O futuro da AAAe no Brasil
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
Aparentemente, o MD está apostando em uma alternativa made in Brazil para o programa de defesa AAe comum.
GT para prescrutar a BID sobre capacidade de fornecimento de insumos, sistemas e tecnologias, bem como apoio logístico, e outros. Até agora não saiu resultado do que houve neste estudo do ano passado e que já expirou a data de apresentação dos resultados. Tudo mantido em sigilo e na mais absoluta descrição.
É certo que vamos usar radares da Embraer, e possivelmente sistemas C2, comunicações e data link, além do IFF nacionais, também. Tudo finalizando o desenvolvimento e dependendo só de verbas para poder ser empregado no sistema a ser escolhido.
Aliás, se esta for mesmo a ideia, não vejo como a Avibras ficar de fora, já que ela é a única empresa que tem expertise suficiente para organizar um GAAe com os sistemas acima. Com uma mãozinha da Embraer, claro.
Faltaria na verdade saber que míssil, ou mísseis, seriam os mais indicados para servir de ponto de partida para emprego do sistema, enquanto não se produz ou desenvolve nada por aqui equivalente.
Sigo crendo que a mantermos esta linha de ação, o melhor a fazer era procurar algum país que se disponha a transferir tecnologia e\ou compartilhar conosco os sistemas AAe que possui de forma a utilizarmos seus conhecimentos e capacidades para apor uma versão BR do mesmo. Estou falando apenas dos mísseis.
No momento, em termos de tot entendo que os israelenses tem certa vantagem por já ter um pé aqui dentro e poucas restrições quanto ao uso dos sistemas oferecidos. O Barak MX ainda é o mais completo e versátil dentro dos requisitos solicitados neste programa, mas é um sistema caro. Em termos de qualidade e baixo custo, os Phyton e Derby já usados pela FAB podem ser um bom pontapé inicial a fim de desenvolver o nosso sistema a partir de uma capacidade razoável e já bastante provada destes mísseis.
Por outro lado, os europeus podem oferecer o IRIS-T que supostamente teria o apoio da FAB, e o CAMM, que seria apoiado em teoria pela MB. O exército a priori parece não ter nenhum concorrente favorito, a não ser, talvez, o mais barato de comprar, manter e usar. Neste aspecto, é muito difícil admitir no momento que produtos chineses e russos tenham alguma chance de fazer suas ofertas, mesmo tendo uma miríade gigantesca de alternativas que poderiam ser utilizadas em um suposto AV-MMA da Avibras com apoio do MD.
Enfim, temos algumas alternativas que podem servir como base em um primeiro momento para utilizarmos os mísseis em um suposto sistema AAe made in Brasil, caso o MD suporte a ideia de desenvolver aqui mesmo o sistema para o programa defesa AAe comum a partir, novamente, em teoria, da proposta da Avibras AV-MMA. Se vai vingar, a ver.
GT para prescrutar a BID sobre capacidade de fornecimento de insumos, sistemas e tecnologias, bem como apoio logístico, e outros. Até agora não saiu resultado do que houve neste estudo do ano passado e que já expirou a data de apresentação dos resultados. Tudo mantido em sigilo e na mais absoluta descrição.
É certo que vamos usar radares da Embraer, e possivelmente sistemas C2, comunicações e data link, além do IFF nacionais, também. Tudo finalizando o desenvolvimento e dependendo só de verbas para poder ser empregado no sistema a ser escolhido.
Aliás, se esta for mesmo a ideia, não vejo como a Avibras ficar de fora, já que ela é a única empresa que tem expertise suficiente para organizar um GAAe com os sistemas acima. Com uma mãozinha da Embraer, claro.
Faltaria na verdade saber que míssil, ou mísseis, seriam os mais indicados para servir de ponto de partida para emprego do sistema, enquanto não se produz ou desenvolve nada por aqui equivalente.
Sigo crendo que a mantermos esta linha de ação, o melhor a fazer era procurar algum país que se disponha a transferir tecnologia e\ou compartilhar conosco os sistemas AAe que possui de forma a utilizarmos seus conhecimentos e capacidades para apor uma versão BR do mesmo. Estou falando apenas dos mísseis.
No momento, em termos de tot entendo que os israelenses tem certa vantagem por já ter um pé aqui dentro e poucas restrições quanto ao uso dos sistemas oferecidos. O Barak MX ainda é o mais completo e versátil dentro dos requisitos solicitados neste programa, mas é um sistema caro. Em termos de qualidade e baixo custo, os Phyton e Derby já usados pela FAB podem ser um bom pontapé inicial a fim de desenvolver o nosso sistema a partir de uma capacidade razoável e já bastante provada destes mísseis.
