Geopolítica Brasileira

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Re: Geopolítica Brasileira

#2041 Mensagem por Penguin » Qui Jan 14, 2021 3:52 pm

Voltando a questão industrial e automotiva, o buraco em que estamos metidos é muito maior.

A grande mudança na indústria automotiva mundial não é o carro elétrico. Isso quase todos os fabricantes fazem.
Aliás, esse é uma tecnologia do final do século XIX e inicio do século XX que foi relegada ao ostracismo devido a priorização pelos combustíveis derivados de petróleo. Obvio que essa tecnologia tem sido atualizada assim como a tecnologia dos motores a combustão.

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Após a criação de diversos modelos, o carro elétrico perdeu força e desapareceu, quase totalmente do mercado. Isso porque, a partir dos anos de 1920, ficou evidente que os veículos a gás eram mais potentes e rodavam mais tempo. Desse modo, Henry Ford passou a fabricar carros a gás em massa e o arranque elétrico inventado por Charles F. Kettering dispensou a necessidade de uso da manivela.

A partir de 1935, o carro elétrico deixou de ser produzido em definitivo. Apenas em 1966, sua produção cogitou ser retomada, como parte de um conjunto de medidas para frear a poluição ambiental. Desse modo, a partir da década de 70, diversas montadoras passaram a investir na criação de novos modelos.
https://noticias.r7.com/hora-7/segredos ... 0de%201834.

Há duas grande mudanças em curso:
1) A primeira que tem melhorado a competitividade dos veículos elétricos, é a tecnologia de baterias.
2) A segunda é a tecnologia de veículos autônomos e a integração desses veículos em redes com IA.
Essas dois conjuntos de tecnologias e inovações irão alterar completamente o modelo de negócios e o mercado da indústria automotiva.
A Tesla é um player nos 2 pontos. Isso explica o seu grande valor de mercado.
A Google é um dos maiores investidores em tecnologia de veículos autônomos no mundo. A Apple e Uber investem muito nessa área.
A Panasonic e a BYD chinesa se destacam na produção de baterias para carros elétricos (https://www.euqueroinvestir.com/empresa ... de-rivais/: Empresa de carros elétricos apoiada por Warren Buffett vende mais que rivais).
A Geely tb chinesa que é a dona da Volvo e o principal acionista da Daimler Benz está entrando forte nos 2 mercados.
Curiosamente nenhuma das grandes marcas tradicionais está se destacando. Elas estão lutando para se adaptar e encontrar caminhos para se manterem viáveis no futuro próximo.

E nosotros? Infelizmente estamos a margem dessas grandes mudanças tecnológicas. No final vamos continuar como exportadores de commodities (o agro é pop!) e importadores de tecnologias; e a disputar com incentivos fiscais montadoras de carros elétricos e autônomos.




Editado pela última vez por Penguin em Qui Jan 14, 2021 7:24 pm, em um total de 3 vezes.
Sempre e inevitavelmente, cada um de nós subestima o número de indivíduos estúpidos que circulam pelo mundo.
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Re: Geopolítica Brasileira

#2042 Mensagem por Brasileiro » Qui Jan 14, 2021 3:57 pm

Túlio escreveu: Qui Jan 14, 2021 3:32 pm
Brasileiro escreveu: Qui Jan 14, 2021 3:24 pm Com a "pequena" diferença de que a minha opinião (nem a tua) não move moinhos nesta seara, e nem sou pago pra isso. Quem tem que cuidar direitinho com o que faz e com o que fala é o pessoal do MRE.

Eu vi "alguém" levantando BANDEIRA BRANCA? FRANÇUÁ!!! [003] [003] [003] [003]
É, agora minha opinião tá pau a pau com a de um MRE. O nível de cobrança pro cargo deve andar muito baixo mesmo :roll: :roll: Mas enquanto ninguém me indica, só me resta seguir cornetando mesmo essa cambada de mocorongo, ganhando rios e fazendo desserviço. E tenho dito.




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Re: Geopolítica Brasileira

#2043 Mensagem por Túlio » Qui Jan 14, 2021 4:04 pm

Brasileiro escreveu: Qui Jan 14, 2021 3:57 pm
É, agora minha opinião tá pau a pau com a de um MRE. O nível de cobrança pro cargo deve andar muito baixo mesmo :roll: :roll: Mas enquanto ninguém me indica, só me resta seguir cornetando mesmo essa cambada de mocorongo, ganhando rios e fazendo desserviço. E tenho dito.
Ainnnn quanta raivinha, quem sabe de ti é o @gabriel219, que achou o teu garrão e pegou BEM de leve, só o bastante para abrires O CHORADOR de sempre, sem usar de IDEOLOGICE nem POLITICALHA. Deve ser BEM ARDIDO, queria eu ter este DOM... :lol: :lol: :lol: :lol:




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Re: Geopolítica Brasileira

#2044 Mensagem por Brasileiro » Qui Jan 14, 2021 4:47 pm

Túlio escreveu: Qui Jan 14, 2021 4:04 pm
Brasileiro escreveu: Qui Jan 14, 2021 3:57 pm
É, agora minha opinião tá pau a pau com a de um MRE. O nível de cobrança pro cargo deve andar muito baixo mesmo :roll: :roll: Mas enquanto ninguém me indica, só me resta seguir cornetando mesmo essa cambada de mocorongo, ganhando rios e fazendo desserviço. E tenho dito.
Ainnnn quanta raivinha, quem sabe de ti é o @gabriel219, que achou o teu garrão e pegou BEM de leve, só o bastante para abrires O CHORADOR de sempre, sem usar de IDEOLOGICE nem POLITICALHA. Deve ser BEM ARDIDO, queria eu ter este DOM... :lol: :lol: :lol: :lol:
O maluco lá fez um comentário e respondi. Engraçado é o seu dom de transformar qualquer papo que tenta ser mais objetivo em tagarelada de cor de camisa. A gente aponta pra lua, pro asteróide brilhando ali em cima, se pergunta se aquilo tem chance de cair ou não, mas olhas pros dedos, e na mensagem seguinte a discussão é se o dedo é meio enrugado, se o anel é de aço ou se é de prata. É um papo que eu não manjo mesmo não.




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Re: Geopolítica Brasileira

#2045 Mensagem por Túlio » Qui Jan 14, 2021 4:56 pm

Brasileiro escreveu: Qui Jan 14, 2021 4:47 pm

O maluco lá fez um comentário e respondi. Engraçado é o seu dom de transformar qualquer papo que tenta ser mais objetivo em tagarelada de cor de camisa. A gente aponta pra lua, pro asteróide brilhando ali em cima, se pergunta se aquilo tem chance de cair ou não, mas olhas pros dedos, e na mensagem seguinte a discussão é se o dedo é meio enrugado, se o anel é de aço ou se é de prata. É um papo que eu não manjo mesmo não.

Mimimi, te vires agora, topaste com um mais degranhudo que MING... [003] [003] [003] [003]

(((E enquanto ele se mantiver dentro do Regulamento como agora, sinto muito mas... :twisted: )))




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Re: Geopolítica Brasileira

#2046 Mensagem por Brasileiro » Qui Jan 14, 2021 5:21 pm

Bom, então é isso, vamos falar de "Geopolítica Brasileira", com B de Brasileiro... como é que eu vou responder ao golpe tão implacável do colega do DB? :?




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Re: Geopolítica Brasileira

#2047 Mensagem por Túlio » Qui Jan 14, 2021 5:24 pm

Brasileiro escreveu: Qui Jan 14, 2021 5:21 pm Bom, então é isso, vamos falar de "Geopolítica Brasileira", com B de Brasileiro... como é que eu vou responder ao golpe tão implacável do colega do DB? :?

Ué, CHOLANDO COMO AGOLA, que o cara não te fez nada... [003] [003] [003] [003]




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Re: Geopolítica Brasileira

#2048 Mensagem por Brasileiro » Qui Jan 14, 2021 5:29 pm

Ué, ao colega eu já respondi, a menos que ele fale mais algo, não tenho mais nada a dizer. O que mais você esperava?




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Re: Geopolítica Brasileira

#2049 Mensagem por gabriel219 » Sex Jan 15, 2021 3:00 am

Brasileiro escreveu: Qui Jan 14, 2021 3:24 pm
gabriel219 escreveu: Qui Jan 14, 2021 3:03 pm
Podemos usar o mesmo argumento para sua opinião, não?
Com a "pequena" diferença de que a minha opinião (nem a tua) não move moinhos nesta seara, e nem sou pago pra isso. Quem tem que cuidar direitinho com o que faz e com o que fala é o pessoal do MRE.
Acho que não entendeste onde quero chegar.

Todos nós temos nossas opiniões, mas eu gosto de ver contextos, até pra tentar ter uma dimensão do que chega a ser possível. O que penso é: Brasil não vai se realinhar com China e Rússia em detrimento do EUA.

Ora, então qual o motivo de atualmente o Brasil, que outrora criticava a China - com razão, não? As mortes e a paralização global do mundo devido a Covid-19 somente possui um culpado e é a China, que criminosamente, intencional ou não, promoveu sua expansão através da permissão de vôos internacionais a partir de Wuhan pra qualquer lugar do mundo, além de esconder algo que já ocorria ainda no primeiro trimestre de 2019, em conjunto da OMS e seu líder, que está lá com apoio de quem? - agora vai atrás da China, além de aproveitar a bela manobra geopolítica de Putin ao afagar Bolsonaro? Simples, fazer o fogo do cu do Biden abaixar e o INEPTO aprender que geopolítica não é assim que se trata.

Isso é o que eu penso, com base no que estou vendo ultimamente e conhecendo as figuras que estão lá, não se trata de um fato, pra deixar claro.




