Aviação Naval Brasileira

Assuntos em discussão: Marinha do Brasil e marinhas estrangeiras, forças de superfície e submarinas, aviação naval e tecnologia naval.

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Re: Aviação Naval Brasileira

#586 Mensagem por FCarvalho » Sáb Jan 01, 2022 2:58 pm

knigh7 escreveu: Sex Dez 31, 2021 4:38 pm
Túlio escreveu: Qui Dez 30, 2021 12:21 pm
Penso igual, se a MIRJ quer tanto assim asa fixa, já deveria estar na briga pelo que realmente lhe compete, a PATRULHA MARÍTIMA. Mas aí não, "a FAB que se vire".
E a FAB está desativando neste fim de ano o Esquadrão Netuno, de Belém. Passar a aviação de patrulha marítima de asa fixa para a MB seria um alívio para a Força Aérea. Transferiria essa atribuição de bom grado.
Seria um alívio sim. Livrar-se dos aviões, da missão, dos custos. Mas do orçamento para operar a patrulha marítima a FAB não quis se livrar não foi mesmo? :?
Se dependesse só da MB os P-3 estariam em São Pedro da Aldeia há muitos anos. Mas a FAB não quis repassar a verba junto com os aviões com a missão que não queria mais.
Pouca farinha meu pirão primeiro é como diz o cito popular.




Editado pela última vez por FCarvalho em Sáb Jan 01, 2022 3:07 pm, em um total de 1 vez.
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Re: Aviação Naval Brasileira

#587 Mensagem por Túlio » Sáb Jan 01, 2022 3:03 pm

knigh7 escreveu: Sex Dez 31, 2021 4:38 pm
Túlio escreveu: Qui Dez 30, 2021 12:21 pm E a FAB está desativando neste fim de ano o Esquadrão Netuno, de Belém. Passar a aviação de patrulha marítima de asa fixa para a MB seria um alívio para a Força Aérea. Transferiria essa atribuição de bom grado.
Seria um alívio sim. Livrar-se dos aviões, da missão, dos custos. Mas do orçamento para operar a patrulha marítima a FAB não quis se livrar não foi mesmo? :?
Se dependesse só da MB os P-3 estariam em São Pedro da Aldeia há muitos anos. Mas a FAB não quis repassar a verba junto com os aviões com a missão que não queria mais.
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Re: Aviação Naval Brasileira

#588 Mensagem por FCarvalho » Sáb Jan 01, 2022 3:04 pm

gogogas escreveu: Sex Dez 31, 2021 5:24 pm Não só os aviões como bases por aí ,existe algumas bases da FAB ao lado de muitas bases da MB ! Usar bases compartilhado deve ser uma prática entre as forças
O compartilhamento de bases ainda é uma prática incipiente entre as forças armadas. Mas de alguns anos para cá isto vem sendo feito a miúde.
A MB divide espaço com a FAB em Belém. Mas há possibilidade de isto ser estendido para outras localidades onde se possa fazer este tipo de aproveitamento.




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Re: Aviação Naval Brasileira

#589 Mensagem por FCarvalho » Sáb Jan 01, 2022 3:08 pm

Túlio escreveu: Sáb Jan 01, 2022 3:03 pm
knigh7 escreveu: Sex Dez 31, 2021 4:38 pm Seria um alívio sim. Livrar-se dos aviões, da missão, dos custos. Mas do orçamento para operar a patrulha marítima a FAB não quis se livrar não foi mesmo? :?
Se dependesse só da MB os P-3 estariam em São Pedro da Aldeia há muitos anos. Mas a FAB não quis repassar a verba junto com os aviões com a missão que não queria mais.
Pouca farinha meu pirão primeiro é como diz o cito popular.
Tá me zoando? Eu não postei isso! [089]
Correção feita. Grato por me avisar.