Por outro lado, os europeus podem oferecer o IRIS-T que supostamente teria o apoio da FAB, e o CAMM, que seria apoiado em teoria pela MB. O exército a priori parece não ter nenhum concorrente favorito, a não ser, talvez, o mais barato de comprar, manter e usar. Neste aspecto, é muito difícil admitir no momento que produtos chineses e russos tenham alguma chance de fazer suas ofertas, mesmo tendo uma miríade gigantesca de alternativas que poderiam ser utilizadas em um suposto AV-MMA da Avibras com apoio do MD.
Enfim, temos algumas alternativas que podem servir como base em um primeiro momento para utilizarmos os mísseis em um suposto sistema AAe made in Brasil, caso o MD suporte a ideia de desenvolver aqui mesmo o sistema para o programa defesa AAe comum a partir, novamente, em teoria, da proposta da Avibras AV-MMA. Se vai vingar, a ver.
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
Como a Embraer anda pescando em águas indianas por estes dias, talvez uma parceria com empresas indianas para adotar o Barak-8 como parte da solução em função de um AV-MMA não seria de todo desprezível. Afinal, o míssil pode ser adaptado sem maiores problemas ao lançador do ASTROS, e sua versão ER também seria passível de uso.
A versão básica MRSAM possui alcance e altitudes compatíveis com os requisitos do Programa Defesa AAe.
Notar que ele também possui uma versão naval em uso pela marinha da Índia, o que torna o sistema mais atrativo ainda para nós, em termos de cooperação entre ambos países.
A versão básica MRSAM possui alcance e altitudes compatíveis com os requisitos do Programa Defesa AAe.
Notar que ele também possui uma versão naval em uso pela marinha da Índia, o que torna o sistema mais atrativo ainda para nós, em termos de cooperação entre ambos países.
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
Uma alternativa compatível com o desenvolvimento do AV-MMA nos mesmos moldes em que foi pesado, e proposto, para o EB.
https://defense-update.com/20210419_barak-er.html
https://defense-update.com/20210419_barak-er.html
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
Aqui outro sistema que poderia ser objeto de negociação entre as partes a fim de favorecer o desenvolvimento do AV-MMA
https://www.aselsan.com.tr/en/capabilit ... ile-system
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
A título de ilustração, um dos maiores problemas do programa defesa AAe é criar as condições necessárias, diria impositivas, para além do seu sucesso operacional, é sua integridade enquanto produto comercial e consequentemente, o retorno financeiro que poderá dispor às empresas fabricantes do sistema escolhido, seja ela nacional ou estrangeira.
Até este momento, pelo que foi divulgado, a demanda do PEE DAAE é de apenas uma única bateria para cada força. Claramente insuficiente para tornar qualquer iniciativa por parte da BID aceitável neste processo, a não ser sob a garantia financeira do próprio governo. Mas isso também não está claro se é uma alternativa sendo estudada ou se a escolha de um sistema pronto e provado é o caminho a seguir, com alguma participação da BID no processo.
O que pode tornar uma iniciativa nacional para um sistema de defesa AAe é a possibilidade de o governo comprar uma quantidade tal que possa ao menos pagar os investimentos feitos nele, de forma a torná-lo comercialmente viável e também algo que possa ser convincente enquanto produto de exportação. Por enquanto este não é o caso.
Sabidamente, o EB possui 5 apenas GAAe e 1 GAAe Slv, que poderiam, em tese, oferecer, se dotados na íntegra - 3 Bia por OM - com os sistemas escolhidos, a possibilidade de tornar possível um sistema nacional AAe na forma, por exemplo, do AV-MMA. À 6 peças de tiro por bateria, teríamos uma demanda genérica para até 90 unidades de lançamento, fora os sistemas complementares para cada bateria e o GAAe. Ainda que fossem 3 peças por bateria, como aludido nos RO, ainda assim seriam 45 lançadores mais os sistemas complementares, o que considerando nossa historiografia de compras de material novo para a Defesa, já pode ser considerado uma aquisição de vulto. Contudo, é pouco provável que o EB seja aquinhoado com tais quantidades, mesmo sabendo-se que são o mínimo necessário para prover com alguma eficácia real as atuais OM de AAe que possui.
Da mesma forma, hoje a FAB opera tão somente 3 grupos de defesa AAe mobiliados com Igla-S, que servem mais como "manutenção de doutrina" do que uma defesa real das bases em que se encontram. Por outro lado, vista a dimensão da estrutura do SISCEAB no país, e da própria FAB, em termos operacionais - são ao menos 14 bases aéreas com OM operacionais hoje - é de se pensar que a demanda a ser provida por si só já poderia justificar o investimento em um sistema nacional AAe. Assim também a MB, que possui OM em todo o país e nenhuma capacidade real de defesa AAe, ainda que na teoria, ela conte com EB e FAB para essa cobertura.
Enfim, a saber se o Projeto DAAe irá sair do papel para atender de fato as muitas necessidades que temos na área, ou se será apenas mais um exemplo de desperdício de tempo e recursos públicos para ao final apenas arrumarmos meras soluções de oportunidade sem maiores compromissos, e nem comprometimento, com a realidade da defesa do país.
