Ou ser funça não-operacional.
SMEoS EDIT - POLÍTICA PRÉ/PÓS-ELEIÇÕES 2022
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Re: SMEoS EDIT - POLÍTICA PRÉ/PÓS-ELEIÇÕES 2022
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Re: SMEoS EDIT - POLÍTICA PRÉ/PÓS-ELEIÇÕES 2022
Túlio, o mundo não é teu umbigo.Túlio escreveu: ↑Dom Mar 05, 2023 1:25 pmMarcelo Ponciano escreveu: ↑Dom Mar 05, 2023 12:28 pm
E tentativa de reforma administrativa sempre foi para permitir isso, que é tirar a estabilidade do servidor concursado para os poderosos terem o poder de fazer pressão e determinar o que quiserem. Reforma que só não ocorreu porque tinha uma pandemia no meio do caminho...Essas fantasias de VOSMEÇÊS (e estou sendo gentil, pois pra mim estão é passando pano pra um pessoal que tá levando o Brasil direto para o abismo) revelam ou desconhecimento sobre o que realmente é ser funça (estou sendo gentil de novo) ou é pura má fé mesmo (kabô-se a gentileza ): por experiência, eu era (sou) concursado, meu chefe (Supervisor) idem, o chefe dele (ASD) também e idem o chefe dele (Diretor); os do topo, no entanto, até podem sê-lo, mas normalmente de outras corporações (tipo MP/PF, no meu caso) ou mesmo CCs (politiqueiros). Em 28 anos de serviço só vi UM AP (Gelson Treiesleben) no penúltimo degrau (Superintendente), e ainda assim tinha um promotor do PT (Airton Michels, SSP) na cola dele; isso em tese, porque ambos eram cupinchas, sendo ambos Judeus e maçons (e havia um boato sobre grau de parentesco mas, como nunca vi nada de concreto, deixo como mera especulação).
Dae é assim: se baixam uma Portaria e a gente vê que vai dar rabo, se recusa a cumprir; o chefe imediato tenta nos convencer nas buenas e a gente não topa; dae o chefe dele (ASD) tenta engrossar um pouco e necas; o chefe dele (Diretor) vem com uma mistura de ofertas com ameaças e ainda necas, que "ordem absurda ou ilegal não se cumpre": QUÁ!
Acabam transferindo a gente lá pra PQP ou pior, nos tiram da Atividade-Fim e botam na papelada, coisa que sempre odiei (e ambas me aconteceram até eu conseguir transformar limão em limonada), fora atrasar promoção (idem, me aposentei no penúltimo posto, um dos poucos da minha turma, quase todo mundo saiu E; e eu já tinha tomado juízo mas era tarde demais, estava marcado na paleta).
Essa de "sereia rexixtenxx" só existe quando o cara tem padrinho pra lá de FORTE (vi isso também, especialmente nas "guerras" entre PT "vs" PSDB aqui, os caras apenas "trocavam a pele" - geralmente para PSB ou PDT - por uns anos e tudo tri), coisa que nunca tive, pois a gente tem que estar engajado com política partidária, e aí até opositor conta ponto, se for graúdo, porque lá em cima todo mundo troca figurinha!
Contem essas lorotas aí pra quem nunca foi funça, pois quem é ou foi não engole; e não me venham com essa de "caso isolado", conheço muitos outros, mas a maioria preferiu se dobrar logo, antes das consequências.
BTW...
https://www.estadao.com.br/politica/doc ... diamantes/
BRASÍLIA – Eram 18 horas e 10 minutos daquela quinta-feira, 29 de dezembro de 2022, quando o servidor da Receita Federal, Marco Antônio Lopes Santanna, recebeu uma visita “em caráter de urgência” na Base Aérea de Guarulhos, em São Paulo. Um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) tinha acabado de chegar ao terminal do aeroporto, para “atender demandas do senhor presidente da República”, conforme foi registrado em documento da FAB. Ali, Santanna recebeu o primeiro-sargento da Marinha Jairo Moreira da Silva.
