Marinha do Brasil em 2033

Assuntos em discussão: Marinha do Brasil e marinhas estrangeiras, forças de superfície e submarinas, aviação naval e tecnologia naval.

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Marinha do Brasil em 2033

#1 Mensagem por Viking » Seg Dez 05, 2022 9:42 am

Prezados colegas, saudações.

Peço licença para apresentar para analise e comentários minha visão prospectiva dos meios navais que devem constituir a Marinha do Brasil (MB) no ano de 2033.
Esta visão esta fundamentada nos atuais programas de construção e em informações ostensivas divulgadas por autoridades da MB até o momento.

Esquadra: 19

SNA Álvaro Alberto
NAeM Atlântico

6 FFG classe Tamandaré
1 FF classe Barroso

4 SSK classe Riachuelo
1 SSK classe Tikuna

NDD Bahia
NSS Guillobel
NVeleiro Cisne Branco
1 Navio escola – substituto do Brasil
1 Navio de Apoio Logístico – substituto do Almirante Gastão Motta


Forças Distritais: 52

6 NaPa classe Grajaú (remanescentes dos 12 existentes)
4 NaPa classe Macaé
3 NaPaOc classe Amazonas
5 NaPaOc 2.000 ton
10 NaPa 500 BR
6 NaApOc

18 miscelânia fluvial

Força hidrográfica: 21

NApAnt Almirante Saldanha
Navio Polar Almirante Maximiano
Navio Pesquisa Vital de Oliveira

2 Navios hidroceanograficos
6 Navios hidroceanograficos fluviais
10 miscelânia fluvial

Total: 92 navios




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FCarvalho
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Re: Marinha do Brasil em 2033

#2 Mensagem por FCarvalho » Ter Dez 06, 2022 1:08 pm

Em atenção ao amigo Lord Nauta.

SNA Álvaro Alberto

O Prosub talvez receba uma injeção de ânimo, e quiçá um segundo lote da classe Riachuelo, como compensação pela única unidade do subnuc que muito provavelmente iremos operar durante a próximas décadas. E vamos estar com sorte de ter orçamento para sustentar um vetor como este na esquadra.

NAeM Atlântico

O Atlântico dura pelo menos mais 15 a 20 anos na esquadra agora que tem sua manutenção preventiva e regular nas mãos dos britânicos. A substituição do navio deve ser vislumbrada somente no próximo PEM 2060, quando se espera tenhamos uma realidade diferente da atual do ponto de vista orçamentário para custeio e investimento. Difícil imaginar qual tipo de navio irá ser posto no lugar dele, já que os modelos atuais estão todos muito longe da capacidade da marinha de investimento e operação.

Classe Tamandaré e CV Barroso

Penso aqui com os meus botões que a MB faria muito bem em se ater adquirir e operar bem 6 Meko A100 e focar neste período na compra e construção no país dos NAPA 500BR e NaPaOc BR de forma a dar alguma massa de manobra para a esquadra visto que apenas seis fragatas, do ponto de vista militar, são úteis somente em desfiles navais para o 7 de setembro.
A Barroso com alguma sorte, deveria ser vendida para alguém que se disponha a pagar o valor dela, enquanto ainda o tem. Valor este que poderia ser revertido na compra dos navios para o 9o e 6o DN, já que estes não contam atualmente na lista de prioridades da MB. Isto poderia inclusive tirar do papel o projeto do NaPa 200 do CPN que está até hoje a espera de uma decisão sobre o projeto.
A MB e BID possuem projetos em PDI que precisam de massa crítica para poder sair do papel. E os vários projetos de navios patrulha podem ser a solução viável e possível a fim de apoiar estas ações. O custo pode ser até mais alto do que a simples importação de soluções prontas, mas os ganhos serão maiores ainda no futuro a médio e longo prazo em todos os sentidos.

Classe Riachuelo

Eu particularmente torço para que o almirantado consiga engendrar alguma coisa no sentido de convencer a próxima gestão a prover um segundo lote desta classe, de preferência com atualizações no projeto derivados das experiências com o lote inicial. Como a parte mais cara do investimento já foi paga na construção do estaleiro e base naval, e ainda tendo espaço para substituir os 5 navios IKL, pode-se tomar tal questão como ponto de partida. Mais 4 a 6 navios e já estamos muito bem. Não são os 15 navios desejados no PAEMB, mas 8 a 10 navios já é melhor do que nada. E faz uns trinta anos que a MB não chega nem perto deste quantitativo na sua frota de submarinos.

Classe Tikuna

Este navio poderia ser vendido, assim como os demais que ainda estiverem em condições de uso, para outros países interessados. Ou podem servir como vetor de troca, como outro dia foi aventado com o Peru. Seria algo bem interessante, já que a classe Makassar poderia nos ser bem útil no sentido de substituir alguns navios de apoio para a FFE e mesmo o Navio Escola Brasil. De qualquer forma, me permito pensar que a melhor coisa a fazer com estes navios é vender enquanto é tempo e investir os recursos em projetos que precisam deles para sair do papel. E temos muitos precisando.

NDD Bahia

O NDD Bahia vai ainda conviver com a esquadra nos próximos 15 anos. Não há no momento e nem prazo visível qualquer possibilidade de substituição deste navio por outro novo ou mesmo usado ainda em condições. Há muitos projetos novos por aí das mais variadas fontes, e penso que a MB deve largar esse osso de comprar navio somente made in USA ou Europa e começar a olhar o mercado indiano, chinês e asiático. Não é de hoje que estes países e regiões demonstram grande evolução no projeto e construção de meios navais. E se ficarmos apenas olhando para um lado, estamos dando um verdadeiro tiro no pé. Os chineses tem por exemplo os Type 071 que podem ser uma excelente oportunidade a custos e prazos razoáveis para a nossa realidade financeira\orçamentária. A compra de novos NDD está atrelada à substituição do NAM Atlântico. Neste aspecto, há de se esperar para ver o que, e se, a MB coloca algo mais concreto sobre este assunto no próximo programa estratégico.

NSS Guillobel

Na minha opinião no mínimo três navios são necessários. É como se diz, quem tem um, não tem nenhum...

Navio escola – substituto do Brasil

O substituto do navio escola Brasil, como disse acima, poderia ser muito bem um navio da classe Makassar fabricado no Peru, mesmo sem contar com a troca por submarinos IKL. São navios versáteis, modulares e podem ser uma forma também de negociar vantagens com aquele país vizinho na forma de off set.

