gabriel219 escreveu: ↑Sex Dez 17, 2021 4:18 pm
Mas Túlio, tu acha que haveria o mesmo problema do Guarani se fosse com o AMV? Por um motivo muito simples, o AMV já existia e estava testado, vendendo que nem água desde 2003. Foi o EB quem decidiu pedir a Iveco uma viatura do qual ela só ficou afim de fazer depois de muita grana rolando.
Aliás, esse corte de 1/4 de viaturas sem alterar o valor do contrato continua sendo BEM estranho, tem que ser investigado.
O Patria, que eu "saiba" (na verdade achismo meu) era (e é) um dos carros mais caros do mundo e, até onde lembro, nunca fizemos negócio em nível Militar com os Finlandeses, enquanto que com os Italianos a coisa vem desde antes dos tempos dos Xavantes. Essas coisas contam, uma é eu fazer um negócio a longo prazo com quem eu não conheço, outra é com conhecido de longa data. Os caras já passaram o diabo conosco (AMX e escaparam com as calças na mão com o Centauro B1), sabem onde estão pisando, bem como nós sabemos como eles aguentam as veleidades e peculiaridades do nosso pessoal. Já sobre os outros, ZERO.
E investigar (e até punir) não vai trazer de volta o $$$ jogado fora nem os carros que eram necessários e do nada deixaram de ser.
gabriel219 escreveu: ↑Sex Dez 17, 2021 4:18 pm
Eu tenho certeza que se fosse o AMV, mesmo sendo mais caro que o Guarani, não enfrentaríamos problemas com ele e economizaríamos no custo de P&D. Penso o mesmo se fosse o SuperAV padrão mesmo.
Gastamos muito pra desenvolver uma viatura barata.
Fiz questão de destacar este parágrafo para enfatizar o paradoxo, que resume boa parte de nosso histórico em compras militares:
gastar os tubos para pagar menos.
ILÓGICO pra caramba. Fora isso, se fosse o Patria
ORIGINAL eu até concordo, mas ambos sabemos como é, tem que ser "BR" e aí ferrô, preço dispara feito
₿ITCOIN na
BullRun (só que depois vem o
BearMarket e cai de novo, mas pra MEM não tem isso, só sobe.
gabriel219 escreveu: ↑Sex Dez 17, 2021 4:18 pm
Quanto às comparações da planta fabril, estás equivocado. A Fábrica de Sete Lagoas foi contruída do zero pra ser uma fábrica Militar, aonde fabrica a viatura e o motor. No caso da Hyundai, haveria expansão quanto as unidades da
Heavy e um complexo de montagem, que anexaria peças fabricadas aqui e fora. Outra que participaria seria a MTU, que poderia participar fabricando o 883.
Aqui me perdoes, cupincha, mas sabes de onde vem o Cursor 9 do Guarani? Acredito que sim, então me expliques como não fazemos nem mesmo um motor mais simples e vamos passar a fazer um dos mais poderosos e sofisticados do mundo. Especialmente, QUEM vai fazer, sendo um motor que só serve para uma coisa (o Cursor tem outros usos, inclusive civis). Sobre a expansão da fábrica ou uma nova, estamos ambos no mesmo barco: achamos, não sabemos, logo, a minha opinião é tão boa quanto a tua, e lembro-te que seria para uma encomenda muito menor que a do Guarani (estava previsto originalmente fazer Lince na mesma fábrica também, e era bem mais de 186).
gabriel219 escreveu: ↑Sex Dez 17, 2021 4:18 pm
O K2 não precisa ser desenvolvido nada dele. A diferença do nosso pro Coreano é que teria uma polia a mais, o que é relativamente simples e eles ofertam isso. A eletrônica embarcada também totalmente nacional.
Sei não, se tiver algum jeito de fazer "versão BR", vão fazer, e não é o mesmo preço, cada alteração via "ROB de última hora" tem custo em $$$ e tempo, e isso depois se traduz em redução de encomendas (Guarani, KC-390).
gabriel219 escreveu: ↑Sex Dez 17, 2021 4:18 pm
O que obrigatóriamente importaríamos é sua blindagem - extremamente avançada até para padrões Europeus, Americanos e Russos -, canhão, torre, suspensão e parte da carroceria. Itens mais vicerais como motor, transmissão, eletrônica, blindagem ativa e parte da carroceria, dá pra fabricar aqui e montar tudo em um local.
Esqueceste de acrescentar "a preço de zona". Motor e, por extensão, transmissão já falei; em eletrônica e sensores também já falei, nossa única alternativa seria a AEL, e o custo aumenta, pois integrar, testar e certificar tudo de novo custa tempo e dinheiro, o que não vai baratear um carro que já é caro pra burro sem isso. Por carroceria não sei a que te referes, é um monobloco, ou seja, se falas em chassi estás falando também em blindagem, até onde sei (mas admito que posso estar errado), e blindagem até pro Guarani vem de fora, aqui só soldam; ativa não tenho conhecimento de nada em produção (estudo e/ou desenvolvimento sim, desde a década passada, no CTEx - mas mesmo assim só de passiva (Slat, cerâmica e NERA), nem de reativa ouvi falar; ativa então (ADS) nem pensar, muito menos de empresa brazuca fazendo ou di$po$ta a embarcar numa aventura quase KAMIKAZE dessa. Aliás, lembro de outras coisas assim, tipo o EB desenvolver e certificar um processo de fazer fibra de carbono a partir de piche comum (ficou pronto na metade da década passada), derrubando o preço para uns 10 a 15% do normal ou a FAB com seu MARE (fins da mesma década): ambos esbarraram na mesma coisa, necas de empresa BR disposta a encarar e ambas as Forças se recusam a vender ou mesmo licenciar seu projeto para empresas estrangeiras (à primeira vista é BURRICE mas, se lembrarmos que o valor da venda ou os royalties da licença não vão para as Forças mas sim para o GF, faz sentido). Nem vou falar em coisas como ADS e sequer trem de rolamento, que este a Motopeças fazia e estava entre os melhores do mundo - usaram no Osório, p ex - mas, por falta de mercado, acabaram vendendo tudo para os Tchecos, junto com as patentes para seus estupendos pneus balísticos, hoje importados (até pneu, POWS!!!).
gabriel219 escreveu: ↑Sex Dez 17, 2021 4:18 pm
No LED e primeiro lote, totalmente Sul Coreanos, até pra assimilar nossos sistemas embarcados, talvez até transmissão CVT e suspensão ativa, propostas do K2PIP. A partir dos lotes seguintes, ir nacionalizando aos poucos.
Os custos, ao meu ver, decairiam ao invés de acrescer.
QED, penso BEM diferente mas OK, tá valendo.
PS.: não é nada comum eu ler TRÊS posts e resolver responder um por um (os seguintes vêm logo depois deste), normalmente faço um "resumão" e tudo tri. Esta é uma deferência que faço a um dos poucos que ainda se dá ao trabalho de pesquisar antes de postar, o que está ficando cada vez mais difícil de achar por aqui.
Assim, peço-te um pouquinho de paciência antes de responder este; depois que eu responder os outros dois, podes muito bem nem me quotar (basta o @Túlio para eu ver logo), só fazer um "resumão" e tá tri.