RÚSSIA
Moderador: Conselho de Moderação
- FCarvalho
- Sênior
- Mensagens: 37879
- Registrado em: Sex Mai 02, 2003 6:55 pm
- Localização: Manaus
- Agradeceu: 5704 vezes
- Agradeceram: 3256 vezes
- FCarvalho
- Sênior
- Mensagens: 37879
- Registrado em: Sex Mai 02, 2003 6:55 pm
- Localização: Manaus
- Agradeceu: 5704 vezes
- Agradeceram: 3256 vezes
Re: RÚSSIA
Faca na garganta': portal chinês avalia chances de OTAN tomar região russa de Kaliningrado
Os armamentos que a Rússia tem disponíveis na região de Kaliningrado muito provavelmente impediriam a OTAN de tomar este território, escreve o portal chinês Sina
https://br.sputniknews.com/russia/20210 ... iningrado/
É o Sputinik, mas não deixa de ser uma perspectiva interessante de se observar.
Os armamentos que a Rússia tem disponíveis na região de Kaliningrado muito provavelmente impediriam a OTAN de tomar este território, escreve o portal chinês Sina
https://br.sputniknews.com/russia/20210 ... iningrado/
É o Sputinik, mas não deixa de ser uma perspectiva interessante de se observar.
Carpe Diem
- P44
- Sênior
- Mensagens: 55244
- Registrado em: Ter Dez 07, 2004 6:34 am
- Localização: O raio que vos parta
- Agradeceu: 2750 vezes
- Agradeceram: 2431 vezes
Re: RÚSSIA
Putin warns West of harsh response if it crosses Russia's "red lines"
President Vladimir Putin warned the West on Wednesday not to cross Russia's "red lines", saying Moscow would respond swiftly and harshly to any provocations and those responsible would regret it.
At a time of acute crisis in ties with the United States and Europe, with Russian troops massed near Ukraine and opposition leader Alexei Navalny on hunger strike in jail, the Kremlin leader used his state of the nation speech to project a message of Russian strength and defiance in the face of outside threats.
"We want good relations...and really don't want to burn bridges," Putin told both houses of parliament.
"But if someone mistakes our good intentions for indifference or weakness and intends to burn down or even blow up these bridges, they should know that Russia's response will be asymmetrical, swift and harsh."
https://www.reuters.com/world/europe/na ... 021-04-20/
President Vladimir Putin warned the West on Wednesday not to cross Russia's "red lines", saying Moscow would respond swiftly and harshly to any provocations and those responsible would regret it.
At a time of acute crisis in ties with the United States and Europe, with Russian troops massed near Ukraine and opposition leader Alexei Navalny on hunger strike in jail, the Kremlin leader used his state of the nation speech to project a message of Russian strength and defiance in the face of outside threats.
"We want good relations...and really don't want to burn bridges," Putin told both houses of parliament.
"But if someone mistakes our good intentions for indifference or weakness and intends to burn down or even blow up these bridges, they should know that Russia's response will be asymmetrical, swift and harsh."
https://www.reuters.com/world/europe/na ... 021-04-20/
Triste sina ter nascido português
- FCarvalho
- Sênior
- Mensagens: 37879
- Registrado em: Sex Mai 02, 2003 6:55 pm
- Localização: Manaus
- Agradeceu: 5704 vezes
- Agradeceram: 3256 vezes
- Frederico Vitor
- Sênior
- Mensagens: 2063
- Registrado em: Ter Ago 14, 2007 1:34 pm
- Localização: Goiás
- Agradeceu: 206 vezes
- Agradeceram: 270 vezes
Re: RÚSSIA
Como o flanco científico-tecnológico está derrotando a OTAN
Que a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) é uma superburocracia armada aferrada à busca de pretextos para seguir existindo, é algo que salta aos olhos. Por isso, mesmo após a implosão da antiga União Soviética e seu braço militar, o Pacto de Varsóvia, em 1991-92, a Aliança Atlântica tem se empenhado em cercar, provocar e demonizar a Federação Russa como o seu avatar existencial, o “inimigo” que espreita as democracias ocidentais e ameaça os seus grandiloquentes valores civilizatórios.