Navio de Apoio Logístico – substituto do Almirante Gastão Motta

Este tipo de navio, sou de opinião, que buscar alternativas no mercado asiático é a linha de ação mais indicada. Índia e China tem se destacado neste aspecto, e países como Singapura e Coréia do Sul podem dispor de soluções bem adequadas de forma que estes negócios possam ser feitos governo a governo no estilo ganha-ganha. Novamente, as quantidades e tipos a serem comprados estão a meu ver ligados à substituição do NAM Atlântico já que ele é o capitânia da esquadra, e espera-se que seu(s) substituto(s) também o seja. O PAEMB previa 5 navios desta classe. Mas isso porque havia 4 NDM e 2 NAe no projeto. Hoje nem isso temos certeza E a MB não fala no assunto. Para a esquadra que se espera em 2033, penso que a lógica é a mesma, possuir três para poder ter sempre um disponível.

NaPa classe Grajaú e NaPa classe Macaé

Na falta de alternativas para a flotilha fluvial na região norte e centro-oeste, seria no mínimo proveitoso esperar que os navios que ainda tem alguma vida útil pela frente fossem transferidos para aquelas áreas, até que se defina concretamente o que será feito ou não dos projetos de navios de patrulha fluvial, seja o tripartite com colombianos e peruanos, ou o voo solo com o projeto do CPN. Do jeito que está não dá para ficar.

NaPaOc classe Amazonas

A classe Amazonas se mostrou uma decisão acertada quanto a sua compra. Mas para 2033 tem que se pensar ou em uma modernização de meia vida, ou na sua substituição pelos novos NaPaOc BR que se espera sejam adquiridos ao longo dos próximos anos. Me parece que seria interessante sua venda e o acolhimento dos recursos para a compra de mais navios de patrulha novos da sua classe. Como por enquanto fala-se em 12 navios, alcançar 18 unidades seria a meu ver a quantidade mínima razoável a fim de dispor de um esquadrão(3 navios) a todos os DN litorâneos. Ainda é pouco, mas já seria melhor do que hoje vemos aí com os 3 Classe Amazonas tendo que se desdobrar para fazer o papel deles e dos navios da Esquadra. As fontes de recursos podem ser várias, mas temos a priori o prometido FMM, a capitalização da Engepron ou o financiamento externo. Me permito pensar que como não vamos além das 6 FFT nos próximos dez anos, seria bom a aquisição de um tipo de navio que seja modular o máximo possível, a fim de, na hora que precisar, ele também seja capaz de receber sistemas de armas mais complexos a fim de contribuir com os navios da Esquadra. Neste aspecto, o projeto da Meko A100 sai na frente de eventuais concorrentes.

NaPa 500 BR e NaApOc

Sou ainda de opinião que temos algumas vantagens por agora no sentido de tentar obter o maior número possível destes navios. Como dito em entrevista por um alto oficial ligado aos projetos, os Napa devem ser em três variantes, enquanto os NaPaOC tendem a uma única classe, o que me parece, a princípio, algo que engessa nossas opções.
O projeto colombiano da COTECMAR pode ser uma excelente oportunidade de gerar negócios entre os dois países, e ele tem características que tornam o projeto adequado as nossas necessidades.
Alcançar o número de 46 Napa 500 previstos inicialmente é algo possível no longo prazo, visto serem navios mais simples e baratos, caso o FMM seja destravado no congresso, por exemplo. Mas para isso a MB terá que fazer um trabalho muito forte de convencimento, e diria, de pressão, em Brasília a fim de tirar essa solução do papel.
Como disse de outras vezes, a Meko A100 tem sua versão de patrulha oceânica e corveta leve, que diferem pouca coisa entre si, e pode ser a solução natural para nós em termos de capacidade de um esquadra que até onde se pode ver, dificilmente voltará aos patamares do anos 1970 a 1990, quando se tinham muitos navios e pouca qualidade. Agora parece que vamos de poucos navios e muita qualidade. Mas como reza o dito popular, andorinha só não faz verão...
Neste sentido, os navios da TKMS podem ser providos de sistemas pré estabelecidos caso seja necessário utilizá-los como navios de combate. E isso é uma vantagem logística imensa para os alemães. Só teria que ver o preço de tal capacidade. Afinal, seriam a priori 5 a 6 navios, o que para nosso orçamento já é muita coisa.

Miscelânia fluvial

Eu advogo neste sentido que tiremos do papel o projeto do NaPa 200 do CPN, e mesmo que possamos usar o projeto OPV 93 da Cotecmar colombiana para usar como navio de patrulha fluvial já que ele pode ser adaptado neste sentido, também, a esta missão. O projeto em comum com Peru e Colombia está longe de virar realidade, mas se fizermos o nosso dever de casa em termos de relações diplomáticas e comerciais, o novo caça para a FAC pode tirar esta e outras parcerias e soluções do ostracismo em que foram jogados. E isto também interessa muito à indústria colombiana e a nossa BID. A construção de meios de apoio ao CFN também deve ser vislumbrada neste processo, assim como os meios aéreos.




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Re: Marinha do Brasil em 2033

#3 Mensagem por FABIO » Ter Dez 06, 2022 4:33 pm

Boa tarde amigos gostaria de saber sobre o futuro dos submarinos classe Tupi
o Submarino Tamoio esta terminando PMG e voltara ao setor operativo??




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Re: Marinha do Brasil em 2033

#4 Mensagem por Viking » Qua Dez 07, 2022 12:32 pm

FABIO escreveu: Ter Dez 06, 2022 4:33 pm Boa tarde amigos gostaria de saber sobre o futuro dos submarinos classe Tupi
o Submarino Tamoio esta terminando PMG e voltara ao setor operativo??
Fabio, saudações.

Informações sobre a ForSub sempre são escassas devido a importância estratégica da mesma. Entretanto a sua importância como instrumento de dissuasão contrasta com os recursos destinados a operação, manutenção dos submarinos classe Tupi. Havendo 2, 3 ou os 5 em operação as condições objetivas de negar o uso do mar a uma potencia estrangeira ficará de fato no campo da ficção cientifica. :evil:
Caso a agenda de defesa fosse de fato prioridade para a Nação estes submarinos quando da modernização do sistema tático teriam sofrido atualizações de motores, baterias, auxiliares e outros itens de relevância. Os PMG's com recursos adequados seriam executados em menor tempo, assim como de outros navios da MB, de forma a haver sempre 4 navios da classe em operação.
O primeiro lote dos SCR seria de pelo menos 6 unidades, já existiria recursos previstos para um segundo SNA. Marinha de aguas azuis não e para países subdesenvolvidos e perifericos como o Brasil.
Caso algulm dia tenhamos uma GC robusta e bem equipada, uma aviação de patrulha dimensionada para atuar no AS e um esquadrão de aviação de ataque aeronaval apoiada devidamente por aeronaves AEW, REVO e C-SAR deveremos então nos darmos por muito satisfeito frente a realidade de nosso Brasil varonil.

