Estrutura e Quantidade dos Agrupamentos Militares no EB

Assuntos em discussão: Exército Brasileiro e exércitos estrangeiros, armamentos, equipamentos de exércitos em geral.

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BRAZIL7.62
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Re: Estrutura e Quantidade dos Agrupamentos Militares no EB

#1726 Mensagem por BRAZIL7.62 » Dom Mai 08, 2022 9:40 pm

Prezados, vocês não acham prudente o 12° Esquadrão de cavalaria de Boa Vista ser elevado a Regimento ou algo do gênero?
Tendo em vista o tempo alargado para reforços de maior vulto chegar em RR, não seria prudente termos mais cascavéis, Guarani e até mesmo CC com lagartas?
Gostaria da opinião dos senhores.




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RobsonBCruz
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Re: Estrutura e Quantidade dos Agrupamentos Militares no EB

#1727 Mensagem por RobsonBCruz » Seg Mai 09, 2022 8:47 am

A transformação do 12º Esqd C Mec em 18º RC Mec está nos planejamento dos EB há anos.

A matéria publicada na Tecnologia & Defesa informa que foram entregues os primeiros 7 Guaranis, devendo ser entregues outros 7 no próximo mês, totalizando 14 unidades.

Salvo engano, um Esqd de C Mec possui 7 VBTP, sugerindo que essa dotação prevista seria para contemplar um 2º Esqd, possibilitando a criação do novo RC Mec.

https://tecnodefesa.com.br/o-guarani-chega-a-amazonia/




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Re: Estrutura e Quantidade dos Agrupamentos Militares no EB

#1728 Mensagem por FCarvalho » Seg Mai 09, 2022 8:45 pm

Sinceramente, o estado de Roraima precisaria ter no mínimo uma brigada de cavalaria mecanizada e uma brigada de infantaria de selva com 4 BIS.
Isso de um estado inteiro com mais de 1 mil kms de fronteira com apenas 1 único batalhão é risível, para não dizer vergonhoso.
Enquanto isso no sul maravilha do Brasil... :roll:




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Re: Estrutura e Quantidade dos Agrupamentos Militares no EB

#1729 Mensagem por gabriel219 » Seg Mai 09, 2022 9:30 pm

Não há necessidade de Brigada de Cavalaria Mecanizada, pois em tempos de chuva, aquilo ali é a Rasputitsa tupiniquim, o ideal é possuir um Força-Tarefa, valor Brigada, com 1 RCB^ + 1 RCM + 1BIMec ou BIMtz (Mtz não seriam mais caminhões, mas sim viaturas blindadas 4x4, desde LMV até MRAP) + 1 GACAP lagartas ou rodas + Cia Ap (mísseis e Drones).

As lagartas como força de choque, é a garantia para operar em Roraima e no lado Venezuelano durante os períodos de chuva, que alavam muitas partes do lavrado, enquanto as tropas do RCB e InfMec/Mtz se utilizaria das estregadas. A Cia de Apoio se utilizaria de drones para reconhecimento e ataque, loitering e mísseis de longo alcance como Spike NLOS para ataques precisos.

É basicamente uma imitação do conceito Deep Strike da BRAF.




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Re: Estrutura e Quantidade dos Agrupamentos Militares no EB

#1730 Mensagem por gabriel219 » Qui Mai 26, 2022 7:43 am

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Isso daqui é um belo exemplo para mostrar o quanto número importa para se defender um país, para aqueles que querem defender uma "Australização" das Forças Armadas do Brasil, reduzindo o número e entupindo de equipamentos tecnológicos. Os Ucranianos receberam entre os melhores equipamentos existentes em cada setor, mas não conseguem defender com êxito em pontos que suas linhas ficam extremamente espaçadas. Motivo? Muito simples, não possuem números.

Se existe uma Força do Brasil que precisa reduzir número é a Marinha. O Exército não dá pra fazer isso, ainda mais com uma porrada de Brigadas bem desfalcadas, a 16ª só possui um Batalhão e ele se quer está completo, é praticamente um Regimento - termo lá fora, não o nosso Regimento - em forma de Brigada, ainda carecendo de Unidades de Apoio. Aliás, o Exército precisa aumentar seu tamanho e unir as OM's espaçadas em novas Brigadas.