A realidade, entretanto, é bem diferente da trombeteada pelos “atlanticistas” de Bruxelas e seus suseranos em Washington. Há duas décadas sob a firme liderança de Vladimir Putin e seu grupo nacionalista, a Rússia de hoje não tem qualquer agenda hegemônica ou ideológica, ao contrário das potências ocidentais atreladas à pauta supremacista das elites “excepcionalistas” estadunidenses, incapazes de admitir a realidade das transformações históricas que estão redundando na emergência de um cenário de poder global multipolar, cooperativo e não-hegemônico. Ao contrário, as facções predominantes das elites russas (sim, lá também há uma facção “euroatlântica”, embora minoritária) estão concentradas em fomentar as capacidades produtivas do país, visando a transformá-lo em uma economia avançada e uma sociedade plenamente sintonizada com as novas realidades do século XXI. Depois de sete décadas de convivência forçada com o comunismo, as ideologias não têm lugar nesse esforço.
Não obstante, ancorada em uma longa história de invasões estrangeiras, a Rússia não descuida da sua capacidade dissuasória na esfera militar e tem se esmerado particularmente em exercer um inusitado “poder suave” em parte do campo “inimigo”, empregando exportações de recursos energéticos e, agora, vacinas contra a pandemia de Covid-19.
Em duas áreas, em especial, a Rússia tem surpreendido os “atlanticistas” com a capacidade de aplicar a sua vasta capacitação científico-tecnológica em novos produtos: as suas armas hipersônicas e as vacinas contra a Covid-19.
As primeiras foram apresentadas ao mundo (e, em especial, aos estrategistas ocidentais) no já histórico discurso de Putin no Parlamento russo, em 1º. de março de 2018. Na ocasião, a essência da sua mensagem foi: Senhores, o mundo está mudando rapidamente e não há mais espaço para hegemonias ou pretensões a um “excepcionalismo”. Portanto, parem de viver no passado e de sacudir o planeta Terra, o barco em que todos vivemos, e olhemos juntos para o futuro em uma nova ordem mundial cooperativa e benéfica para todos os países (MSIa Informa, 14/02/2018).
O arsenal revelado por Putin incluía vários sistemas de armas já operacionais ou em fase avançada de testes:
1) O míssil de cruzeiro Burevestnik, propelido por um motor nuclear e capaz de levar uma ogiva convencional ou nuclear a praticamente qualquer ponto do planeta.
Concepção artística do míssil de cruzeiro Burevestnik (Min. da Defesa da Federação Russa) Concepção artística do míssil de cruzeiro Burevestnik (Min. da Defesa da Federação Russa)
2) O míssil antinavio hipersônico Kinzhal (adaga, em russo), capaz de atingir Mach 10 (dez vezes a velocidade do som) e com um alcance de até 2 mil quilômetros; a arma é lançada de caças MiG-31 modificados e já está em serviço no Distrito Militar Sul da Federação Russa, cuja jurisdição inclui o Mar Cáspio e o Mar Negro.
O míssil antinavio Kinzhal, montado sob um caça MiG-31 (foto: Kremlin)
3) O supermíssil intercontinental Sarmat RS-28, dotado de 15 ogivas de reentrada independentes de 750 quilotons cada uma (para comparação, a bomba atômica lançada sobre Hiroshima tinha 15 quilotons), com alcance de 15 mil quilômetros, capaz de atingir o território continental dos EUA voando sobre o Pólo Sul.
Lançamento experimental de um míssil intercontinental Sarmat RS-28 (foto: Kremlin)
4) O míssil planador hipersônico Avangard (vanguarda, em russo), capaz de atingir até Mach 20, o que lhe permitiria atingir Washington em apenas 15 minutos, se lançado do território russo. Devido às velocidades em que opera, as temperaturas na sua superfície metálica podem atingir quase 2.000oC, o que por si só denota avanços tecnológicos inusitados em materiais compostos capazes de resistir a elas.
Concepção artística do míssil Avangard (Kremlin)
5) O drone submarino de propulsão nuclear Status-6, capaz de atingir velocidades de até 56 nós (85 km/h), bem maiores que as de quaisquer belonaves ou torpedos disponíveis no Ocidente, e de mergulhar até 1.000 metros de profundidade, capacidades que o tornam praticamente invulnerável a qualquer sistema de defesa da OTAN. Pode ser equipado com uma ogiva nuclear e tem um alcance operacional de 10 mil quilômetros.
