O futuro da AAAe no Brasil
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
Não precisa comprar licença de produção. É só comprar as quantidades necessárias para as bdas inf que se tem e problema resolvido. Não adianta fabricar nada aqui se não compramos e nem usamos de forma regular os lançadores\mísseis a fim de manter um processo produtivo que justifique o investimento, e os custos.
Só na minha região com as 6 bdas inf slv que há, seriam necessários ao menos uns 36 lançadores + 108 mísseis (dotação mínima operacional de cada lançador com 3 Bolide) para organizar as Bia AAe de cada GU. Mas nem isso o EB é capaz de fazer. E nem irá fazer.
A escolha do RBS-70NG como AAe das bdas inf e cav mec é auto-explicativa da pindaíba de sempre em que estamos no que tange investimento. É daí para baixo.
Só na minha região com as 6 bdas inf slv que há, seriam necessários ao menos uns 36 lançadores + 108 mísseis (dotação mínima operacional de cada lançador com 3 Bolide) para organizar as Bia AAe de cada GU. Mas nem isso o EB é capaz de fazer. E nem irá fazer.
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- arrebatador21
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
Srs, atualização sobre possível aquisição de artilharia antiaérea de média altura;
https://tecnodefesa.com.br/mudancas-nos ... rasileiro/
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- FCarvalho
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
Se for mesmo apenas 15 baterias, é o suficiente para cobrir os 5 GAAe do EB com 1 Bia, 3 Bia para os 3 Gaae da FAB, e sobra 2 Bia para o CFN. Caso o GAAe Slv que fica aqui em Manaus também seja aquinhoado, então o CFN fica com apenas 1 Bia na FFE, com o EB dispondo de 6.
Não é o suficiente para dar conta das nossas necessidades a meu ver, mas pelo menos cobre as OM que já existem hoje, e quem sabe depois que esse projeto estiver concluído, alguém comece a pensar que 6 GAAe no EB com apenas 1 bia não passa de uma piada de mal gosto, e só serve para "manter doutrina".
Idem a FAB, que possui ao menos 14 bases aéreas com esquadrões de aviação ativos e que não terão nada para a sua defesa AAe. Sem contar a infraestrutura de C2 e ISR terrestre do SISDABRA.
Enfim, continuamos disfarçadamente brincando de defender o Brasil. Viva-se com isso.
Não é o suficiente para dar conta das nossas necessidades a meu ver, mas pelo menos cobre as OM que já existem hoje, e quem sabe depois que esse projeto estiver concluído, alguém comece a pensar que 6 GAAe no EB com apenas 1 bia não passa de uma piada de mal gosto, e só serve para "manter doutrina".
Idem a FAB, que possui ao menos 14 bases aéreas com esquadrões de aviação ativos e que não terão nada para a sua defesa AAe. Sem contar a infraestrutura de C2 e ISR terrestre do SISDABRA.
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- arrebatador21
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
@FCarvalho Concordo com o que falou! Mas pra quem não tem nada. Outro ponto é o seguinte, de que adianta entupir o país de defesa aerea e ter 36 gripens (Qualquer defesa antiaerea, ocidental, russa (vira alvo)! A Ucrânia se tivesse uma força aerea com aeronaves top, os russos não tinham chegado onde chegaram! Precisamos de mais Gripen, Tamandaré, Riachuelo, umas 5 fragatas de 6000 a 7000 T, MBT, (Alvaro Alberto) e por ai vai até porque (aquela velha de não estamos em guerra e se entrarmos em guerra compramos não funciona muito hj, funcionava la em 45 que pro alemão/ou americano chegar aqui e afundar navio demorava meses!)... Mas concordo com o que falou o ideal seria muito mais!
Abrços!
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
Infelizmente, se o plano inicial é de obter 15 baterias, se evoluir para a efetiva aquisição, dificilmente passará de cerca de 10 baterias. Vide o que ocorre com outros projetos estratégicos, como o gripen, KC-390, guarani, etc.
- FCarvalho
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
Infelizmente nosso planejamento militar parece apenas levar em conta o ditado popular que diz "pouca farinha, meu pirão primeiro".arrebatador21 escreveu: ↑Sex Mar 24, 2023 8:43 pm @FCarvalho Concordo com o que falou! Mas pra quem não tem nada. Outro ponto é o seguinte, de que adianta entupir o país de defesa aerea e ter 36 gripens (Qualquer defesa antiaerea, ocidental, russa (vira alvo)! A Ucrânia se tivesse uma força aerea com aeronaves top, os russos não tinham chegado onde chegaram! Precisamos de mais Gripen, Tamandaré, Riachuelo, umas 5 fragatas de 6000 a 7000 T, MBT, (Alvaro Alberto) e por ai vai até porque (aquela velha de não estamos em guerra e se entrarmos em guerra compramos não funciona muito hj, funcionava la em 45 que pro alemão/ou americano chegar aqui e afundar navio demorava meses!)... Mas concordo com o que falou o ideal seria muito mais!
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Com certeza não há preocupação verdadeira em dotar o país com uma defesa AAe realmente crível, na exata dimensão de suas necessidades.
Continuamos disfarçando nosso interesse em defesa com aquisições que nada mais são do que "formar doutrina", e depois a gente vê o que acontece.
Patético. Para não dizer vergonhoso.