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Re: Estrutura e Quantidade dos Agrupamentos Militares no EB

#1731 Mensagem por NaScImEnTToBR » Qui Mai 26, 2022 8:39 am

gabriel219 escreveu: Qui Mai 26, 2022 7:43 am Imagem

Isso daqui é um belo exemplo para mostrar o quanto número importa para se defender um país, para aqueles que querem defender uma "Australização" das Forças Armadas do Brasil, reduzindo o número e entupindo de equipamentos tecnológicos. Os Ucranianos receberam entre os melhores equipamentos existentes em cada setor, mas não conseguem defender com êxito em pontos que suas linhas ficam extremamente espaçadas. Motivo? Muito simples, não possuem números.

Se existe uma Força do Brasil que precisa reduzir número é a Marinha. O Exército não dá pra fazer isso, ainda mais com uma porrada de Brigadas bem desfalcadas, a 16ª só possui um Batalhão e ele se quer está completo, é praticamente um Regimento - termo lá fora, não o nosso Regimento - em forma de Brigada, ainda carecendo de Unidades de Apoio. Aliás, o Exército precisa aumentar seu tamanho e unir as OM's espaçadas em novas Brigadas.
''Isso daqui é um belo exemplo para mostrar o quanto número importa para se defender um país, para aqueles que querem defender uma "Australização" das Forças Armadas do Brasil, reduzindo o número e entupindo de equipamentos tecnológicos. Os Ucranianos receberam entre os melhores equipamentos existentes em cada setor, mas não conseguem defender com êxito em pontos que suas linhas ficam extremamente espaçadas. Motivo? Muito simples, não possuem números. ''

Interessante ler isso, foge do senso comum e do que eu penso atualmente, principalmente em relação ao meu AU. Mas como mudar a realidade dos gastos atuais que predominam em salários e pensões sem reduzir o efetivo? Daria pra fazer essa mudança de gastos só reduzindo os salários e diminuindo as pensões/aposentadorias integrais de quem esta na reserva? (ignorando o direito adquirido é claro).

O EB pra se defender contra um strike group inimigo (França, RU, EUA, China) não precisaria ser menor e mais bem equipado? Pois o histórico de invasões nos nossos territórios, como França 1555 no RJ, Holanda 1624 Salvador e 1630 em Recife não seria o suficiente um exército menor? Um EB grande como o atual, tem mais lógica contra um inimigo regional da América do Sul, como diz o Tulio, IMHO (na minha opinião.

Aliás, contra esse strike group, o foco não deveria ser na MB e FAB então e não no EB? Obgd. Abraço. TMJ.




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Re: Estrutura e Quantidade dos Agrupamentos Militares no EB

#1732 Mensagem por gabriel219 » Qui Mai 26, 2022 9:26 am

NaScImEnTToBR escreveu: Qui Mai 26, 2022 8:39 am Interessante ler isso, foge do senso comum e do que eu penso atualmente, principalmente em relação ao meu AU. Mas como mudar a realidade dos gastos atuais que predominam em salários e pensões sem reduzir o efetivo? Daria pra fazer essa mudança de gastos só reduzindo os salários e diminuindo as pensões/aposentadorias integrais de quem esta na reserva? (ignorando o direito adquirido é claro).

O EB pra se defender contra um strike group inimigo (França, RU, EUA, China) não precisaria ser menor e mais bem equipado? Pois o histórico de invasões nos nossos territórios, como França 1555 no RJ, Holanda 1624 Salvador e 1630 em Recife não seria o suficiente um exército menor? Um EB grande como o atual, tem mais lógica contra um inimigo regional da América do Sul, como diz o Tulio, IMHO (na minha opinião.

