Notícias da Marinha do Brasil

[FCarvalho]

E não tem como usar isso conversando com o pessoal da economia? Mesmo sem a obrigação de aplicar os recursos nada impede de fazê-lo dentro das regras vigentes. Mas isso depende muito mais de negociar com o ministério da fazendo do que propriamente com algum ator político, a não ser o próprio PR, que poderia intervir em favor da MB. Mas isso também é muito complicado.

[Matheus]

Tenho um amigo que é oficial da marinha, intendente.
Ele trabalha num setor de assistência social, cujo principal objetivo é AJUDAR MILITARES EM DIFICULDADES ECONÔMICAS.
Ou seja, além do salário e demais benefícios, ainda se propõem a salvar o cidadão que não sabe cuidar do próprio dinheiro.

Eu não acho que militar tenha que ganhar mal, na verdade acho que o salário deveria ser maior. Mas olha o nível de desperdício de se manter esse tipo de estrutura. Por isso que não sobra quase nada pra atividade fim.

O problema da MB é que as maiores unidades dela estão em cidades onde o custo de vida é absurdo. Aqui no sul por exemplo, um 3º sargento do EB ou da FAB vive muito bem, se não tiver mais que 1 filho ou pagar PA.

Mas eu acho natural que esse tipo de serviço de suporte social comece a ser mais comum nas forças armadas, com vistas a aumentar a retenção de pessoal, já não é de agora que se fala no problema da evasão de pessoal, principalmente entre os oficiais, para cargos públicos mais bem remunerados, pois hoje existe o fenômeno dos chamados concurseiros e essa é uma realidade que não vai mudar até que a renda na iniciativa privada esteja mais ajustada com a dos cargos públicos.

Apesar de ser uma realidade diferente, no caso ter que competir com os salários atrativos da iniciativa privada, as forças armadas americanas investem quantidades bizarras de dinheiro em benefícios, serviços sociais e de apoio ao seus militares e familiares.


Um abraço e t+

A fim do governo Bolsonaro, os militares terão quase dobrado o salário. O problema principal dos milicos é o previdenciário. Ninguém mexe ali de verdade e rios de impostos vão embora por ali.

[gabriel219]

O problema não é a previdência em si, até porque a reforma até foi interessante, porém o problema é a previdência ESTAR no orçamento do MD, isso infla o orçamento e faz com que tenhamos um orçamento perto dos orçamentos de Educação e Saúde, além de superar orçamentos Militares como o da Turquia e de Israel. Sendo assim, não tem como justificar um aumento orçamentário para o MD com base nisso.

[Duka]

O problema da MB é que as maiores unidades dela estão em cidades onde o custo de vida é absurdo. Aqui no sul por exemplo, um 3º sargento do EB ou da FAB vive muito bem, se não tiver mais que 1 filho ou pagar PA.

Mas eu acho natural que esse tipo de serviço de suporte social comece a ser mais comum nas forças armadas, com vistas a aumentar a retenção de pessoal, já não é de agora que se fala no problema da evasão de pessoal, principalmente entre os oficiais, para cargos públicos mais bem remunerados, pois hoje existe o fenômeno dos chamados concurseiros e essa é uma realidade que não vai mudar até que a renda na iniciativa privada esteja mais ajustada com a dos cargos públicos.

Apesar de ser uma realidade diferente, no caso ter que competir com os salários atrativos da iniciativa privada, as forças armadas americanas investem quantidades bizarras de dinheiro em benefícios, serviços sociais e de apoio ao seus militares e familiares.


Um abraço e t+

A fim do governo Bolsonaro, os militares terão quase dobrado o salário. O problema principal dos milicos é o previdenciário. Ninguém mexe ali de verdade e rios de impostos vão embora por ali.

E sempre com aquela desculpinha patética de que tem disponibilidade 24h, não aposentam, não tem isso, não tem aquilo.

Ok, pessoal operacional até pode ser sugado fisicamente. Agora, imagina um militar que trabalha num colegio militar, numa repartição burocrática. Que prontidão esse cara tem? Qual a necessidade dessa pessoa se aposentar antes dos demais? É uma piada...

Quem mais rala de verdade são os temporários, e esses não tem regalia nenhuma...

[knigh7]

Não é bem assim.

Com a reestruturação da carreira militar, os pensionistas que não tinham desconto previdenciário algum passaram para 13,5%. E reservistas passaram a contribuir com 14%. Nenhuma outra categoria do funcionalismo público passou a ter uma contribuição previdenciária acima de 14%.