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Re: Geopolítica Brasileira

#2050 Mensagem por gabriel219 » Sex Jan 15, 2021 3:06 am

Penguin escreveu: Qui Jan 14, 2021 3:52 pm Voltando a questão industrial e automotiva, o buraco em que estamos metidos é muito maior.

A grande mudança na indústria automotiva mundial não é o carro elétrico. Isso quase todos os fabricantes fazem.
Aliás, esse é uma tecnologia do final do século XIX e inicio do século XX que foi relegada ao ostracismo devido a priorização pelos combustíveis derivados de petróleo. Obvio que essa tecnologia tem sido atualizada assim como a tecnologia dos motores a combustão.

Imagem
Após a criação de diversos modelos, o carro elétrico perdeu força e desapareceu, quase totalmente do mercado. Isso porque, a partir dos anos de 1920, ficou evidente que os veículos a gás eram mais potentes e rodavam mais tempo. Desse modo, Henry Ford passou a fabricar carros a gás em massa e o arranque elétrico inventado por Charles F. Kettering dispensou a necessidade de uso da manivela.

A partir de 1935, o carro elétrico deixou de ser produzido em definitivo. Apenas em 1966, sua produção cogitou ser retomada, como parte de um conjunto de medidas para frear a poluição ambiental. Desse modo, a partir da década de 70, diversas montadoras passaram a investir na criação de novos modelos.
https://noticias.r7.com/hora-7/segredos ... 0de%201834.

Há duas grande mudanças em curso:
1) A primeira que tem melhorado a competitividade dos veículos elétricos, é a tecnologia de baterias.
2) A segunda é a tecnologia de veículos autônomos e a integração desses veículos em redes com IA.
Essas dois conjuntos de tecnologias e inovações irão alterar completamente o modelo de negócios e o mercado da indústria automotiva.
A Tesla é um player nos 2 pontos. Isso explica o seu grande valor de mercado.
A Google é um dos maiores investidores em tecnologia de veículos autônomos no mundo. A Apple e Uber investem muito nessa área.
A Panasonic e a BYD chinesa se destacam na produção de baterias para carros elétricos (https://www.euqueroinvestir.com/empresa ... de-rivais/: Empresa de carros elétricos apoiada por Warren Buffett vende mais que rivais).
A Geely tb chinesa que é a dona da Volvo e o principal acionista da Daimler Benz está entrando forte nos 2 mercados.
Curiosamente nenhuma das grandes marcas tradicionais está se destacando. Elas estão lutando para se adaptar e encontrar caminhos para se manterem viáveis no futuro próximo.

E nosotros? Infelizmente estamos a margem dessas grandes mudanças tecnológicas. No final vamos continuar como exportadores de commodities (o agro é pop!) e importadores de tecnologias; e a disputar com incentivos fiscais montadoras de carros elétricos e autônomos.
O que encarece os carros elétricos são justamente as baterias. O restante é totalmente convertível com base em carros convencionais.

Atualmente o Brasil fechou acordo com o Japão para desenvolvimento de Grafeno e Nióbio. Antes que venham os memes, Grafeno, assim como demais Pentacarbonos ou Nanotubos de Carbono - Parede Simples ou Múltiplas Paredes - serão extremamente importantes quanto a isso. Teoricamente, se produzido em escala, uma bateria de Grafeno tem o potencial de ser 10x mais barato que uma bateria convencional de Ion-Lítio. Outro uso importante dos NTC são eles como supercondutores, já que possuem capacidades muito além do que o Silício.

A diferença é que NTC pode ser fabricado de qualquer coisa que seja feita em carbono, seja grafite e até extrair de carvão vegetal. Nós conseguimos fabricar fibra de carbono a partir do bagaço queimado da cana-de-açúcar e o mesmo poderia ser feito, com base em processo químico ou elétrico, para ser criado NTC's.

Há uma enorme probabilidade do Brasil ser pioneiro nunca tecnologia que irá revolucionar a indústria como um todo. NTC's podem ser usados em nanorrobótica, supercondutores, blindagem, estruturas de construção civil, estruturas aeronáuticas, aeroespaciais, navais, rede de computadores, hardware...

Esse material irá substituir a maioria - se não um todo - as matérias primas de terras raras.




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Re: Geopolítica Brasileira

#2051 Mensagem por Brasileiro » Sex Jan 15, 2021 3:54 am

gabriel219 escreveu: Sex Jan 15, 2021 3:00 am
Acho que não entendeste onde quero chegar.

Todos nós temos nossas opiniões, mas eu gosto de ver contextos, até pra tentar ter uma dimensão do que chega a ser possível. O que penso é: Brasil não vai se realinhar com China e Rússia em detrimento do EUA.

Ora, então qual o motivo de atualmente o Brasil, que outrora criticava a China - com razão, não? As mortes e a paralização global do mundo devido a Covid-19 somente possui um culpado e é a China, que criminosamente, intencional ou não, promoveu sua expansão através da permissão de vôos internacionais a partir de Wuhan pra qualquer lugar do mundo, além de esconder algo que já ocorria ainda no primeiro trimestre de 2019, em conjunto da OMS e seu líder, que está lá com apoio de quem? - agora vai atrás da China, além de aproveitar a bela manobra geopolítica de Putin ao afagar Bolsonaro? Simples, fazer o fogo do cu do Biden abaixar e o INEPTO aprender que geopolítica não é assim que se trata.

