PROJETO ESTRATÉGICO GUARANI: VBR – MR 8X8
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Re: PROJETO ESTRATÉGICO GUARANI: VBR – MR 8X8
Coçando aqui a cabeça para saber quantos LAV 700 conseguimos comprar com o preço de 1 Centauro II.
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- FCarvalho
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Re: PROJETO ESTRATÉGICO GUARANI: VBR – MR 8X8
Uma possível oferta italiana para lá de tentadora. Compre 1 Centauro 2 e leve 2 Super AV de bride.
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- knigh7
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Re: PROJETO ESTRATÉGICO GUARANI: VBR – MR 8X8
Uma vez que o Leo 1A5 pode utilizar tanto a torre do LAV 700 quanto a do Centauro II, sem dúvida a escolha da VBC Cav 8x8 irá influenciar na decisão pela escolha da torre dos nossos Leopard modernizados.
Não podemos ficar até 2040 com brigada de infantaria blindada mobiliada com CC com canhão de 105mm.
Outro fator é um número muito grande de DTAs que adentram no nosso território ao longo de uma grande extensão e por isso cresce a importância de uma viatura sobre rodas (que tem mobilidade) com canhão potente pois a viatura SL não tem a velocidade dela.
Certamente o Centauro é mais caro, mas vale mais a pena optarmos por ele.
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Re: PROJETO ESTRATÉGICO GUARANI: VBR – MR 8X8
Eu tenho aqui comigo pelo que li dos RO e RFQ da VBC Corrente que o exército não está tão assim empolgado em trocar torre e coisas do gênero. Mesmo que possa aproveitá-las depois de 15 ou 20 anos de uso, o que me parece ser realmente um misto de desespero e aflição.knigh7 escreveu: ↑Seg Out 03, 2022 8:31 pmUma vez que o Leo 1A5 pode utilizar tanto a torre do LAV 700 quanto a do Centauro II, sem dúvida a escolha da VBC Cav 8x8 irá influenciar na decisão pela escolha da torre dos nossos Leopard modernizados.
Não podemos ficar até 2040 com brigada de infantaria blindada mobiliada com CC com canhão de 105mm.
Outro fator é um número muito grande de DTAs que adentram no nosso território ao longo de uma grande extensão e por isso cresce a importância de uma viatura sobre rodas (que tem mobilidade) com canhão potente pois a viatura SL não tem a velocidade dela.
Certamente o Centauro é mais caro, mas vale mais a pena optarmos por ele.
No caso dos Jonh Kockerill penso que a solução apresentada não é tão boa quanto a torre do Centauro II, mas os custos desta última praticamente jogam fora suas chances.
Sigo pensando que a prioridade, como se deixou relativamente claro nos docs emitidos, é tentar manter os 52 em melhor estado, e modernizar a torre e seus diversos sistemas. dá uma garibada no chasssi e motorização\suspensão e já estamos muito bem.
Agora isso, no caso de quererem um canhão de 120mm para combinar com o Centauro II, existe a possibilidade de usar a própria arma da VBC Cav, o canhão Ruag 120\50, um canhão 120\50 da Jonh Kockerill, e o modelo 120\44 de Israelense, que não teriam problema nenhuma em vender e adaptá-los à torre original do Leo 1A5, dado que todos são projetos voltados para veículos abaixo das 50 ton. Acho até que sairia mais barato do que inventar uma nova torre.
A troca dos L7 só será feita na medida em que os trabalhos que serão realizados nos Parques de Manutenção determinar que as armas dos veículos a serem modernizados tem de ser trocadas invariavelmente.
Suponho que todo mundo que for se meter neste processo, e que ainda não sabemos quais são, oficialmente, claro, devem buscar um mix de soluções para o EB em 105mm e 120mm de forma a tornar as opções de custo e preço as mais amplas possíveis ao EB.
Creio que todo mundo lá fora já entendeu que o EB pode abrir mão desta modernização no meio do processo já que as aquisições serão feitas de acordo com a disponibilidade do orçamento. Isto significa na prática que não há qualquer compromisso em chegar ao número apontado caso a realidade futura mude.
Querem comprar e receber, quase ao mesmo tempo, CC e VBCI novos. Simplesmente as contas não batem. Não dá para fazer tudo isso ao mesmo tempo e ainda chegar em 2040 inteiro. O orçamento não comporta.