Quanto à remuneração, a de um oficial general (que demanda 30 anos para alcançar) era a mesma que a de início de um auditor da Receita ou a de um delegado da Polícia Federal.

A remuneração líquida do topo ao término da reestruturação em 2023, ou seja, de um Tenente-Brigadeiro, General de Exército e Almirante de Esquadra, com os adicionais passará a ser de R$21,7 mil.

O problema das FFAA não é a remuneração. E não passarão a ganhar o dobro como foi colocado aqui.

[knigh7]

O problema não é a previdência em si, até porque a reforma até foi interessante, porém o problema é a previdência ESTAR no orçamento do MD, isso infla o orçamento e faz com que tenhamos um orçamento perto dos orçamentos de Educação e Saúde, além de superar orçamentos Militares como o da Turquia e de Israel. Sendo assim, não tem como justificar um aumento orçamentário para o MD com base nisso.

Na década passada as FFAA tiveram 2 "picos" de orçamento discricionário: 2014 e 2018. Este foi devido a Intervenção Federal no Rio e aquele foi devido à Copa do Mundo: em ambos receberam recursos repassados de outras pastas.

Há uma capa da IstoÉ de 1993 alertando que as nossas FFAA estavam sucateadas. As outras 2 Forças precisam ter um choque de realidade e seguir o caminho da FAB. Racionalização substancial afim de otimizar os recursos recebidos.

[gabriel219]

O problema não é a previdência em si, até porque a reforma até foi interessante, porém o problema é a previdência ESTAR no orçamento do MD, isso infla o orçamento e faz com que tenhamos um orçamento perto dos orçamentos de Educação e Saúde, além de superar orçamentos Militares como o da Turquia e de Israel. Sendo assim, não tem como justificar um aumento orçamentário para o MD com base nisso.

Na década passada as FFAA tiveram 2 "picos" de orçamento discricionário: 2014 e 2018. Este foi devido a Intervenção Federal no Rio e aquele foi devido à Copa do Mundo: em ambos receberam recursos repassados de outras pastas.

Há uma capa da IstoÉ de 1993 alertando que as nossas FFAA estavam sucateadas. As outras 2 Forças precisam ter um choque de realidade e seguir o caminho da FAB. Racionalização substancial afim de otimizar os recursos recebidos.

Creio que o EB não precisa reduzir seu pessoal, até por haver Brigadas que não possuem a dotação completa de Unidades e até de Subunidades. Uma solução seria anexar as Unidades em Brigadas existentes, assim não existindo mais Unidades e Subunidades combatentes (Infantaria, Artilharia e Cavalaria) isolados em Comandos de Área. Já a MB, tem que cortar pela metade, não há justificativa pra quantidade atual no quadro.

Mas ainda sim, a Previdência precisa ser retirada da pasta da Defesa, mesmo que o dinheiro vá junto. Só ano passado, foram quase 70% de gasto com previdência. Assim teríamos a real dimensão do verdadeiro orçamento do MD.

[knigh7]

Concordo que o Exército fique com 200 mil como o planejado para 2029 conforme portaria do ano passado pelos motivos que vc expôs, Gabriel.
A MB já deu início a redução de efetivo de 10%, que será alcançado em 2029. Mesmo assim ficará com muito: um contingente de aprox. 70 mil. Cortem 1/3 como a FAB.
Nesse ritmo de cortes, provavelmente a Força Aérea deverá atingir o efetivo de 54 mil no fim da década. E diga-se de passagem, isso não significa apenas a redução de efetivo, mas também de estruturas que sugam o orçamento de custeio.

[FCarvalho]

Na MB se formos contar o número de efetivos que realmente estão ligados a missão primária de marinha de guerra, este número de 70 mil no mínimo cai para menos da metade.
Os demais estão ligados aos muitos DN e suas estruturas capilares espalhadas ao longo do país, ou estão em funções burocráticas, de pesquisa e desenvolvimento, ou as empresas coligadas ao cmdo da marinha e estaleiros como o AMRJ.
Só que a MB não abre mão, também, do papel de polícia.
Aí fica difícil. Muito difícil.