Sds




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Re: Marinha do Brasil em 2033

#5 Mensagem por FCarvalho » Qua Dez 07, 2022 1:17 pm

Viking escreveu: Qua Dez 07, 2022 12:32 pm
FABIO escreveu: Ter Dez 06, 2022 4:33 pm Boa tarde amigos gostaria de saber sobre o futuro dos submarinos classe Tupi
o Submarino Tamoio esta terminando PMG e voltara ao setor operativo??
Fabio, saudações.
Informações sobre a ForSub sempre são escassas devido a importância estratégica da mesma. Entretanto a sua importância como instrumento de dissuasão contrasta com os recursos destinados a operação, manutenção dos submarinos classe Tupi. Havendo 2, 3 ou os 5 em operação as condições objetivas de negar o uso do mar a uma potencia estrangeira ficará de fato no campo da ficção cientifica. :evil:
Caso a agenda de defesa fosse de fato prioridade para a Nação estes submarinos quando da modernização do sistema tático teriam sofrido atualizações de motores, baterias, auxiliares e outros itens de relevância. Os PMG's com recursos adequados seriam executados em menor tempo, assim como de outros navios da MB, de forma a haver sempre 4 navios da classe em operação.
O primeiro lote dos SCR seria de pelo menos 6 unidades, já existiria recursos previstos para um segundo SNA. Marinha de aguas azuis não e para países subdesenvolvidos e perifericos como o Brasil.
Caso algulm dia tenhamos uma GC robusta e bem equipada, uma aviação de patrulha dimensionada para atuar no AS e um esquadrão de aviação de ataque aeronaval apoiada devidamente por aeronaves AEW, REVO e C-SAR deveremos então nos darmos por muito satisfeito frente a realidade de nosso Brasil varonil.

Sds
Meu caro Lord, não foi comigo mas assino embaixo.
Marinha de aguas azuis não e para países subdesenvolvidos e perifericos como o Brasil.
E talvez estejamos caminhando para esta realidade no médio e longo prazo, quando em entrevista ao Felipe Salles o Alte Cmde em Chefe da Esquadra vislumbra apenas 6 navios como sendo suficientes para a atual realidade da marinha, como bem dizes abaixo:
Caso algulm dia tenhamos uma GC robusta e bem equipada, uma aviação de patrulha dimensionada para atuar no AS e um esquadrão de aviação de ataque aeronaval apoiada devidamente por aeronaves AEW, REVO e C-SAR deveremos então nos darmos por muito satisfeito
Por mais que haja oposição a investimentos maiores na aviação naval, eu vejo nela a solução possível e viável dentro do contexto do SIGAAZ que pode dar à marinha a capacidade mínima de pelo menos vigiar o que acontece no Atlântico Sul. Controlar e defender ficará para outro dia, quando Defesa for um assunto sério no Brasil. Ou quando nos virmos obrigados a investir as pressas e à base de soluções de oportunidade em Defesa, como sempre acontece por aqui.

Não é por nada, mas investir na aviação naval através dos vetores citos sairá muito mais barato do que prover os navios da esquadra que nunca chegaremos a ter, seja por inépcia, irresponsabilidade ou por casuísmo de nossa parte como país.

Em adendo, aviões são sempre muito mais baratos e rápidos de obter, dispor e operar do que navios. Mesmo que isso signifique deixar a esquadra em segundo plano. Isso poderá ser compensado com a obtenção de um segundo lote da Classe Riachuelo mod II como aludi no post acima, já que subs são muito mais dissuasivos do que navios de patrulha e meia dúzia de fragatas anabolizadas.




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Re: Marinha do Brasil em 2033

#6 Mensagem por FCarvalho » Qua Dez 07, 2022 2:21 pm

O que eu considero uma guarda costeira robusta e bem equipada, a saber:

1. 18 NaPaOc BR - 1 esquadrão a 3 navios, com planejamento para se chegar a 6 navios por DN no litoral brasileiro;
2. 54 NaPa 500 BR - 3 esquadrões a 3 navios por DN no litoral brasileiro;
3. 48 NaPa 200 BR - 2 esquadrões a 4 navios por DN no litoral brasileiro;

No que diz respeito ao seu complemento de aviação, o SISGAAZ dispões sobre o uso de diversos tipos de VANT a serem usados para provimento de missões ISR, e temos no Brasil atualmente diversas soluções que cobrem todas as categorias. Não é preciso que o SISGAAZ entre em operação na íntegra para poder investir neste setor. É questão de decisão do almirantado, e investimento contínuo, regular e planejamento. São 9 DN que podem, e devem, ser equipados com drones, a meu ver, principalmente cat 2, 3 e 4. A capacidade de operar embarcado pode ser obtida a partir de soluções nacionais em VANT CAT 1 e 2. Estes VANT também devem ser capazes de operar a partir dos NaPa 200 e NaPa 500.

Uma guarda costeira não pode prescindir de seu componente de aviação, e sendo assim, o projeto UHL, que visava a substituição da frota de Esquilo HB-350 na marinha poderia ser revisado e tornar-se um projeto para equipar a guarda costeira com os vetores necessários a sua operação. Neste sentido, com até 36 NaPaOc BR operando no mar a longo prazo (2040), é possível vislumbrar a aquisição e operação de até 108 helos de médio-leve porte. Este número pode cobrir todos os 9 DN. Já temos a Helibrás aqui, e é possível também engendrar outras soluções, de forma que o helo escolhido pudesse ser montado aqui com progressiva nacionalização de partes e peças, além da logística própria e algum off set.

Possuir helos médio-pesado para tarefas SAR, esclarecimento, apoio logístico, transporte, MMI, comando e ligação, além de apoio a outros órgãos governamentais sempre que solicitados também é necessário. Da mesma forma, penso ser necessário que plataformas de asa fixa leve e média possam ser empregadas nas missões mais convenientes, e para isso temos a Embraer, e quiçá os projetos da Desaer, caso saiam do papel.

No caso da patrulha fluvial, entendo que os projetos NaPa 200, e também NaPa 500 BR, podem ser adaptados à missão nos rios da região norte e centro-oeste. Os AvimPa classe Marlin, embarcações dele derivados ou novos da mesma classe, poderiam também ser adaptados as atividades de patrulha fluvial, de forma que a demanda que temos para equipar o 4o, 6o e 9o DN possam ser cobertas não com meias soluções, mas com respostas concretas.

Com 5 bases fluviais ao longo do Rio Solimões\Amazonas a MB precisa equipar todas com diversos tipos de meios a fim de atender suas necessidades. Neste aspecto, pelo menos 30 navios de patrulha são necessários, caso se opte por estabelecer um esquadrão a 6 navios em cada base. No caso da base fluvial de Ladário, ao menos dois esquadrões de navios(12) seriam necessários a fim de lograr a vigilância do rio Paraguai sem apresentar lacunas.