Concepção artística do drone submarino nuclear Status-6 (Ministério da Defesa da Federação Russa) Putin também mencionou a existência de armas de raios laser, mas não deu detalhes sobre elas.
Cada uma dessas armas constitui uma façanha tecnológica em si própria. Todos os mísseis são manobráveis nos três eixos espaciais, o que dificulta tremendamente a previsão das suas trajetórias e a sua eventual interceptação por mísseis antibalísticos. O míssil de cruzeiro, por sua enorme autonomia e capacidade de voo baixo, pode evitar facilmente qualquer sistema de defesa antimísseis e antiaéreo.
Ademais, todas as tecnologias envolvidas demonstram grandes avanços em áreas como novos materiais, microeletrônica, comunicações e inteligência artificial, com vastas possibilidades de aplicações na indústria civil, evitando o calcanhar de Aquiles da antiga tecnologia militar soviética, que se revelou incapaz de oferecer tais subprodutos.
Já a propulsão nuclear de aeronaves é uma tecnologia que a própria URSS e os EUA haviam desistido de desenvolver na década de 1960. Apesar da inexistência de maiores detalhes, o nível de miniaturização necessário para utilizá-la em mísseis de cruzeiro sugere uma capacidade tecnológica pelo menos uma geração à frente da concorrência, com exceção, talvez, dos minirreatores de fusão nuclear da divisão Skunk Works da Lockheed Martin, anunciados para entrar em serviço em meados da década (MSIa Informa, 09/04/2018).
As novas superarmas deflagraram uma compreensível onda de histeria no Ocidente, pois evidenciaram a superioridade tecnológica russa sobre quaisquer sistemas de armas da OTAN – isto, a despeito de a Rússia ter apenas o quinto orçamento militar do mundo, sendo duas ordens de grandeza inferior ao dos EUA, inferior ao do Reino Unido e apenas pouco superior aos da França e da Alemanha.
Na ocasião, o analista militar Arkady Savitsky ressaltou a relevância maior do anúncio de Putin: “(…) O presidente russo nos recordou de que o objetivo mais importante é fazer melhor as vidas das pessoas, com avanços tecnológicos em todas as áreas. Para fazer isso, é preciso um período de calma, durante o qual as ameaças externas sejam mantidas à distância. É para isso que as armas são projetadas. Não uma corrida armamentista, mas a criação de um ambiente adequado para fazer florescer uma economia de alta tecnologia (Strategic Culture Foundation, 05/03/2018).”
Na história militar, potências militares menores têm sido capazes de se impor a potências bem maiores, operando pelos flancos e com inovações, seja em ações táticas no próprio campo de batalha ou com inovações tecnológicas decisivas. Para os EUA, núcleo da OTAN, em todo o período do pós-guerra, a sua colossal estrutura militar converteu-se em um instrumento de projeção de poder imperial e um fim em si mesmo, cujos gastos astronômicos (superiores aos de todos os demais países combinados) atendem muito mais aos apetites do “complexo de segurança nacional” (aí incluídos os megabancos que o financiam) do que às necessidades reais de defesa do país e seus aliados. Ao contrário da Rússia pós-soviética, que mostrou ser capaz de usar o “flanco” científico-tecnológico com grande eficiência, e não só na defesa militar, mas também na guerra sanitária contra a pandemia de Covid-19.
https://bonifacio.net.br/como-o-flanco- ... do-a-otan/
Que a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) é uma superburocracia armada aferrada à busca de pretextos para seguir existindo, é algo que salta aos olhos. Por isso, mesmo após a implosão da antiga União Soviética e seu braço militar, o Pacto de Varsóvia, em 1991-92, a Aliança Atlântica tem se empenhado em cercar, provocar e demonizar a Federação Russa como o seu avatar existencial, o “inimigo” que espreita as democracias ocidentais e ameaça os seus grandiloquentes valores civilizatórios.