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- Fábio Machado
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Re: PROJETO ESTRATÉGICO GUARANI: VBR – MR 8X8
VBC Cav – Short list com três candidatos
No dia de hoje, 07 de outubro, o Exército Brasileiro (EB), por meio do Comando Logístico (COLOG) / Diretoria de Material (DMat) e no contexto do Processo de consulta publica (“request for proposal” – RFP) COLOG nº 01/2022 para aquisição de 98 viaturas blindadas de combate de Cavalaria média sobre rodas (VBC CAV – MSR) 8X8, anunciou que três viaturas foram selecionadas para compor o “short list” do projeto, sendo estas:
Centauro II, com canhão 120 mm, do Consórcio Iveco–OTO Melara (CIO);
LAV 700 AG, com canhão de 105 mm, da General Dynamics Land Systems – Canada (GDLS-C); e
ST1-BR, com canhão de 105 mm, da North Industries Group Corp (NORINCO).
A partir da próxima semana já iniciam as conversações entre as empresas finalistas, que serão chamadas para primeira seção da fase de negociações das propostas, iniciando pela GDLS-C (dia 11), CIO (12) e NORINCO (13), seguida por um período de quatro semanas, com reuniões presenciais e videoconferências, até a entrega da proposta final (“Best and Final Offer” – BAFO).
https://tecnodefesa.com.br/vbc-cav-shor ... andidatos/
Oras!!! Se era para ser esses mesmos, por quê simplesmente não anteciparam o short list????
No dia de hoje, 07 de outubro, o Exército Brasileiro (EB), por meio do Comando Logístico (COLOG) / Diretoria de Material (DMat) e no contexto do Processo de consulta publica (“request for proposal” – RFP) COLOG nº 01/2022 para aquisição de 98 viaturas blindadas de combate de Cavalaria média sobre rodas (VBC CAV – MSR) 8X8, anunciou que três viaturas foram selecionadas para compor o “short list” do projeto, sendo estas:
Centauro II, com canhão 120 mm, do Consórcio Iveco–OTO Melara (CIO);
LAV 700 AG, com canhão de 105 mm, da General Dynamics Land Systems – Canada (GDLS-C); e
ST1-BR, com canhão de 105 mm, da North Industries Group Corp (NORINCO).
A partir da próxima semana já iniciam as conversações entre as empresas finalistas, que serão chamadas para primeira seção da fase de negociações das propostas, iniciando pela GDLS-C (dia 11), CIO (12) e NORINCO (13), seguida por um período de quatro semanas, com reuniões presenciais e videoconferências, até a entrega da proposta final (“Best and Final Offer” – BAFO).
https://tecnodefesa.com.br/vbc-cav-shor ... andidatos/
Oras!!! Se era para ser esses mesmos, por quê simplesmente não anteciparam o short list????
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Re: PROJETO ESTRATÉGICO GUARANI: VBR – MR 8X8
Este blindado chinês não vejo com bons olhos no EB , aqui na oficina do meu padrasto essas pragas tem mecânica frágil e uma péssima construção em suas peças ,imagina um blindado ! Posso estar enganado .... A não ser que façam igual o Vital de Oliveira , casco construído na China e o recheio de fora ...
Gogogas !
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Re: PROJETO ESTRATÉGICO GUARANI: VBR – MR 8X8
Não criemos crânico como diria o Chapolin colorado. Os chinas estão aí para pressionar os outros dois.
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- knigh7
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- Fábio Machado
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Re: PROJETO ESTRATÉGICO GUARANI: VBR – MR 8X8
VBC Cav – ST1-BR, a proposta chinesa
O projeto da viatura blindada de combate de Cavalaria média sobre rodas (VBC Cav – MSR) 8X8, do Exército Brasileiro (EB), teve, no dia 07 de outubro, a definição das três viaturas selecionadas para a escolha final, o chamado “short list”, sendo estas o CIO Centauro II, o GDLS-C/John Cockerill LAV 700 AG e o NORINCO ST1-BR, todas já apresentadas tecnicamente por Tecnologia & Defesa, exceto o modelo chinês, porem hoje iremos corrigir isto.
Sua origem
No final da década de 90, diante da necessidade de dotar sua crescente força mecanizada com veículos mais modernos, o governo encomendou a empresa China North Industries Corporation (NORINCO), o desenvolvimento de uma nova família de blindados 8X8, aproveitasse toda a experiência adquirida com o desenvolvimento da família WZ551 e com as ultimas tendências mundiais para este tipo de sistema de armas, surgindo assim a família VN1.
Nomeado como Tipo 08, sua primeira versão, a viatura blindada de transporte de pessoal (“armoured personnel Carrier” – APC), foi vista pela primeira vez em 2006, atualmente conta com mais de uma dezena de variantes e é considerado o principal blindado sobre rodas das forças chinesas. Foi exportado para Venezuela, Nigéria, Gabão e Tailândia, além de também estar participando da concorrência VCBR da Argentina, onde concorre com o Iveco VBTP 6X6 Guarani, brasileiro.