Notar ainda que a MB também possui bases fluviais em Porto Velho, Macapá, Cruzeiro do Sul, Rio Branco, Humaitá, e outras localidades mais interiores nas diversas calhas dos rios que afluem para o Solimões\Amazonas, e que não contam com meios fluviais e\ou aéreos adequados para suas atividades. É o caso de aportar vetores da classe dos AvimPa e NaPa 200, além de botes, lanchas e pneumáticos necessários, e possíveis serem adquiridos todos no Brasil.

Para ser bem honesto, vislumbrando todos esses dados, e outros omitidos, falo de memória, é possível conseguir com boa organização e uma dose calavar de marketing político junto ao congresso obter tudo o que se precisa no campo da patrulha naval e fluvial a partir de soluções oferecidas pela BID e indústria naval. Precisamos antes de mais nada é de decisão e prioridade. Não temos nem uma e outra porque a MB está sempre focada no Atlântico Sul, e não em atividades consideradas por ela mesma como secundárias. Daí a necessidade imperiosa que se apresenta de termos uma guarda costeira retirada das costelas da MB. Sem isso, nada do apus acima irá sair do papel ou dos sonhos de nossa cabeça.

É possível viabilizar orçamentária e financeiramente quase tudo isso até 2040, desde que haja interesse e vontade por parte principalmente do poder político, que se não enxergar nestes investimentos uma maneira de lucro pessoal, então não adianta nem propor.

Assim, com o FMM, a capitalização da Engepron, recursos orçamentários próprios da MB, ou financiamento externo ou interno, é possível realizar a aquisição e operação destes meios no médio e longo prazo. São vetores em sua grande maioria de baixo a médio custo e plenamente suportáveis por um orçamento minguado como o da MB. Mas para que se tornem realidade, é necessário que sejam separados do orçamento da MB via estabelecimento de uma guarda costeira, com orçamento próprio e independente. Inclusive no que tange gestão, custeio e investimento em pessoal e material. Enquanto a patrulha estiver atrelada à MB e suas muitas limitações, e falta de prioridade, nada que se faça, fale ou deseje em matéria de patrulha irá sair do lugar. Seja porque a MB não considera isso prioridade, seja porque não temos aqui o apoio necessário político e institucional para suportar tal questão.

Quem mais ganha com uma GC brasileira é o país, e não a marinha. Daí o problema.




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Re: Marinha do Brasil em 2033

#7 Mensagem por Viking » Qua Dez 07, 2022 3:50 pm

Prezado amigo FCarvalho, saudações.

Em atenção aos seus comentários peço licença para realizar algumas observações.

1. SNA Álvaro Alberto.

Considerando a história do Brasil relacionada ao preparo do poder militar nacional também sou da opinião que existe de fato a possiblidade que o Álvaro Alberto seja o único SNA da MB. Será necessário uma mudança muito profunda no poder politico e na sociedade em geral para que um segundo navio seja construído, isto lá por volta de 2035/37 em uma visão otimista.
Em relação aos SSK’s acredito que seja possível um quinto classe Riachuelo, sendo este um plano da MB, em construção paralela ao SNA
Um outro lote de SSK’s, já um aperfeiçoamento dos SCR, em um quadro otimista poderá ser contratado por volta de 2028.

NAeM Atlântico.

Concordo com o prezado amigo em relação a vida deste navio na MB.
Comissionado em 1998 na Royal Navy está com apenas 24 anos de serviço. O programa de manutenção a ser realizado pelos britânicos, caso seja mantido, pode garantir a operação do navio até por volta de 2038, quando completara 40 anos de idade.
Em relação a sua substituição em minha opinião a MB deveria acompanhar a operação do TCG Anadolu. Acredito que esta classe de navio poderia ser o substituto do A140, sendo a mesma possível de se enquadra nas capacidades de operação e manutenção da MB. Entretanto para a substituição do Atlântico este navio deveria ter a construção iniciada pelo menos por volta de 2034. Um segundo navio seria desejável. E bom lembrar que um navio como o Anadolu exige um investimento na casa dos
US$ 1 bilhão. Também sou da opinião que no caso especifico de um navio desta classe, seja este modelo ou outro similar, a construção deveria ocorrer no estaleiro fornecedor.

NDD Bahia.

Este navio tem a mesma idade do A140 e com boa manutenção também chega a 2038 sem grandes percalços. Também sou partidário que a classe Type 71 deveria ser analisada com opção de substituição do G 40, sendo que dois navios deveriam ser a meta objetiva.
O que é mais premente e a substituição dos NDCC Garcia D’Avila, Almirante Saboia e Mattoso Maia.
Neste caso dois navios baseados no projeto da classe sul coreana MaKassar customizados para a MB, talvez um pouco mais longos ampliando hangar e doca, poderiam ser uma solução de compromisso. Navios desta classe estão prestando bons serviços nas Marinhas do Peru, Indonésia, Myanmar e Filipinas. Com custos de obtenção e operação compatível com a curva orçamentária da MB seriam uma opção factível e realista. Seriam construídos no Brasil.

FCT e Barroso

Em relação as FCT sou da opinião que além dos seis navios planejados a MB deveria avaliar e ter como meta mais 4 FFG’s, entretanto estas na faixa de 5.000/6.000 ton e maior capacidade de defesa AAe. Uma candidata plausível seria as MEKO A 300.
Quanto a valente e versátil Barroso que esta em PMG e vai receber alguma modernização acredito que haveria dificuldades em sua venda em função da grande opção de NaPaOc novos a disposição no mercado. A Barroso teria como comprador em tese uma Marinha de menor porte, sendo que neste caso talvez a opção de NaPaOc novo seria mais atraente. Para a MB e um navio importante que já operou no Mediterrâneo, Indico, Pacifico e Atlântico Norte e mostrou grande valor e no caso de se ficar somente nas 6 FCT na próxima década teria um peso significativo, podendo com as manutenções previstas e acuradas operar até por volta de 2038.



NSS Guillobel

Também sou da opinião que deveria haver pelo menos mais um navio desta classe e que também executaria missões SAR em interesse da salvaguarda da vida humana em atendimento a solicitações do SALVAMAR.
A MB também deveria investir em um sistema móvel de veículos de salvamento que são movimentado por via área e utilizam navios de oportunidade como base-mãe. Estes sistemas exigem investimentos em torno de US$ 50/80 milhões.

Navio Escola Brasil.