Até este momento, pelo que foi divulgado, a demanda do PEE DAAE é de apenas uma única bateria para cada força. Claramente insuficiente para tornar qualquer iniciativa por parte da BID aceitável neste processo, a não ser sob a garantia financeira do próprio governo. Mas isso também não está claro se é uma alternativa sendo estudada ou se a escolha de um sistema pronto e provado é o caminho a seguir, com alguma participação da BID no processo.
O que pode tornar uma iniciativa nacional para um sistema de defesa AAe é a possibilidade de o governo comprar uma quantidade tal que possa ao menos pagar os investimentos feitos nele, de forma a torná-lo comercialmente viável e também algo que possa ser convincente enquanto produto de exportação. Por enquanto este não é o caso.
Sabidamente, o EB possui 5 apenas GAAe e 1 GAAe Slv, que poderiam, em tese, oferecer, se dotados na íntegra - 3 Bia por OM - com os sistemas escolhidos, a possibilidade de tornar possível um sistema nacional AAe na forma, por exemplo, do AV-MMA. À 6 peças de tiro por bateria, teríamos uma demanda genérica para até 90 unidades de lançamento, fora os sistemas complementares para cada bateria e o GAAe. Ainda que fossem 3 peças por bateria, como aludido nos RO, ainda assim seriam 45 lançadores mais os sistemas complementares, o que considerando nossa historiografia de compras de material novo para a Defesa, já pode ser considerado uma aquisição de vulto. Contudo, é pouco provável que o EB seja aquinhoado com tais quantidades, mesmo sabendo-se que são o mínimo necessário para prover com alguma eficácia real as atuais OM de AAe que possui.
Da mesma forma, hoje a FAB opera tão somente 3 grupos de defesa AAe mobiliados com Igla-S, que servem mais como "manutenção de doutrina" do que uma defesa real das bases em que se encontram. Por outro lado, vista a dimensão da estrutura do SISCEAB no país, e da própria FAB, em termos operacionais - são ao menos 14 bases aéreas com OM operacionais hoje - é de se pensar que a demanda a ser provida por si só já poderia justificar o investimento em um sistema nacional AAe. Assim também a MB, que possui OM em todo o país e nenhuma capacidade real de defesa AAe, ainda que na teoria, ela conte com EB e FAB para essa cobertura.
Enfim, a saber se o Projeto DAAe irá sair do papel para atender de fato as muitas necessidades que temos na área, ou se será apenas mais um exemplo de desperdício de tempo e recursos públicos para ao final apenas arrumarmos meras soluções de oportunidade sem maiores compromissos, e nem comprometimento, com a realidade da defesa do país.
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
Para não dizer que não temos muitas opções para arrumar uma ou mais soluções no programa da AAe, mesmo com essa ideia equivocada de um único sistema para todas as forças.
Editado pela última vez por FCarvalho em Sex Mar 10, 2023 11:01 pm, em um total de 1 vez.
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
Nos comentários tem a tradução. Esses caras pegam as armas no front e desmontam.
Já desmontaram uma turbina de um Su34
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
O EB está comprando mais 3 estações de tiro completas RBS 70 NG (tão completas que está comprando ate as redes de camuflagem).
Eu já cheguei a dizer aqui que no tocante ao RBS 70, o EB vai comprando de pouco em pouco (até chega a fazer no mesmo ano 2 processos de aquisições).
Eu já cheguei a dizer aqui que no tocante ao RBS 70, o EB vai comprando de pouco em pouco (até chega a fazer no mesmo ano 2 processos de aquisições).
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
Cada um se vira como pode. O RBS-70NG é o novo quebra galho sueco da artilharia AAe no Brasil. Os Igla-S viraram passado.
Na falta de poder comprar algo maior, e melhor, se vira com o que tem.
Vai equipar também as VBC AAe do exército junto com o Giraffe 1X.
Aquele "estudo de viabilidade" nada mais é que isso aí.
Segue a vida.
Na falta de poder comprar algo maior, e melhor, se vira com o que tem.
Vai equipar também as VBC AAe do exército junto com o Giraffe 1X.
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Re: O futuro da AAAe no Brasil
Pensando aqui... será que seria possível comprar a licença de produção com aquela grana da modernização do Cascavel?knigh7 escreveu: ↑Qui Mar 23, 2023 10:26 pm O EB está comprando mais 3 estações de tiro completas RBS 70 NG (tão completas que está comprando ate as redes de camuflagem).
Eu já cheguei a dizer aqui que no tocante ao RBS 70, o EB vai comprando de pouco em pouco (até chega a fazer no mesmo ano 2 processos de aquisições).
Abraços,
Wesley
"A medida que a complexidade aumenta, as declarações precisas perdem relevância e as declarações relevantes perdem precisão." Lofti Zadeh