A realidade, entretanto, é bem diferente da trombeteada pelos “atlanticistas” de Bruxelas e seus suseranos em Washington. Há duas décadas sob a firme liderança de Vladimir Putin e seu grupo nacionalista, a Rússia de hoje não tem qualquer agenda hegemônica ou ideológica, ao contrário das potências ocidentais atreladas à pauta supremacista das elites “excepcionalistas” estadunidenses, incapazes de admitir a realidade das transformações históricas que estão redundando na emergência de um cenário de poder global multipolar, cooperativo e não-hegemônico. Ao contrário, as facções predominantes das elites russas (sim, lá também há uma facção “euroatlântica”, embora minoritária) estão concentradas em fomentar as capacidades produtivas do país, visando a transformá-lo em uma economia avançada e uma sociedade plenamente sintonizada com as novas realidades do século XXI. Depois de sete décadas de convivência forçada com o comunismo, as ideologias não têm lugar nesse esforço.
Não obstante, ancorada em uma longa história de invasões estrangeiras, a Rússia não descuida da sua capacidade dissuasória na esfera militar e tem se esmerado particularmente em exercer um inusitado “poder suave” em parte do campo “inimigo”, empregando exportações de recursos energéticos e, agora, vacinas contra a pandemia de Covid-19.
Em duas áreas, em especial, a Rússia tem surpreendido os “atlanticistas” com a capacidade de aplicar a sua vasta capacitação científico-tecnológica em novos produtos: as suas armas hipersônicas e as vacinas contra a Covid-19.
As primeiras foram apresentadas ao mundo (e, em especial, aos estrategistas ocidentais) no já histórico discurso de Putin no Parlamento russo, em 1º. de março de 2018. Na ocasião, a essência da sua mensagem foi: Senhores, o mundo está mudando rapidamente e não há mais espaço para hegemonias ou pretensões a um “excepcionalismo”. Portanto, parem de viver no passado e de sacudir o planeta Terra, o barco em que todos vivemos, e olhemos juntos para o futuro em uma nova ordem mundial cooperativa e benéfica para todos os países (MSIa Informa, 14/02/2018).
O arsenal revelado por Putin incluía vários sistemas de armas já operacionais ou em fase avançada de testes:
1) O míssil de cruzeiro Burevestnik, propelido por um motor nuclear e capaz de levar uma ogiva convencional ou nuclear a praticamente qualquer ponto do planeta.
Concepção artística do míssil de cruzeiro Burevestnik (Min. da Defesa da Federação Russa) Concepção artística do míssil de cruzeiro Burevestnik (Min. da Defesa da Federação Russa)
2) O míssil antinavio hipersônico Kinzhal (adaga, em russo), capaz de atingir Mach 10 (dez vezes a velocidade do som) e com um alcance de até 2 mil quilômetros; a arma é lançada de caças MiG-31 modificados e já está em serviço no Distrito Militar Sul da Federação Russa, cuja jurisdição inclui o Mar Cáspio e o Mar Negro.
O míssil antinavio Kinzhal, montado sob um caça MiG-31 (foto: Kremlin)
3) O supermíssil intercontinental Sarmat RS-28, dotado de 15 ogivas de reentrada independentes de 750 quilotons cada uma (para comparação, a bomba atômica lançada sobre Hiroshima tinha 15 quilotons), com alcance de 15 mil quilômetros, capaz de atingir o território continental dos EUA voando sobre o Pólo Sul.
Lançamento experimental de um míssil intercontinental Sarmat RS-28 (foto: Kremlin)
4) O míssil planador hipersônico Avangard (vanguarda, em russo), capaz de atingir até Mach 20, o que lhe permitiria atingir Washington em apenas 15 minutos, se lançado do território russo. Devido às velocidades em que opera, as temperaturas na sua superfície metálica podem atingir quase 2.000oC, o que por si só denota avanços tecnológicos inusitados em materiais compostos capazes de resistir a elas.
Concepção artística do míssil Avangard (Kremlin)
5) O drone submarino de propulsão nuclear Status-6, capaz de atingir velocidades de até 56 nós (85 km/h), bem maiores que as de quaisquer belonaves ou torpedos disponíveis no Ocidente, e de mergulhar até 1.000 metros de profundidade, capacidades que o tornam praticamente invulnerável a qualquer sistema de defesa da OTAN. Pode ser equipado com uma ogiva nuclear e tem um alcance operacional de 10 mil quilômetros.
Concepção artística do drone submarino nuclear Status-6 (Ministério da Defesa da Federação Russa) Putin também mencionou a existência de armas de raios laser, mas não deu detalhes sobre elas.