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Re: Aviação Naval Brasileira

#590 Mensagem por Túlio » Sáb Jan 01, 2022 3:14 pm

FCarvalho escreveu: Sáb Jan 01, 2022 3:08 pm
Túlio escreveu: Sáb Jan 01, 2022 3:03 pm
Tá me zoando? Eu não postei isso! [089]
Correção feita. Grato por me avisar.
Tá de boas, até botei uma carinha pra mostrar que sei que dia é hoje. :lol: :lol: :lol: :lol:




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Re: Aviação Naval Brasileira

#591 Mensagem por knigh7 » Sáb Jan 01, 2022 8:53 pm

FCarvalho escreveu: Sáb Jan 01, 2022 2:28 pm
Duka escreveu: Qui Dez 30, 2021 11:02 am Acho que se for pra ter aviação de caça naval, que seja embarcada. Baseada em terra não me parece ter muito sentido. A FAB pode ter algum esquadrão dedicado a isso e já cumpre a missão.
A FAB está cortando na carne para tentar salvar o programa do Gripen E/F (míseras 3 dúzias), e quiçá arrumar pelo menos mais um lote destes caças, e irá fazer defesa aérea da esquadra, quando mal consegue defender a si mesma?
Para CDF (caça de defesa de frota) não são necessários mais do que 12. A FAB tendo por volta de 66 Gripens é possível sim destacar 12 para fazer a proteção.




Editado pela última vez por knigh7 em Sáb Jan 01, 2022 9:36 pm, em um total de 1 vez.
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Re: Aviação Naval Brasileira

#592 Mensagem por knigh7 » Sáb Jan 01, 2022 8:59 pm

FCarvalho escreveu: Sáb Jan 01, 2022 2:48 pm
É exatamente por isso que a MB ainda mantém no PEM 2040 a necessidade de investir-se em Nae.
Temos um mar aberto a nossa frente. E esquadras só podem operar com certas segurança longe da costa se tiverem sua própria cobertura aérea.
A FAB pode fazer isso a mil milhas de distância da costa?
Um Nae e sua FT podem.
Mas contra qual país precisa fazer defesa a 2.000km? Contra países da OTAN e China afundam o NAe pouco depois de passar pela ponte Rio-Niterói. Contra países da América do Sul:

(Com REVO do KC-390 dentro do raio de ação do Gripen E com 2 tanques=1.230km)

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Re: Aviação Naval Brasileira

#593 Mensagem por FCarvalho » Seg Jan 03, 2022 1:02 pm

knigh7 escreveu: Sáb Jan 01, 2022 8:53 pm
FCarvalho escreveu: Sáb Jan 01, 2022 2:28 pm A FAB está cortando na carne para tentar salvar o programa do Gripen E/F (míseras 3 dúzias), e quiçá arrumar pelo menos mais um lote destes caças, e irá fazer defesa aérea da esquadra, quando mal consegue defender a si mesma?
Para CDF (caça de defesa de frota) não são necessários mais do que 12. A FAB tendo por volta de 66 Gripens é possível sim destacar 12 para fazer a proteção.
Quando foi que na história da FAB ela teve um esquadrão dedicado a oferecer esta cobertura aérea para a esquadra?
Até onde eu sei, nunca houve tal disponibilidade com nenhum dos modelos de caças operados desde 1945 até hoje; este tipo de missão, a CDF, não consta na agenda operacional do 1o GAVCa, e nem de nenhum outro esquadrão de caças da FAB.
Então, falar que ela vai pegar 12 de seus caças para cumprir missão da aviação naval a partir do Rio de Janeiro, quando a mobilidade estratégica é uma das qualidades básicas de qualquer marinha, soa um tanto equivocado. Eu duvido seriamente que a FAB abriria mão de um esquadrão só para seguir a esquadra ao longo do litoral.
Se nunca fizeram antes, agora com menos caças a vista é que não irão fazer mesmo.