Jairo tinha uma missão clara e determinada pelo então presidente Jair Bolsonaro. Faltavam apenas dois dias para que o chefe do Executivo deixasse o mais alto posto de comando do País. Como ainda era o presidente, Bolsonaro tratou de agir. Era preciso, de qualquer maneira, retirar as joias de diamantes avaliadas em R$ 16,5 milhões que tinham sido presenteadas pelo regime da Arábia Saudita ao presidente e sua primeira-dama, Michelle Bolsonaro.
O militar Jairo Moreira da Silva foi direto. Ao encontrar o servidor da Receita no aeroporto, mostrou a tela de seu celular, onde exibia a imagem de um documento direcionado “ao Sr. Julio Cesar”. Tratava-se de Julio Cesar Vieira Gomes, o secretário que comandava a Receita Federal na gestão Bolsonaro. Ao exibir a tela do celular, Jairo dizia que estava ali para retirar “um material” retido na alfândega e que a própria chefia da Receita já deveria ter entrado em contato com a alfândega de Guarulhos. O documento apresentado fazia referência a um “Termo de Retenção de Bens” relacionado a joias.
Preocupado, o primeiro-sargento da Marinha Jairo Moreira da Silva deu início, então, a uma conversa pelo celular com alguém a quem se referia apenas como “coronel”. Na frente de Santanna, sugeria ao auditor-fiscal da Receita que ele conversasse com o seu “coronel”. Santanna, porém, resistiu novamente, e informou que não havia possibilidade de fazer aquele tipo de atendimento pelo telefone.
Jairo voltou a insistir. Disse ao fiscal que iria identificar o nome do responsável da Receita que trataria da liberação no aeroporto. Santanna explicou que o ofício do governo federal exibido no celular não estava direcionado a ele, mas ao chefe da Receita, Julio Cesar Vieira Gomes. O servidor voltou a dizer que não tinha nenhum conhecimento daquela operação e que, por se tratar da tentativa de retirada e incorporação de um bem, o processo teria de ser apresentado, formalmente, por meio de um “Ato de Destinação de Mercadoria”.
O emissário, então, se exasperou. Disse que chegou àquela hora de Brasília e foi diretamente para a alfândega, porque cumpria uma missão “em caráter de urgência”. O auditor-fiscal pediu, então, que o documento fosse enviado para o e-mail corporativo da alfândega, mas Jairo disse que preferia aguardar orientações, porque o seu “coronel” iria falar com mais alguém.
Foi neste momento que o primeiro-sargento da Marinha comentou a troca de comando na Presidência da República, o que viria a ocorrer em apenas dois dias. Em sua tentativa de convencimento, Jairo disse ao agente da Receita que aquilo tudo fazia parte da troca de governo e que “não pode ter nada do antigo pro próximo, tem que tirar tudo e levar”.
Uma nova ligação tocou no celular do militar. Era Julio Cesar Vieira Gomes, o secretário que comandava a Receita Federal e era alinhado a Jair Bolsonaro. O militar passou o celular para as mãos do auditor-fiscal, dizendo que seu chefe desejava falar com ele. O pedido de liberação das joias foi reforçado por Julio, mas o servidor Marco Antônio Lopes Santanna se manteve inabalável, negou a liberação e pediu que entrassem em contato com o delegado da alfândega de Guarulhos, o auditor Fabiano Coelho. A ligação foi encerrada.
Santanna devolveu o celular a Jairo e pediu ao militar que aguardasse uma resposta do delegado da alfândega de Guarulhos, com o devido Ato de Destinação de Mercadoria, mas voltou a frisar que, mesmo com a apresentação do documento, naquela circunstância, haveria muita dificuldade em acessar as joias.
Jairo aguardou por algum momento, conforme foi orientado pelo servidor, mas logo depois desistiu e deixou o aeroporto, sem retornar ou contatar o auditor-fiscal. Terminava, assim, fracassada, uma das tantas tentativas de Bolsonaro de conseguir as joias.
Os registros oficiais da FAB mostram que o emissário do presidente voltaria a Brasília em um voo comercial, e não mais em uma aeronave da FAB. Caso tivesse conseguido retirar as joias, portanto, os itens entrariam pelo aeroporto de Brasília, fora de área da alfândega, e estariam nas mãos do presidente e de Michelle Bolsonaro.