Aliás, contra esse strike group, o foco não deveria ser na MB e FAB então e não no EB? Obgd. Abraço. TMJ.
Os salários do EB corresponde em algo como R$ 13 Bilhões, o que é algo como 17% do orçamento. Já as das pensões e aposentadoria corresponde a 63% do Orçamento. Reduzir o efetivo pode fazer salários diminuírem de 17% para 15%, se considerar o corte previsto e a média salarial da FFAABR. Isso não mudará em nada em relação a pensões e aposentadorias. O que deve ser feito é retirar as aposentadorias e pensões do orçamento de Defesa e jogar pra Secretaria da Previdência, para revelar o real valor do que é gasto em defesa.

Quanto ao histórico de invasões que você citou, não é parâmetro algum para se comparar qualquer coisa hoje em dia, mesmo que se considerasse o Paraguai. Se for Strike Group desse tipo, precisaremos de armas nucleares e se for contra países da AL, precisaremos de tropas no chão, pois usar armas nucleares em territórios próximos ao nosso, mesmo as táticas é idiotice e qualquer país aqui saberia disso.




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Re: Estrutura e Quantidade dos Agrupamentos Militares no EB

#1733 Mensagem por Matheus » Qui Mai 26, 2022 9:36 am

NaScImEnTToBR escreveu: Qui Mai 26, 2022 8:39 am
gabriel219 escreveu: Qui Mai 26, 2022 7:43 am Imagem

Isso daqui é um belo exemplo para mostrar o quanto número importa para se defender um país, para aqueles que querem defender uma "Australização" das Forças Armadas do Brasil, reduzindo o número e entupindo de equipamentos tecnológicos. Os Ucranianos receberam entre os melhores equipamentos existentes em cada setor, mas não conseguem defender com êxito em pontos que suas linhas ficam extremamente espaçadas. Motivo? Muito simples, não possuem números.

Se existe uma Força do Brasil que precisa reduzir número é a Marinha. O Exército não dá pra fazer isso, ainda mais com uma porrada de Brigadas bem desfalcadas, a 16ª só possui um Batalhão e ele se quer está completo, é praticamente um Regimento - termo lá fora, não o nosso Regimento - em forma de Brigada, ainda carecendo de Unidades de Apoio. Aliás, o Exército precisa aumentar seu tamanho e unir as OM's espaçadas em novas Brigadas.
''Isso daqui é um belo exemplo para mostrar o quanto número importa para se defender um país, para aqueles que querem defender uma "Australização" das Forças Armadas do Brasil, reduzindo o número e entupindo de equipamentos tecnológicos. Os Ucranianos receberam entre os melhores equipamentos existentes em cada setor, mas não conseguem defender com êxito em pontos que suas linhas ficam extremamente espaçadas. Motivo? Muito simples, não possuem números. ''

Interessante ler isso, foge do senso comum e do que eu penso atualmente, principalmente em relação ao meu AU. Mas como mudar a realidade dos gastos atuais que predominam em salários e pensões sem reduzir o efetivo? Daria pra fazer essa mudança de gastos só reduzindo os salários e diminuindo as pensões/aposentadorias integrais de quem esta na reserva? (ignorando o direito adquirido é claro).

O EB pra se defender contra um strike group inimigo (França, RU, EUA, China) não precisaria ser menor e mais bem equipado? Pois o histórico de invasões nos nossos territórios, como França 1555 no RJ, Holanda 1624 Salvador e 1630 em Recife não seria o suficiente um exército menor? Um EB grande como o atual, tem mais lógica contra um inimigo regional da América do Sul, como diz o Tulio, IMHO (na minha opinião.