[FCarvalho]

Concordo que o Exército fique com 200 mil como o planejado para 2029 conforme portaria do ano passado pelos motivos que vc expôs, Gabriel.
A MB já deu início a redução de efetivo de 10%, que será alcançado em 2029. Mesmo assim ficará com muito: um contingente de aprox. 70 mil. Cortem 1/3 como a FAB.
Nesse ritmo de cortes, provavelmente a Força Aérea deverá atingir o efetivo de 54 mil no fim da década. E diga-se de passagem, isso não significa apenas a redução de efetivo, mas também de estruturas que sugam o orçamento de custeio.

Se pegar todas as GU e OM do exército que estão incompletas hoje, e juntar todas, daria para formar mais 3 brigadas de inf selva completas para o CMA e CMN. Diz-se que eram para ser 8, e estamos em 6, com apenas duas completas. As outras 4 ficam na esperança de a cavalaria chegar para salvar o dia.
E como dizem que a região amazônica é uma prioridade na defesa - que eu nunca vi na prática ser tratada assim - então nada demais colocar a maioria desses 200 mil onde eles realmente são necessários. E não perto das praias e shoppings que tanto amam e que não serve para nada.

[FIGHTERCOM]

Quer mesmo que eu responda ou foi uma pergunta retórica?
Abraços,
Wesley

Com certeza.

Abraços,

Wesley

[Matheus]

Não é bem assim.

Com a reestruturação da carreira militar, os pensionistas que não tinham desconto previdenciário algum passaram para 13,5%. E reservistas passaram a contribuir com 14%. Nenhuma outra categoria do funcionalismo público passou a ter uma contribuição previdenciária acima de 14%.

Quanto à remuneração, a de um oficial general (que demanda 30 anos para alcançar) era a mesma que a de início de um auditor da Receita ou a de um delegado da Polícia Federal.

A remuneração líquida do topo ao término da reestruturação em 2023, ou seja, de um Tenente-Brigadeiro, General de Exército e Almirante de Esquadra, com os adicionais passará a ser de R$21,7 mil.

O problema das FFAA não é a remuneração. E não passarão a ganhar o dobro como foi colocado aqui.

Desconto previdenciário de um militar é 10,5%. Demais é plano de saúde. Servidor público pode ter até 22% de previdência. Chamar aquilo ali de reforma é um deboche em comparação com os demais servidores. A real é que ninguém sabe ao fim e ao cabo quanto é um salário de militar, devido aos adicionais criados. Um amigo, 1° sgt, recebe mais de 10k por mês bruto...e está anos luz de um general.
No serviço público normal, idade mínima de 65 anos, para um salário de 30k a contribuição é de aprox. 16%, sem direito a integralidade, paridade, não tem dinheiro para transferência a cada dois anos, não tem casa, transporte, segurança...um servidor público, pra ter uma plano de saúde familiar, a depender da idade e do salário, pode consumir mais de 20% de sua renda e não 3,5...ou seja, o desconto previdenciário+saúde pode passar de 30% do salário.

[J.Ricardo]

Falou algo importante. Economizar milhões ao erário, e ao mesmo tempo perder também os recursos que ela obtém com esse trabalho de polícia.

Mas qual a vantagem disso se todo o dinheiro que entra é gasto nessa missão desnecessária que ela teima em abraçar? Só faz volume...

[FCarvalho]

Falou algo importante. Economizar milhões ao erário, e ao mesmo tempo perder também os recursos que ela obtém com esse trabalho de polícia.

Mas qual a vantagem disso se todo o dinheiro que entra é gasto nessa missão desnecessária que ela teima em abraçar? Só faz volume...

Cada força costuma se apegar o mais que pode a qualquer fonte externa de recursos extra-orçamentários. E faz disso uma panaceia sempre que aparece alguém questionando.
É uma forma de "complemento de renda" que no final não agrega muita coisa mas ajuda a manter o que tem da melhor forma possível.
Por mim já tinha separado MB e a função de guarda costeira há muito tempo. Mas isso é um assunto para o congresso e as comissões de Defesa debaterem à exaustão.
Mas nunca vi ninguém se arvorar a fazer isso, até pela pressão que os almirantes fazem contra qualquer questionamento sobre o assunto.
Então ficamos no dito pelo não dito.

[J.Ricardo]

A questão não é nem guarda costeira, estou falando sobre as DN que ficam nos rios e lagos do interior que só servem para perseguir pescadores, não há sentido nisso.
No lago da usina Sérgio Motta que fica no interior de SP, divisa com o MS tem uma vila com aproximadamente 60 casas para abrigar gente que em sua maioria veio do RJ! Qual o sentido disso?

Fazem coisas que seria da responsabilidade da polícias dos estados!