Isso é o que eu penso, com base no que estou vendo ultimamente e conhecendo as figuras que estão lá, não se trata de um fato, pra deixar claro.
Entendo.. Só acho que estamos tomando sopa com garfo nessa história, que não pensaram nas consequências com aquele alinhamento automático (estratégia é justamente olhar a longo prazo, não para o escopo de um mandato de outro presidente) e acabou saindo caro. Enquanto não somos ou agimos como uma país que pode propor um jogo, ganhamos mais tentando obter o máximo de proveito de todos os lados. Precisamos vender produtos agrícolas, precisamos de vacinas, precisamos de investimentos em infra-estrutura, tudo isso o quanto mais melhor, venha de onde for.

Ninguém, EUA, UE, Rússia ou China, nos pôs uma faca no pescoço por um alinhamento, de modo que cada grão de soja comprada pela UE, e cada dinheiro chinês investido aqui em infra-estrutura, fazem falta para um país que caminha para o abismo fiscal. Uma geopolítica flexível permite explorar o máximo de mercado possível. Na minha visão, nosso potencial de desenvolver mercados está minguando com a estratégia sendo usada, ao invés de crescer. E o momento seria de preservar capital político, para que se converta em benefício econômico.

Com dinheiro nas mãos e capital político (isto é, comércio exterior desenvolvido e de alcance global) teremos condições de, não de ficar batendo bola e virando a bunda entre um bloco econômico e outro, mas de propor efetivamente ideias, projetos, produtos e propostas (econômicos e políticos) ao mundo. Ser o fiel confiável de acordos importantes e coisas que NOS beneficiem, incluindo com a amazônia e tecnologias de cultivo e energia limpa. Isso é capital, receita e desenvolvimento. E tudo isso, quem sabe, apoiado por um poder militar desenvolvido com essa sustentabilidade econômica. É assim que penso.




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Re: Geopolítica Brasileira

#2052 Mensagem por prometheus » Sex Jan 15, 2021 6:29 am

Penguin escreveu: Qui Jan 14, 2021 3:52 pm Voltando a questão industrial e automotiva, o buraco em que estamos metidos é muito maior.

A grande mudança na indústria automotiva mundial não é o carro elétrico. Isso quase todos os fabricantes fazem.
Aliás, esse é uma tecnologia do final do século XIX e inicio do século XX que foi relegada ao ostracismo devido a priorização pelos combustíveis derivados de petróleo. Obvio que essa tecnologia tem sido atualizada assim como a tecnologia dos motores a combustão.

Imagem
Após a criação de diversos modelos, o carro elétrico perdeu força e desapareceu, quase totalmente do mercado. Isso porque, a partir dos anos de 1920, ficou evidente que os veículos a gás eram mais potentes e rodavam mais tempo. Desse modo, Henry Ford passou a fabricar carros a gás em massa e o arranque elétrico inventado por Charles F. Kettering dispensou a necessidade de uso da manivela.

A partir de 1935, o carro elétrico deixou de ser produzido em definitivo. Apenas em 1966, sua produção cogitou ser retomada, como parte de um conjunto de medidas para frear a poluição ambiental. Desse modo, a partir da década de 70, diversas montadoras passaram a investir na criação de novos modelos.
https://noticias.r7.com/hora-7/segredos ... 0de%201834.

Há duas grande mudanças em curso:
1) A primeira que tem melhorado a competitividade dos veículos elétricos, é a tecnologia de baterias.
2) A segunda é a tecnologia de veículos autônomos e a integração desses veículos em redes com IA.
Essas dois conjuntos de tecnologias e inovações irão alterar completamente o modelo de negócios e o mercado da indústria automotiva.
A Tesla é um player nos 2 pontos. Isso explica o seu grande valor de mercado.
A Google é um dos maiores investidores em tecnologia de veículos autônomos no mundo. A Apple e Uber investem muito nessa área.
A Panasonic e a BYD chinesa se destacam na produção de baterias para carros elétricos (https://www.euqueroinvestir.com/empresa ... de-rivais/: Empresa de carros elétricos apoiada por Warren Buffett vende mais que rivais).
A Geely tb chinesa que é a dona da Volvo e o principal acionista da Daimler Benz está entrando forte nos 2 mercados.
Curiosamente nenhuma das grandes marcas tradicionais está se destacando. Elas estão lutando para se adaptar e encontrar caminhos para se manterem viáveis no futuro próximo.

E nosotros? Infelizmente estamos a margem dessas grandes mudanças tecnológicas. No final vamos continuar como exportadores de commodities (o agro é pop!) e importadores de tecnologias; e a disputar com incentivos fiscais montadoras de carros elétricos e autônomos.
Muito interessante aí, ótimo assunto p ser franco... esses carros autônomos aí são show...