Aliás, contra esse strike group, o foco não deveria ser na MB e FAB então e não no EB? Obgd. Abraço. TMJ.
Penso que não adianta muito encher de equipamentos (mísseis AT e manpads?) no meio de uma guerra, com pouco treinamento. Além disso, estamos falando de uma guerra de fronteira com a Rússia! Pode colocar gente em quantia a defender que não vai adiantar muito se não conseguir ter uma força aérea minimamente funcional. Então acho que não é muito parâmetro. Contra um strike group, a necessidade de "bucha de canhão" é ainda menor, tendo em vista que seriam em pontos localizados. Imagina a UcrÂnia com dois subs funcionais o estrago que poderia fazer, além de manter afastada a task force russa.
Em meu pobre entendimento, algumas coisas ficam bem claras. A necessidade de uma força aérea moderna, com capacidade de dispersão e logística, com UCAVs e AEW/GE. A necessidade de sistemas como o Iron dome protegendo pontos estratégicos e sistemas AA de médio/longo alcance com mobilidade. A necessidade de ter uma marinha funcional, principalmente subs bem armados (torpedos, misseis ASM e de cruzeiro). A necessidade de ter um exército equipado com ATGM, misseis de cruzeiro e blindados modernos.




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Re: Estrutura e Quantidade dos Agrupamentos Militares no EB

#1734 Mensagem por gabriel219 » Qui Mai 26, 2022 9:40 am

Matheus escreveu: Qui Mai 26, 2022 9:36 am Penso que não adianta muito encher de equipamentos (mísseis AT e manpads?) no meio de uma guerra, com pouco treinamento. Além disso, estamos falando de uma guerra de fronteira com a Rússia! Pode colocar gente em quantia a defender que não vai adiantar muito se não conseguir ter uma força aérea minimamente funcional. Então acho que não é muito parâmetro. Contra um strike group, a necessidade de "bucha de canhão" é ainda menor, tendo em vista que seriam em pontos localizados. Imagina a UcrÂnia com dois subs funcionais o estrago que poderia fazer, além de manter afastada a task force russa.
Em meu pobre entendimento, algumas coisas ficam bem claras. A necessidade de uma força aérea moderna, com capacidade de dispersão e logística, com UCAVs e AEW/GE. A necessidade de sistemas como o Iron dome protegendo pontos estratégicos e sistemas AA de médio/longo alcance com mobilidade. A necessidade de ter uma marinha funcional, principalmente subs bem armados (torpedos, misseis ASM e de cruzeiro). A necessidade de ter um exército equipado com ATGM, misseis de cruzeiro e blindados modernos.
Como exatamente serve a ideia de ter artilharia, aviação e drones para ocupar terreno? Tropas espaçadas, dando a possibilidade do inimigo derrotar em detalhe? Como fica a questão de contraofensivas em terra com pouco material humano?




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Re: Estrutura e Quantidade dos Agrupamentos Militares no EB

#1735 Mensagem por NaScImEnTToBR » Qui Mai 26, 2022 9:46 am

gabriel219 escreveu: Qui Mai 26, 2022 9:26 am
NaScImEnTToBR escreveu: Qui Mai 26, 2022 8:39 am
Aliás, contra esse strike group, o foco não deveria ser na MB e FAB então e não no EB? Obgd. Abraço. TMJ.
Os salários do EB corresponde em algo como R$ 13 Bilhões, o que é algo como 17% do orçamento. Já as das pensões e aposentadoria corresponde a 63% do Orçamento. Reduzir o efetivo pode fazer salários diminuírem de 17% para 15%, se considerar o corte previsto e a média salarial da FFAABR. Isso não mudará em nada em relação a pensões e aposentadorias. O que deve ser feito é retirar as aposentadorias e pensões do orçamento de Defesa e jogar pra Secretaria da Previdência, para revelar o real valor do que é gasto em defesa.

Quanto ao histórico de invasões que você citou, não é parâmetro algum para se comparar qualquer coisa hoje em dia, mesmo que se considerasse o Paraguai. Se for Strike Group desse tipo, precisaremos de armas nucleares e se for contra países da AL, precisaremos de tropas no chão, pois usar armas nucleares em territórios próximos ao nosso, mesmo as táticas é idiotice e qualquer país aqui saberia disso.
Interessante. Então seria ideal diminuir as aposentadorias integrais (ignorando-se o direito adquirido) num cenário hipotético, diminuindo seu gasto de 63% do orçamento pra no máximo uns 40%, além de passá-las pra previdência social.

