Um esquadrão com aeronaves F-5 deverá ser implantado em Nata

Assuntos em discussão: Força Aérea Brasileira, forças aéreas estrangeiras e aviação militar.

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J.Ricardo
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#16 Mensagem por J.Ricardo » Sex Ago 12, 2005 11:00 am

Bolovo escreveu:
Luís Henrique escreveu:A respeito do caça nacional, por quê ficaria mais caro?

Velho... sabe quanto custa projetar um avião?! MUITO, MUITO CARO, ainda mais um caça supersonico, coisa que ainda não dominanos. Demoraria anos pra ficar pronto...


Além do risco de se tornar um projeto igual ao SNB, demorar uns 20 anos e correr o risco de nascer defasado.




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#17 Mensagem por Bolovo » Sex Ago 12, 2005 11:11 am

J.Ricardo escreveu:
Bolovo escreveu:
Luís Henrique escreveu:A respeito do caça nacional, por quê ficaria mais caro?

Velho... sabe quanto custa projetar um avião?! MUITO, MUITO CARO, ainda mais um caça supersonico, coisa que ainda não dominanos. Demoraria anos pra ficar pronto...


Além do risco de se tornar um projeto igual ao SNB, demorar uns 20 anos e correr o risco de nascer defasado.

Isso é o pior que pode acontecer... vide MAA-1, MD97...




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#18 Mensagem por A-29 » Sex Ago 12, 2005 11:13 am

Curiosidade:
Temos 43 ou 44 F-5E???




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#19 Mensagem por Bolovo » Sex Ago 12, 2005 11:14 am

A-29 escreveu:Curiosidade:
Temos 43 ou 44 F-5E???

Se não me engano 44.




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#20 Mensagem por rodrigo » Sex Ago 12, 2005 11:24 am

Algumas considerações:

1) O F-5 não tem autonomia muito reduzida para operar na Amazônia?

2) Com o F-5BR atrasado, e os MIRAGE 2000 que só chegam daqui a mais de 1 ano, será que não estamos com poucos caças operacionais? (MIRAGE III ainda conta?)

3) Existe verba para contrução e manutenção nas bases de BV e PV?




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#21 Mensagem por A-29 » Sex Ago 12, 2005 11:27 am

Com mais 5 serão 49, o que dá 16 a 17 aeronaves por GAV (1º/1º; 2º/1°; 1°/14°). Essa quantidade é suficiente? Li em uma revista Força Aérea que os esquadrões franceses são formados por 19 a 20 M2000.




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#22 Mensagem por Bolovo » Sex Ago 12, 2005 11:30 am

rodrigo escreveu:1) O F-5 não tem autonomia muito reduzida para operar na Amazônia?

O F-5 nunca vai servir pra amazonia, a autonomia dele é ridicula. A FAB teria que opera-los com 3 tanques externos pra poder fazer alguma coisa.
rodrigo escreveu:2) Com o F-5BR atrasado, e os MIRAGE 2000 que só chegam daqui a mais de 1 ano, será que não estamos com poucos caças operacionais? (MIRAGE III ainda conta?)

Estamos com poucos sim. O Mirage 3 sai no final do ano.
rodrigo escreveu:3) Existe verba para contrução e manutenção nas bases de BV e PV?

Construção? Elas já existem, verba pra manutenção acho que tem sim.




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#23 Mensagem por Luís Henrique » Sex Ago 12, 2005 4:10 pm

1) O F-5 não tem autonomia muito reduzida para operar na Amazônia?



Os F-5 não são aviões de patrulha. Eles serão utilizados para interceptação supersônica. Para levantar vôo, chegar até o algo retornar a base acho que da conta. Até porque terá três locais (no mínimo) para pouso para reabastecimento. Uma no norte (Boa Vista), uma no sul (Porto Velho) e outra no centro (Manaus). Além disto os F-5 podem ser reabastecidos em vôo e podem levar tanques externos.

Analisando melhor pelo mapa, verifiquei que estas posições para as duas bases são realmente boas. Devido a imensidão da amazônia, uma única base é pouco. Com duas bases, uma ao norte e outra ao sul e com Manaus no meio, tendo condições de pouso e reabastecimento, as aeronaves poderão voar por todo o estado.

Acima em Boa Vista os aviões estarão próximos para interceptações próximas das fronteiras com Venezuela, Colômbia, Guianas e Suriname. Em Porto Velho os aviões estarão próximos para realizar inteceptações nas fronteiras com Bolívia e Peru. Além disto as duas bases darão capacidade dos aviões se dirigirem para o centro (Manaus). E a base ao sul ainda pode ser utilizada para reforçar o centro-oeste do Brasil (Anápolis / Brasília).

