo, a Rússia conseguiria realizar defender a margem contra o assalto aéreo, não só com relação à aviação, seria imprudente eles fazerem isso a menos que tenham certeza que podem atacar visando abrir o caminho para o assalto aeromóvel e efetivar o apoio da aviação, o que eu ainda considero bem improvável nas primeiras horas. Ainda assim, para conseguir isso a AFU teria que despachar DRGs para fornecer essas coordenadas visando tais instalações, uma ação dessa dependeria de mt coisa, embora eu não descarto consideravelmente isso.
Os kits UPMC ainda precisariam ser lançados de média altitude, o que poderia ser rastreado pelo radar de busca aérea do S-300 ou qualquer outro sistema SAM de médio/longo alcance da AFU ou a depender da força aérea da AFU, sob um engajamento cooperativo, o que eu acho inviável considerando a grande diferença de capacidade entre ambas as forças e vetores aéreos. Mesmo que o VKS use as bombas sob o efeito na baixa altitude, o alcance seria reduzido e a precisão seria afetada, além disso, mesmo que o VKS faça isso, seria imprudente realizar o ataque dessa forma, podendo inclusive ser interceptado pelos caças da AFU já que a Ucrânia certamente voaria sob a condição de estar atrelado ao SAM de médio alcance e com o VKS tendo que se aproximar mais para realizar o ataque na baixa altitude. O mais correto seria o uso cooperativo de Iskander e mísseis de cruzeiro de bombardeiros. Os russos ainda não podem efetivamente realizar o ataque com bombas com kit UPMC sob a ameaça de SAMs de médio alcance, tanto é que em Avdiivka quando realizaram esses ataques, só detinha a presença confirmada de DAAe de curto alcance, ainda é considerando improvável que os russos começassem a realizar a missão aéreo de bombardeio com tais kits sob a ameaça de sistema de médio alcance.
Se a AFU não realizar assalto aeromóvel para assegurar posições na retaguarda da cabeça-de-praia, acabou a operação. Isso já é consenso desde a SGM.
Caças da AFU realizando interceptação? Então quer dizer que o Su-30 não iria com mísseis Ar-Ar e estaria incapaz de realizar varredura aérea antes de fazer os ataques? Ok.
Cara, você precisa se decidir. O ataque será totalmente de surpresa ou haverá preparação de artilharia, os dois não dá. E é complicado, pois lá acima você fala que eu supostamente cometo engano ao achar que o desembarque será a nível de GU e abaixo você fala que precisa ser a nível de GU, então estou confuso quanto a sua linha de raciocínio.Suetham escreveu: ↑Qui Mai 04, 2023 11:36 pmEu estou avaliando um cenário onde a Rússia está consideravelmente exposta. Você está imputando que Energodar teria o mesmo nível de emprego de tropas com relação à Kherson, o que é não é decentemente verdadeiro, veja o mapa. Você está desconsiderando completamente a análise indicativa das fortificações russas em toda a margem do rio Dnieper e tal mapeamento mostra claramente várias lacunas expostas para um translado com o mínimo de ameaça existencial contra o desembarque, se houver, seria drasticamente reduzida em um emprego combinado de unidades, a AFU saberia explorar isso, temos evidências concretas anteriores onde a AFU empregou as unidades combinadas explorando espaço para manobras, eles conseguiram avançar e consolidar suas posições. Ok, vc pode usar o exemplo de Kherson ou Energodar como exemplos didáticos da AFU dizendo que os russos estarão plenamente capacitados para incapacitar ou eliminar a travessia, mas eu não vejo isso ocorrendo quando a AFU realmente disponibilizasse os meios necessários para isso, como eu disse, visando avançar sob as lacunas expostas e existem uma frente ampla no rio Dnieper.
Para começar. Você usa esses exemplos. Ok. Vamos considerar. Em Kherson, foi feito uma tentativa de um barco tentando desembarcar prováveis DRGs de maneira surpresa na margem esquerda. Não houve ação de artilharia ou emprego aeromóvel. Existe ação de artilharia da AFU na frente como vc exemplificou do M777, mas não no momento do desembarque, até pq isso denunciaria já que se trata de um mesma frente ampla. Além disso, isso são exemplos isolados de desembarque, não são o emprego combinado pq não são ensaios em grande escala, nem mesmo apoio de artilharia divisional ocorreu.
Em Energodar, foi feito uma tentativa de desembarque com apoio aeromóvel(ano passado em setembro), entretanto não houve apoio de artilharia.
Este ataque foi em outubro. Houve a tentativa de desembarque através de meios terrestes e com apoio de artilharia, mas não houve operação aeromóvel.
Você pode escolher qualquer cenário anterior, setembro/22(meio terrestre/aeromóvel), outubro/22(meio terrestre/artilharia) e abril/2023(meio terrestre), não houveram ações combinadas sincronizando todos os meios disponíveis para o desejo de sucesso da travessia, eu vejo mais como envolvimento indireto de tentativas de desembarque e não como um objetivo real a ser alcançado, pq não ocorreu poder de combate suficiente e decisivo durante a execução. Então, não. Não houveram coordenação e planejamento durante esses momentos de travessia, por exemplo a 35ª - embora deva possuir um controle descentralizado no nível GU(Bda), as unidades a nível SU que constituíram a força de desembarque não obtiveram suporte efetivo da GU ou orgânicos, você sabe que uma travessia fluvial depende inteiramente de suporte da GU, até mesmo a nível divisional, o caso por exemplo de unidades de artilharia que seriam fundamentalmente importantes nesse contexto.