Quanto ao histórico de invasões que você citou, não é parâmetro algum para se comparar qualquer coisa hoje em dia, mesmo que se considerasse o Paraguai. Se for Strike Group desse tipo, precisaremos de armas nucleares e se for contra países da AL, precisaremos de tropas no chão, pois usar armas nucleares em territórios próximos ao nosso, mesmo as táticas é idiotice e qualquer país aqui saberia disso.


Então o ideal seria uma MB com SSBNs e uma relativa capacidade de combate convencional? Eu pensava em uma MB bem modesta, 1 PA, 1 PH, 4 SSBNs, foco maior em NaPOcs e mais algumas fragatas.




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Re: Estrutura e Quantidade dos Agrupamentos Militares no EB

#1736 Mensagem por gabriel219 » Qui Mai 26, 2022 9:55 am

NaScImEnTToBR escreveu: Qui Mai 26, 2022 9:46 am Interessante. Então seria ideal diminuir as aposentadorias integrais (ignorando-se o direito adquirido) num cenário hipotético, diminuindo seu gasto de 63% do orçamento pra no máximo uns 40%, além de passá-las pra previdência social.

Então o ideal seria uma MB com SSBNs e uma relativa capacidade de combate convencional? Eu pensava em uma MB bem modesta, 1 PA, 1 PH, 4 SSBNs, foco maior em NaPOcs e mais algumas fragatas.
Não é possível retirar aposentadorias, algum imbecil enfiou que direito adquirido não pode ser contestado na Constituição Federal. Ter que retirar e as verbas ir juntos, para mostrar o real gasto em defesa com a ativa do MD e expor que é urgente a entrada de mais recursos para a pasta.

Quanto a última frase, para qualquer potencial agressor fora da AL, o ideal é ter ogivas nucleares e vetores em terra, ar e mar, independente de qual seja. PA na MB é sonho psicodélico.




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Re: Estrutura e Quantidade dos Agrupamentos Militares no EB

#1737 Mensagem por Matheus » Qui Mai 26, 2022 10:08 am

gabriel219 escreveu: Qui Mai 26, 2022 9:40 am
Matheus escreveu: Qui Mai 26, 2022 9:36 am Penso que não adianta muito encher de equipamentos (mísseis AT e manpads?) no meio de uma guerra, com pouco treinamento. Além disso, estamos falando de uma guerra de fronteira com a Rússia! Pode colocar gente em quantia a defender que não vai adiantar muito se não conseguir ter uma força aérea minimamente funcional. Então acho que não é muito parâmetro. Contra um strike group, a necessidade de "bucha de canhão" é ainda menor, tendo em vista que seriam em pontos localizados. Imagina a UcrÂnia com dois subs funcionais o estrago que poderia fazer, além de manter afastada a task force russa.
Em meu pobre entendimento, algumas coisas ficam bem claras. A necessidade de uma força aérea moderna, com capacidade de dispersão e logística, com UCAVs e AEW/GE. A necessidade de sistemas como o Iron dome protegendo pontos estratégicos e sistemas AA de médio/longo alcance com mobilidade. A necessidade de ter uma marinha funcional, principalmente subs bem armados (torpedos, misseis ASM e de cruzeiro). A necessidade de ter um exército equipado com ATGM, misseis de cruzeiro e blindados modernos.
Como exatamente serve a ideia de ter artilharia, aviação e drones para ocupar terreno? Tropas espaçadas, dando a possibilidade do inimigo derrotar em detalhe? Como fica a questão de contraofensivas em terra com pouco material humano?
Vou pontuar minhas observações, caso não tenham ficado claras:

1 - não adianta encher de equipamentos simples, como manpads e ATGM, no meio de um conflito em que já se está em franca desvantagem (ainda mais por ser um conflito fronteiriço com um dos países mais armados do mundo);
2 - sem uma força aérea funcional, contra a Rússia, serão apenas buchas de canhão;
3 - qualquer strike grupo dificilmente desembarcaria no Brasil e vários pontos com muitos soldados, então parece-me mais efetivo ter equipamentos navais que neguem o acesso às praias e que mantenha mísseis de cruzeiro o mais longe possível que ter 50 mil marinheiros em terra.
4 - os equipamentos destacados se dão pelo fato de serem vitais nesse conflito e que temos relegado para o segundo plano (ou último) em detrimento de quantidade de tropa, salários/pensões, estrutura de unidades, etc.