Talvez seja por isso que eles escolheram duas bases na Amazônia. Uma em cima e outra embaixo, em vez de utilizar manaus.

Sem falar que se for preciso, da base de Boa Vista para atacar Venezuela e guianas e suriname é perto. E da base de Porto Velho para atacar Peru e Bolívia fica próximo também.

É claro que ninguém vai atacar ninguém, mas como possibilidade, existe a projeção de poder.




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#24 Mensagem por Brasileiro » Sex Ago 12, 2005 4:27 pm

Será que a FAB vai colocar tanques móveis nas asas dos F-5 na Amazônia?
Como os F-5 são aviões já um tanto cansados pelo tempo, os tanques são pesadíssimos para as frágeis asas do caça, e atrapalharia enormemente a manobrabilidade do F-5, mas aumentaria o alcance. Sem contar também que eles permanecendo longo tempo "pregados" nas asas podem acelerar o processo de desgaste e envelhecimento da estrurura. Eu não sei o que a FAB vai fazer, talvez ela vá continuar com um tanque no centro, e os mísseis nos pontos externos das asas.
Quanto ao reabastecimento, dentro da Amazônia não existem aviões tanque para realizar a missão. E, inclusive acho improvável durante uma interceptação o caça reabastecer no solo.
Eu gostei mesmo das localizações dos futuros GDAs, elas encurtam as distâncias.
Em relação ao raio de combate do F-5, acho que não é tão ruim assim. Veja:
_222 km (tanque cheio, 2359 kg de armamentos, 2 mísseis AIM 9-B Phyton e 5 min de combate ao nível do mar)
_1.056 km (tanque cheio, 2 mísseis AIM 9-B Phyton e 5 min de combate a 5.000 m)

A segunda opção é a típica de uma interceptação, mas só altera que a aeronave estará com 4 e não dois mísseis, mas acho que não muda tanto, pois os 4 mísseis dificilmente exederão 1000Kg.

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#25 Mensagem por Vinicius Pimenta » Sex Ago 12, 2005 4:34 pm

Vamos por partes:

Fábio Nascimento escreveu:Blz Vinicius,

e o 3ºGDA que caça usará??


Ainda não tem previsão. O 3° GDA seria o objetivo a mais longo prazo dentre esses todos que eu descrevi. Na minha idéia, o que pode acontecer seria o seguinte num primeiro momento:

1° GDA: F-X2
2°GDA: Mirage 2000C

Depois, com a compra de mais um lote de F-X2:

1° GDA: F-X2
2°GDA: F-X2
3°GDA: Mirage 2000C.

Não estou levando em consideração se haverá ou não upgrade nos Cs. Lembrando que isso é uma idéia minha. De concreto só o que está escrito por mim lá.

-----------------------------------

Luís Henrique escreveu:Vinicius

em outra mensagem você me disse que o 3º GDA seria em Canoas.

Agora esta dizendo que são 2 na Amazônia e 1 em Anápolis.

Qual é o correto?


Canoas era suposição inicial. Os da Amazônia são informações mais oficiais. Lembrando que tudo se originou do Comando da FAB mas não foi emitido qualquer nota oficial sobre o assunto.

A respeito do caça nacional, por quê ficaria mais caro?


O projeto do AMX ficou em cerca de 3 bilhões de dólares, fora o valor de compra das aeronaves. E isso um caça de ataque subsônico.

Um caça nacional não existiria porque não temos empresas que desenvolvam aviônicos de ponta, não dominamos a tecnologia de vôo supersônico, não dominamos motores, etc. Desevolver tudo isso levaria muito tempo e dinheiro. Nos países desenvolvidos, que já dominam tudo isso, custam bilhões e bilhões, imagina um nacional que teríamos que partir praticamente do zero.

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kobra escreveu:Eu acho só 9 f-5 muito pouco.

Eu acho que seria melhor comprar mais algumas dezenas e elevar ao padrão BR e abrir mais alguns esquadrões de caças.


Não são só 9. São 9 + os 40 e tantos da FAB.

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Rodrigo escreveu:1) O F-5 não tem autonomia muito reduzida para operar na Amazônia?


Teoricamente sim. Mas não serão os F-5 que vão atuar na Amazônia. Eles serão da unidade de conversão de pilotos.

2) Com o F-5BR atrasado, e os MIRAGE 2000 que só chegam daqui a mais de 1 ano, será que não estamos com poucos caças operacionais? (MIRAGE III ainda conta?)


Sim, estamos.

