knigh7 escreveu: ↑Sáb Jan 01, 2022 8:59 pm
FCarvalho escreveu: ↑Sáb Jan 01, 2022 2:48 pm
É exatamente por isso que a MB ainda mantém no PEM 2040 a necessidade de investir-se em Nae.
Temos um mar aberto a nossa frente. E esquadras só podem operar com certas segurança longe da costa se tiverem sua própria cobertura aérea.
A FAB pode fazer isso a mil milhas de distância da costa?
Um Nae e sua FT podem.
Mas contra qual país precisa fazer defesa a 2.000km? Contra países da OTAN e China afundam o NAe pouco depois de passar pela ponte Rio-Niterói. Contra países da América do Sul:
(Com REVO do KC-390 dentro do raio de ação do Gripen E com 2 tanques=1.230km)
Do ponto de vista da estratégia naval, de qualquer país, uma marinha de guerra tem como prioridade elementar levar a defesa do país o mais distante possível da costa, a fim de evitar ataques diretos a pontos nevrálgicos e proteger estrutura de poder. Esta é uma tarefa básica que leva a MB a ser a primeira linha de defesa do país no AS, e isto deve ser feito, a priori, o mais longe possível da costa, ou seja, para muito além da ZEEl. Para tanto, o uso de Nae e suas FT é referência para impor as 4 tarefas do poder naval.
Claro, estas tarefas poderão ser dirimidas de acordo com as condições e recursos disponíveis e dependem essencialmente na sua forma, de quais são os interesses, e a vontade, do país em projetar seu poder naval.
No nosso caso, possuir Nae é uma necessidade estratégica que nos oferece melhores condições de projetar poder sobre as áreas de interesse geoestratégico traçadas pela MB, mas ignoradas solenemente pelo país seja no AS ou na América Latina e costa ocidental africana.
Então, aviação embarcada é um "luxo" apenas para países que sabem onde querem chegar. Se chegarmos a levar bomba/mísseis na cabeça um dia é porque a MB falhou na sua missão primária de ser a nossa defesa mais avançada e FAB e EB estarão lutando por conta e risco. E quando digo que falhou é porque não teremos mais navios, submarinos ou aviões para uma defesa avançada longe da costa. Isto é o que todas as marinhas de primeiro mundo buscam obter em termos de capacitação.
Mas este é um cenário metafórico de invasão do país por potências fora do nosso TOM que sabemos não seria algo assim tão fácil de acontecer vide todas as implicações. Aliás, hoje somente USA e China teriam capacidade de nos impor algum problema a nível de projeção de poder naval. E como sabemos, ambos não se bicam, e nós temos negócios com ambos. Este é nosso maior trunfo em termos de defesa. Ainda somos o fiel da balança do poder na América Latina. Por enquanto.