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Re: Aviação Naval Brasileira

#594 Mensagem por knigh7 » Seg Jan 03, 2022 1:11 pm

A FAB nao precisa ter um esquadrão dedicado e já dei a resposta do Comandante do Comgar que a FAB tem a tarefa de proteger a esquadra dentro dos limites das aeronave dela e com 66 caças pode realizar essa função.

Se não entendeu, eu repito as informações. Como o Comandante da FAB é obrigado a fazer sobre o Gripen.

E é besteira com tanta carência na MB ficar discutindo caça pra ela.




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Re: Aviação Naval Brasileira

#595 Mensagem por FCarvalho » Seg Jan 03, 2022 1:29 pm

knigh7 escreveu: Sáb Jan 01, 2022 8:59 pm
FCarvalho escreveu: Sáb Jan 01, 2022 2:48 pm É exatamente por isso que a MB ainda mantém no PEM 2040 a necessidade de investir-se em Nae.
Temos um mar aberto a nossa frente. E esquadras só podem operar com certas segurança longe da costa se tiverem sua própria cobertura aérea.
A FAB pode fazer isso a mil milhas de distância da costa?
Um Nae e sua FT podem.
Mas contra qual país precisa fazer defesa a 2.000km? Contra países da OTAN e China afundam o NAe pouco depois de passar pela ponte Rio-Niterói. Contra países da América do Sul:
(Com REVO do KC-390 dentro do raio de ação do Gripen E com 2 tanques=1.230km)
Do ponto de vista da estratégia naval, de qualquer país, uma marinha de guerra tem como prioridade elementar levar a defesa do país o mais distante possível da costa, a fim de evitar ataques diretos a pontos nevrálgicos e proteger estrutura de poder. Esta é uma tarefa básica que leva a MB a ser a primeira linha de defesa do país no AS, e isto deve ser feito, a priori, o mais longe possível da costa, ou seja, para muito além da ZEEl. Para tanto, o uso de Nae e suas FT é referência para impor as 4 tarefas do poder naval.

Claro, estas tarefas poderão ser dirimidas de acordo com as condições e recursos disponíveis e dependem essencialmente na sua forma, de quais são os interesses, e a vontade, do país em projetar seu poder naval.
No nosso caso, possuir Nae é uma necessidade estratégica que nos oferece melhores condições de projetar poder sobre as áreas de interesse geoestratégico traçadas pela MB, mas ignoradas solenemente pelo país seja no AS ou na América Latina e costa ocidental africana.

Então, aviação embarcada é um "luxo" apenas para países que sabem onde querem chegar. Se chegarmos a levar bomba/mísseis na cabeça um dia é porque a MB falhou na sua missão primária de ser a nossa defesa mais avançada e FAB e EB estarão lutando por conta e risco. E quando digo que falhou é porque não teremos mais navios, submarinos ou aviões para uma defesa avançada longe da costa. Isto é o que todas as marinhas de primeiro mundo buscam obter em termos de capacitação.

Mas este é um cenário metafórico de invasão do país por potências fora do nosso TOM que sabemos não seria algo assim tão fácil de acontecer vide todas as implicações. Aliás, hoje somente USA e China teriam capacidade de nos impor algum problema a nível de projeção de poder naval. E como sabemos, ambos não se bicam, e nós temos negócios com ambos. Este é nosso maior trunfo em termos de defesa. Ainda somos o fiel da balança do poder na América Latina. Por enquanto.




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Re: Aviação Naval Brasileira