O ZBL-09 foi sua primeira versão “caça-tanques” (ou “tank destroyer”) e está equipado com um canhão de 105 mm. Começou a ser desenvolvido em 2013, sendo apresentado ao publico no ano seguinte, durante a feira Air Show China, em Zhuhai, como um derivado direto da viatura de combate de fuzileiros (“infantry fighting vehicle” – IFV) ZBL-08, entrando em serviço no exército chinês em 2019, dando-lhe um novo nível de mobilidade e capacidade defensiva. Sua versão de exportação, o ST-1, teve a Nigéria como seu primeiro operador externo, e também primeiro a o empregar em combate, nos combates contra o grupo terrorista Boko Haram, recebendo muitos elogios pelos militares nigerianos nestas ações.
A versão Brasileira
Em 2018 surgiu uma nova versão, chamada ST-3, depois renomeado para ST-1 Advantage, da qual é originada a versão ST1-BR, com uma torre totalmente reformulada, e posicionada mais a traseira do veículo, que permite um grande ângulo de elevação do canhão, permitindo engajamento contra alvos em altas elevações como aqueles situados em topos de edifícios, eficientes em teatros de operações urbanas ou montanhosas, e o tiro indireto, fornecendo capacidade de apoio de fogo em até 17 km. De acordo com a NORINCO, esta versão já esta sendo “produzida em massa” para o Exército Chinês.
Seu armamento principal é o canhão ZPL-98A, de 105 mm, 52 calibres, de baixo recuo e carregamento automático, uma versão chinesa do famoso British Royal Ordnance L7, mas com um freio de boca redesenhado para utilização de modernas munições de alta velocidade, como as chinesas DTW-2 e BTA2, do tipo APFSDS (“armour-piercing fin-stabilized discarding sabot”), e DTP1A, do tipo HEAT (“high-explosive anti-tank”) ou o míssil GP2.
O G2, também conhecido como GP105, é um míssil anticarro (“anti-tank guided missile” – ATGM) que pode ser disparado pelo tubo do canhão (como o Falarick), com guiamento por feixe de laser (“line of sight beam riding” – LOSBR), alcance efetivo entre 200 a 5.000 metros e uma ogiva do tipo HEAT em tandem (que anula as blindagens reativa explosiva), com uma capacidade de penetração de 220 mm em aço balístico homogêneo. Este míssil possui um sistema de lançador externo, permitindo que possa ser utilizado na modernização das VBR Cascavel.
A versão ofertada, o ST1-BR, atendendo aos requisitos do EB, possui ainda duas metralhadoras, uma antiaérea, sobre a torre, de 12,7x99mm, outra coaxial de 7,62×51 mm, sendo que a primeira pode ser substituída por uma estação de armas remotamente controlada (SARC) e a empresa afirma que pode integrar o REMAX sem maiores problemas.
Sua torre é completamente estabilizada em todas as direções, independente do sistema de miras, com optrônicos de ultima geração e possui um sistema de rastreamento e aquisição de alvos com miras ópticas (com zoom contínuo), térmicas e sensores m outros comprimentos de onda e telêmetro laser com design integrado. Possui também um sistema de miras auxiliares para uso em condições de degradação do sistema.
A tela de combate e o terminal de controle do comandante do veículo exibem as imagens de do visor do artilheiro, do equipamento de mira do veículo e da metralhadora antiaérea (em caso de adoção de SARC) e completa a função de mira e disparo, bem como as informações de controles do sistemas, tais como o estado de funcionamento, condição de funcionamento, tipo de munição, informações sobre a quantidade de munição e outras informações relacionadas ao combate. Sensores de correção balística incluem sensores independentes para de inclinação do munhão e da torre, que fornece o ângulo de rotação da torre quando o veículo está parado, e um sensor meteorológico que apresenta os dados de pressão de ar, temperatura e velocidade do vento, aumentando assim a chance de acerto no primeiro disparo.
Seu motor é uma versão chinesa (licenciada) do Deutz BF6M1015C, diesel, V6, com potência de 420 kW, a 2100 rpm, e torque de 2130 a 2500 Nm, a 1400 rpm, que permite velocidades de até 110 km/h e uma autonomia de 700 m.
A transmissão é automática AT de alto desempenho, do tipo H-drive, desenvolvida internamente pela NORINCO para veículos blindados, possui sete marchas a frente e uma a ré, torque máximo de entrada 2650 Nm e velocidade de até 2300 RPM.