Mas qual o nosso problema mais especificamente neste caso, Pinguin? Com a reforma tributaria melhoraria?
Brasileiro escreveu: Sex Jan 15, 2021 3:54 am
gabriel219 escreveu: Sex Jan 15, 2021 3:00 am
Acho que não entendeste onde quero chegar.

Todos nós temos nossas opiniões, mas eu gosto de ver contextos, até pra tentar ter uma dimensão do que chega a ser possível. O que penso é: Brasil não vai se realinhar com China e Rússia em detrimento do EUA.

Ora, então qual o motivo de atualmente o Brasil, que outrora criticava a China - com razão, não? As mortes e a paralização global do mundo devido a Covid-19 somente possui um culpado e é a China, que criminosamente, intencional ou não, promoveu sua expansão através da permissão de vôos internacionais a partir de Wuhan pra qualquer lugar do mundo, além de esconder algo que já ocorria ainda no primeiro trimestre de 2019, em conjunto da OMS e seu líder, que está lá com apoio de quem? - agora vai atrás da China, além de aproveitar a bela manobra geopolítica de Putin ao afagar Bolsonaro? Simples, fazer o fogo do cu do Biden abaixar e o INEPTO aprender que geopolítica não é assim que se trata.

Isso é o que eu penso, com base no que estou vendo ultimamente e conhecendo as figuras que estão lá, não se trata de um fato, pra deixar claro.
Entendo.. Só acho que estamos tomando sopa com garfo nessa história, que não pensaram nas consequências com aquele alinhamento automático (estratégia é justamente olhar a longo prazo, não para o escopo de um mandato de outro presidente) e acabou saindo caro. Enquanto não somos ou agimos como uma país que pode propor um jogo, ganhamos mais tentando obter o máximo de proveito de todos os lados. Precisamos vender produtos agrícolas, precisamos de vacinas, precisamos de investimentos em infra-estrutura, tudo isso o quanto mais melhor, venha de onde for.

Ninguém, EUA, UE, Rússia ou China, nos pôs uma faca no pescoço por um alinhamento, de modo que cada grão de soja comprada pela UE, e cada dinheiro chinês investido aqui em infra-estrutura, fazem falta para um país que caminha para o abismo fiscal. Uma geopolítica flexível permite explorar o máximo de mercado possível. Na minha visão, nosso potencial de desenvolver mercados está minguando com a estratégia sendo usada, ao invés de crescer. E o momento seria de preservar capital político, para que se converta em benefício econômico.

Com dinheiro nas mãos e capital político (isto é, comércio exterior desenvolvido e de alcance global) teremos condições de, não de ficar batendo bola e virando a bunda entre um bloco econômico e outro, mas de propor efetivamente ideias, projetos, produtos e propostas (econômicos e políticos) ao mundo. Ser o fiel confiável de acordos importantes e coisas que NOS beneficiem, incluindo com a amazônia e tecnologias de cultivo e energia limpa. Isso é capital, receita e desenvolvimento. E tudo isso, quem sabe, apoiado por um poder militar desenvolvido com essa sustentabilidade econômica. É assim que penso.
Gostei bastante do seu approach e faz total sentido, concordo contigo até. Mas acho que uma diplomacia flexível, embora possua seus benefícios, tem seus pesares também... Já buscamos ela por uns tempos aí e não funcionou... O Lula decidiu inclusive aumentar as reservas internacionais por conta disso... Isso não significa que não tenhamos nossas válvulas de escape por aí caso as coisas dê errado por aí. Inclusive os milicos "pacificadores" do Planalto sabem disso... Nós temos nossas garantias de sempre, mas se desejamos progredir mesmo, inclusive tecnologicamente, precisamos ler as personagens geopoliticas de outros paises também, aqui o comércio não é limpinho não.. a gente tem que deixar de ser comerciantes a la sec XVII e aprender a ser empreendedores, isto é, brasileiro, d sobretudo a sua diplomacia, precisa aprender a tomar riscos se quer galgar outros patamares - o século é XXI, comercio ficou lá nos burgos, agora é negociação e inovação, em tudo... infelizmente é assim que funciona geopolitica... E a diplomacia agressiva faz parte do jogo... é igual investimentos, meu amigo, tem o conservador e o agressivo... um diversifica porque não quer correr riscos, mas também não garante quase nada; e o outro, diferente, arrisca tudo de acordo c o momento, ele pode perder tudo, sim, mas se ganhar compensará tudo, e talvez até lhe garanta os seus demais anseios vindouros... Não sei se me fiz entendido.....

E relaxa, alinhamentos eh só balela política, fumaça dispersora... a geopolítica de Estado transcende essas coisas... A gente só tem que examinar bem tudo antes de mover, porque um erro ou até mesmo perda de oportunidade podem vir a causar estragos pra sempre...

Abs!