Dos Estados Unidos, o ex-presidente Bolsonaro negou que tenha conhecimento sobre as joias, diz não saber do que se trata e que nada recebeu. Michelle Bolsonaro foi às redes sociais para ironizar o valor milionário do presente, disse não ter conhecimento dos itens e insultou a imprensa.
As joias seguem apreendidas até hoje no cofre da Receita, em Guarulhos.
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Re: SMEoS EDIT - POLÍTICA PRÉ/PÓS-ELEIÇÕES 2022
Repito, conta essas lorotas aí pra quem nunca foi funça, pois quem é ou foi não engole; e não me venhas com essa de "caso isolado" (ou "meu umbigo"), pois conheço muitos outros que estiveram nessa mas a maioria optou por se dobrar logo, antes das consequências, que sei muito bem quais são e valem para todos os níveis.
Claro, presumo (posso estar errado, mas acho brabo) que tenhas PADRINHO FORTE...
PS.: já tá em quanto o aumento? Ou é PROMOÇÃO???
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Re: SMEoS EDIT - POLÍTICA PRÉ/PÓS-ELEIÇÕES 2022
Qualquer dia desses a NASA vem estudar a mente dos negacionistas brasileiros.
"Se o meu umbigo é assim, o restantes dos umbigos também são."
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Re: SMEoS EDIT - POLÍTICA PRÉ/PÓS-ELEIÇÕES 2022
Ou qualquer FUNÇA "das antigas" estuda os atuais e diz "PQP, agora tá valendo tudo por uma promoção ou aumento, que morram os demais, os caras querem espremer tudo pra si e foda-se o resto".
Enquanto isso, e seguindo outros...
Sério, QUERES uma Brazuela aqui, não? Afinal, enquanto estiveres de guaiaca cheia...
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Re: SMEoS EDIT - POLÍTICA PRÉ/PÓS-ELEIÇÕES 2022
E a narrativa é a mesma, pode reparar que quem sai nos noticiários é sempre um servidor do sindicato da categoria, geralmente o presidente... Já tem até expertise no assunto......Túlio escreveu: ↑Dom Mar 05, 2023 9:49 pmOu qualquer FUNÇA "das antigas" estuda os atuais e diz "PQP, agora tá valendo tudo por uma promoção ou aumento, que morram os demais, os caras querem espremer tudo pra si e foda-se o resto".
Enquanto isso, e seguindo outros...
Sério, QUERES uma Brazuela aqui, não? Afinal, enquanto estiveres de guaiaca cheia...
1) Buscam uma picuinha qualquer c o governo (seja qual for) e a repercute nos noticiários o acusando de desmonte e interferencia.... quando na realidade sabemos claramente que são decisões políticas..... que nada têm a ver c o mérito administrativo e funcional dessas instituições... ninguém vai desmontar a receita embora seja esse o desejo da população....... seria até contrassenso... Enfim..
2) Começam o show de dados logo em seguida... "Ah pq falta isso e isso de servidores, e mais isso e isso de reajuste"
3) aí o governo abre diálogo depois de toda repercussão, pq não tem como fugir
4) por fim fecham sempre algum acordo de, pasmem, reestruturação ou de AUMENTO... Como aconteceu com a PF até pouco tempo.... Possivelmente vão receber o aumento do Lula já já, visto que repercutiram notícias contra o opositor favorito dele.... Enfim.... Sempre a mesma balela. Pior q são c todos, agora c a ABIN também...
Agora se for discutir medidas p favorecer o povo q está necessitado, aí não, aí é medida eleitoreira, é p agradar seu "gado". Pqp.
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Re: SMEoS EDIT - POLÍTICA PRÉ/PÓS-ELEIÇÕES 2022
Primeiro que se a pessoa é funcionário público federal e teme ser mandado para um local distante, deveria antes de qualquer coisa pedir exoneração e prestar concurso para guarda municipal, cargo público em que esse risco inexiste. Então já começa errado aí servidor federal ter apego à local x, y ou z.Túlio escreveu: ↑Dom Mar 05, 2023 8:48 pmRepito, conta essas lorotas aí pra quem nunca foi funça, pois quem é ou foi não engole; e não me venhas com essa de "caso isolado" (ou "meu umbigo"), pois conheço muitos outros que estiveram nessa mas a maioria optou por se dobrar logo, antes das consequências, que sei muito bem quais são e valem para todos os níveis.