Cada uma dessas armas constitui uma façanha tecnológica em si própria. Todos os mísseis são manobráveis nos três eixos espaciais, o que dificulta tremendamente a previsão das suas trajetórias e a sua eventual interceptação por mísseis antibalísticos. O míssil de cruzeiro, por sua enorme autonomia e capacidade de voo baixo, pode evitar facilmente qualquer sistema de defesa antimísseis e antiaéreo.
Ademais, todas as tecnologias envolvidas demonstram grandes avanços em áreas como novos materiais, microeletrônica, comunicações e inteligência artificial, com vastas possibilidades de aplicações na indústria civil, evitando o calcanhar de Aquiles da antiga tecnologia militar soviética, que se revelou incapaz de oferecer tais subprodutos.
Já a propulsão nuclear de aeronaves é uma tecnologia que a própria URSS e os EUA haviam desistido de desenvolver na década de 1960. Apesar da inexistência de maiores detalhes, o nível de miniaturização necessário para utilizá-la em mísseis de cruzeiro sugere uma capacidade tecnológica pelo menos uma geração à frente da concorrência, com exceção, talvez, dos minirreatores de fusão nuclear da divisão Skunk Works da Lockheed Martin, anunciados para entrar em serviço em meados da década (MSIa Informa, 09/04/2018).
As novas superarmas deflagraram uma compreensível onda de histeria no Ocidente, pois evidenciaram a superioridade tecnológica russa sobre quaisquer sistemas de armas da OTAN – isto, a despeito de a Rússia ter apenas o quinto orçamento militar do mundo, sendo duas ordens de grandeza inferior ao dos EUA, inferior ao do Reino Unido e apenas pouco superior aos da França e da Alemanha.
Na ocasião, o analista militar Arkady Savitsky ressaltou a relevância maior do anúncio de Putin: “(…) O presidente russo nos recordou de que o objetivo mais importante é fazer melhor as vidas das pessoas, com avanços tecnológicos em todas as áreas. Para fazer isso, é preciso um período de calma, durante o qual as ameaças externas sejam mantidas à distância. É para isso que as armas são projetadas. Não uma corrida armamentista, mas a criação de um ambiente adequado para fazer florescer uma economia de alta tecnologia (Strategic Culture Foundation, 05/03/2018).”
Na história militar, potências militares menores têm sido capazes de se impor a potências bem maiores, operando pelos flancos e com inovações, seja em ações táticas no próprio campo de batalha ou com inovações tecnológicas decisivas. Para os EUA, núcleo da OTAN, em todo o período do pós-guerra, a sua colossal estrutura militar converteu-se em um instrumento de projeção de poder imperial e um fim em si mesmo, cujos gastos astronômicos (superiores aos de todos os demais países combinados) atendem muito mais aos apetites do “complexo de segurança nacional” (aí incluídos os megabancos que o financiam) do que às necessidades reais de defesa do país e seus aliados. Ao contrário da Rússia pós-soviética, que mostrou ser capaz de usar o “flanco” científico-tecnológico com grande eficiência, e não só na defesa militar, mas também na guerra sanitária contra a pandemia de Covid-19.
https://bonifacio.net.br/como-o-flanco- ... do-a-otan/
- FCarvalho
- Sênior
- Mensagens: 37879
- Registrado em: Sex Mai 02, 2003 6:55 pm
- Localização: Manaus
- Agradeceu: 5704 vezes
- Agradeceram: 3256 vezes
Re: RÚSSIA
Alguém ainda tem dúvidas de que investir pesadamente e por longuíssmo prazo em ciência e tecnologia e educação são o âmago para a defesa de qualquer país?
Carpe Diem
- avc1
- Avançado
- Mensagens: 682
- Registrado em: Qui Fev 15, 2007 12:15 am
- Agradeceu: 87 vezes
- Agradeceram: 126 vezes
- NaScImEnTToBR
- Intermediário
- Mensagens: 341
- Registrado em: Ter Out 29, 2019 2:24 pm
- Localização: UF:RJ. Mun: Rio de Janeiro
- Agradeceu: 515 vezes
- Agradeceram: 224 vezes
Re: RÚSSIA
Acho que os EUA aborda a Rússia isso de uma perspectiva ocidental e tenta enquadrar as coisas de uma forma que se aproxime mais das ideias dos Estados Unidos de projeção de poder do que das ideias russas de projeção de poder. Não que as ideias americana sejam ruins! Só que as ideias apresentadas não fazem sentido para um país com uma economia como a da Rússia. A Rússia agora se voltou para a projeção de poder por meio de uma guerra híbrida. Isso significa uma combinação de operações de informação, operações econômicas, intervenção militar direta e demonstrações de força (dissuasão). Também está cultivando aliados importantes no Oriente Médio e Ásia. Eles sabem que a situação econômica atual não favorece a projeção de poder convencional e portanto não o fazem a menos que seja necessário.
