DESAER ATL-100

[FCarvalho]

Dificilmente veremos mais do que um mockup em escala do Desaer.
No Brasil a FAB vai de Embraer, para o resto do mundo já existe o Cessna 408 que além de 100 unidades vendidas, já tem 3 protótipos em fase de certificação e começou a produção serial.
Seria realmente interessante ter mais uma empresa aeronáutica nascendo no Brasil, mas a única coisa que esse pessoal tem é um sales pitch e nada mais.
Um abraço e t+

É outra dessas arapucas que - creio eu, notar isso - os caras pagavam Sites (hoje pagam Youtubers) para divulgar e tentar convencer a bugrada a investir numa furada, afinal, a safra de otário está a mil (já teve Rekoff, fábrica de Pst que nunca fabricou nada - o Caiafa ficou puto comigo quando falei - e por aí vai). Mas o exemplo do 408 é SUBLIME: vamos comparar uma aeronave feita por uma potência como a Cessna e que já está voando com um monte de desenho e conversa mole, necas de protótipo (quanto mercado já teria perdido até então?), hangar, linha de montagem, nada.
Só no Brasil mesmo pras engolirem isso...

O projeto já vem aí desde 2018, quando foi lançado. Já se vão quase 4 anos. Não é tempo demais para se manter um arapuca armada no mundo da aviação comercial para enganar "trouxas"?

[FCarvalho]

Conforme a entrevista, o que tem mais chamado a atenção do mercado em que o ATL-100 pretende atuar é o fato de possuir uma rampa traseira, algo que praticamente nenhum de seus concorrentes diretos possui.



Seja na minha região, ou em lugares desprovidos de infraestrutura aeroportuária essa capacidade é um diferencial que chamou a atenção do mercado pelo explanado. Notar que nos lugares para os quais o avião está sendo projetado operar, via de regra, aeroportos sem recursos de médio e pequenos tamanho, ou mesmo em pistas semi-preparadas, ou não preparadas, ter uma rampa de carga para pode ser um item fulcral em determinadas operações, como cargas volumosas ou o embarque de doentes/pacientes deitados, com ou sem sistemas de auxilio à vida.
Enfim, é um plus que o avião apresenta e que ao que tudo indica tem sido muito apreciado por quem opera aeronaves da categoria do ATL-100 ou vê nele uma oportunidade de expandir e/ou melhorar seus negócios.

[Cassio]

Só para constar conheço parte da equipe dos projetistas, pelo menos conhecia (não sei se continuam lá). São todos aposentados da Embraer, muito competentes.
A isso se soma um conceito interessante de produto.
O resultado é uma boa ideia! Mas daí pra frente o caminho é longo. Muito longo, e caro.
Podem conseguir, claro. Torço por isso.
Mas é aquela história... Parece ser muita coisa boa acontecendo junto para ser tudo verdade.
Quando a Embraer estava desenvolvendo o Bandeirante, ela também foi procurada pela FedEx... E nunca aconteceu nada. O cara fala como se isso fosse algo extraordinário... Mas não é. É super comum as empresas procurarem infos de qualquer produto novo... Agora falar disso como se fosse um interesse de aquisição... Me parece forçar a barra para conseguir iludir investidores oferecendo um negócio super atrativo, quando não é bem assim.

[FCarvalho]

Só para constar conheço parte da equipe dos projetistas, pelo menos conhecia (não sei se continuam lá). São todos aposentados da Embraer, muito competentes.
A isso se soma um conceito interessante de produto.
O resultado é uma boa ideia! Mas daí pra frente o caminho é longo. Muito longo, e caro.
Podem conseguir, claro. Torço por isso.
Mas é aquela história... Parece ser muita coisa boa acontecendo junto para ser tudo verdade.
Quando a Embraer estava desenvolvendo o Bandeirante, ela também foi procurada pela FedEx... E nunca aconteceu nada. O cara fala como se isso fosse algo extraordinário... Mas não é. É super comum as empresas procurarem infos de qualquer produto novo... Agora falar disso como se fosse um interesse de aquisição... Me parece forçar a barra para conseguir iludir investidores oferecendo um negócio super atrativo, quando não é bem assim.