O sistema de suspensão é do tipo hidropneumática, independente e também foi desenvolvida pela empresa. É ajustável em altura de 370 a 540 mm do solo, com uma altura padrão de 400 mm. Os eixos de direção (eixos 1 e 2) consiste de elementos elásticos, amortecedores, braços cruzados inferiores, amortecedores e dobradiças de esferas de conexão, e os não direcionais (eixos 3 e 4) possuem dois componentes adicionais, a haste de empuxo e o braço de pressão da haste de empuxo, em comparação com o eixo de direção.
Sua proteção balística resiste a disparos de munição 14,5×114 mm em seu arco frontal e 12,7×99 mm no lateral (disparadas a um ângulo de elevação de 0 a 30 graus e a uma distância de 30 m do veículo) e minas de 8 kg sob as rodas e 6 kg sob o veículo (STANAG-AEP 55 Nível 3).
Possui um peso de combate de 26,5 toneladas, é a única viatura dentre os candidatos com capacidade anfíbia, o que aumenta muito sua capacidade operacional, e pode ser aerotransportado por aeronaves de médio porte, já havendo sido embarcado nos novos cargueiros chineses Xi’an Y-20, mas, devido as suas dimensões, não sendo transportado pelo KC-390, assim como os demais.
Fonte: https://tecnodefesa.com.br/vbc-cav-st1- ... a-chinesa/
O projeto da viatura blindada de combate de Cavalaria média sobre rodas (VBC Cav – MSR) 8X8, do Exército Brasileiro (EB), teve, no dia 07 de outubro, a definição das três viaturas selecionadas para a escolha final, o chamado “short list”, sendo estas o CIO Centauro II, o GDLS-C/John Cockerill LAV 700 AG e o NORINCO ST1-BR, todas já apresentadas tecnicamente por Tecnologia & Defesa, exceto o modelo chinês, porem hoje iremos corrigir isto.
Sua origem
No final da década de 90, diante da necessidade de dotar sua crescente força mecanizada com veículos mais modernos, o governo encomendou a empresa China North Industries Corporation (NORINCO), o desenvolvimento de uma nova família de blindados 8X8, aproveitasse toda a experiência adquirida com o desenvolvimento da família WZ551 e com as ultimas tendências mundiais para este tipo de sistema de armas, surgindo assim a família VN1.
Nomeado como Tipo 08, sua primeira versão, a viatura blindada de transporte de pessoal (“armoured personnel Carrier” – APC), foi vista pela primeira vez em 2006, atualmente conta com mais de uma dezena de variantes e é considerado o principal blindado sobre rodas das forças chinesas. Foi exportado para Venezuela, Nigéria, Gabão e Tailândia, além de também estar participando da concorrência VCBR da Argentina, onde concorre com o Iveco VBTP 6X6 Guarani, brasileiro.
O ZBL-09 foi sua primeira versão “caça-tanques” (ou “tank destroyer”) e está equipado com um canhão de 105 mm. Começou a ser desenvolvido em 2013, sendo apresentado ao publico no ano seguinte, durante a feira Air Show China, em Zhuhai, como um derivado direto da viatura de combate de fuzileiros (“infantry fighting vehicle” – IFV) ZBL-08, entrando em serviço no exército chinês em 2019, dando-lhe um novo nível de mobilidade e capacidade defensiva. Sua versão de exportação, o ST-1, teve a Nigéria como seu primeiro operador externo, e também primeiro a o empregar em combate, nos combates contra o grupo terrorista Boko Haram, recebendo muitos elogios pelos militares nigerianos nestas ações.
A versão Brasileira
Em 2018 surgiu uma nova versão, chamada ST-3, depois renomeado para ST-1 Advantage, da qual é originada a versão ST1-BR, com uma torre totalmente reformulada, e posicionada mais a traseira do veículo, que permite um grande ângulo de elevação do canhão, permitindo engajamento contra alvos em altas elevações como aqueles situados em topos de edifícios, eficientes em teatros de operações urbanas ou montanhosas, e o tiro indireto, fornecendo capacidade de apoio de fogo em até 17 km. De acordo com a NORINCO, esta versão já esta sendo “produzida em massa” para o Exército Chinês.
Seu armamento principal é o canhão ZPL-98A, de 105 mm, 52 calibres, de baixo recuo e carregamento automático, uma versão chinesa do famoso British Royal Ordnance L7, mas com um freio de boca redesenhado para utilização de modernas munições de alta velocidade, como as chinesas DTW-2 e BTA2, do tipo APFSDS (“armour-piercing fin-stabilized discarding sabot”), e DTP1A, do tipo HEAT (“high-explosive anti-tank”) ou o míssil GP2.