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- FCarvalho
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
Eu creio ser equivocado dotar o GAAe Slv com um sistema de médio alcance como hora se propõe. Se for mesmo essa a intenção. Não é condizente com a região e menos ainda com o tipo de apoio necessário às bda inf slv. RBS 70NG e uns bons manpad seriam mais que suficiente.RobsonBCruz escreveu: ↑Sáb Mar 25, 2023 10:02 am Infelizmente, se o plano inicial é de obter 15 baterias, se evoluir para a efetiva aquisição, dificilmente passará de cerca de 10 baterias. Vide o que ocorre com outros projetos estratégicos, como o gripen, KC-390, guarani, etc.
Agora, o caso é como organizar os outros 5 GAAe e as 15 baterias que dispõe. Significa dizer, onde o EB está com a cabeça ao definir que a sua demanda primária deve atender às três forças.
Não dá pra levar a sério esse tipo de decisão. Simplesmente não dá.
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- FCarvalho
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
No papel, de 6 a 8 unidades.
O programa Defesa AAe Média Altura dispõe que cada bateria opere com,no mínimo, 3 unidades lançadoras.
Está será a base de referência para a compra do sistema selecionado.
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- knigh7
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
Mas vale ressaltar que o EB planeja adquirir ao longo de 16 anos. Quanto a FAB e a MB a demanda deve ser pequena pois na divisão das tarefas dadas pelo MD no tocante a AAAe foi de atribuir a essas 2 Forças apenas a tarefa de autodefesa.RobsonBCruz escreveu: ↑Sáb Mar 25, 2023 10:02 am Infelizmente, se o plano inicial é de obter 15 baterias, se evoluir para a efetiva aquisição, dificilmente passará de cerca de 10 baterias. Vide o que ocorre com outros projetos estratégicos, como o gripen, KC-390, guarani, etc.
- gabriel219
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
Não vejo sentido em artilharia de médio alcance na FAB, somente autodefesa ou de interdição do espaço aéreo, sistemas como S-400, Stunner e entre outros de alcance similar.
- knigh7
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
O EB terá GAAAe de média altura. Não serão distribuídas aos atuais GAAAe.FCarvalho escreveu: ↑Sex Mar 24, 2023 7:03 pm Se for mesmo apenas 15 baterias, é o suficiente para cobrir os 5 GAAe do EB com 1 Bia, 3 Bia para os 3 Gaae da FAB, e sobra 2 Bia para o CFN. Caso o GAAe Slv que fica aqui em Manaus também seja aquinhoado, então o CFN fica com apenas 1 Bia na FFE, com o EB dispondo de 6.
- Pablo Maica
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
Além disso, há cidades como Rio de Janeiro, Santa Maria e Brasília, que tem alta concentração de unidades militares, dessa forma podem ficar sob proteção de baterias de uma só unidade, permitindo uma dispersão maior.knigh7 escreveu: ↑Sáb Mar 25, 2023 3:25 pmMas vale ressaltar que o EB planeja adquirir ao longo de 16 anos. Quanto a FAB e a MB a demanda deve ser pequena pois na divisão das tarefas dadas pelo MD no tocante a AAAe foi de atribuir a essas 2 Forças apenas a tarefa de autodefesa.RobsonBCruz escreveu: ↑Sáb Mar 25, 2023 10:02 am Infelizmente, se o plano inicial é de obter 15 baterias, se evoluir para a efetiva aquisição, dificilmente passará de cerca de 10 baterias. Vide o que ocorre com outros projetos estratégicos, como o gripen, KC-390, guarani, etc.
Um abraço e t+
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
Não. Isso varia de acordo com a capacidade do sistema bem como com os requisitos do comprador.
Há 3 anos atrás o EB emitiu um RFI para um Grupamento de Média Altura para 3 fabricantes: IAI, Rafael e Diehl. Todos apresentaram como solução 3 Bias com 3 unidades de tiro cada, sendo que a IAI apresentou uma alternativa além das 3 Bias que oferecera: era a de uma única Bia equipada com o míssil Barak Long Range.
Acredito que o EB peça 4 UT por Bia pelo ROC que prevê a cobertura de 10 mil km² (essas 3 empresas tem mísseis com que são capazes de prover essa cobertura com 4 UT), seja também pelo número de eventualidades e distinções que possam se deparar no T.O.
- FCarvalho
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
15 baterias em 16 anos é no mínimo risível. Quando a última entrar em operação, já vamos precisar modernizar a primeira.knigh7 escreveu: ↑Sáb Mar 25, 2023 3:25 pmMas vale ressaltar que o EB planeja adquirir ao longo de 16 anos. Quanto a FAB e a MB a demanda deve ser pequena pois na divisão das tarefas dadas pelo MD no tocante a AAAe foi de atribuir a essas 2 Forças apenas a tarefa de autodefesa.RobsonBCruz escreveu: ↑Sáb Mar 25, 2023 10:02 am Infelizmente, se o plano inicial é de obter 15 baterias, se evoluir para a efetiva aquisição, dificilmente passará de cerca de 10 baterias. Vide o que ocorre com outros projetos estratégicos, como o gripen, KC-390, guarani, etc.
E me chama a atenção de como será feita a divisão destas baterias. Quem vai receber primeiro, quem vai ficar por último.
Todas as forças tem "pressa" e necessidade de receber seus sistemas o mais rápido possível. Alguém vai abrir mão do seu lugar na fila? Acho difícil.
E a FAB possui 3 GAAe para equipar. Significa, no mínimo, que irá demandar 3 baterias a si. O CFN só recebe uma bateria e está de bom tamanho para a FFE.
Já o exército é um caso a parte.
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