Concordo que poderia ser um classe Makassar, no projeto original. Neste caso seria um terceiro navio, que em caso de crise ou conflito operaria com seus irmão maiores.
Existe um trabalho publicado a alguns anos em que foi apresentada a ideia de um LPH como navio escola para a MB.
O almirante Iques quando CM determinou ações para a substituição do Brasil e dos Avisos de Instrução dos CN e EM.
O CPN ficou com a missão de projetar os navios. No caso dos Avisos da Escola Naval o início da construção deve acontecer a partir de 2023 no AMRJ de 3 navios.
Quando ao navio escola ficaremos somente na ideia do Makassar, já que deverá ser um navio tradicional assim como o Brasil.

Navio de Apoio Logístico.

Sou cético quanto a construção de navios novos nos próximos anos. Entretanto a necessidade poderá se impor e pelo menos um novo navio poderá ser construído. Neste caso acredito que a classe italiana Vulcano seria a candidata preferencial. A MB acompanhou o desenvolvimento e a construção deste navio.
E ter uma análise quanto a possíveis GT’s que estes navios irão apoiar. A premissa e que haja navios a serem apoiados, com uma Esquadra diminuta não se justifica o que estava previsto no PAEMB. Entretanto duas unidades deveria ser uma meta plausível.


NaPa’s classe Grajaú e Macaé

Em minha visão prospectiva retirei do inventário da MB os navios mais antigos da classe Grajaú que entraram em serviço entre 1993 e 1995 que contariam então com mais de 38/40 anos de serviço. Os outros 6 navios repontencializados poderiam operar na região amazônica por mais alguns anos a exemplo do que tem ocorrido com a classe Piratini.
O classe Macaé do INACE e AMRJ acredito que poderiam também na fase final da vida operativa operarem nos grandes rios da Amazônia.

NaPaOc classe Amazonas.

A MB esta muito satisfeita com a versatilidade e capacidades destes navios. Já existem estudos para a modernização e extensão de vida destes navios, que devem operar plenamente por muitos anos ainda.
Também sou da opinião que a meta de 12 NaPaOc deveria ser ampliada pelo menos para 18 unidades. Estes navios tem se mostrado muito adequados as missões da MB na costa africana. Um maior número desta classe possibilitaria um maior engajamento na costa daquele continente ampliando nossa ação diplomática naval.

.

NaPa 500 BR.

Dificilmente serão mais do que 20 navios da classe. Quando da divulgação do programa foi informado que seriam 12 navios em cerca de 10 anos. Mais recentemente o almirante Cunha descreveu o mesmo programa com a mesma moldura de tempo mais com uma variação entre 10/12 navios, assim como os NaPaOc que tinham como meta fechada 5 navios entre 4/5.
Em minha opinião serão 10 NaPa 500 Br e 4 NaPaOC 2.000 ton até 2033. Em termos de Brasil, somados as outras construções e obtenções, e mesmo que o programa de construções da PLAN.

Miscelânia Fluvial.

Em minha opinião nos próximos 20 anos acontecerá o seguinte:
Revitalizações/repotencializações continuas dos atuais NaPaFlu.
Transferências de navios da classe Grajaú.
Obtenção de navios fluviais por oportunidade
Construção de novos navios de assistência hospitalar fluvial. De fato e o único projeto previsto para as Forças Fluviais, serão 4 navios com capacidade de operar helicóptero leve.
Projeto de navios com a Colombia e Peru subiram o telhado.

No mais investimentos, BNDES, BID, Fundo MM, leis, parlamentares de fato engajados na Defesa Nacional, população consciente...etc, em minha opinião estão no âmbito da ficção cientifica. :evil: :evil: :evil:

Sds




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Re: Marinha do Brasil em 2033

#8 Mensagem por FCarvalho » Sex Dez 09, 2022 11:13 pm

Olá Lord, vamos lá. :D

Eu estou apostando as minhas fichas no afã do futuro governo em querer colocar panos quentes na relação com as ffaa's através do favorecimento dos seus projetos estratégicos. Tem tanta coisa por fazer que isso poderá deixar os militares ocupados demais para pensar nas estripulias políticas que nos aguardam nos próximos anos. Um segundo lote deve estar sendo pensado neste aspecto. Ou não. Vamos aguardar para ver.

Creio que por enquanto como ainda temos no PEM 2040 a perspectiva de um Nae na marinha, que o futuro do NAM Atlântico tende a ser um vetor clássico no sentido de apor helos e embarcações de desembarque apenas. Se a MB realmente quiser insistir no Nae, terão que fazer decidir algo no sentido de projetar e começar a construir para entrega no pós 2040, ou seja, a partir de 2035 em diante alguma decisão tem que ser tomada. Isto feito, teremos como saber se o investimento em um NDM multi plataforma será viável e adequado ao futuro da MB para a segunda metade deste século ou se seguimos um caminho mais tradicional. Eu acho que a MB não larga o osso do Nae. A não ser que por um milagre destes da vida uma decisão política diga o contrário e se reflita no PEM 2060. A ver.

Se não mais do que por acaso a Type 71 vier a ser uma alternativa concreta para a MB, eu incluiria nesta conta os Type 075 ou um projeto específico chinês dentro dos padrões solicitados pela MB. Não seria surpresa os chineses oferecerem este tipo de proposta no futuro. O que não falta por lá são projetos. Juntar o útil ao agradável seria de se pensar. Mas esta também teria de ser uma decisão política, já que a MB tradicionalmente é arredia a qualquer fornecedor que não seja os mesmos de sempre. E esta postura trás muito mais prejuízos do que ajuda.

É de se supor que o almirantado esteja pensando já agora para os anos 2030 o que eles podem conseguir para complementar as FCT, e os alemães tem muita vantagem neste processo. Mas não são a única solução. O problema é que quase todos os projetos de navios na Europa e USA na faixa de 4 a 6 mil ton praticamente são os mesmos de vinte anos atrás, e os que estão sendo preparados estão evoluindo para navios de 7 até 11 mil ton. Sobra poucas alternativas para a MB fora da classe Meko, e talvez das Type 26 e 31. Ou opções diferentes na China, Índia e extremo oriente. Não será uma tarefa fácil. E eu não gosto muito da ideia de colocar toda a esquadra nas mãos de um estaleiro alemão.

Um navio escola poderia ser mesmo projetado e fabricado no Brasil via CPN\Engepron. Mas do jeito que as coisas vão por aqui, seria melhor pegar um projeto como o Makassar ou outro, e fim de papo. Para evitar repetição de erros que já conhecemos neste tipo de processo.

Do ponto de vista prático, eu acho que temos alguma chance de conseguir um ou dois navios lá do outro lado do mundo se soubermos fazer um negócio governo a governo. Existem algumas oportunidades em termos de negócios militares por lá. E aproveitar isso seria não só inteligente como honesto e objetivo.