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Re: Estrutura e Quantidade dos Agrupamentos Militares no EB

#1738 Mensagem por gabriel219 » Qui Mai 26, 2022 10:35 am

Matheus escreveu: Qui Mai 26, 2022 10:08 am
gabriel219 escreveu: Qui Mai 26, 2022 9:40 am
Como exatamente serve a ideia de ter artilharia, aviação e drones para ocupar terreno? Tropas espaçadas, dando a possibilidade do inimigo derrotar em detalhe? Como fica a questão de contraofensivas em terra com pouco material humano?
Vou pontuar minhas observações, caso não tenham ficado claras:

1 - não adianta encher de equipamentos simples, como manpads e ATGM, no meio de um conflito em que já se está em franca desvantagem (ainda mais por ser um conflito fronteiriço com um dos países mais armados do mundo);
2 - sem uma força aérea funcional, contra a Rússia, serão apenas buchas de canhão;
3 - qualquer strike grupo dificilmente desembarcaria no Brasil e vários pontos com muitos soldados, então parece-me mais efetivo ter equipamentos navais que neguem o acesso às praias e que mantenha mísseis de cruzeiro o mais longe possível que ter 50 mil marinheiros em terra.
4 - os equipamentos destacados se dão pelo fato de serem vitais nesse conflito e que temos relegado para o segundo plano (ou último) em detrimento de quantidade de tropa, salários/pensões, estrutura de unidades, etc.
Claramente não entendeu absolutamente nada do que estava no meu post!

Não só falava sobre as manobras dos Ucranianos como também a dos Russos. Quantidade é tão importante quanto qualidade, por um motivo muito simples: não se pode, em hipótese alguma, manter na defensiva e esperar ataques, necessita fazer contra-ataques. Para isso, precisa ter, no mínimo, um fator de 3:1 na parte ofensiva, com tropas em dois níveis atrás das linhas de contato, sendo uma na retaguarda para rápida reposição em caso de perdas ou mesmo para explorar um outro ponto e a mais atrás das linhas, para realizar uma ação retrógrada, ambas em fator de 1:1, ou seja, precisa ter, mesmo na defensiva, superioridade de 5:1, considerando que o inimigo já irá tentar criar uma superioridade numérica no mesmo nível. Qualquer assalto anfíbio, aerotransportado e aeromóvel tem por objetivo criar uma cabeça-de-ponte e praia para desembarque

Como que, num país com 8 milhões de km quadrados, conseguiríamos mover uma quantidade de tropas o suficiente para sufocar um assalto desse tipo?

"qualquer strike grupo dificilmente desembarcaria no Brasil e vários pontos com muitos soldados, então parece-me mais efetivo ter equipamentos navais que neguem o acesso às praias e que mantenha mísseis de cruzeiro o mais longe possível que ter 50 mil marinheiros em terra". Em que fase de um desembarque seria isso? Aliás, isso é chute ou é com base em material doutrinário, exercícios e exemplificação de combate? Se for o segundo, poderia me apontar o documentos ou exemplos, por gentileza?

Sobre o último item de seu comentário, desde a Guerra do Golfo é sabido que mísseis de cruzeiro e aviação não ganham guerras e nem ocupam terreno, seja defensivamente ou ofensivamente. A campanha aérea durou meses, mas o que foi decisivo foi o assalto de tropas terrestres e aqui nem a aviação foi totalmente decisiva, mas sim a massa de tropas blindadas aliadas a tecnologia superior. Sem a quantidade, o movimento de oblique order seria impraticável por parte da coalizão, que atacou em proporções estimadas de 9:1.