O ápice das info-ops russas pode ser visto em sua influência no Cáucaso e na Ucrânia antes de suas intervenções em tais países. Além de semear dissidência e desconfiança na eleição dos EUA de 2017. Não era necessário implantar um grupo de batalha de porta-aviões na costa oeste da América para semear alarme e desconfiança, quando poderia instrumentalizar o histórico de negócios da administração atual e vazar informações importantes sobre a campanha da oposição.
Não era necessário enviar 100.000 soldados para a Síria e obter uma grande vitória de relações públicas contra o ISIS enquanto cultivava um aliado importante. Em vez de acabar no lado errado da história como os EUA fizeram ao apoiar "rebeldes moderados" por um objetivo estratégico confuso de ambos eliminando Assad e ISIS, sob risco de transformar o país numa nova Líbia.
Como membro da OPEP, também tem uma influência econômica desproporcional. O gás siberiano desempenha um papel fundamental em manter a UE ao lado, ou pelo menos, em distensão com a Rússia para que o Nordstream possa fluir. Não tenho dúvidas de que também há financiamento russo de interesses operando a partir de Bruxelas, influenciando a política da UE de afastamento da energia nuclear. O mesmo acontece com todos os projetos conjuntos com a Rosneft e a Gazprom. Nestes tempos, a Rússia tem amplo terreno fértil para germinar sementes de ruptura para a hegemonia americana. Não é necessário um grupo de batalha de porta-aviões para fazer isso. Acredito que nas próximas eleições, caso venha um candidato republicano que seja é claro, isolacionista como Trump, é possível que ocorra outro vazamento de informações confidenciais e que sejam vistas como um escândalo relacionado ao candidato democrata.
Legendas: Nordstream é um gasoduto para transporte de gás natural da Rússia até a Alemanha.
Rosneft e a Gazprom são grandes companhias russas da área de combustíveis fósseis.
Se algo que eu afirmei esta contra as regras do grupo ou algo do tipo, peço perdão aos administradores. Li as regras e acho que não as infringi aqui.
O ápice das info-ops russas pode ser visto em sua influência no Cáucaso e na Ucrânia antes de suas intervenções em tais países. Além de semear dissidência e desconfiança na eleição dos EUA de 2017. Não era necessário implantar um grupo de batalha de porta-aviões na costa oeste da América para semear alarme e desconfiança, quando poderia instrumentalizar o histórico de negócios da administração atual e vazar informações importantes sobre a campanha da oposição.
Não era necessário enviar 100.000 soldados para a Síria e obter uma grande vitória de relações públicas contra o ISIS enquanto cultivava um aliado importante. Em vez de acabar no lado errado da história como os EUA fizeram ao apoiar "rebeldes moderados" por um objetivo estratégico confuso de ambos eliminando Assad e ISIS, sob risco de transformar o país numa nova Líbia.
Como membro da OPEP, também tem uma influência econômica desproporcional. O gás siberiano desempenha um papel fundamental em manter a UE ao lado, ou pelo menos, em distensão com a Rússia para que o Nordstream possa fluir. Não tenho dúvidas de que também há financiamento russo de interesses operando a partir de Bruxelas, influenciando a política da UE de afastamento da energia nuclear. O mesmo acontece com todos os projetos conjuntos com a Rosneft e a Gazprom. Nestes tempos, a Rússia tem amplo terreno fértil para germinar sementes de ruptura para a hegemonia americana. Não é necessário um grupo de batalha de porta-aviões para fazer isso. Acredito que nas próximas eleições, caso venha um candidato republicano que seja é claro, isolacionista como Trump, é possível que ocorra outro vazamento de informações confidenciais e que sejam vistas como um escândalo relacionado ao candidato democrata.
Legendas: Nordstream é um gasoduto para transporte de gás natural da Rússia até a Alemanha.