No que diz respeito aos Grajaú, bem, a Classe Pedro Texeira e Roraima já contam com mais de 50 anos de serviço, e não vão sair tão cedo. Os Grajaú se bem manutenidos e operados podem ser todos aproveitados por aqui e em Ladário enquanto não se arruma uma opção nacional ou importada concretamente.

No caso da Classe Amazonas, eu diria que seria muito bem vinda resolver aproveitar o fato de que temos o direito de construção por aqui, e fabricar mais 3 unidades, que somadas as 3 existentes e aos 12 do NaPaOc projetados nos daria os 18 navios que defendo como sendo o mínimo necessário para esta classe de navios. Isto pode ser conseguido sem grandes custos e ainda se aproveitando as instalações de Itaguaí.

Se as fontes de financiamento conhecidas forem destravas, podemos vislumbrar um futuro mais alvissareiro para os NaPa 500 patrulhas oceânicos. Mas para isso eu creio que o principal desafio e tirar o FMM do papel.

No que tange os meios fluviais, penso que é necessário repensar as prioridades, e a MB não dá à patrulha marítima e menos ainda fluvial a devida importância que tem. Se podemos construir navios hospitais, também podemos aproveitar os recursos que existem na região em termos industriais e procurar soluções alternativas e viáveis para os navios que precisamos. Mas duvido que isso aconteça enquanto o discurso de Amazônia Azul for vigente.

Por fim, encontrar fonte e financiamento que não apenas a orçamentária talvez seja, quero crer, algo possível com o futuro congresso, quem sabe menos avesso as questões da defesa. Mas isso é acho que só vamos saber quando chegar a hora.

abs.




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Re: Marinha do Brasil em 2033

#9 Mensagem por Viking » Qui Dez 22, 2022 7:31 pm

Marinha do Brasil – Programas de Construção Naval em curso e previstos para o período de 2023/2033.

1. PROSUB:

1.1 – SSK Riachuelo e Humaitá: concluídos.
1.2 – SSK Tonelero e Angostura: em construção.
1.3 – SNA Álvaro Alberto: em construção, em 2023 seção de qualificação e seção casco resistente.
1.4 – Planejado um SSK adicional encerrando a classe. Planejado desde a administração do almirante Iques.

2. PFCT:

2.1 – Construção de 4 unidades entre 2023/2029.
2.2 – Planejadas 2 unidades adicionais da classe.

3. PRONAPA:

3.1 – NaPa Maracanã: concluído.
3.2 – NaPa Mangaratiba: em construção.
3.3 – NaPa 500 BR EMGEPRON/CPN: construção do cabeça de série no AMRJ com inicio em 2023. LDO da EMGEPRON contempla este projeto.
3.4 – NaPa 500 BR: Planejada a construção de mais 11 exemplares.
3.4 – NaPaOc: planejada a construção de 5 navios.

4. PROHIDRO:

4.1 – Construção do NApAnt H 22 Almirante Saldanha.
4.2 – NHOc: Construção de 2 navios com recursos interministeriais e da PETROBRAS.

5. Navios diversos:

5.1 – NasH U 170 Anna Nery.
5.2 – 3 Avisos de Instrução de 200 ton. para a Escola Naval. Inicio da construção em 2023 no AMRJ. Diretriz estabelecida no Memorando 06/2019 do Comandante da Marinha.
5.3 – 1 navio escola. Projeto em andamento no CPN. Diretriz estabelecida no Memorando 06/2019 do Comandante da Marinha.

TOTAL de meios em construção e planejados até 2033:

1 submarino nuclear de ataque
5 (1 adicional) submarinos diesel elétricos
6 (2 adicional) fragatas de 3.500 ton.
1 navio de apoio antártico.
2 navios hidroceanograficos de 2ª classe.
2 navios patrulha classe Macaé
12 (11 adicionais) navios patrulha 500 BR
5 (planejados) NaPaOc de 2.000 ton.
3 Avisos de instrução de 200 ton.
1 (planejado) navio escola.
1 navio de assistência hospitalar.

Total: 39 navios.

E interessante observar que a MB estará no período mencionado administrando um dos maiores programas de construção naval do ocidente, no caso dos navios que neste momento estão planejados serem de fato somados aos autorizados ou em construção.
Neste quadro não foi mencionado o navio de apoio logístico multiproposito, também previsto, porque ate o momento este projeto esta limitado aos REM.

Sds




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Re: Marinha do Brasil em 2033

#10 Mensagem por FCarvalho » Qui Dez 22, 2022 9:21 pm

TOTAL de meios em construção e planejados até 2033:

1 submarino nuclear de ataque
5 (1 adicional) submarinos diesel elétricos
6 (2 adicional) fragatas de 3.500 ton.
1 navio de apoio antártico.
2 navios hidroceanograficos de 2ª classe.
2 navios patrulha classe Macaé
12 (11 adicionais) navios patrulha 500 BR
5 (planejados) NaPaOc de 2.000 ton.
3 Avisos de instrução de 200 ton.
1 (planejado) navio escola.
1 navio de assistência hospitalar.

Total: 39 navios.
Olá Lord. Tira dúvidas rápido.

Na lista acima, os SSK seria 4+1 correto, e não 5 (1 adicional) :?:
O encerramento da classe com a quinta unidade se daria em função da perspectiva de uma nova classe ou apenas por ausência de fundos e intenção por mais investimentos nos submarinos convencionais em favor da construção de mais unidades do modelo nuclear :?:

A mesma situação com as FCT, onde se lê 6 (2 adicional) fragatas de 3.500 ton, seria na verdade 4 (2 adicionais), correto :?:

Quanto as quantidades, se pode observar que dos 39 navios previstos, 19 são navios patrulha, perfazendo 50% da frota planejada. É um dado a se considerar. A outra metade está dividida entre 15% para subs, mais 15% para as FCT, e 20% divido entre navios auxiliares.

Mesmo metade da frota estando ligada à construção de meios navais de patrulha, isto pode levar a erro de interpretação no sentido de que a MB possa estar dando mais importância a patrulha, o que não é verdade.

Sou de opinião que na primeira oportunidade, os recursos para os patrulha sejam revisados em função de mais navios de escolta ou até mesmo navios de apoio ao CFN. Mas isto ainda veremos o que o futuro nos reserva.

Quanto ao navio de apoio logístico, me parece ser algo que poderia ser resolvido de forma mais rápida caso os REM não sejam, ou se tornem, um impeditivo para a aquisição de modelos já existentes e disponíveis no mercado.

A ver.