3) Existe verba para contrução e manutenção nas bases de BV e PV?


Essas bases já existem. O que seria necessário seria uma adaptação. Não creio que seja nada que não possa ser pago. Ainda mais tratando-se de um objetivo de longo prazo.

----------------------------------

Com mais 5 serão 49, o que dá 16 a 17 aeronaves por GAV (1º/1º; 2º/1°; 1°/14°). Essa quantidade é suficiente? Li em uma revista Força Aérea que os esquadrões franceses são formados por 19 a 20 M2000.


Até seria mas o mínimo para um esquadrão da FAB são 12 aeronaves. Tendo 16 já não é ruim.

EU acredito que possa haver um remanejamento de células para equipar cada esquadrão, inclusive completanto o 1°/4°, com um número semelhante.




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#26 Mensagem por Marechal-do-ar » Sex Ago 12, 2005 4:40 pm

Brasileiro escreveu:Será que a FAB vai colocar tanques móveis nas asas dos F-5 na Amazônia?
Como os F-5 são aviões já um tanto cansados pelo tempo, os tanques são pesadíssimos para as frágeis asas do caça, e atrapalharia enormemente a manobrabilidade do F-5, mas aumentaria o alcance. Sem contar também que eles permanecendo longo tempo "pregados" nas asas podem acelerar o processo de desgaste e envelhecimento da estrurura. Eu não sei o que a FAB vai fazer, talvez ela vá continuar com um tanque no centro, e os mísseis nos pontos externos das asas.
Quanto ao reabastecimento, dentro da Amazônia não existem aviões tanque para realizar a missão. E, inclusive acho improvável durante uma interceptação o caça reabastecer no solo.
Eu gostei mesmo das localizações dos futuros GDAs, elas encurtam as distâncias.
Em relação ao raio de combate do F-5, acho que não é tão ruim assim. Veja:
_222 km (tanque cheio, 2359 kg de armamentos, 2 mísseis AIM 9-B Phyton e 5 min de combate ao nível do mar)
_1.056 km (tanque cheio, 2 mísseis AIM 9-B Phyton e 5 min de combate a 5.000 m)

A segunda opção é a típica de uma interceptação, mas só altera que a aeronave estará com 4 e não dois mísseis, mas acho que não muda tanto, pois os 4 mísseis dificilmente exederão 1000Kg.

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1056km seria 5 tanques (1 em cada ponto duro) e com misseis apenas ans pontas das asas, nessas condições um AMX, F-16 ou M2000 teria mais de 1500km de raio...




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#27 Mensagem por Marechal-do-ar » Sex Ago 12, 2005 4:46 pm

Quanto ao caça nacional, se formos retomar o projeto do MFT-LT ou comprarmos algo como o F-20 gastaríamos US$1 bilhão no desenvolvimento, se quisermos um aeronave de 4a geração vamos gastar entre US$3 e US$5 bilhões no desenvolvimento, de 5a estaria fora das nossas possibilidades.
"Tecnologia de vôo supersônico" não é nenhum segredo, é apenas instalar motores potentes (para isso a utilização de PC) para compensar o aumento brutal da resistência do ar quando a velocidade chega próxima a do som (claro que a estrutura do avião precisa aguentar a maior potência do motor, mas isso não é grande problema).




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#28 Mensagem por kobra » Sex Ago 12, 2005 7:13 pm

Não são só 9. São 9 + os 40 e tantos da FAB.

Eu sei,estava me referindo ao numero de apenas 9 f-5 que serão comprados eu acho que a compra deveria ser de algumas dezenas de f-5 não só de 9.




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#29 Mensagem por A-29 » Sex Ago 12, 2005 9:23 pm

Concordo que o desenvolvimento de um caça nacional sairia muito caro, apesar de talvez até termos demanda para tanto. Afinal seria precisos cerca de 200 aviões para equipar todos os nossos esquadrões de caça.
Mas e a fabricação sob licença? Não seria viável? Canadá, Suiça e Espanha já produziram F-5. Alguém sabe de um caso mais recente e quais os custos envolvidos???




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#30 Mensagem por Marechal-do-ar » Sex Ago 12, 2005 9:32 pm

Ninguem gosta de deixar os outros fabricarem seus caças de primeira linha, hoje quem sabe poderíamos fabricar M2000 ou F-16 (este ultimo com modificações que nem os japoneses fizeram ja que os EUA não vão liberar seus sistemas sensíveis para nós), o mais moderno que poderíamos fazer seria um Mig 29M ou Su 35, mas com muita dificuldade, os caças de primeira linha (EF2000, Rafale, F-35, PAK-FA) só em sonho.




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