Claro, presumo (posso estar errado, mas acho brabo) que tenhas PADRINHO FORTE...
PS.: já tá em quanto o aumento? Ou é PROMOÇÃO???
Segundo que a sua experiência pessoal, apesar de muito relevante e sempre bastante bem vinda, não suplanta a de outras pessoas.
Particularmente vejo que de fato tem muito servidor que se dobra para pressões internas e externas. Principalmente, mas não exclusivamente, entre os servidores mais antigos, que estão em funções administrativas e que entraram sem concurso antes do famoso trem da alegria. O que não os culpo, dada a precariedade da admissão deles na época do regime militar e do gato dado na legislação (CF88 e lei 8112/90) para torná-los estáveis.
Mas os servidores que ingressaram por concurso nos últimos 30 anos são, em sua maioria, muito mais conscientes da importância da estabilidade como mecanismo de resistência à pressões. Só ver os dois casos recentes no governo Bolsonaro envolvendo servidor estatutário estável, um novo Ministério da Saúde no escândalo das vacinas e outro agora na Receita Federal envolvendo as joias. Aliás, a divulgação desses só reforçam no corpo funcional estatal o poder que eles possuem em dizer não...
Tudo estaria perdido se o mesmo homem, ou o mesmo corpo dos principais, ou dos nobres, ou do povo exercesse os três poderes: o de fazer as leis, o de executar as resoluções públicas e o de julgar. (MONTESQUIEU. O Espírito das Leis. Livro XI, Cap. VI)
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Re: SMEoS EDIT - POLÍTICA PRÉ/PÓS-ELEIÇÕES 2022
Marcelo Ponciano escreveu: ↑Seg Mar 06, 2023 10:55 am
Primeiro que se a pessoa é funcionário público federal e teme ser mandado para um local distante, deveria antes de qualquer coisa pedir exoneração e prestar concurso para guarda municipal, cargo público em que esse risco inexiste. Então já começa errado aí servidor federal ter apego à local x, y ou z.
Segundo que a sua experiência pessoal, apesar de muito relevante e sempre bastante bem vinda, não suplanta a de outras pessoas.
Particularmente vejo que de fato tem muito servidor que se dobra para pressões internas e externas. Principalmente, mas não exclusivamente, entre os servidores mais antigos, que estão em funções administrativas e que entraram sem concurso antes do famoso trem da alegria. O que não os culpo, dada a precariedade da admissão deles na época do regime militar e do gato dado na legislação (CF88 e lei 8112/90) para torná-los estáveis.
Mas os servidores que ingressaram por concurso nos últimos 30 anos são, em sua maioria, muito mais conscientes da importância da estabilidade como mecanismo de resistência à pressões. Só ver os dois casos recentes no governo Bolsonaro envolvendo servidor estatutário estável, um novo Ministério da Saúde no escândalo das vacinas e outro agora na Receita Federal envolvendo as joias. Aliás, a divulgação desses só reforçam no corpo funcional estatal o poder que eles possuem em dizer não...
Falou, falou e não disse nada: tu és ou foste alguma vez funça, seja de que esfera for? Porque esta tua definição romântica (ou mais provavelmente IDEOLÓGICA) de estabilidade não se sustenta, os caras têm montes de mecanismos de pressão. E USAM!
Sabes o que é um concurseiro pelo menos, e por que quem não é os detesta?
Sabes o que é um concurseiro pelo menos, e por que quem não é os detesta?