A mim pareceu que ele discorreu apenas sobre o que tem havido neste últimos tempos sobre o desenvolvimento do projeto e como a empresa tem se relacionado com o mercado. Algumas coisas podem parecer um tanto abstratas, outras nem tanto, mas fato é que o projeto ao menos não morreu na praia e está caminhando dentro do possível. O que se tratando da área industrial de P&D brasileira já é uma baita vitória em si mesma.
Presumo que várias empresas que tem interesse em aeronaves nesta categoria tenham procurado o pessoal da DESAER para conversar, mas daí a virar encomenda vai realmente uma boa distância. Mas só o fato de haver quem acredite que o avião pode vir a ser um produto concreto já é um ponto favorável à iniciativa deles.
Se a empresa conseguir os fundos que precisa para fazer os investimentos em infraestrutura, pessoal, e claro, na fabricação e homologação do avião, penso que teremos ótimas perspectivas de dispor de mais uma solução nacional para a aviação regional, e com grandes chances de se tornar também um produto de referência no exterior, caso demonstre as qualidades necessárias para isso.
Se o ATL-100 voar em 2023, eu coloco minhas fichas de que ele será o novo, e primeiro, avião de asa fixa da Avex na segunda metade desta década, e com sérios riscos de a versão maior também ser encampada.
Boa sorte para eles.

[Cassio]

Que versão maior??? Ainda estão longe de ter o primeiro, e ainda falam em versão maior. Por isso que não boto fé. O time nem entrou em campo para disputar o campeonato estadual e já falam em ganhar o Mundial.
Aliás o time ainda mal tem jogadores, uniforme, estádio e dinheiro.

[FCarvalho]

Que versão maior??? Ainda estão longe de ter o primeiro, e ainda falam em versão maior. Por isso que não boto fé. O time nem entrou em campo para disputar o campeonato estadual e já falam em ganhar o Mundial.
Aliás o time ainda mal tem jogadores, uniforme, estádio e dinheiro.

Ele comentou que o novo projeto seria lançado em 30 a 40 dias. Contando da data de apresentação da live, até agosto teremos então uma posição oficial sobre o que seria a versão maior, como dito, do ATL-100.
Agora, se eles vão conseguir clientela, ou mesmo se há mercado, eu suponho que devam ter avaliado e feito alguma pesquisa para saber se há como vender o produto antes de sair por aí dizendo que vão fazer isso e aquilo. Mas claro, isso seria uma questão de lógica, algo que nem sempre é seguido rigidamente por todo mundo no mundo dos negócios.

[MMerlin]

Se a empresa conseguir os fundos que precisa ...

Carvalho. Sou empresário. Trabalho como consultor em automatização de produção e processos industriais.
Para facilitar minha vida, precisei abrir uma empresa em um polo tecnológico.
Devida a afinidade com conceitos empresarias asiáticos, optei por três países: China, Coréia do Sul e Japão. Optei pelo último devido a alguns detalhes.

Não torço contra a DESAER, muito pelo contrário. Mas, conseguir fundos (financiamento) para pesquisa e desenvolvimento de um produto, principalmente quando estamos falando do primeiro, sem ainda um único cliente (e não carta de intenção), é praticamente impossível. Digo isso com propriedade. E o problema está ali no meio da frase. No nosso Brasil, empréstimo para P&D é tratado como investimento a fundo perdido. Bancos fogem igual ao diabo que foge da cruz.
Você pode argumentar que a pesquisa já está feita. Não sei em que estágio está o projeto da aeronave, mas produção industrial é mais do que isto, muito mais. Mesmo.

Até agora, foram investidos R$ 800 mil dos próprios sócios. Mas para que a fabricação das aeronaves inicie é necessário investimentos na casa dos US$ 100 milhões, segundo os próprios donos. O terreno já foi cedido, mas ainda é necessária a entrada de recursos para início da construção que, para iniciar as atividades, levaria dois anos. Some a isto mais dois anos para início dos voos de testes. As previsões também são do pessoal da DESAER. Repito: desejo que a empresa de certo. Mas estes prazos estão apertados demais e não estão levando em consideração o custo (não só financeiro) Brasil. Sinceramente, acho fora da realidade. O mais fácil seria tentar um financiamento governamental e/ou fechar uma parceria. Mas falar é fácil...

[FCarvalho]

Olá MMerlin, grato pelo post.

Entendo que no Brasil ´P&D é algo basicamente surreal fora do meu mundinho acadêmico, e portanto, muito difícil de se conseguir qualquer apoio. Não temos cultura de pesquisa e muito menos de desenvolver soluções para 'ene' questões, tanto na indústria como fora dela. Nossa opção pelo imediatismo, além do clientelismo estatal, torna a vida de quem empreende no país algo pouco ou nada amistosa.
Ainda tenho fé que este projeto vai sair do papel. Mas já não conto mais o tempo, dado que se sem pandemia já seria um trabalho descomunal projetar e desenvolver um avião dentro da Embraer, imagina fora dela.
E sim, não tem como arrumar recursos no Brasil para o ATL-100 como justificou o presidente da empresa. Eles nem contam mais com isso. Procuraram, se entendi direito, mas, deram com a porta na cara.
Enfim, estamos, neste aspecto, aparentemente condenados a continuar a ser este país atrasado, rural e medíocre do ponto de vista da C&T. Não existe nada para o Estado em termos de investimento que nãos esteja ligado ao "agro" e prospere de forma contínua e regular.
Resta torcer pelo melhor.