#596 Mensagem por FCarvalho » Seg Jan 03, 2022 1:46 pm

knigh7 escreveu: Seg Jan 03, 2022 1:11 pm A FAB nao precisa ter um esquadrão dedicado e já dei a resposta do Comandante do Comgar que a FAB tem a tarefa de proteger a esquadra dentro dos limites das aeronave dela e com 66 caças pode realizar essa função.
Se não entendeu, eu repito as informações. Como o Comandante da FAB é obrigado a fazer sobre o Gripen.
E é besteira com tanta carência na MB ficar discutindo caça pra ela.
Esse sempre foi, e é, o problema da FAB e MB em termos de defesa da frota. A FAB não tem e não quer ter um esquadrão dedicado a isto como missão primária. A MB quer e entende precisa deste esquadrão disponível 100% do tempo, os 365 dias do ano sem ter que pedir favor a ninguém. É por isso, também, que ela luta há anos pela ressureição da aviação de asa fixa da aviação naval.
Não dá simplesmente para ficar na dependência da boa vontade de outras forças para poder cumprir na íntegra suas próprias missões 24/7. Isto se exemplifica perfeitamente na questão dos números apresentados pelos 28 KC-390, que muitos aqui consideram exagerado por ver apenas a FAB como cliente dele, o que é falso.
Enfim, não é de hoje que a MB busca maior independência da FAB em termos operacionais, e isto significa investir em maior capacitação operacional, material e humana de forma a não depender, também, das limitações das demais forças.
E novamente, a FAB não sabe quantos caças irá operar no longo prazo, tem apenas expectativas, além de não ter histórico de defesa da frota em seu currículo, por mais que digam o contrário. Isto sempre foi um imbróglio entre ambas as forças ao longo de décadas e só se resolveu, ou começou a se resolver, quando a MB conseguiu novamente, não sem muito esforço e brigas homéricas com a FAB, o direito de ter suas asas fixas.
E vai continuar a tê-las aos trancos e barrancos até que o país se digne um dia a entender sobre a sua necessidade em termos de execução das tarefas básicas do poder naval nacional.




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Re: Aviação Naval Brasileira

#597 Mensagem por knigh7 » Seg Jan 03, 2022 2:15 pm

É mais provável a MB não conseguir ter um porta-aviões operando do que a FAB nao ter número de caças para proteger a esquadra, que diga-se de passagem,são necessários poucos, um duzia.
Questão resolvida.




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Re: Aviação Naval Brasileira

#598 Mensagem por FCarvalho » Seg Jan 03, 2022 2:36 pm

knigh7 escreveu: Seg Jan 03, 2022 2:15 pm É mais provável a MB não conseguir ter um porta-aviões operando do que a FAB nao ter número de caças para proteger a esquadra, que diga-se de passagem,são necessários poucos, um duzia.
Questão resolvida.
E quem decide quantos caças realmente são necessários para a defesa da frota? A Marinha ou a FAB? :roll:
Quem mais entende das suas necessidades sobre a defesa aérea da esquadra? A Marinha ou a FAB?
Quando foi que um almirante - ou o almirantado de qualquer país - se permitiu ter ditadas as suas necessidades de defesa da frota por outra força armada numa boa? Eu nunca vi isso acontecer em lugar nenhum. Agora no Brasil pode e não tem problema? :?
FAB e MB vem brigando ao longo dos últimos 66 anos por causa dos Nae e sua aviação embarcada. Uma discussão "fabiana" sem motivos e sem razão, e feita muito mais por vaidades pessoais e institucional do que operacional e sobre capacidades.




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Re: Aviação Naval Brasileira

#599 Mensagem por gogogas » Seg Jan 03, 2022 8:30 pm

Os P-3 pode ajudar ! Algum P-3 da FAB já lançou algum Harponn ?




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Re: Aviação Naval Brasileira

#600 Mensagem por gabriel219 » Ter Jan 04, 2022 2:21 am

Uma coisa que levantei no outro tópico e seria interessante debater é: por que a MB preferiu o A-4KU ao SuE?

Considerando em termos de combate ar-ar, ambos possuem capacidades semelhantes, apesar do A-4 ser mais ágil. O A-4 leva uma carga de 1 tonelada maior também.

A vantagem do SuE é já possuir integração com o AM-39 e ter uma capacidade CAS até que decente.

Considerando que a missão das aeronaves Brasileiras seria basicamente ASuW e anti-helicóptero, talvez, o SuE não teria sido um melhor candidato do que o A-4KU?




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