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Re: SMEoS EDIT - POLÍTICA PRÉ/PÓS-ELEIÇÕES 2022
Sou sim, e sou empregado público concursado em empresa pública, que não goza estabilidade no sentido jurídico do termo. A única garantia que o empregado público tem é que sua demissão deve ter motivação por escrito (tem que ser expresso um motivo, qualquer que seja ele), é garantia advinda dos princípios genéricos do direito administrativo que assegura que toda decisão administrativa tem que ser motivada, garantia essa que está sob o fio da navalha em um julgamento do STF marcado para o meio desse ano. Mas mesmo assim, os empregados públicos concursados entram na categoria de pessoas cujo salário vem do cofres públicos, prestam contas ao Tribunal de Contas, lidam com patrimônio e dinheiro público, etc...e estão submetidos aos critérios éticos que a sociedade espera de um Funcionário do Estado.Túlio escreveu: ↑Seg Mar 06, 2023 11:25 amMarcelo Ponciano escreveu: ↑Seg Mar 06, 2023 10:55 am
Primeiro que se a pessoa é funcionário público federal e teme ser mandado para um local distante, deveria antes de qualquer coisa pedir exoneração e prestar concurso para guarda municipal, cargo público em que esse risco inexiste. Então já começa errado aí servidor federal ter apego à local x, y ou z.
Segundo que a sua experiência pessoal, apesar de muito relevante e sempre bastante bem vinda, não suplanta a de outras pessoas.
Particularmente vejo que de fato tem muito servidor que se dobra para pressões internas e externas. Principalmente, mas não exclusivamente, entre os servidores mais antigos, que estão em funções administrativas e que entraram sem concurso antes do famoso trem da alegria. O que não os culpo, dada a precariedade da admissão deles na época do regime militar e do gato dado na legislação (CF88 e lei 8112/90) para torná-los estáveis.
Mas os servidores que ingressaram por concurso nos últimos 30 anos são, em sua maioria, muito mais conscientes da importância da estabilidade como mecanismo de resistência à pressões. Só ver os dois casos recentes no governo Bolsonaro envolvendo servidor estatutário estável, um novo Ministério da Saúde no escândalo das vacinas e outro agora na Receita Federal envolvendo as joias. Aliás, a divulgação desses só reforçam no corpo funcional estatal o poder que eles possuem em dizer não...Falou, falou e não disse nada: tu és ou foste alguma vez funça, seja de que esfera for? Porque esta tua definição romântica (ou mais provavelmente IDEOLÓGICA) de estabilidade não se sustenta, os caras têm montes de mecanismos de pressão. E USAM!
Sabes o que é um concurseiro pelo menos, e por que quem não é os detesta?
Mas se ainda duvidares da minha credencial do clube de pessoas concursadas (não vale cargo em comissão e terceirizados), com contrato por prazo indeterminado (não vale contrato temporário do IBGE para realização de pesquisa) e que possuem o salário pago pelos cofres públicos, te provarei com documentação idônea por mensagem privada.
Tudo estaria perdido se o mesmo homem, ou o mesmo corpo dos principais, ou dos nobres, ou do povo exercesse os três poderes: o de fazer as leis, o de executar as resoluções públicas e o de julgar. (MONTESQUIEU. O Espírito das Leis. Livro XI, Cap. VI)
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Re: SMEoS EDIT - POLÍTICA PRÉ/PÓS-ELEIÇÕES 2022
Marcelo Ponciano escreveu: ↑Seg Mar 06, 2023 12:20 pm
Sou sim, e sou empregado público concursado em empresa pública, que não goza estabilidade no sentido jurídico do termo. A única garantia que o empregado público tem é que sua demissão deve ter motivação por escrito (tem que ser expresso um motivo, qualquer que seja ele), é garantia advinda dos princípios genéricos do direito administrativo que assegura que toda decisão administrativa tem que ser motivada, garantia essa que está sob o fio da navalha em um julgamento do STF marcado para o meio desse ano. Mas mesmo assim, os empregados públicos concursados entram na categoria de pessoas cujo salário vem do cofres públicos, prestam contas ao Tribunal de Contas, lidam com patrimônio e dinheiro público, etc...e estão submetidos aos critérios éticos que a sociedade espera de um Funcionário do Estado.
Mas se ainda duvidares da minha credencial do clube de pessoas concursadas (não vale cargo em comissão e terceirizados), com contrato por prazo indeterminado (não vale contrato temporário do IBGE para realização de pesquisa) e que possuem o salário pago pelos cofres públicos, te provarei com documentação idônea por mensagem privada.