Rosneft e a Gazprom são grandes companhias russas da área de combustíveis fósseis.
Se algo que eu afirmei esta contra as regras do grupo ou algo do tipo, peço perdão aos administradores. Li as regras e acho que não as infringi aqui.
- EDSON
- Sênior
- Mensagens: 7303
- Registrado em: Sex Fev 16, 2007 4:12 pm
- Localização: CURITIBA/PR
- Agradeceu: 65 vezes
- Agradeceram: 335 vezes
Re: RÚSSIA
A produção em série dos veículos de lançamento "Angara-A5" foi iniciada
Na Rússia, na filial do Centro Khrunichev em Omsk, eles começaram a produção em série dos primeiros quatro veículos de lançamento de classe pesada "Angara-A5" encomendados pelo Ministério da Defesa. O financiamento dos contratos “é efectuado no âmbito da execução do contrato estatal de 21 de Maio de 2020 para o fabrico de viaturas lançadoras Angara-A5 (com números de série) 71757-71760 para as necessidades do Ministério da Defesa, "de acordo com o site de compras do estado. De acordo com Aleksey Varochko, Diretor-Geral do Centro Khrunichev, os mísseis serão entregues aos militares em 2022-2024.
O ano anterior foi um marco para este foguete. Lembre-se que em 14 de dezembro, a operadora foi lançada pela primeira vez após uma longa pausa: o primeiro lançamento foi realizado em 2014. O terceiro lançamento de "Angara-A5" pode ser realizado em 2021, o quarto - em 2022. Todos eles serão elementos de testes de projeto de vôo. Em 2023, eles querem usar o foguete para testes de projeto de voo de uma espaçonave de nova geração conhecida como Eagle (antiga Federação). Em meados da década "Angara-A5" de maior capacidade de carga é o lançamento de uma nave espacial com uma tripulação a bordo.
A família Angara inclui vários mísseis. Estes são os portadores leves "Angara-1.2", médio "Angara-A3", bem como os pesados "Angara-A5", "Angara-A5M" e "Angara-A5V". Este último terá a maior capacidade de carga: presume-se que será capaz de lançar até 38 toneladas em LEO (órbita de baixa referência). Para o "Angara-A5" usual, esse valor é de 24 toneladas.
Angara é visto como um dos elementos-chave do programa espacial russo. Roscosmos quer começar a explorar o espaço profundo usando módulos tripulados montados e lançados por um novo foguete. As características do porta-aviões permitem "combinar lançamentos por meio da montagem de complexos de vôo tripulados em órbita".
https://ria.ru/...1602909479.html
- P44
- Sênior
- Mensagens: 55244
- Registrado em: Ter Dez 07, 2004 6:34 am
- Localização: O raio que vos parta
- Agradeceu: 2750 vezes
- Agradeceram: 2431 vezes
- P44
- Sênior
- Mensagens: 55244
- Registrado em: Ter Dez 07, 2004 6:34 am
- Localização: O raio que vos parta
- Agradeceu: 2750 vezes
- Agradeceram: 2431 vezes
- P44
- Sênior
- Mensagens: 55244
- Registrado em: Ter Dez 07, 2004 6:34 am
- Localização: O raio que vos parta
- Agradeceu: 2750 vezes
- Agradeceram: 2431 vezes
- P44
- Sênior
- Mensagens: 55244
- Registrado em: Ter Dez 07, 2004 6:34 am
- Localização: O raio que vos parta
- Agradeceu: 2750 vezes
- Agradeceram: 2431 vezes
- FCarvalho
- Sênior
- Mensagens: 37879
- Registrado em: Sex Mai 02, 2003 6:55 pm
- Localização: Manaus
- Agradeceu: 5704 vezes
- Agradeceram: 3256 vezes
Re: RÚSSIA
Ainda que longe de ser o que era nos idos tempos soviéticos, as ffaa's russas em suas paradas ainda são algo impressionante de se ver.
Carpe Diem
- P44
- Sênior
- Mensagens: 55244
- Registrado em: Ter Dez 07, 2004 6:34 am
- Localização: O raio que vos parta
- Agradeceu: 2750 vezes
- Agradeceram: 2431 vezes
Re: RÚSSIA
Se fores a ver paradas do tempo da URSS, é exatamente igual
Triste sina ter nascido português