O G2, também conhecido como GP105, é um míssil anticarro (“anti-tank guided missile” – ATGM) que pode ser disparado pelo tubo do canhão (como o Falarick), com guiamento por feixe de laser (“line of sight beam riding” – LOSBR), alcance efetivo entre 200 a 5.000 metros e uma ogiva do tipo HEAT em tandem (que anula as blindagens reativa explosiva), com uma capacidade de penetração de 220 mm em aço balístico homogêneo. Este míssil possui um sistema de lançador externo, permitindo que possa ser utilizado na modernização das VBR Cascavel.
A versão ofertada, o ST1-BR, atendendo aos requisitos do EB, possui ainda duas metralhadoras, uma antiaérea, sobre a torre, de 12,7x99mm, outra coaxial de 7,62×51 mm, sendo que a primeira pode ser substituída por uma estação de armas remotamente controlada (SARC) e a empresa afirma que pode integrar o REMAX sem maiores problemas.
Sua torre é completamente estabilizada em todas as direções, independente do sistema de miras, com optrônicos de ultima geração e possui um sistema de rastreamento e aquisição de alvos com miras ópticas (com zoom contínuo), térmicas e sensores m outros comprimentos de onda e telêmetro laser com design integrado. Possui também um sistema de miras auxiliares para uso em condições de degradação do sistema.
A tela de combate e o terminal de controle do comandante do veículo exibem as imagens de do visor do artilheiro, do equipamento de mira do veículo e da metralhadora antiaérea (em caso de adoção de SARC) e completa a função de mira e disparo, bem como as informações de controles do sistemas, tais como o estado de funcionamento, condição de funcionamento, tipo de munição, informações sobre a quantidade de munição e outras informações relacionadas ao combate. Sensores de correção balística incluem sensores independentes para de inclinação do munhão e da torre, que fornece o ângulo de rotação da torre quando o veículo está parado, e um sensor meteorológico que apresenta os dados de pressão de ar, temperatura e velocidade do vento, aumentando assim a chance de acerto no primeiro disparo.
Seu motor é uma versão chinesa (licenciada) do Deutz BF6M1015C, diesel, V6, com potência de 420 kW, a 2100 rpm, e torque de 2130 a 2500 Nm, a 1400 rpm, que permite velocidades de até 110 km/h e uma autonomia de 700 m.
A transmissão é automática AT de alto desempenho, do tipo H-drive, desenvolvida internamente pela NORINCO para veículos blindados, possui sete marchas a frente e uma a ré, torque máximo de entrada 2650 Nm e velocidade de até 2300 RPM.
O sistema de suspensão é do tipo hidropneumática, independente e também foi desenvolvida pela empresa. É ajustável em altura de 370 a 540 mm do solo, com uma altura padrão de 400 mm. Os eixos de direção (eixos 1 e 2) consiste de elementos elásticos, amortecedores, braços cruzados inferiores, amortecedores e dobradiças de esferas de conexão, e os não direcionais (eixos 3 e 4) possuem dois componentes adicionais, a haste de empuxo e o braço de pressão da haste de empuxo, em comparação com o eixo de direção.
Sua proteção balística resiste a disparos de munição 14,5×114 mm em seu arco frontal e 12,7×99 mm no lateral (disparadas a um ângulo de elevação de 0 a 30 graus e a uma distância de 30 m do veículo) e minas de 8 kg sob as rodas e 6 kg sob o veículo (STANAG-AEP 55 Nível 3).
Possui um peso de combate de 26,5 toneladas, é a única viatura dentre os candidatos com capacidade anfíbia, o que aumenta muito sua capacidade operacional, e pode ser aerotransportado por aeronaves de médio porte, já havendo sido embarcado nos novos cargueiros chineses Xi’an Y-20, mas, devido as suas dimensões, não sendo transportado pelo KC-390, assim como os demais.
Fonte: https://tecnodefesa.com.br/vbc-cav-st1- ... a-chinesa/
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Re: PROJETO ESTRATÉGICO GUARANI: VBR – MR 8X8
Assim, certamente deve ser o mais barato dos três e com as melhores condições de financiamento. Com ele, poderíamos até sonhar com mais unidades do que as 98 inicialmente previstas. Contudo, é Chinês e em relação aos chineses você pode até saber o que está comprando mas não sabe exatamente o que vai receber, esse é o risco.