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Re: Geopolítica Brasileira

#2053 Mensagem por gabriel219 » Sex Jan 15, 2021 12:47 pm

Brasileiro escreveu: Sex Jan 15, 2021 3:54 am
gabriel219 escreveu: Sex Jan 15, 2021 3:00 am
Acho que não entendeste onde quero chegar.

Todos nós temos nossas opiniões, mas eu gosto de ver contextos, até pra tentar ter uma dimensão do que chega a ser possível. O que penso é: Brasil não vai se realinhar com China e Rússia em detrimento do EUA.

Ora, então qual o motivo de atualmente o Brasil, que outrora criticava a China - com razão, não? As mortes e a paralização global do mundo devido a Covid-19 somente possui um culpado e é a China, que criminosamente, intencional ou não, promoveu sua expansão através da permissão de vôos internacionais a partir de Wuhan pra qualquer lugar do mundo, além de esconder algo que já ocorria ainda no primeiro trimestre de 2019, em conjunto da OMS e seu líder, que está lá com apoio de quem? - agora vai atrás da China, além de aproveitar a bela manobra geopolítica de Putin ao afagar Bolsonaro? Simples, fazer o fogo do cu do Biden abaixar e o INEPTO aprender que geopolítica não é assim que se trata.

Isso é o que eu penso, com base no que estou vendo ultimamente e conhecendo as figuras que estão lá, não se trata de um fato, pra deixar claro.
Entendo.. Só acho que estamos tomando sopa com garfo nessa história, que não pensaram nas consequências com aquele alinhamento automático (estratégia é justamente olhar a longo prazo, não para o escopo de um mandato de outro presidente) e acabou saindo caro. Enquanto não somos ou agimos como uma país que pode propor um jogo, ganhamos mais tentando obter o máximo de proveito de todos os lados. Precisamos vender produtos agrícolas, precisamos de vacinas, precisamos de investimentos em infra-estrutura, tudo isso o quanto mais melhor, venha de onde for.

Ninguém, EUA, UE, Rússia ou China, nos pôs uma faca no pescoço por um alinhamento, de modo que cada grão de soja comprada pela UE, e cada dinheiro chinês investido aqui em infra-estrutura, fazem falta para um país que caminha para o abismo fiscal. Uma geopolítica flexível permite explorar o máximo de mercado possível. Na minha visão, nosso potencial de desenvolver mercados está minguando com a estratégia sendo usada, ao invés de crescer. E o momento seria de preservar capital político, para que se converta em benefício econômico.

Com dinheiro nas mãos e capital político (isto é, comércio exterior desenvolvido e de alcance global) teremos condições de, não de ficar batendo bola e virando a bunda entre um bloco econômico e outro, mas de propor efetivamente ideias, projetos, produtos e propostas (econômicos e políticos) ao mundo. Ser o fiel confiável de acordos importantes e coisas que NOS beneficiem, incluindo com a amazônia e tecnologias de cultivo e energia limpa. Isso é capital, receita e desenvolvimento. E tudo isso, quem sabe, apoiado por um poder militar desenvolvido com essa sustentabilidade econômica. É assim que penso.
Ninguém nos pôs faca no pescoço pra buscar alinhamento? Ora, o que foi então as exigências internacionais quanto a demarcações de terras indígenas, ameaça de sobretaxar produtos Brasileiros e entre outros inúmeros casos? Ter, teve, inclusive uma tentativa com o Itamar Franco, que esse, que teve bolas de aço quando viu o que era, fez um "exercício" Militar e se negou, pra anos depois um bostinha mela cueca do FHC demarcar a reserva em Roraima, matando o estado.

Quanto ao restante, concordo com tudo, mas existem casos em que a porrada precisa vir, como é o caso da construção de narrativas absurdas, como o bostinha do Macron. O Brasil já deveria ter convocado o Embaixador lá no episódio do "nossa casa está pegando fogo" e até ameaçar sobretaxar produtos Franceses. Eles possuem uma vantagem enorme na balança comercial e não podemos deixar que gente como ele trate nós dessa forma, ainda mais quando temos é prejuízo com tal parceria.




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Re: Geopolítica Brasileira

#2054 Mensagem por Penguin » Sex Jan 15, 2021 9:58 pm

gabriel219 escreveu: Sex Jan 15, 2021 3:06 am
Penguin escreveu: Qui Jan 14, 2021 3:52 pm Voltando a questão industrial e automotiva, o buraco em que estamos metidos é muito maior.

A grande mudança na indústria automotiva mundial não é o carro elétrico. Isso quase todos os fabricantes fazem.
Aliás, esse é uma tecnologia do final do século XIX e inicio do século XX que foi relegada ao ostracismo devido a priorização pelos combustíveis derivados de petróleo. Obvio que essa tecnologia tem sido atualizada assim como a tecnologia dos motores a combustão.

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https://noticias.r7.com/hora-7/segredos ... 0de%201834.