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Re: Marinha do Brasil em 2033

#11 Mensagem por Viking » Sex Dez 23, 2022 11:27 pm

FCarvalho escreveu: Qui Dez 22, 2022 9:21 pm
TOTAL de meios em construção e planejados até 2033:

1 submarino nuclear de ataque
5 (1 adicional) submarinos diesel elétricos
6 (2 adicional) fragatas de 3.500 ton.
1 navio de apoio antártico.
2 navios hidroceanograficos de 2ª classe.
2 navios patrulha classe Macaé
12 (11 adicionais) navios patrulha 500 BR
5 (planejados) NaPaOc de 2.000 ton.
3 Avisos de instrução de 200 ton.
1 (planejado) navio escola.
1 navio de assistência hospitalar.

Total: 39 navios.
Olá Lord. Tira dúvidas rápido.

Na lista acima, os SSK seria 4+1 correto, e não 5 (1 adicional) :?:
O encerramento da classe com a quinta unidade se daria em função da perspectiva de uma nova classe ou apenas por ausência de fundos e intenção por mais investimentos nos submarinos convencionais em favor da construção de mais unidades do modelo nuclear :?:

:mrgreen: De fato 5 + 1 SSK. Este encerraria a classe. Na visão do almirante Iques na época os próximos SSK já seriam de uma nova classe, construídos em paralelo com um segundo SNA.

A mesma situação com as FCT, onde se lê 6 (2 adicional) fragatas de 3.500 ton, seria na verdade 4 (2 adicionais), correto :?: :mrgreen: Correto.

Quanto as quantidades, se pode observar que dos 39 navios previstos, 19 são navios patrulha, perfazendo 50% da frota planejada. É um dado a se considerar. A outra metade está dividida entre 15% para subs, mais 15% para as FCT, e 20% divido entre navios auxiliares.

Mesmo metade da frota estando ligada à construção de meios navais de patrulha, isto pode levar a erro de interpretação no sentido de que a MB possa estar dando mais importância a patrulha, o que não é verdade.

:mrgreen: Os navios previstos no atual PRONAPA estão sendo planejados para substituírem os valentes classe Grajaú na proporção de 1x1e os NaPaOc são os que estavam previstos no antigo PROSUPER.

Sou de opinião que na primeira oportunidade, os recursos para os patrulha sejam revisados em função de mais navios de escolta ou até mesmo navios de apoio ao CFN. Mas isto ainda veremos o que o futuro nos reserva.

:mrgreen: De fato a projeção para os 12 NaPa 500 BR e os 5 NaPaOc e que seja realizado em cerca de 10 anos um investimento em torno de USS 800 milhões. Este investimento pode ser considerado modesto para os 17 navios previstos tendo em vista a importância e utilidade que terão na segurança das AJB e os empregos e renda que irão gerar durante as suas construções.
Acredito que comparativamente aos custos de obtenção de no máximo dois navios de cada classe mencionados, FFG ou navios anfíbios, e provável que estes projetos sejam mantidos como previstos no momento e que outros recursos sejam obtidos para o PRONANF e o PFCT.


Quanto ao navio de apoio logístico, me parece ser algo que poderia ser resolvido de forma mais rápida caso os REM não sejam, ou se tornem, um impeditivo para a aquisição de modelos já existentes e disponíveis no mercado.

:mrgreen:
[i]De fato a MB acompanhou o projeto do navio de apoio logístico italiano o LSS Vulcano, sendo que o mesmo atende o que se pensa para um navio desta classe para a Esquadra. Acredito que quando haver os recursos necessários o mesmo deve ser um dos preferidos da MB, já que existe até a possibilidade de construção no país no Estaleiro VARD PROMAR .

A ver. :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen:

Sds




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Re: Marinha do Brasil em 2033

#12 Mensagem por FCarvalho » Dom Dez 25, 2022 2:31 pm

Olá meu caro Lord,

O que me chama a atenção para esta lógica dos sub convencionais é a temporalidade de um segundo lote atrelada à construção de um segundo Subnuc. Se o Alvaro Aberto sair lá para idos de 2035\2037 como se tem ventilado, vamos ter um hiato de 10 anos na construção de subs convencionais em Itaguaí. Até lá fazemos o que com a infraestrutura criada, se não há nada no curto prazo em mente ou nos planos para manter o estaleiro ativo :?:

Não creio que exportar seja uma solução de pronto, visto que não temos sequer as mesmas condições de uma Alemanha ou França da vida para tal. A não ser que usem o espaço como oficina para os vizinhos e mais alguns chegados do nosso entorno estratégico. Talvez a encomenda de um quinto navio seja mais adequado a fim de manter a mão de obra e toda a expertise conseguida a duras penas até aqui. Ou ao invés de um único subnuc, eleve-se o número deles para 2 ou 3 iniciais desde já. Mas essa é uma resposta que seria criticada até o último dia de qualquer gestão governamental por aqui. Com ou sem tempos de bonança econômica.

Me parece que a ideia de um casco convencional baseado na engenharia do subnuc seria algo a se pensar em termos de uma nova classe de SSK nacional, mesmo porque não teremos tantos recursos assim para bancar tudo o que hora se projeta construir até a próxima década. Um modelo que pudesse ser inclusive utilizado como escola e bancada de teste para o futuro subnuclear. Um ou dois navios como estes construídos em escala seriam mais que suficientes para manter o investimento em dia naquela base, e ainda serviria para demonstrar, testar e homologar muitas das soluções propostas hoje para o nosso subnuc.

De qualquer forma, penso que sair dos atuais SSK para uma nova classe sem ter dominado completamente todo o processo de operação, doutrina, projeto e produção deles, e mesmo antes do subnuc, seria talvez um passo temerário e lardo demais para as pernas curtas deste projeto.

Evidentemente temos aí ainda os 5 IKL que podem servir de parcialmente de justificativa para um segundo lote aperfeiçoado de subs convencionais de forma a se atingir os 15 subs propostos no antigo PAEMB, o que me parece ser lógico e lúcido, já que a MB tem argumentos a nível técnico e operacional para justificá-los. Temos apenas 4 navios. Faltariam ainda outros 11 a serem produzidos. Uma demanda aceitável e possível de ser alcançada nos próximos anos após a entrega do último navio da classe Riachuelo em 2025.

Se nada de mais errado acontecer com a nossa pueril realidade sócio-econômica e política nos próximos 4 anos, talvez fosse o caso do almirantado engendrar com o futuro governo a compra anualmente entre 2024 e 2027 de um novo navio fim de permitir a continuidade e regularidade do processo construtivo naval em Itaguaí. Nada mais justo e benéfico para todos nós. Seriam 4 navios a mais, aperfeiçoamentos da classe Riachuelo e que poderiam contribuir para a manutenção de todos os ganhos do projeto PROSUB.

A ver.