Na Guerra da Ucrânia, até duas forças que basicamente apoiam-se em artilharia nas suas doutrinas, mostram de fato que o que faz diferença no terreno e o que é realmente importante é a ocupação física de terrenos, seja na parte defensiva e ofensiva. Em Kharkiv, a AFU fez uma contraofensiva e só conseguiu recuperar 3 vilarejos da Rússia com base em luta, o restante foi tomado com base na retração. Os Russos diminuíram as linhas, sofreram ataques na linha, especialmente em Slobozhanske, tiveram que recuar, mesmo com todo apoio de artilharia que a AFU tem na região. Aviação aqui é um dos fatores bem a menos, pois essa região de Kharkiv é muito arborizada e repleta de cidades, o que diminui a efetividade que o poder aéreo, por meio de CAS, teria. Logo depois, a AFU teve que se retirar de Rubizhnaya e Ternova depois da contraofensiva Russa, especialmente por falta de tropas em terra, tentaram retomar em um contra-ataque e foram expulsos.

Eu não sei como que depois de tudo quanto é exemplo, ainda existe esse pensamento que basta mísseis, poder aéreo e artilharia pra se derrotar um inimigo.




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Re: Estrutura e Quantidade dos Agrupamentos Militares no EB

#1739 Mensagem por RobsonBCruz » Qui Mai 26, 2022 2:56 pm

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Assim que puder eu edito para inserir o crédito dessa imagem. Retirei há alguns dias de uma dissertação disponível na Biblioteca Digital do Exército.




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Re: Estrutura e Quantidade dos Agrupamentos Militares no EB

#1740 Mensagem por Matheus » Qui Mai 26, 2022 3:03 pm

gabriel219 escreveu: Qui Mai 26, 2022 9:55 am
NaScImEnTToBR escreveu: Qui Mai 26, 2022 9:46 am Interessante. Então seria ideal diminuir as aposentadorias integrais (ignorando-se o direito adquirido) num cenário hipotético, diminuindo seu gasto de 63% do orçamento pra no máximo uns 40%, além de passá-las pra previdência social.

Então o ideal seria uma MB com SSBNs e uma relativa capacidade de combate convencional? Eu pensava em uma MB bem modesta, 1 PA, 1 PH, 4 SSBNs, foco maior em NaPOcs e mais algumas fragatas.
Não é possível retirar aposentadorias, algum imbecil enfiou que direito adquirido não pode ser contestado na Constituição Federal. Ter que retirar e as verbas ir juntos, para mostrar o real gasto em defesa com a ativa do MD e expor que é urgente a entrada de mais recursos para a pasta.
(...)
Um país funciona baseado em confiança, é assim na moeda, é assim nas instituições, é assim no sistema jurídico. Vou dar um exemplo bem atual, se fosse pelo Bolsonaro/Guedes, serviço público estaria resumido em milico e polícia. A segurança jurídica não pode ficar boiando no meio do oceano, livre pra qualquer metido a mito/lula empurrá-la pra um lado ou pra outro (ou olhe aí do lado, Venezuelaa...). Veja que algumas decisões do STF já tem levado a esse tensionamento, imagina um governo que de uma hora pra outra confisca salário, aposentadoria, etc.
Mas enfim, o grande problema aí foi dos próprios militares. Escolheram manter aposentadorias precoces, integrais, passado pra filhas pseudo solteiras, etc. Só nesse último item gastamos U$1bi por ano! Tem bastante gordura pra cortar sem ferir direito adquirido, por exemplo, aumentado a contribuição previdenciária que chega até 22% pra um servidor comum (8% pra militar).
Quanto ao assunto anterior, o meu ponto é pessoal vs equipamento. Ninguém tá dizendo que não precisa efetivo. O meu ponto é que acabamos por priorizar quantidade de pessoal em detrimento de qualidade de equipamento. Exemplo claro, a MB. 50 mil efetivos, mil e poucos capitães de fragata, pra 3 ou 4 escoltas operacionais, ou o EB com efetivo de dezenas de milhares sem um ATGM ou MBT que preste. Como o cobertor é curto, vão ter que adequar isso...efeitvo numa guerra se arruma, tem reservistas, forças complementares; agora equipamento moderno, não.




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