Há duas grande mudanças em curso:
1) A primeira que tem melhorado a competitividade dos veículos elétricos, é a tecnologia de baterias.
2) A segunda é a tecnologia de veículos autônomos e a integração desses veículos em redes com IA.
Essas dois conjuntos de tecnologias e inovações irão alterar completamente o modelo de negócios e o mercado da indústria automotiva.
A Tesla é um player nos 2 pontos. Isso explica o seu grande valor de mercado.
A Google é um dos maiores investidores em tecnologia de veículos autônomos no mundo. A Apple e Uber investem muito nessa área.
A Panasonic e a BYD chinesa se destacam na produção de baterias para carros elétricos (https://www.euqueroinvestir.com/empresa ... de-rivais/: Empresa de carros elétricos apoiada por Warren Buffett vende mais que rivais).
A Geely tb chinesa que é a dona da Volvo e o principal acionista da Daimler Benz está entrando forte nos 2 mercados.
Curiosamente nenhuma das grandes marcas tradicionais está se destacando. Elas estão lutando para se adaptar e encontrar caminhos para se manterem viáveis no futuro próximo.

E nosotros? Infelizmente estamos a margem dessas grandes mudanças tecnológicas. No final vamos continuar como exportadores de commodities (o agro é pop!) e importadores de tecnologias; e a disputar com incentivos fiscais montadoras de carros elétricos e autônomos.
O que encarece os carros elétricos são justamente as baterias. O restante é totalmente convertível com base em carros convencionais.

Atualmente o Brasil fechou acordo com o Japão para desenvolvimento de Grafeno e Nióbio. Antes que venham os memes, Grafeno, assim como demais Pentacarbonos ou Nanotubos de Carbono - Parede Simples ou Múltiplas Paredes - serão extremamente importantes quanto a isso. Teoricamente, se produzido em escala, uma bateria de Grafeno tem o potencial de ser 10x mais barato que uma bateria convencional de Ion-Lítio. Outro uso importante dos NTC são eles como supercondutores, já que possuem capacidades muito além do que o Silício.

A diferença é que NTC pode ser fabricado de qualquer coisa que seja feita em carbono, seja grafite e até extrair de carvão vegetal. Nós conseguimos fabricar fibra de carbono a partir do bagaço queimado da cana-de-açúcar e o mesmo poderia ser feito, com base em processo químico ou elétrico, para ser criado NTC's.

Há uma enorme probabilidade do Brasil ser pioneiro nunca tecnologia que irá revolucionar a indústria como um todo. NTC's podem ser usados em nanorrobótica, supercondutores, blindagem, estruturas de construção civil, estruturas aeronáuticas, aeroespaciais, navais, rede de computadores, hardware...

Esse material irá substituir a maioria - se não um todo - as matérias primas de terras raras.

Baterias de grafeno
As baterias de grafeno são a grande promessa da indústria. O principal motivo são os benefícios que esse material oferece. Ele é considerado o composto mais forte, leve e um dos melhores condutores de eletricidade já encontrados. Ele já está sendo testado para ser usado em baterias comerciais, sendo amplamente investido pela empresa Real Graphene.

Entre os benefícios estão baterias menores, mais leves e finas com uma capacidade tão grande, ou até maior, do que os modelos de íons de lítio. Pela característica da alta condutibilidade de eletricidade, testes da Real Graphene mostram que a mesma capacidade de bateria de íons de lítio padrão que levam 90 minutos para carregar, nas opções com grafeno esse tempo é reduzido para 20 minutos.

As pesquisas já mostram como esse material poderia revolucionar a indústria. Mas, como todos os produtos, há uma desvantagem. O grafeno é um material com cadeias cristalinas de carbono, com características semelhantes ao diamante. Assim como a pedra preciosa, o material é extremamente caro. O seu preço inviabiliza o seu amplo uso.

O GRAFENO É COMPROVADAMENTE UM MATERIAL MELHOR. ELE PODE DEIXAR AS BATERIAS MAIS LEVES, MENORES E MAIS EFICIENTES. CONTUDO, É UM MATERIAL EXTREMAMENTE CARO
O valor médio de uma folha de grafeno é de US$ 25. Como já mencionado, esse material é extremamente fino e leve, portanto essa folha é bastante fina. 1kg de grafeno é estimado em cerca de US$ 300.000 (mais de um milhão e meio de reais).

Isso faz com que os pesquisadores busquem alternativas para o uso do grafeno. A principal delas é não usá-lo de forma pura, mas sim combinado a outros materiais mais baratos, mas com o grafeno equipando pontos chave da bateria.

O modelo proposto pela Real Graphene ainda mantém o lítio. O grafeno entra na bateria apenas em um eletrodo, que é coberto pelo material. Nos modelos atuais, quem cumpre esse papel é o grafite. Isso faria com que o preço não fosse muito alterado, devido a quantidade baixa usada. Mas, ainda assim, haveria um encarecimento no preço. Alguns modelos de baterias portáteis já são comercializadas pela empresa.
Fonte: https://mundoconectado.com.br/artigos/v ... ternativas

------------------
Parece que o Brasil está um pouco atrasado no mercado de grafeno...