[FCarvalho]

Nova fabricante brasileira, Desaer apresenta avião para 40 passageiros
Turboélice ATL-300 com propósito civil e militar vai competir na mesma categoria do tradicional ATR 42; primeiro voo é programado para 2026



https://www.cnnbrasil.com.br/business/n ... ssageiros/

De acordo com a Desaer, o ATL-300 é projetado para voar a altitude máxima de 31.000 pés (9.448 metros) a velocidade de cruzeiro em torno de 520 km/h. O alcance de voo é estimado em 2.600 km.

“O primeiro voo do ATL-300 deve acontecer em 2026. A certificação operacional e o lançamento comercial é previsto para 2027”, afirmou o CEO da Desaer, que também antecipou o valor do novo avião. “O ATL-300 é avaliado em US$ 21 milhões (R$ 119.487 milhões na cotação atual).”

Ótima novidade. A ver como o projeto se desenvolve e cria asas.
Parabéns a esses caras da Desaer por desenvolver aviões em um país onde nada que não seja o mínimo básico necessário é considerado importante.

[tião teles]

Primeiro, tem que colocar um avião para voar e depois anunciar outro.

[Túlio]

Para breve, um caça 5G...

[FCarvalho]

Se nada mudar no horizonte Embraer x FAB/Governo, não me admira que mais para frente, mais que do nada, apareça um cliente estatal para estes aviões.
Quem viver verá.

[Túlio]

Se nada mudar no horizonte Embraer x FAB/Governo, não me admira que mais para frente, mais que do nada, apareça um cliente estatal para estes aviões.
Quem viver verá.

Sei que acreditas em duendes NESSAS COISAS mas infelizmente isso é um óbvio SCAM, os caras não têm sequer uma maquete, muito menos fábrica (para não falar em fornecedores, rede de assistência técnica & quetales) para a versão menor e já aparecem anunciando outra maior?

IMHO, quem viver verá DE NOVO no que isso dá. Deviam tentar fazer negócio com A CALIDUS , pelo menos depois iam ter quem chore por eles no DB.

[Cassio]

Nova fabricante brasileira, Desaer apresenta avião para 40 passageiros
Turboélice ATL-300 com propósito civil e militar vai competir na mesma categoria do tradicional ATR 42; primeiro voo é programado para 2026



https://www.cnnbrasil.com.br/business/n ... ssageiros/

De acordo com a Desaer, o ATL-300 é projetado para voar a altitude máxima de 31.000 pés (9.448 metros) a velocidade de cruzeiro em torno de 520 km/h. O alcance de voo é estimado em 2.600 km.

“O primeiro voo do ATL-300 deve acontecer em 2026. A certificação operacional e o lançamento comercial é previsto para 2027”, afirmou o CEO da Desaer, que também antecipou o valor do novo avião. “O ATL-300 é avaliado em US$ 21 milhões (R$ 119.487 milhões na cotação atual).”

Ótima novidade. A ver como o projeto se desenvolve e cria asas.
Parabéns a esses caras da Desaer por desenvolver aviões em um país onde nada que não seja o mínimo básico necessário é considerado importante.

A Desaer é ótima em produzir aviões de para Powerpoint. Porque aviões de verdade ainda não vi nada... e a empresa segue sendo uma salinha dentro de uma incubadora de negócio no DCTA.
Por enquanto não mostraram nada que dê maior credibilidade às suas intenções... tipo protótipo sendo construído, instalações industriais em construção, equipe de engenharia, entre outras coisas.

Tomaram que consigam... mas até agora, passados bons anos, só apresentam imagens digitais. Buscam de todo modo dourar a pílula para tentar atrai investidores, essa é minha opinião. E como se não bastasse agora o avião virtual tem um irmão. Vamos DESAER, nos mostre algo de concreto, por favor... Torço muito por vocês, mas assim fica difícil de acreditar.

Os clientes precisam sentir confiança para enfiar dinheiro em algo assim. Eu não arriscaria com base no que eles possuem até o momento. E pior que acho que só sai do papel com uma encomenda da FAB... Mas torço por eles.

[Glauber Prestes]

CN-235, é você?