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Re: Marinha do Brasil em 2033

#13 Mensagem por Viking » Dom Dez 25, 2022 3:01 pm

FCarvalho escreveu: Dom Dez 25, 2022 2:31 pm Olá meu caro Lord,

O que me chama a atenção para esta lógica dos sub convencionais é a temporalidade de um segundo lote atrelada à construção de um segundo Subnuc. Se o Alvaro Aberto sair lá para idos de 2035\2037 como se tem ventilado, vamos ter um hiato de 10 anos na construção de subs convencionais em Itaguaí. Até lá fazemos o que com a infraestrutura criada, se não há nada no curto prazo em mente ou nos planos para manter o estaleiro ativo :?:

Não creio que exportar seja uma solução de pronto, visto que não temos sequer as mesmas condições de uma Alemanha ou França da vida para tal. A não ser que usem o espaço como oficina para os vizinhos e mais alguns chegados do nosso entorno estratégico. Talvez a encomenda de um quinto navio seja mais adequado a fim de manter a mão de obra e toda a expertise conseguida a duras penas até aqui. Ou ao invés de um único subnuc, eleve-se o número deles para 2 ou 3 iniciais desde já. Mas essa é uma resposta que seria criticada até o último dia de qualquer gestão governamental por aqui. Com ou sem tempos de bonança econômica.

Me parece que a ideia de um casco convencional baseado na engenharia do subnuc seria algo a se pensar em termos de uma nova classe de SSK nacional, mesmo porque não teremos tantos recursos assim para bancar tudo o que hora se projeta construir até a próxima década. Um modelo que pudesse ser inclusive utilizado como escola e bancada de teste para o futuro subnuclear. Um ou dois navios como estes construídos em escala seriam mais que suficientes para manter o investimento em dia naquela base, e ainda serviria para demonstrar, testar e homologar muitas das soluções propostas hoje para o nosso subnuc.

De qualquer forma, penso que sair dos atuais SSK para uma nova classe sem ter dominado completamente todo o processo de operação, doutrina, projeto e produção deles, e mesmo antes do subnuc, seria talvez um passo temerário e lardo demais para as pernas curtas deste projeto.

Evidentemente temos aí ainda os 5 IKL que podem servir de parcialmente de justificativa para um segundo lote aperfeiçoado de subs convencionais de forma a se atingir os 15 subs propostos no antigo PAEMB, o que me parece ser lógico e lúcido, já que a MB tem argumentos a nível técnico e operacional para justificá-los. Temos apenas 4 navios. Faltariam ainda outros 11 a serem produzidos. Uma demanda aceitável e possível de ser alcançada nos próximos anos após a entrega do último navio da classe Riachuelo em 2025.

Se nada de mais errado acontecer com a nossa pueril realidade sócio-econômica e política nos próximos 4 anos, talvez fosse o caso do almirantado engendrar com o futuro governo a compra anualmente entre 2024 e 2027 de um novo navio fim de permitir a continuidade e regularidade do processo construtivo naval em Itaguaí. Nada mais justo e benéfico para todos nós. Seriam 4 navios a mais, aperfeiçoamentos da classe Riachuelo e que poderiam contribuir para a manutenção de todos os ganhos do projeto PROSUB.

A ver.


Prezado Colega, saudações.

Em relação ao PROSUB o chamado planejamento pé no chão da época do almirante Iques teria as seguintes etapas:
- construção do quinto classe Riachuelo o S44 provavelmente entre 2026/2029
- SNA 10 lançado em 2031/32
- Segundo lote de SSK's autorizado em 2031/32
- Segundo SNA autorizado também em 2031/32.
Em resumo o segundo lote de SSk's não esta atrelado ao segundo SNA, o mesmo será desenvolvido em paralelo. A ideia inicial e que durante a construção do S44 o projeto da atual classe com base das avaliações operacionais seja refinado e introduzida modificações que viriam a gerar uma classe de SSK's nova.
Tudo isto se minimamente os recursos tenham previsibilidade e disponibilidade. :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen:
A MB não trabalha mais com a possibilidade de 15 SSK's e 6 SNA, 1/3 destas metas foram cortados e mesmo assim existe uma projeção realista com números menores ainda, assim como aconteceu, por exemplo, com os navios escolta. O fato e que o PAEMB e seus números foram jogados no lixo a muito tempo, não servem mais de referencia para nenhuma visão prospectiva a respeito da MB. :mrgreen:

Sds




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Re: Marinha do Brasil em 2033

#14 Mensagem por Viking » Ter Jan 03, 2023 2:52 pm

Destaque da pagina 185 do livro ''Construção Naval Militar no Brasil'', lançado em 2022:


''A retomada gradual e sustentável da construção naval militar brasileira se insere perfeitamente nesse contexto, interseccionando as demandas de reequipamento da Marinha do Brasil com a necessidade de se conquistar maior autonomia para o Brasil na obtenção de meios, equipamentos e sistemas de Defesa.
A ausência, em curto prazo, de ameaças mais desafiadoras ao Brasil, como as representadas por eventuais nações de maior poderio naval militar, e a premência atual de ameaças à segurança marítima, perpetradas por atores não estatais ou não militarizados, permite a implementação de um programa de construção naval militar cuja capacidade de produzir meios mais complexos vá progredindo com o passar do tempo, de maneira contínua e planejada.
Por exemplo, em um período de 20 ou 30 anos, o Brasil poderia ter em execução os projetos de construção de três tipos de navios, começando por um navio-patrulha de menor capacidade, porém de menor custo de produção, manutenção e operação, permitindo a obtenção de uma maior quantidade de unidades. Em seguida, seria iniciado o projeto de construção de um navio-patrulha de porte oceânico com maior autonomia e capacidade de realizar operações aéreas e de controle de lanchas-patrulha rápidas. A última etapa resultaria no projeto de construção de um navio-escolta de baixa complexidade que seria o último degrau antes da execução de um novo plano para a concepção e construção de navios da mais alta complexidade, a exemplo de um navio-aeródromo.''


Prezados colegas, saudações.

Destaquei esta pagina do livro em referencia, lançado pela MB, porque no último paragrafo a referencia de 20 a 30 anos para a realização dos projetos mencionados me causou um certo desanimo. No menor prazo, quando eu tiver 85 anos e que verei então ser lançado ao mar o primeiro navio escolta de baixa complexidade genuinamente brasileiro ser lançado ao mar, no pior cenário estarei com 95 anos.
Acredito, salvo melhor juízo, considerando o avanço de outros países na construção naval, como Índia e China e que estes projetos poderiam ser executados em prazos melhores.

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Re: Marinha do Brasil em 2033

#15 Mensagem por pewdiepie » Ter Jan 03, 2023 3:57 pm

30 anos para começar a construir escoltas de baixa complexidade. E ainda estão falando em construir porta-aviões. É mole?

Enquanto isso, na velha e boa realidade... a força de superfície "navega" com elevado grau de obsolescência. Na falta de pragmatismo, sobra amadorismo e muito dinheiro jogado no ralo.




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