Não, não precisa, é que nunca falaste a respeito (pelo menos que eu lembre), apenas tua formação.
Bueno, partindo então da premissa que sabes do que falo, explico melhor: ESTABILIDADE é o que nivela o sujeito que se esforça e carrega o piano ao que está cagando e andando pro trabalho (como o concurseiro típico; eu nem tenho como contar quantas vezes tive que sair da minha Inspetoria para fazer o trabalho de outro cara porque ele estava "papirando" e nem bola pra galeria, que já estava quase estourando); no começo do século tinha um Colega que chamávamos (todos nós) por uma expressão em voga, tipo "ó só, lá vem o 'desperdício do dinheiro público'", porque não prestava pra nada, chegava sempre atrasado e volta e meia até faltava plantão; bueno, abriu a lista de promoções, havia uma vaga para Osório na D e só tinha dois Classe C no nosso EP, eu e ele. Eu, que era pontual e assíduo, além de não relaxar no serviço, achava que seria eu. Quá, o Diretor, meu amigo pessoal até hoje, indicou ele!
Um doce se adivinhares o porquê de eu não ter sido indicado...
(Já já aparece o @Matheus véio pra reclamar que estou "umbigando" de novo mas, IMHO, se fala com muito maior autoridade quando se fala de situações que vivenciamos ou acompanhamos de perto)
Bueno, partindo então da premissa que sabes do que falo, explico melhor: ESTABILIDADE é o que nivela o sujeito que se esforça e carrega o piano ao que está cagando e andando pro trabalho (como o concurseiro típico; eu nem tenho como contar quantas vezes tive que sair da minha Inspetoria para fazer o trabalho de outro cara porque ele estava "papirando" e nem bola pra galeria, que já estava quase estourando); no começo do século tinha um Colega que chamávamos (todos nós) por uma expressão em voga, tipo "ó só, lá vem o 'desperdício do dinheiro público'", porque não prestava pra nada, chegava sempre atrasado e volta e meia até faltava plantão; bueno, abriu a lista de promoções, havia uma vaga para Osório na D e só tinha dois Classe C no nosso EP, eu e ele. Eu, que era pontual e assíduo, além de não relaxar no serviço, achava que seria eu. Quá, o Diretor, meu amigo pessoal até hoje, indicou ele!
Um doce se adivinhares o porquê de eu não ter sido indicado...
(Já já aparece o @Matheus véio pra reclamar que estou "umbigando" de novo mas, IMHO, se fala com muito maior autoridade quando se fala de situações que vivenciamos ou acompanhamos de perto)
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Re: SMEoS EDIT - POLÍTICA PRÉ/PÓS-ELEIÇÕES 2022
Marcelo, na reforma eles só querem, ao menos, regulamentar as avaliações periódicas que até hj n o são, inclusive vedam demissões por motivos politicos... Não haverá perda de estabilidade, não é esse o mérito...Marcelo Ponciano escreveu: ↑Seg Mar 06, 2023 10:55 amPrimeiro que se a pessoa é funcionário público federal e teme ser mandado para um local distante, deveria antes de qualquer coisa pedir exoneração e prestar concurso para guarda municipal, cargo público em que esse risco inexiste. Então já começa errado aí servidor federal ter apego à local x, y ou z.Túlio escreveu: ↑Dom Mar 05, 2023 8:48 pm
Repito, conta essas lorotas aí pra quem nunca foi funça, pois quem é ou foi não engole; e não me venhas com essa de "caso isolado" (ou "meu umbigo"), pois conheço muitos outros que estiveram nessa mas a maioria optou por se dobrar logo, antes das consequências, que sei muito bem quais são e valem para todos os níveis.
Claro, presumo (posso estar errado, mas acho brabo) que tenhas PADRINHO FORTE...
PS.: já tá em quanto o aumento? Ou é PROMOÇÃO???
Segundo que a sua experiência pessoal, apesar de muito relevante e sempre bastante bem vinda, não suplanta a de outras pessoas.