Quando ao uso dos exemplos reais que ocorreram, infelizmente vou ter que repetir em negrito, pois é a terceira vez que falo e sinceramente me cansei de repetir a mesma coisa: Análise do modus operandi da Rússia na defesa em dois cenários:
Assalto contra posições onde há suas tropas, ou seja, a VKS priorizando bombardeio no lado oposto da margem enquanto helicópteros de ataque apoiam as tropas em terra; e
A VKS bombardeando massivamente o local de desembarque da AFU devido a impossibilidade de fratricídio.
Preparação da artilharia não impedirá a VKS de atuar, Russos já demonstraram conseguir operar suas FABs em locais onde existem defesas de média altura próximas, como em Adviinvka e longo alcance em Bakhmut, talvez em regime Low-low-High.
Talvez o "há grande presença de MANPADS no Dnieper" não signifique "toda a margem do Rio".Suetham escreveu: ↑Qui Mai 04, 2023 11:36 pmNão em toda margem. A maioria desses abates ocorreram onde os russos tem fortificações abundantes onde os ucranianos estão tentando realizar um desembarque, certamente esses possíveis pontos de desembarque visíveis estão saturados de MANPADS para as unidades russas, mas não em toda a extensão do rio Dnieper, a grande parte maior estaria acumulada no setor em frente para cidade de Kherson e talvez em Energodar, mt improvável que os russos tenham essa quantidade toda de MANPADS em toda a faixa do rio Dnieper até Energodar. Onde vc acha que tem mais saturação de MANPADS, o setor entre Oleshky e Kakhovka, Kairy e Berezhanka ou Vodiane e Dniprorudne? Quais os locais mais prováveis de desembarque? A resposta correta claramente é Oleshky e Kakhovka e Vodiane e Dniprorudne. Com Oleshky e Kakhovka tendo a maior composição de MANPADS ativos e na reserva, já que é a mais provável frente de um desembarque.
(...)Os russos teriam que coordenar bem esse engajamento com Ka-52, pq efetivamente vão ter que se aproximar da zona de desembarque pq estaria indo a baixa altitude até a zona de ação, aqui temos que considerar também o apoio efetivo de MANPADS pela AFU, até mesmo a ameaça de sistemas SAMs de curto alcance os russos não conseguiriam evitar totalmente, pelo menos não em função dos mísseis mas do radar, mesmo operando a baixa altitude ainda seria localizado pelo radar de busca aérea. Como eu disse, isso dependeria mt da cobertura do Ka-52 for fazer, se realmente for obrigado a permanecer nesse raio de ação só em baixa altitude, isso vai restringir mt seu envelope de voo e a sucessiva operação apoiando as unidades que estão se opondo a travessia, vai precisar receber coordenadas de alvos das unidades avançadas na defesa da margem pra poder lançar o míssil, incluindo para efeito de emprego do Izdeliye 305.
Desculpe, mas infelizmente não trabalho com "acho", eu prefiro pegar os elementos reais que tenho e usar com base neles, mas se acha que a AFU vai simplesmente fazer uma cabeça-de-praia num lugar vazio, com a sorte de não ser um campo minado e ficar ilesa, ai não tenho mais o que discutir.
Os Russos já demonstraram que conseguem coordenar bem a aviação em torno do Dnieper, os exemplos estão nos posts anteriores a estes. A atuação do Ka-52 é basicamente atacar tropas em travessia, como foi feito em Energodar ou usar mísseis de longo alcance para destruir grandes barcos ou blindados em translado. Isso ele faz com maestria longo do alcance de qualquer Manpads e abaixo da cobertura de radar de qualquer sistema de médio alcance.
Já provaram explorar vulnerabilidades, mas qual local a AFU desembarcou e manteve posição em um local propício para ser uma cabeça de praia por mais de 12 horas? Kinburn é simplesmente ridículo e se quer conseguiram tomar Dachi, então queria entender de qual caso você está falando.Suetham escreveu: ↑Qui Mai 04, 2023 11:36 pmEu já disse que os ucranianos já demonstraram provas mais do que suficientes que podem explorar margens de vulnerabilidade na defesa russa, quando eu vejo o mapa indica claramente que o setor em volta de Energodar e tbm com relação ao eixo Kairy e Babyne são bem mais vulneráveis e permissivos do que os exemplos que vc está usando. Além disso, os ucranianos são bons em dissimular os russos, eu espero algum ataque diversionário em qualquer frente para mascarar essa intenção ucraniana, seria mt imprudente dos ucranianos tentarem realizar o desembarque desorganizado(como os anteriores) onde eles planejam realmente explorar essa deficiência, isso indicaria um provável curso de ação ucraniano para os russos e eles fortaleceriam essa posição, por isso não vimos até hoje a tentativa de desembarque onde eu realmente posso esperar, de Kairy até Babyne, com todo o setor de Vadiane e Dniprorudne também entrando nessa provável área, toda essa frente constituída seria permissiva se os ucranianos tiverem os meios necessários para realizar a travessia.
Sim, a AFU vai avançar de Kairy até Babyne, de Vadiane até Dniprorudne, a posição dos Russos será permissiva ou provavelmente os operadores de drones Russos deverão estar bêbados no momento pra não ver absolutamente nada. Claro, a probabilidade disso ocorrer é altíssima, assim como a ofensiva em Huliapoly, ano passado.
Um erro aqui claro de achismo é simplesmente achar que só porque os Russos não estão ocupando tal local, esse local não está sendo coberto por algum meio. Eu sinceramente não sei, os Russos tem cada vez mais removido materiais da região da Criméia e coloquei um comentário acima que data do dia 3 de Abril sobre isso. Pode ser para cobrir gaps, os gaps são killzones ou mesmo campos minados, mas achar que, a essa altura, os Russos são simplesmente estúpidos ao pensar "ah, eles nem vão atacar ali mesmo" é uma presunção talvez fantasiosa.