Summary Table Showing the Number of Graphene Producers by Country and Region
Imagem
http://www.nanotech-now.com/columns/?article=1136




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Re: Geopolítica Brasileira

#2055 Mensagem por gabriel219 » Sáb Jan 16, 2021 7:09 am

Penguin escreveu: Sex Jan 15, 2021 9:58 pm
gabriel219 escreveu: Sex Jan 15, 2021 3:06 am
O que encarece os carros elétricos são justamente as baterias. O restante é totalmente convertível com base em carros convencionais.

Atualmente o Brasil fechou acordo com o Japão para desenvolvimento de Grafeno e Nióbio. Antes que venham os memes, Grafeno, assim como demais Pentacarbonos ou Nanotubos de Carbono - Parede Simples ou Múltiplas Paredes - serão extremamente importantes quanto a isso. Teoricamente, se produzido em escala, uma bateria de Grafeno tem o potencial de ser 10x mais barato que uma bateria convencional de Ion-Lítio. Outro uso importante dos NTC são eles como supercondutores, já que possuem capacidades muito além do que o Silício.

A diferença é que NTC pode ser fabricado de qualquer coisa que seja feita em carbono, seja grafite e até extrair de carvão vegetal. Nós conseguimos fabricar fibra de carbono a partir do bagaço queimado da cana-de-açúcar e o mesmo poderia ser feito, com base em processo químico ou elétrico, para ser criado NTC's.

Há uma enorme probabilidade do Brasil ser pioneiro nunca tecnologia que irá revolucionar a indústria como um todo. NTC's podem ser usados em nanorrobótica, supercondutores, blindagem, estruturas de construção civil, estruturas aeronáuticas, aeroespaciais, navais, rede de computadores, hardware...

Esse material irá substituir a maioria - se não um todo - as matérias primas de terras raras.

Baterias de grafeno
As baterias de grafeno são a grande promessa da indústria. O principal motivo são os benefícios que esse material oferece. Ele é considerado o composto mais forte, leve e um dos melhores condutores de eletricidade já encontrados. Ele já está sendo testado para ser usado em baterias comerciais, sendo amplamente investido pela empresa Real Graphene.

Entre os benefícios estão baterias menores, mais leves e finas com uma capacidade tão grande, ou até maior, do que os modelos de íons de lítio. Pela característica da alta condutibilidade de eletricidade, testes da Real Graphene mostram que a mesma capacidade de bateria de íons de lítio padrão que levam 90 minutos para carregar, nas opções com grafeno esse tempo é reduzido para 20 minutos.

As pesquisas já mostram como esse material poderia revolucionar a indústria. Mas, como todos os produtos, há uma desvantagem. O grafeno é um material com cadeias cristalinas de carbono, com características semelhantes ao diamante. Assim como a pedra preciosa, o material é extremamente caro. O seu preço inviabiliza o seu amplo uso.

O GRAFENO É COMPROVADAMENTE UM MATERIAL MELHOR. ELE PODE DEIXAR AS BATERIAS MAIS LEVES, MENORES E MAIS EFICIENTES. CONTUDO, É UM MATERIAL EXTREMAMENTE CARO
O valor médio de uma folha de grafeno é de US$ 25. Como já mencionado, esse material é extremamente fino e leve, portanto essa folha é bastante fina. 1kg de grafeno é estimado em cerca de US$ 300.000 (mais de um milhão e meio de reais).

Isso faz com que os pesquisadores busquem alternativas para o uso do grafeno. A principal delas é não usá-lo de forma pura, mas sim combinado a outros materiais mais baratos, mas com o grafeno equipando pontos chave da bateria.

O modelo proposto pela Real Graphene ainda mantém o lítio. O grafeno entra na bateria apenas em um eletrodo, que é coberto pelo material. Nos modelos atuais, quem cumpre esse papel é o grafite. Isso faria com que o preço não fosse muito alterado, devido a quantidade baixa usada. Mas, ainda assim, haveria um encarecimento no preço. Alguns modelos de baterias portáteis já são comercializadas pela empresa.
Fonte: https://mundoconectado.com.br/artigos/v ... ternativas

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Parece que o Brasil está um pouco atrasado no mercado de grafeno...

Summary Table Showing the Number of Graphene Producers by Country and Region
Imagem
http://www.nanotech-now.com/columns/?article=1136
Produção é a mesma coisa que pesquisa?

Estranho, pois eu trabalho com isso e estou em contato com pesquisadores do EUA, alguns da Ásia (Coréia do Sul) e Europa, o que eu vejo é totalmente diferente. Atualmente todos possuem um processo fabril bem mais caro e complexo do que o que estamos desenvolvendo.

A metodologia sendo desenvolvida aqui em parceria com Coréia do Sul e agora Japão é mais simples e mais barata, podendo ser replicada a nível industrial. O atual método de produção é apenas para estudos, comparável a pequenos reatores de fissão de Universidades, como o da USP.




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