Particularmente vejo que de fato tem muito servidor que se dobra para pressões internas e externas. Principalmente, mas não exclusivamente, entre os servidores mais antigos, que estão em funções administrativas e que entraram sem concurso antes do famoso trem da alegria. O que não os culpo, dada a precariedade da admissão deles na época do regime militar e do gato dado na legislação (CF88 e lei 8112/90) para torná-los estáveis.
Mas os servidores que ingressaram por concurso nos últimos 30 anos são, em sua maioria, muito mais conscientes da importância da estabilidade como mecanismo de resistência à pressões. Só ver os dois casos recentes no governo Bolsonaro envolvendo servidor estatutário estável, um novo Ministério da Saúde no escândalo das vacinas e outro agora na Receita Federal envolvendo as joias. Aliás, a divulgação desses só reforçam no corpo funcional estatal o poder que eles possuem em dizer não...
E o assédio sempre vai acontecer... Isso em todo o serviço público federal, e até mesmo ocorre no estadual e MUNICIPAL tb, por motivos económicos e políticos tb. As vezes se manter trabalhando lotado no setor em que o constrange é até pior, geralmente jogam a pessoa p serviços burocráticos... Na realidade, servidor público federal deveria ser grato, pois, além de ter uma das melhores remunerações, nesses casos recebe ajuda de custo ainda (q já estão pensando em retirar inclusive)... se você quer se assentar em Estado ou município, é como vc falou mesmo: faça concurso p esses lugares. Não fez pq optou pelas vantagens do federal. Enfim.
Agora voltando, no IBGE, Ibama, universidades e ministérios federais tb alegaram desmonte e assédio durante o gov Bolsonaro por conta de "falta" de apoio. Acontece que não é assédio isso, são decisões de caráter político. Os recursos do gov são finitos, e por isso mesmo ele não pode beneficiar a todos o tempo todo, ele tem de priorizar as políticas públicas que achar melhores segundo seu critério de conveniência e oportunidade. E, segundo seu critério, achou por bem relegar (sem deixar de cumprir c a lei fiscal) algumas instituições em face de outras, é natural isso. Não vejo nada de demais nisso... Por mim, particularmente, que DESMONTASSE mesmo várias univ federais, bolsistas improdutivos e ate mesmo órgãos desnecessários no âmbito judiciário como justiça do trabalho. E quanto a alguns fiscalizadores, tá certo mesmo...político tem de obedecer ao que o seu povo clama, e n ao que servidor dura lex sed lex anseia. Tá certo mesmo, ele escolheu beneficiar o agronegócio e alguns contribuintes e por isso afrouxou os mecanismos de controle no setor, não tem nada de mais nisso, foi a decisão política da gestão do seu governo... Ele beneficiou a fome do povo em vez do salário do fiscal no final das contas... foi um julgamento político, e arcou c as consequências negativas disso tb.
Essa balela da jóia aí não tem nada a ver c estabilidade de servidor... n tem nem como mexer nisso. É só mídia isso ai, e ridícula. servidor nada mais fez que seu trabalho, nada de demais. Muito bem.
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Re: SMEoS EDIT - POLÍTICA PRÉ/PÓS-ELEIÇÕES 2022
https://oglobo.globo.com/blogs/lauro-ja ... enda.ghtml
Bancos projetam que Brasil pode fechar 2023 em recessão, mas isso pode não ser o fim do mundo. Entenda
Bancos projetam que Brasil pode fechar 2023 em recessão, mas isso pode não ser o fim do mundo. Entenda
Re: SMEoS EDIT - POLÍTICA PRÉ/PÓS-ELEIÇÕES 2022
É aqui que os elogios e gentilezas estão liberados @Tulio Martins ???
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Re: SMEoS EDIT - POLÍTICA PRÉ/PÓS-ELEIÇÕES 2022
Nem sei quem é esse cara mas é aqui que a gente pode perguntar coisas como:Morcego_Wilton escreveu: ↑Seg Mar 06, 2023 3:47 pm É aqui que os elogios e gentilezas estão liberados @Tulio Martins ???
“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”
P. Sullivan (Margin Call, 2011)
P. Sullivan (Margin Call, 2011)